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Em abril, comércio cresce 0,4% em volume e 0,8% na receita

de 2006, de 9,2 % no acumulado dos quatro primeiros meses e de 7,3% Ambas as taxas são em relação a março de 2007, na comparação com ajuste sazonal. Nos demais confrontos ...

18/06/2007 06h31 | Atualizado em 18/06/2007 06h31

Ambas as taxas são em relação a março de 2007, na comparação com ajuste sazonal. Nos demais confrontos (extraídos das séries sem ajustamento), as taxas para o volume de vendas foram de 7,5% sobre abril de 2006, de 9,2 % no acumulado dos quatro primeiros meses e de 7,3% no acumulado dos últimos 12 meses. Já a receita nominal cresceu 8,2% com relação a abril de 2006, 5,0% no primeiro quadrimestre e 7,7% no acumulado dos últimos 12 meses.

Com as variações de 0,4% e 0,8% em abril, o comércio varejista registrou pelo quarto mês consecutivo, resultado positivo em relação ao mês anterior, e manteve a tendência de crescimento observada pela evolução da média móvel trimestral. Ainda na análise da série ajustada, calculada para quatro das oito atividades que compõem o setor, o resultado para o volume de vendas foi positivo apenas para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%); e -1,5% para Combustíveis e lubrificantes; -1,7% para Tecidos, vestuário e calçados e -3,6% para Móveis e eletrodomésticos. Na mesma comparação, o segmento de Veículos, motos, partes e peças, que faz parte do Comércio varejista ampliado, obteve variação de 0,9%.

Já na relação abril 2007/abril 2006, todas as atividades do varejo obtiveram aumento no volume de vendas cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, se estabeleceram em 4,2% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 13,1% para Móveis e eletrodomésticos; 23,5% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 6,6% para Combustíveis e lubrificantes; 8,1% em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 4,3% em Tecidos, vestuário e calçados; 25,6% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; e 8,6% para Livros, jornais, revistas e papelaria.

Exercendo a maior influência no resultado global, o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou expansão de 4,2% no volume de vendas em relação a abril de 2006, respondendo, assim, por aproximadamente 32% da taxa do varejo. Em termos acumulados, a atividade assinalou taxas de 6,4%, no primeiro quadrimestre do ano, e de 7,2% nos últimos 12 meses. Este desempenho continua refletindo o aumento do poder de compra da população, decorrente do aumento da massa real de salário da economia. É importante observar a influência de um efeito-base sobre este resultado, na medida em que as vendas de Páscoa, em 2006, foram concentradas em abril, enquanto neste ano foram divididas em março e abril (já que Páscoa foi na primeira semana de abril).

O segmento de Móveis e eletrodomésticos exerceu, em abril, o segundo maior impacto no resultado do Comércio varejista, ao registrar variação de 13,1% no volume de vendas em relação a abril de 2006, desempenho que levou a atividade a responder por 24% da taxa global do varejo este mês. Em termos acumulados, os resultados foram 18,5% no quadrimestre e 13,2% nos últimos 12 meses. Este desempenho deveu-se à manutenção das condições favoráveis de crédito, rendimento real, emprego e preços.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo, obteve variação de 23,5% no volume de vendas em relação a abril de 2006. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, etc., esta atividade vem tendo seu desempenho influenciado também pela melhoria do quadro geral da economia. Em decorrência, registra taxas acumuladas para o primeiro quadrimestre do ano de 22,3% e 19,5% para os últimos 12 meses. Aqui, também, vale destacar o efeito-páscoa, dado que a atividade engloba lojas de departamentos, que concentram venda de chocolate nesta ocasião.

Exercendo o quarto maior impacto positivo no resultado do varejo, a atividade de Combustíveis e lubrificantes registrou variação de 6,6% na relação abril 2007/ abril 2006, sendo este o quarto resultado positivo após 2 anos consecutivos de queda. Este comportamento pode ser atribuído à estabilização dos preços dos combustíveis dos últimos meses, conjugada com a melhoria das condições econômicas do País. Em relação aos resultados acumulados, as variações foram de 5,3% no quadrimestre e de -3,7% para os últimos 12 meses.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a quinta maior participação na taxa global do varejo, apresentou resultado de 8,1% na comparação com abril de 2006, obtendo taxa acumulada de 6,0% no quadrimestre e de 4,2% nos últimos 12 meses. A expansão da massa de salários e a diversificação na linha de produtos oferecidos formam a base de sustentação do desempenho positivo do segmento.

A sexta maior contribuição positiva para o resultado global coube ao segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que variou o volume de vendas em 4,3% com relação a abril de 2006. Em termos acumulados, foram registradas taxas de 6,1% para o primeiro quadrimestre e de 2,9% para os últimos 12 meses.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com o sétimo maior impacto, obteve acréscimo no volume de vendas, em abril, de 25,6% sobre igual mês do ano passado; acumulando no primeiro quadrimestre do ano e nos últimos 12 meses taxas de 21,6% e 24,0%, respectivamente. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho destacam-se a redução de preços no segmento e a crescente importância dos bens de informática e comunicação na cesta de consumo das famílias.

Livros, jornais, revistas e papelaria exerceu, novamente, o menor impacto no resultado do varejo ao registrar crescimento no volume de vendas de 8,6% sobre abril de 2006. A taxa de crescimento observada no acumulado do quadrimestre e dos últimos 12 meses foram de 5,8% e de 3,1%, respectivamente.

Para o Comércio varejista ampliado1, as variações observadas em relação a igual mês do ano anterior foram de 14,9% para o volume de vendas e de 15,1% na receita nominal de vendas. Nos acumulados do quadrimestre e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 12,6% e 9,2% para o volume de vendas e de 12,2% e 9,4% para a receita nominal, respectivamente.

No que tange ao volume de vendas, a atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 33,9% em relação a abril de 2006. No acumulado do quadrimestre, a taxa foi de 21,3%, sendo nos últimos doze meses de 13,8%. A redução mais acentuada das taxas de juros e ampliação dos prazos de financiamento tem sido fatores essenciais para a expansão das vendas do ramo este ano. Quanto à atividade de Material de construção, as variações foram de: 11,0% no mês, em relação a abril de 2006; 7,2% no acumulado dos quatro primeiros meses do ano e de 8,1% no acumulado dos últimos 12 meses. Tais resultados são reflexos das condições favoráveis da economia, bem como das medidas oficiais de incentivo à construção civil.

Alagoas tem maior crescimento no volume de vendas

Das vinte e sete Unidades da Federação, apenas duas apresentaram resultados negativos na comparação abril 2007/abril 2006, sendo elas: Roraima (-1,0%) e Goiás (-0,2%). Destacaram-se com as maiores variações positivas: Alagoas (26,7%); Tocantins (19,5%); Maranhão (15,8%); Ceará (14,4%); Mato Grosso do Sul (13,9%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio varejista, os destaques, pela ordem, foram São Paulo (10,7%); Minas Gerais (5,7%); Rio de Janeiro (4,0%); Paraná (5,0%) e Santa Catarina (6,4%).

Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam, na comparação mês/mês aterior, 15 (quinze) estados com variações negativas e 12 (doze) com crescimento. Os principais acréscimos ocorreram no Paraná (4,5%); Mato Grosso do Sul (2,4%); Pará (2,3%) e Piauí (2,3%). Já as maiores quedas se estabeleceram no Rio Grande do Norte (-4,8%); Amapá (-4,2%); Amazonas (-3,8%) e Roraima (-3,5%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Rondônia (58,0%); Acre (42,5%); Amapá (36,9%); Tocantins (36,0%) e Alagoas (31,1%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (16,8%); Minas Gerais (11,7%); Rio de Janeiro (7,8%); Paraná (14,0%) e Santa Catarina (14,5%).

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1O Varejo ampliado é composto do varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção.