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IBGE indica crescimento de 15,5% na safra de grãos de 2007 e mostra que estoque no início do ano era superior a 12,8 milhões de toneladas

A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas pode atingir a marca de 135,1 milhões de toneladas, 2,2% superior à estimativa de abril, quando foi avaliada em 132,3 milhões de toneladas.

12/06/2007 06h31 | Atualizado em 12/06/2007 06h31

A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas pode atingir a marca de 135,1 milhões de toneladas, 2,2% superior à estimativa de abril, quando foi avaliada em 132,3 milhões de toneladas. A produção é 15,5% superior a obtida em 2006 (117,0 milhões de toneladas). No País, a produção em toneladas ficou distribuída da seguinte forma: região Sul, 60,5 milhões; Centro-Oeste, 44,5 milhões; Sudeste, 16,0 milhões; Nordeste, 11,0 milhões e Norte com 3,0 milhões.

A área plantada é 0,2% maior do que a colhida no ano passado, com cerca de 45,6 milhões de hectares. Entre os produtos destacam-se a soja e o milho 1ª safra, com respectivamente 20,5 e 9,4 milhões de hectares em 2007.

Os maiores estoques registrados em 31 de dezembro de 2006 foram os de milho em grão (4.912.585 toneladas), de soja em grão (3.053.696 toneladas), trigo em grão (2.646.685 toneladas), arroz em casca (2.123.622 toneladas), e café em grão (1.143.307 toneladas).

 

A quinta avaliação da safra agrícola deste ano, realizada em maio pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, aponta crescimento na estimativa da produção em 19 dos 25 produtos agrícolas pesquisados frente a 2006. Os destaques foram o algodão herbáceo em caroço (30,7%), amendoim em casca 2ª safra, (14,0%), batata inglesa 1ª safra (22,5%) e 2ª safra (8,1%), cacau em amêndoa (0,4%), cana-de-açúcar (12,7%), cebola (2,7%), cevada em grão (38,3%), feijão em grão 1ª safra (25,7%) e 3ª safra (5,1%), laranja (1,1%), mamona em baga (50,2%), mandioca (3,0%), milho em grão 1ª safra (17,1%) e 2ª safra (43,8%), soja em grão (11,7%), trigo em grão (62,3%) e triticale (3,3%). A variação negativa ficou por conta do amendoim em casca 1ª safra (10,0%), arroz em casca (4,0%), aveia em grão (36,4%), batata-inglesa 3ª safra (1,6%), café em grão (13,4%), feijão em grão 2ª safra (10,3%) e sorgo em grão (12,5%).

Dos produtos que tiveram variação positiva na estimativa de produção de maio frente a abril, quatro tiveram maior importância. São eles o café em grão (+2,3%), milho em grão 2ª safra (+7,5%), soja em grão (+2,3%) e trigo em grão (+6,6%).

Café, milho, soja e trigo registram variação positiva nas estimativas de maio

No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola - LSPA 1 as diferenças verificadas entre as estimativas da produção de maio comparativamente ao mês de abril referem-se principalmente a quatro produtos: café em grão (+2,3%), milho em grão 2ª safra (+7,5%), soja em grão (+2,3%) e trigo em grão (+6,6%).

Café - Em decorrência de nova informação do estado do Espírito Santo, a estimativa nacional de café para este mês indica um acréscimo de 2,3% em relação à informação de abril, situando-se em 2,2 milhões de toneladas de café em grão. Transformando-se para sacas de 60 kg, a estimativa de produção de café para 2007 encontra-se no patamar de 37,4 milhões de sacas. No Espírito Santo, em face das boas condições climáticas verificadas nos principais pólos cafeeiros, o índice de produtividade foi reavaliado para 1185 kg/ha, ante os 1086 kg/ha informados no mês precedente. Com isso a produção esperada passou de 577 mil toneladas para 627 mil toneladas, evidenciando uma expansão de 8,7% nessa informação de maio. Em sacas a produção totaliza 10,4 milhões de sacas de 60 kg de café em grão.

Milho em grão 2ª safra - Quanto ao milho 2ª safra (safrinha), observa-se neste mês uma produção de 16,1 milhões de toneladas, maior 7,5% que a divulgada no mês passado (15,0 milhões de toneladas). Essa expansão é proveniente do Estado do Mato Grosso, que reavaliou a área em 22,6%, resultando num incremento da produção de 21,1%, estando agora avaliada em 5,8 milhões de toneladas. Ressalta-se que na atual estimativa, ainda não foram contempladas algumas possíveis perdas devido ao plantio tardio e a estiagem verificada durante o ciclo da cultura.

Soja em grão - O acréscimo de 2,3% na produção nacional de soja deve-se à nova avaliação do Rio Grande do Sul, onde a produtividade observada nessa safra (2.586 kg/ha) é a segunda maior obtida no Estado, superada apenas pela de 2003 (2.667 kg/ha). As condições climáticas, juntamente com todos os cuidados na condução das lavouras, contribuíram significativamente para esse resultado. Assim, a produção de soja esperada para o Rio Grande do Sul, perfaz um total de 10,1 milhões de toneladas, sendo superior 9,9% à informada em abril e 33,1% superior à safra 2006, quando foi colhido um volume de 7,6 milhões de toneladas.

Trigo em grão - Para o trigo observa-se nesta 2ª estimativa um aumento de 6,6% na produção esperada, quando confrontada à informação de abril, de 3,8 milhões de toneladas, e que agora situa-se em 4,0 milhões de toneladas. Paraná e Rio Grande do Sul, juntos, respondem por 91% da produção do país, sendo 52,2% para o primeiro e 38,5% para o Rio Grande do Sul. Então, são esperadas, respectivamente, produções de 2,1 milhões de toneladas e 1,6 milhão de toneladas. Esse volume de trigo de 4,0 milhões de toneladas, esperado no ano civil de 2007, é superior 62,3% à produção obtida em 2006, ano em que a safra desse cereal foi muito prejudicada pelas condições climáticas adversas, com estiagens e geadas durante o ciclo da cultura. Mesmo com essa recuperação em relação a 2006, nossa produção ainda se encontra bem afastada do consumo, que está acima de 10 milhões de toneladas.

Safra de grãos estimada em 135,1 milhões de toneladas

Para este ano, a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas 2 pode chegar a 135,1 milhões de toneladas, 2,2% a mais do que em abril, quando foram estimadas 132,3 milhões de toneladas. Ela também é 15,5% superior à safra colhida em 2006 (117,0 milhões de toneladas). Esta produção está distribuída nas Grandes Regiões da seguinte maneira: Região Sul, 60,5 milhões de toneladas; Centro-Oeste, 44,5 milhões; Sudeste, 16,0 milhões; Nordeste, 11,0 milhões; e, finalmente, Norte, com 3,0 milhões de toneladas.

A área plantada na safra 2007 é 0,2% maior do que a colhida no ano passado, com cerca de 45,6 milhões de hectares. Os produtos que apresentam as maiores áreas plantadas são a soja e o milho 1ª safra, com respectivamente 20,5 e 9,4 milhões de hectares. Com a colheita das culturas de verão praticamente finalizada, restando muito pouco de milho e soja a ser colhido, o acompanhamento de campo nos próximos meses estará voltado para as culturas de inverno, sobressaindo o trigo e também os produtos de 2ª e 3ª safras.

 

Estoque de grãos na virada do ano era superior a 12,8 milhões de toneladas

A Pesquisa de Estoques 3 do segundo semestre de 2006 indica que a quantidade de grãos em 31 de dezembro de 2006 era superior a 12,8 milhões de toneladas. Os maiores estoques registrados nesta data foram os de milho em grão (4.912.585 toneladas), de soja em grão (3.053.696 toneladas), trigo em grão (2.646.685 toneladas), arroz em casca (2.123.622 toneladas), e café em grão (1.143.307 toneladas). Comparados aos resultados do mesmo período de 2005, os estoques de café e arroz em casca apresentaram variações positivas de 20,6% e 1,8%. Já os estoques de trigo, soja e milho caíram 28,3%, 5,8% e 4,9%, respectivamente.

A rede armazenadora de produtos agrícolas em operação no país apresentou um decréscimo de 2,1% em número de estabelecimentos ativos frente ao primeiro semestre. No final do segundo semestre, esta rede contava com 9.228 estabelecimentos ativos, sendo que 42,1% encontravam-se na região Sul, 24,2% na Sudeste, 21,8% na Centro-Oeste, 8,5% na Nordeste e 3,4% na Norte. O estoque de grãos em 31 de dezembro de 2006 era superior a 12,8 milhões de toneladas.

Os silos para grãos apresentaram 42.885.973 toneladas de capacidade útil total no país. Deste total 55,8% concentraram-se na região Sul e as regiões Centro-Oeste e Sudeste ficaram com 25,5% e 14,1%, respectivamente.

A capacidade útil das unidades armazenadoras dos tipos armazéns convencionais, estruturais e infláveis foi de 81.721.655 metros cúbicos. Deste total, pouco mais de 70,0% concentraram-se nas regiões Sul e Sudeste.

As unidades armazenadoras dos tipos armazéns graneleiros e granelizados somaram 48.795.180 toneladas de capacidade útil, das quais a região Centro-Oeste deteve 49,1% de capacidade de armazenamento e a Sul 34,9%.

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1 Pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas, cujas informações são obtidas por intermédio das Comissões Municipais (COMEA) e/ou Regionais (COREA); consolidadas em nível estadual pelos Grupos de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA) e posteriormente, avaliadas, em nível nacional, pela Comissão Especial de Planejamento Controle e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias (CEPAGRO) constituída por representantes do IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA).

2 caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale.

3 A Pesquisa de Estoques fornece informações estatísticas sobre o volume e a distribuição espacial dos estoques de produtos agropecuários básicos e sobre as unidades onde é feita sua guarda. Seu cadastro, composto de estabelecimentos de empresas de propriedade do governo, da iniciativa privada, de cooperativas e da economia mista, conta atualmente com cerca de 11.100 estabelecimentos. São investigados estabelecimentos comerciais, industriais e de serviço de armazenagem que possuem unidades armazenadoras com capacidade útil igual ou superior a 400 m 3 ou 240 t, assim como supermercados e estabelecimentos agropecuários com capacidade útil igual ou superior a 2.000 m 3 ou 1.200 t.