O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de junho teve variação de 0,28 % e manteve a mesma taxa registrada em maio (0,28%). Considerando o resultado acumulado no ano, o IPCA situou-se em 2,08%, mais alto do que em igual período de 2006 (1,54%). Nos últimos 12 meses, o acumulado ficou em 3,69%, acima da taxa de 3,18% registrada nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2006, o índice havia ficado em -0,21%.

 O grupo Alimentação e Bebidas apresentou alta de 1,09%  e foi responsável pela contribuição de 0,23 ponto percentual, que representa 82% do IPCA de junho. A variação desse grupo havia ficado em 0,16% em maio. A principal pressão foi exercida pelo leite pasteurizado, que, em função da menor oferta, ficou com a maior contribuição individual no mês: 0,11 ponto percentual. Importante no consumo familiar, com cerca de 1% de participação relativa nas ponderações do IPCA, os preços do leite chegaram a aumentar 12,40% durante o mês de junho. Com isto, os derivados também se apresentaram em alta: leite em pó (3,45%), queijos (2,77%), leite condensado (2,74%) e creme de leite (1,61%). Foi de 7,35% a elevação do item leite e derivados. Ainda no grupo dos alimentos foram destaques os preços do feijão carioca, que subiram 15,73%, e os ovos que ficaram 4,93% mais caros.

Além dos alimentos, os artigos de vestuário (0,91% de variação; 0,06 ponto percentual de contribuição) e os salários dos empregados domésticos (1,11% de variação; 0,03 ponto de contribuição) também mereceram destaque no mês de junho.

Por outro lado, ocorreu queda de 1,69% nos combustíveis. A maior produção de cana-de-açúcar ocasionou redução nos preços do álcool nas usinas, o que se refletiu numa queda de 12,35% no preço do litro do álcool combustível nas bombas. Constituiu-se, portanto, na menor contribuição individual no mês: -0,05 ponto percentual. Os preços da gasolina, por sua vez, influenciados pelo álcool, apresentaram queda de 0,77% e contribuição de -0,04 ponto percentual.

Dentre os índices regionais, o maior resultado foi registrado no Rio de Janeiro (0,37%), com destaque para a alta de 2,62% nos salários dos empregados domésticos.. O menor resultado ficou com Fortaleza (-0,09%), onde os alimentos apresentaram queda de 0,24%.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de maio a 27 de junho (referência) com os preços vigentes no período de 28 de abril a 28 de maio (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

INPC variou 0,31%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,31% em junho, resultado maior que o de maio (0,26%).Com o índice de junho, o acumulado do ano situou-se em 2,20% e ficou acima da taxa do ano passado (1,06%). Na perspectiva dos últimos 12 meses, situou-se em 3,97%, também acima do resultado de 3,57% relativo aos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2006 o índice foi de -0,07%. No índice de junho, os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,93%, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,08%.

O maior índice regional foi registrado em São Paulo (0,51%). O menor resultado foi o do Fortaleza (-0,13%). A tabela abaixo contém os índices por região pesquisada.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de maio a 27 de junho (referência) com os preços vigentes no período de 28 de abril a 28 de maio (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 06 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.