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Em abril, emprego industrial cresce 0,5% frente a março

Foi o quarto resultado positivo consecutivo na comparação mês contra mês anterior, com ajuste sazonal, acumulando alta de 1,7% no período. Ainda na série livre de influências sazonais, houve avanços de 0,9% no número de horas pagas ...

14/06/2007 06h31 | Atualizado em 14/06/2007 06h31

Foi o quarto resultado positivo consecutivo na comparação mês contra mês anterior, com ajuste sazonal, acumulando alta de 1,7% no período. Ainda na série livre de influências sazonais, houve avanços de 0,9% no número de horas pagas e de 1,4% no valor da folha de pagamento real.

O emprego industrial em abril avançou 0,5% frente a março, na série com ajuste sazonal, quarto resultado positivo consecutivo, acumulando acréscimo de 1,7% entre abril e dezembro passado. A expansão também foi confirmada pelo índice de média móvel trimestral, que registrou variação positiva de 0,4% entre os trimestres encerrados em abril e março, acumulando ganho de 0,9% entre dezembro e abril.

No confronto abril 07/ abril 06, o crescimento foi de 1,7%, décimo resultado positivo consecutivo nessa comparação e o mais elevado desde maio de 2005. O acumulado de janeiro a abril ficou em 1,4% e o nos últimos doze meses (de 0,4% em março para 0,6% em abril) se mantém em ascenção desde outubro de 2006.

No índice mensal (1,7%), todos os locais aumentaram o contingente de trabalhadores, à exceção do Rio Grande do Sul, com queda de 1,3%, devido, principalmente, ao recuo do emprego no setor de calçados e artigos de couro (-15,3%). São Paulo (2,4%), Região Nordeste (2,3%) e Santa Catarina (2,7%) contribuíram com as pressões mais relevantes no resultado geral.

Em São Paulo, houve acréscimo em treze setores, com destaque para máquinas e equipamentos (6,5%), refino de petróleo e produção de álcool (22,0%) e têxtil (8,1%). Na indústria nordestina, figuraram como as principais pressões positivas, entre os nove ramos que cresceram, alimentos e bebidas (5,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (34,7%), decorrente, sobretudo, da maior absorção de trabalhadores no setor sucroalcooleiro. Em Santa Catarina, os impactos mais relevantes vieram de alimentos e bebidas (7,7%) e máquinas e equipamentos (13,4%).

No total do país, a maioria (treze) dos dezoito segmentos pesquisados mostrou aumento no emprego. As principais influências positivas vieram de alimentos e bebidas (4,4%), produtos de metal (5,3%) e máquinas e equipamentos (5,0%), enquanto, em sentido contrário, destacaram-se os impactos negativos dos setores de calçados e artigos de couro (-5,7%) e de vestuário (-3,8%).

O acumulado no primeiro quadrimestre do ano subiu 1,4%, com doze locais contribuindo positivamente para o aumento no pessoal ocupado. Entre esses, as principais pressões vieram de São Paulo (2,1%), Região Nordeste (2,4%) e Região Norte e Centro-Oeste (2,5%). Rio Grande do Sul (-2,8%) e Minas Gerais (-0,5%) foram os únicos locais com taxas negativas. No total do país, onze segmentos aumentaram o emprego, com destaque para alimentos e bebidas (5,9%), produtos de metal (4,8%) e meios de transporte (4,0%), em contraposição às pressões negativas de calçados e artigos de couro (-7,4%) e vestuário (-5,3%).

Em síntese, em 2007 o emprego industrial evoluiu favoravelmente em todas as bases de comparação. O confronto com o mês anterior (série livre de influencias sazonais) mostra seqüência de quatro taxas positivas e a tendência apontada pela média móvel trimestral é crescente desde fevereiro. Na comparação com 2006, o quadro também é de resultados positivos, observando-se, no indicador quadrimestral, uma aceleração do ritmo de crescimento do emprego e do número de horas pagas, acompanhando a aceleração observada na atividade industrial, acentuadamente no primeiro quadrimestre de 2007.

NÚMERO DE HORAS PAGAS

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria em abril registrou aumento de 0,9% frente ao mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais, após recuo de 1,0% em março. Com esse resultado, o indicador de média móvel trimestral variou 0,5% entre os trimestres encerrados em abril e março, quarta taxa positiva consecutiva, acumulando 1,0% entre abril e dezembro.

A comparação com abril de 2006 mostrou crescimento de 1,6%. O índice acumulado no primeiro quadrimestre do ano ficou em 1,0%. O indicador acumulado nos últimos doze meses mantém trajetória ascendente desde setembro de 2006, passando de 0,5% em março para 0,7% em abril.

O número de horas pagas, segundo o indicador mensal, assinalou acréscimo de 1,6%, com resultados positivos em doze dos quatorze locais e treze dos dezoito ramos pesquisados. No corte setorial, as maiores pressões positivas vieram de alimentos e bebidas (5,6%), meios de transporte (4,7%) e produtos químicos (5,0%). Por outro lado, os impactos negativos mais relevantes no cômputo geral vieram de calçados e artigos de couro (-7,4%) e vestuário(-5,6%).

Ainda no confronto abril 07/ abril 06, os locais que apresentaram as maiores contribuições positivas no resultado nacional foram São Paulo (2,1%), Região Nordeste (3,0%) e Santa Catarina (2,8%).

Na indústria paulista, doze das dezoito atividades pesquisadas aumentaram o número de horas pagas, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (24,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,3%) e produtos químicos (4,8%). No Nordeste, alimentos e bebidas (5,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (45,7%) exerceram as pressões positivas mais significativas; e, na indústria catarinense, a contribuição mais expressiva veio de alimentos e bebidas (8,8%). Já a principal influência negativa originou-se no Rio Grande do Sul (-1,9%), onde calçados e artigos de couro (-18,4%) representou o impacto mais importante.

O acumulado de janeiro a abril cresceu 1,0%, devido, sobretudo, às contribuições positivas de dez locais e onze segmentos. Os impactos positivos mais significativos vieram de São Paulo (1,3%), Região Nordeste (2,4%) e Região Norte e Centro-Oeste (2,3%). Já Rio Grande do Sul (-3,1%) e Minas Gerais (-1,4%) exerceram as maiores pressões negativas. Setorialmente, as principais contribuições positivas vieram de alimentos e bebidas (6,3%), meios de transporte (3,6%) e produtos de metal (3,5%). Já calçados e artigos de couro (-9,0%) e vestuário (-7,2%) exerceram as principais influências negativas.

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em abril, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente cresceu 1,4% em relação ao mês imediatamente anterior, após apresentar recuo de 3,7% em março. O indicador de média móvel trimestral, ao variar 0,4% entre os trimestres encerrados em março e abril, registrou a quarta taxa positiva consecutiva, acumulando acréscimo de 6,7% neste ano.

No confronto com igual período do ano anterior, os resultados prosseguiram positivos: 5,9% no indicador mensal e 4,7% no acumulado no ano. O acumulado nos últimos doze meses, mostrou incremento entre o mês de março (2,3%) e abril (2,7%), mantendo a trajetória ascendente desde dezembro de 2006.

O valor da folha de pagamento real cresceu 5,9% em relação a abril do ano anterior, com taxas positivas nos quatorze locais pesquisados. A maior influência veio de São Paulo (6,0%), em função, principalmente, do aumento salarial em produtos químicos (11,8%), meios de transporte (6,6%) e máquinas e equipamentos (6,0%). Em seguida, destacou-se o Rio Grande do Sul (7,8%), por conta de produtos de metal (44,8%), produtos químicos (49,5%) e alimentos e bebidas (18,4%). O elevado crescimento da folha de pagamento no primeiro setor deveu-se ao aumento das contratações e, no caso de produtos químicos, ao reajuste salarial retroativo a janeiro em uma importante empresa. Vale citar, ainda, a Região Nordeste (7,9%), em função de alimentos e bebidas (11,3%), calçados e artigos de couro (13,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (29,9%); e Minas Gerais (4,5%), cujo aumento da folha de pagamento foi decorrente, sobretudo, de alimentos e bebidas (15,9%), indústria extrativa (18,9%) e máquinas e equipamentos (12,7%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, o valor da folha de pagamento real cresceu em quatorze dos dezoito setores investigados. Os principais impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (8,0%), produtos químicos (11,0%), meios de transporte (5,5%) e indústria extrativa (19,0%). Por outro lado, as maiores pressões negativas foram observadas em papel e gráfica (-5,1%), madeira (-7,4%) e fumo (-25,0%).

O indicador acumulado no primeiro quadrimestre do ano (4,7%) cresceu em todos os locais pesquisados. As principais contribuições para a expansão do valor real da folha de pagamento vieram de São Paulo (3,5%), Região Nordeste (7,9%) e Minas Gerais (6,0%).

Em São Paulo, produtos químicos (8,5%), alimentos e bebidas (6,5%) e minerais não-metálicos (12,0%) foram os destaques mais importantes. Na região Nordeste, sobressaíram alimentos e bebidas (11,6%), refino de petróleo e produção de álcool (30,4%) e calçados e artigos de couro (9,1%) e, em Minas Gerais, metalurgia básica (7,6%), indústria extrativa (17,5%) e alimentos e bebidas (10,3%).

Em termos setoriais, quatorze atividades ampliaram o valor da folha de pagamento, com destaque para alimentos e bebidas (9,0%), produtos químicos (8,5%) e indústria extrativa (15,8%). Por outro lado, as maiores influências negativas vieram de papel e gráfica (-4,3%), madeira (-6,4%) e calçados e artigos de couro (-2,7%).