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Variação de 0,4% no emprego industrial em março

Esta foi a terceira taxa positiva consecutiva na comparação com o mês imediatamente anterior, acumulando neste período uma expansão de 1,2%. . Ainda na comparação com ajuste sazonal l, foram registradas reduções ...

14/05/2007 06h31 | Atualizado em 14/05/2007 06h31

Esta foi a terceira taxa positiva consecutiva na comparação com o mês imediatamente anterior, acumulando neste período uma expansão de 1,2%. . Ainda na comparação com ajuste sazonal l, foram registradas reduções tanto no número de horas pagas (-1,0%) como no valor real da folha de pagamento (-3,7%). No confronto março 07 / março 06, todas as variáveis mostram taxas positivas: o emprego industrial expande 1,7%, o número de horas pagas cresce 1,1% e o valor real da folha de pagamento assinala crescimento de 3,7%

Pessoal Ocupado Assalariado

Em março, o emprego industrial apresentou variação de 0,4% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, terceira taxa positiva consecutiva, acumulando aumento de 1,2% desde dezembro passado. Frente a março de 2006 o crescimento foi de 1,7%, maior taxa desde maio de 2005 (2,0%). No fechamento do primeiro trimestre de 2007, o pessoal ocupado aumentou 1,2% em relação a igual período de 2006 e foi 0,5% maior que o do trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente). O indicador acumulado nos últimos doze meses apresentou variação positiva de 0,4%. O indicador de média móvel trimestral permaneceu em trajetória ascendente, aumentando 0,4% entre os trimestres encerrados em março e fevereiro.

No índice mensal, o crescimento de 1,7% foi decorrente, sobretudo, das contratações em onze dos quatorze locais e doze dos dezoito segmentos pesquisados. Os locais responsáveis pelos principais impactos positivos no cômputo geral foram: São Paulo (2,7%), região Nordeste (2,8%) e região Norte e Centro-Oeste (2,5%). Na indústria paulista, entre os quinze ramos que aumentaram o emprego, alimentos e bebidas (4,8%), têxtil (10,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (28,1%) exerceram as influências mais importantes no índice geral.

Na indústria nordestina, alimentos e bebidas (6,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (42,4%), refletindo o dinamismo do setor sucroalcooleiro, representaram os impactos mais significativos entre os sete segmentos com resultados positivos. Na região Norte e Centro-Oeste, o aumento do emprego foi observado predominantemente em alimentos e bebidas (14,6%). Em sentido contrário, as pressões negativas se concentraram no Rio Grande do Sul (-2,2%), Minas Gerais (-0,9%) e Bahia (-0,6%) sobressaindo, respectivamente, os setores: calçados e artigos de couro (-14,4%); vestuário (-17,0%); e minerais não-metálicos (-16,1%).

Ainda no confronto março 07/ março 06, no total do país, as principais contribuições positivas no resultado global vieram de alimentos e bebidas (6,7%), produtos de metal (5,6%) e meios de transporte (3,9%), enquanto, em sentido oposto, calçados e artigos de couro (-6,6%), vestuário (-5,0%) e madeira (-4,2%) exerceram as pressões negativas mais significativas na indústria geral.

No fechamento do primeiro trimestre de 2007 (1,2%), dez locais e onze ramos aumentaram o contingente de trabalhadores. No âmbito nacional, as principais contribuições positivas vieram de alimentos e bebidas (6,5%), produtos de metal (4,7%) e meios de transporte (4,1%). No corte regional, São Paulo (2,1%), região Nordeste (2,5%) e região Norte e Centro-Oeste (2,8%) exerceram os principais impactos positivos. Pressionando negativamente, Rio Grande do Sul (-3,3%) e Minas Gerais (-0,8%) figuraram como as principais influências entre os locais e, calçados e artigos de couro (-8,1%) e vestuário (-5,6%), entre os setores.

A análise trimestral mostra que a elevação no ritmo de crescimento do emprego industrial, observada a partir do segundo semestre de 2006, se ampliou no primeiro trimestre de 2007. Entre o quarto trimestre de 2006 (0,6%) e o primeiro deste ano (1,2%), oito setores aumentaram suas participações no resultado global, com destaque para máquinas e equipamentos, que passou de -2,2% para 1,7%, refletindo a maior produção de bens de capital e a retomada da produção agrícola, e produtos de metal (de 2,2% para 4,7%). A maioria (10) dos quatorze locais pesquisados apresentou, no primeiro trimestre, melhora nos índices frente aos do quarto trimestre de 2006, com destaque para Rio Grande do Sul (de -7,0% para -3,3%) e Paraná (de -1,0% para 1,8%).

Em síntese, acompanhando o movimento de recuperação observado no ritmo da atividade industrial, os índices do emprego mostraram um quadro positivo segundo diferentes comparações. Nos confrontos contra iguais períodos do ano anterior, o emprego vem sustentando resultados positivos: o indicador mensal cresce desde julho de 2006 e o trimestral avança desde o terceiro trimestre do ano passado. Outro sinal favorável vem das comparações livres de influências sazonais, onde o número de pessoas ocupadas mostra resultado de 0,4% em março, sustentando taxa positiva pelo terceiro mês consecutivo, período em que acumula um incremento de 1,2%. Na passagem do quarto trimestre de 2006 para o primeiro de 2007, o índice passa de -0,1% para 0,5%.

Número de Horas Pagas

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em março, apresentou queda de 1,0% em relação a fevereiro, na série livre dos efeitos sazonais, após crescer 1,9% no mês anterior. O indicador de média móvel trimestral continua apontando trajetória positiva, assinalando variação de 0,2% entre os trimestres encerrados em março e fevereiro.

No confronto com igual mês do ano anterior, a taxa fica em 1,1%, décimo resultado positivo consecutivo. Na análise trimestral, o primeiro trimestre do ano fica positivo tanto no confronto com igual período do ano anterior (0,8%), como na comparação com o trimestre imediatamente anterior (0,5%) – série com ajuste sazonal. No indicador acumulado nos últimos doze meses, o acréscimo foi de 0,5% e permanece em trajetória ascendente desde outubro de 2006.

O número de horas pagas, segundo o indicador mensal, registrou crescimento de 1,1% com onze dos quatorze locais e onze dos dezoito ramos pesquisados assinalando acréscimo. Em termos setoriais, as maiores pressões positivas vieram de alimentos e bebidas (6,1%), produtos de metal (3,8%) e de outros produtos da indústria de transformação (4,6%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-9,7%) e vestuário (-6,8%) exerceram as contribuições negativas mais relevantes.

Ainda na comparação com março de 2006, os locais que assinalaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram: São Paulo (1,3%), região Nordeste (2,0%) e Paraná (3,0%). Em São Paulo, doze das dezoito atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (21,1%), têxtil (5,8%) e alimentos e bebidas (1,8%).

Na indústria nordestina, alimentos e bebidas (5,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (44,8%) exerceram as principais contribuições positivas; e no Paraná, o segmento de alimentos e bebidas (8,1%) representou o impacto mais expressivo. A principal influência negativa no cômputo geral veio do Rio Grande do Sul (-2,8%), sobretudo devido a calçados e artigos de couro (-19,3%).

O indicador acumulado no primeiro trimestre de 2007, em relação a igual período do ano passado, cresceu 0,8% com resultados positivos em onze dos dezoito setores e em dez dos quatorze locais. Alimentos e bebidas (6,4%), produtos de metal (3,8%) e meios de transporte (3,2%) figuraram com os maiores impactos na média geral. Por outro lado, as principais contribuições negativas vieram de calçados e artigos de couro (-9,6%) e vestuário (-7,5%).

Regionalmente, as influências positivas mais importantes no resultado global vieram de São Paulo (1,1%) e da região Nordeste (2,2%), enquanto, em sentido contrário, Rio Grande do Sul (-3,4%) e Minas Gerais (-1,7%) exerceram as principais pressões negativas. Em bases trimestrais, após apresentar trajetória ascendente ao longo de 2006 (0,1% no primeiro e segundo trimestres, 0,4% no terceiro e 0,8% no quarto), o número de horas pagas manteve o ritmo de crescimento observado no último trimestre de 2006.

Folha de Pagamento Real

Em março, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, ajustado sazonalmente, recuou 3,7% em relação ao mês passado, após avançar 13,0% nos dois meses anteriores. Com isso, o indicador de média móvel trimestral apresentou crescimento de 2,7% entre os trimestres encerrados em fevereiro e março, sustentando a terceira taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 6,3% no primeiro trimestre de 2007.

Nos demais indicadores, o valor real da folha de pagamento foi positivo: 3,7% em relação a março de 2006, 4,4% no acumulado no ano, e 2,3% no indicador acumulado nos últimos doze meses, mantendo a trajetória ascendente desde dezembro de 2006.

No confronto março 07/ março 06, a folha de pagamento real apresentou incremento de 3,7%, com taxas positivas nos quatorze locais pesquisados. A principal contribuição positiva veio de São Paulo (1,5%), por conta, principalmente, de alimentos e bebidas (6,0%), meios de transporte (2,7%) e minerais não-metálicos (12,5%). Em seguida, vale citar região Norte e Centro-Oeste (9,9%), em função de alimentos e bebidas (20,6%) e de produtos químicos (22,6%); e região Nordeste (7,9%), devido a alimentos e bebidas (12,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (33,9%). Vale mencionar, ainda, em menor medida, Minas Gerais (5,7%), Rio Grande do Sul (5,0%) e Santa Catarina (4,5%).

Em termos setoriais, ainda no indicador mensal, doze das dezoito atividades pesquisadas assinalaram incremento na folha real de pagamento. As maiores influências positivas vieram de alimentos e bebidas (9,1%), meios de transporte (3,7%) e indústria extrativa (13,7%). Por outro lado, as pressões negativas mais significativas foram observadas em papel e gráfica (-5,4%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-3,3%) e madeira (-5,1%).

O indicador acumulado no ano cresceu 4,4%, com resultados positivos em treze das dezoito atividades. Alimentos e bebidas (9,5%), indústria extrativa (14,8%) e produtos químicos (7,8%) foram os maiores impactos positivos, enquanto papel e gráfica (-4,0%), madeira (-6,0%) e calçados e artigos de couro (-3,2%) foram as principais pressões negativas. Em termos regionais, os principais destaques na expansão do valor real da folha de pagamento foram São Paulo (2,7%), sobretudo devido a alimentos e bebidas (8,5%) e produtos químicos (7,5%); região Nordeste (7,8%), por conta de alimentos e bebidas (11,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (29,7%); e Minas Gerais (6,5%), em função de metalurgia básica (10,3%) e indústria extrativa (16,6%).

Na comparação contra igual trimestre do ano anterior, verificaram-se taxas positivas há treze trimestres consecutivos e trajetória ascendente desde o segundo trimestre de 2006 (0,8%). A aceleração no ritmo de expansão do valor real da folha de pagamento, na passagem do último trimestre de 2006 (2,3%) para o primeiro trimestre deste ano (4,4%), reflete os ganhos em treze das dezoito atividades e em onze dos quatorze locais. Setorialmente, os destaques vieram de alimentos e bebidas (de 3,9% para 9,5%), metalurgia básica (2,3% para 8,7%) e meios de transporte (-1,2% para 1,3%). Entre os locais que mais aceleraram, vale citar Rio Grande do Sul (-7,5% para 4,1%), Bahia (-1,2% para 4,8%) e Ceará (2,4% para 7,3%).