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IBGE divulga Pesquisa Anual de Serviços 2005

O Brasil tinha 948 420 empresas de serviços não-financeiros, em 2005. A receita operacional líquida foi de R$ 450,1 bilhões. Entre 2000 e 2005, o Sudeste diminuiu sua participação na ...

25/07/2007 07h01 | Atualizado em 25/07/2007 07h01

O Brasil tinha 948 420 empresas de serviços não-financeiros, em 2005. A receita operacional líquida foi  de  R$ 450,1 bilhões. Entre 2000 e 2005, o Sudeste diminuiu  sua participação na receita do setor, de 68,4% para 65,7%. Já em pessoal ocupado, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Rio Grande do Sul e Paraná diminuíram suas participações.

A Pesquisa Anual de Serviços 2005 revelou que foram pagos entre salários e outras remunerações R$ 82,4 bilhões pelas 948 420 empresas nos segmentos de serviços não-financeiros1 do Brasil: serviços prestados às famílias, de informação, prestados às empresas, transportes e correio, atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis, serviços de manutenção e reparação e o grupo de outras atividades de serviços.

Em 2005, a atividade de Transportes, serviços auxiliares de transporte e correio foi líder em receita operacional liquida (R$ 136,9 bilhões ou 30,4% do total) e contou com 1,7 milhão de empregados.

Os segmentos de serviços prestados às Famílias (20,8%), às Empresas (36,5%), e o de Transportes e Correio (22,9%) tinham as maiores participações no total de ocupados dos serviços em 2005. Essa participação passou de 78,9% para cerca de 80,2% do total de ocupados nos serviços, entre 2000 e 2005.

Alimentação concentra maior parte da receita nos Serviços Prestados às Famílias

Em 2005, entre os Serviços Prestados às Famílias, as atividades que envolvem alimentação concentraram 62,3% da receita operacional (R$ 24 bilhões) e, também,  por 57,8% da massa salarial (R$ 5,8 bilhões), 63,4% da ocupação (1 053 829 pessoas) e 70,3% das empresas do segmento (210 649).

Em 2005, o Brasil tinha 278 924 empresas ligadas às atividades de serviços prestados às famílias, um aumento de 17,7% em relação a 2000. Quanto ao pessoal ocupado, novo aumento, de 1,3 milhão para 1,6 milhão de pessoas. Os trabalhadores das atividades de alimentação têm a menor remuneração média entre todos segmentos das atividades de serviços da pesquisa: 1,5 salário-mínimo.

Agências de notícias e serviços de jornalismo tinham a maior média salarial

Os Serviços de Informação revelaram a segunda maior receita operacional líquida (R$ 133,6 bilhões). As atividades de telecomunicações, que têm como principal característica transmissão de conteúdo desenvolvido por empresas de grande porte e intensivas em capital, geraram R$ 87,1 bilhões, representando 65,3% do total do segmento em 2005. A média de pessoal ocupado foi seis vezes superior à média do segmento, 50 empregados, com remuneração de 11,3 salários-mínimos. 

As agências de notícias e serviços de jornalismo tinham a maior média salarial dos serviços: 12,7 mínimos. Este grupo tem 300 empresas e com uma média de quatro pessoas ocupadas em cada uma.

Mesmo sendo a segunda em receita operacional (R$ 28,1 bilhões), as atividades de informática foram as que mais empregaram no grupo (295 023 pessoas). Também liderou no número de empresas pesquisadas (49 510) e no volume de salários, retiradas e outras remunerações (R$ 6,7 bilhões).

O segmento de Serviços Prestados às Empresas empregou 35,9% do total da PAS 2005

As atividades de Serviços Prestados às Empresas tiveram receita operacional líquida de R$ 94,0 bilhões, liderando em pessoal ocupado (com 2 725 566 de pessoas) e em salários pagos (R$ 27 bilhões).

Em relação a 2004, a receita nominal dos serviços técnico-profissionais passou de R$ 37,5 para R$ 46,5 bilhões, ou 49,5% do total. Também foi destaque o número de empresas (132 782, ou 59,2%).

A atividade de limpeza em prédios e domicílios e outros serviços prestados às empresas tinha, em 2005, o maior número de ocupados do segmento: 1 239 389 pessoas, ou 45,4% do total.

Transporte aéreo apresenta o maior salário médio do segmento de Transportes e correio

Os Serviços de transporte rodoviário geraram, em 2005, R$ 68,6 bilhões, ou 50,0% da receita operacional líquida do segmento. Esta atividade concentrava 72,3% do total de 121 707 empresas do segmento, pagou R$ 12,0 bilhões em remunerações (51,5% da massa salarial), e tinha 66,1% (1,1 milhão) de ocupados.

O transporte ferroviário e metroviário apresentou a maior média de ocupados por empresa da pesquisa (1 808), pois está concentrada em reduzido número de empresas (23). A atividade ocupou 41 589 pessoas, que representavam 2,4% do 1,7 milhão de empregados no segmento.

Incorporação de imóveis tem aumento na receita e queda em ocupação

Em 2005, as empresas de aluguel de imóveis geraram R$ 7,4 bilhões de receita operacional líquida, representando 41,1% do total do segmento. Também foram líderes em salários e retiradas com 44,0% (R$ 1,1 bilhão) e ocuparam 37,9% da mão-de-obra da atividade (95 527 pessoas). Em relação a 2000, cresceu a receita operacional (R$ 4,5 bilhões), caiu o número de pessoas ocupadas (99 025).

Já o segmento de incorporação de imóveis tinha salário médio de 3,2 mínimos, próximo da média do total do segmento (2,8). A produtividade alcançou R$ 75,5 bilhões e a relação entre valor adicionado e consumo intermediário foi de 354,9%, acima do valor encontrado para o total do segmento, que foi  236,5%. Os serviços de Locação de imóveis, máquinas e veículos tinham 42 100 empresas, ou 87,9% do total.

Serviços de manutenção e reparação concentram 9,9% do total nacional de serviços

As atividades de manutenção e reparação de veículos, objetos pessoais e de informática tinham 94 440 empresas, ou 9,9% do total dos Serviços. A atividade tem grande número de empresas de pequeno porte, que ficou estável entre 2000 e 2005, assim como a média de pessoal empregado (3).

As empresas de manutenção e reparação de veículos obtiveram 51,6% do total de R$ 8,3 bilhões de receita operacional líquida do segmento. Em relação ao número de pessoas ocupadas e massa salarial, a atividade representou 66,8% (220 377) e 60,2% (R$ 1,5 bilhões), respectivamente.

Serviços de comércio e representação comercial ocupam mais de 150 mil pessoas

O segmento de Outros Serviços contabilizou 100 mil empresas em todo o Brasil, que contrataram 417 mil pessoas. Como nos anos anteriores, os Serviços auxiliares financeiros mantiveram-se como os mais importantes, registrando receita operacional de 7,8 bilhões de reais (38,1% do total) e  valor adicionado de 5,4 bilhões (39,0%). Já a atividade de Agentes de comércio e representação comercial foi líder em pessoal ocupado (150 943), seguida por Limpeza urbana e esgoto  (131 800).

De 2000 e 2005, população ocupada nos Serviços cresceu 28,59%

Entre 2000 e 2005, a Classificação Nacional de Atividades Empresariais (CNAE) sofreu modificações, o que prejudicou a comparabilidade entre as diversas edições da Pesquisa Anual de Serviços. Para permitir um acompanhamento das atividades do setor nesse período, foi feita uma adaptação dos números da PAS 2005, seguindo as normas de classificação utilizadas em 2000. Assim, pode-se ter uma idéia das variações percentuais dos principais indicadores da pesquisa.

Em 2000, a receita dos serviços não-financeiros era de R$ 222,0 bilhões e cresceu 102,7%. No mesmo período, a população ocupada no setor, que era de 5,8 milhões, teve um crescimento de 29,3%.

Em 2000, os Transportes, serviços auxiliares de transporte e correio empregava 1,3 milhão de pessoas e passou a ocupar 28,12% a mais em 2005. Já a receita líquida nominal cresceu 112,14%.

De 2000 para 2005, a população ocupada em Serviços de informação, que era de 383.492 em 2000, cresceu 22,79%. No entanto, no segmento de Telecomunicações, este indicador caiu 20,42% no período. Também houve queda na ocupação do segmento das Agências de Notícias e Serviços de Jornalismo (-15,69), enquanto nas Atividades de Informática esse indicador crescia 57,11%.

A receita operacional líquida dos serviços de investigação, segurança, vigilância e transporte de valores, que era de R$ 5,1 bilhões em 2000, cresceu 92,68% em cinco anos. Já o número de empresas no setor (2 296) cresceu 29,05%; e o pessoal  ocupado (338 152 em 2000) cresceu 27,73%.

Já o transporte aéreo, em 2000, contava com 325 empresas,  empregava 37 905 pessoas e obteve uma receita operacional líquida de R$ 10,8 bilhões. Mas enquanto essa receita cresceu 70,20% em termos nominais, caíram o número de empresas (-13,23) e o pessoal ocupado (-8,10%).

Em relação a 2000, Sudeste tem queda na participação de receita

Em 2000, o Sudeste representava 68,4% do total da receita bruta de serviços do Brasil, enquanto em 2005 essa contribuição foi de 65,7%. Todas as outras regiões apresentaram crescimento em suas representações, sendo que o Centro-Oeste obteve o maior aumento de participação, 5,9% em 2000, elevando-se para 6,8%, em 2005.

Para o total de salários, retiradas e outras remunerações, a Região Sudeste apresentou, em 2000, participação de 69,8% e, em 2005, de 67,1%. A região Centro-Oeste repetiu o dinamismo com que aparece na pesquisa. Em 2000, encontrava-se com percentual de 5,3% e, em 2005, subiu para 6,4%.

O Nordeste ganhou participação no total de ocupados nos Serviços: de 12,6%, em 2000, para 13,4%, em 2005. Bahia, Pernambuco e Ceará lideraram em contratações com 4,2%, 3,0% e 2,4%, respectivamente.

Três estados concentram 58,7% do pessoal ocupado em Serviços no Brasil

Em relação ao pessoal, São Paulo tinha a maior participação (36,2%), com Rio de Janeiro e Minas Gerais a seguir, respectivamente com 12,9% e 9,6%. Estes três estados contrataram 58,7% do total de contratados na área de serviços, ou 4,4 milhões de pessoas. Contudo, em relação a 2000, ambos tiveram quedas percentuais. No Rio Grande do Sul e no Paraná caiu a média de ocupados por empresa: de 6,6 e 5,8, para 6,3 e 5,6, respectivamente. Nos demais estados houve altas e Goiás destacou-se: de 1,9 para 2,3 pessoas por empresa.

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1 Conjunto de atividades econômicas diversificadas, não-financeiras e genericamente referidas, correspondendo a várias seções da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 1.0, sem distinção em relação ao número de pessoas ocupadas.