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Em março, indústria cresce em 8 dos 14 locais pesquisados

Os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente mostraram, de fevereiro para março, expansão em oito dos quatorze locais investigados pelo IBGE.

09/05/2007 06h31 | Atualizado em 09/05/2007 06h31

Os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente mostraram, de fevereiro para março, expansão em oito dos quatorze locais investigados pelo IBGE. Em Minas Gerais (5,3%) foi verificado o maior crescimento, seguido por Pernambuco (4,9%), Paraná e Rio de Janeiro (ambos com 3,6%) e Goiás (3,4%). São Paulo (0,0%), parque fabril de maior peso no país, registrou estabilidade após crescer 2,4% em fevereiro. Ainda nesse mesmo período, Ceará (-4,9%), região Nordeste (-1,6%) e Bahia (-0,2%) apresentaram resultados negativos.

Em relação a março de 2006, os índices regionais apresentaram taxas positivas em onze das quatorze regiões pesquisadas. Os aumentos oscilaram entre os 11,4% do Paraná e os 0,3% da região Nordeste. Os demais locais com taxas positivas, acima da média nacional (3,9%), foram: Minas Gerais (7,8%), Rio Grande do Sul (7,4%), Espírito Santo (6,3%), Pernambuco (5,9%) e Rio de Janeiro (4,4%). Ainda nessa comparação, Ceará (-6,9%), Amazonas (-2,6%) e Bahia (-0,3%) apresentaram recuo.

Resultados para o primeiro trimestre de 2007

No primeiro trimestre do ano, frente a igual período do ano anterior, com taxas acima da média nacional (3,8%), situaram-se as indústrias do Paraná (8,0%), Pará (6,7%), Goiás (6,5%), Rio Grande do Sul e Espírito Santo (ambos com 6,4%), Minas Gerais (5,8%) e Pernambuco (5,7%), onde se destacaram, respectivamente, os itens: caminhões; minérios de ferro; fertilizantes; autopeças; petróleo; automóveis; e açúcar cristal. Apenas Ceará (-4,2%) e Amazonas (-2,3%) assinalaram resultados negativos e as principais pressões vieram, respectivamente, de refino de petróleo e produção de álcool (gasolina); e de material eletrônico e equipamentos de comunicações (telefones celulares e televisores).

Os indicadores regionais da produção mostraram que a aceleração no ritmo produtivo, observada nos índices nacionais na passagem do 4º trimestre de 2006 (3,2%) para o 1º trimestre de 2007 (3,8%), teve reflexo também na maioria (9) dos quatorze locais pesquisados. Os ganhos mais acentuados entre esses dois períodos foram verificados na Região Sul: Rio Grande do Sul, onde a taxa salta de 1,2% para 6,4%, seguido por Paraná (de 4,5% para 7,9%) e Santa Catarina (de 0,1% para 2,5%). A forte presença de produtos associados a produção de bens de capital e a recuperação do setor agrícola explicam o bom desempenho desses locais.

Amazonas

Em março, a indústria do Amazonas cresceu 0,9% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após recuar 6,4% em fevereiro. Em relação a março de 2006, a redução foi de 2,6%, segunda taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação. No fechamento do primeiro trimestre de 2007, a produção foi 2,5% menor do que em igual período de 2006, e 7,0% maior do que o trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente). A taxa anualizada, medida pelo indicador acumulado nos últimos doze meses (-4,8%), prossegue em trajetória de desaceleração, já que assinalou -1,9% em janeiro e -3,9% em fevereiro. O índice de média móvel trimestral mostra um ganho de 1,7% entre os trimestres encerrados em fevereiro e março, terceiro resultado positivo consecutivo.

O decréscimo de 2,6% na comparação março 07/ março 06 foi explicado, sobretudo, pelo desempenho negativo de quatro dos onze segmentos investigados. Material eletrônico e equipamentos de comunicações (-36,1%) concentrou a pressão negativa mais relevante na formação do índice geral, respondendo por cerca de 15,5 pontos percentuais negativos do total. Nesta atividade os itens que mais pressionam negativamente são: telefones celulares e televisores. Por outro lado, alimentos e bebidas (24,1%) e máquinas e equipamentos (90,0%) exerceram as principais contribuições positivas, em grande parte devido aos aumentos na fabricação de preparações e pó e em xarope para elaboração de bebidas, no primeiro setor, e de fornos de microondas, cuja produção aumentou para atender o maior número de pedidos para o dia das mães, e aparelhos de ar condicionado, no segundo.

No primeiro trimestre do ano, frente a igual período do ano anterior, o recuo no total da indústria foi de –2,5%, com novamente quatro das onze atividades apontando queda na produção. A fabricação de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-36,3%) prosseguem concentrando a maior contribuição negativa sobre o índice geral, cabendo aos itens telefones celulares e televisores as principais pressões. Em sentido oposto, entre as sete indústrias com expansão, as que mais pressionaram positivamente a taxa global continuam sendo alimentos e bebidas (26,4%); máquinas e equipamentos (67,8%); outros equipamentos de transporte (19,2%); edição e impressão (73,5%) e produtos de metal (34,0%).

Pará

A indústria do Pará, em março, ficou estável (0,0%) frente ao mês anterior, já descontadas as influências sazonais, após recuar 2,9% em fevereiro. Na comparação com igual mês do ano anterior observou-se expansão de 1,8%. No fechamento do primeiro trimestre de 2007, a produção foi 6,7% maior do que em igual período do ano anterior e fica estável (0,0%) frente ao trimestre imediatamente anterior – série com ajuste sazonal. O indicador acumulado nos últimos doze meses (12,7%), mesmo com ligeira desaceleração no ritmo de crescimento nos últimos dois meses, permaneceu com taxas positivas de dois dígitos. O índice de média móvel trimestral fica praticamente estável (0,2%) entre os trimestres encerrados em fevereiro e março.

No confronto com igual mês do ano anterior, a indústria paraense cresceu 1,8%, com três das seis atividades pesquisadas alcançando desempenhos positivos. As contribuições mais expressivas no total da indústria foram observadas na metalurgia básica (12,9%) e na extrativa (4,5%), com destaque para óxido de alumínio e minérios de ferro, respectivamente. Por outro lado, os maiores impactos negativos vieram de celulose e papel (-30,3%) e de alimentos e bebidas (-15,9%), que registraram recuos na produção, sobretudo, de celulose, e de crustáceos congelados, respectivamente.

No primeiro trimestre do ano, frente a igual período do ano anterior, o crescimento da indústria paraense foi de 6,7%, com apenas duas das seis atividades pesquisadas mostrando expansão na produção. Novamente a indústria extrativa (10,5%) e a metalurgia básica (13,7%) assinalaram as contribuições positivas no total da indústria. Por outro lado, madeira (-6,0%) e celulose e papel (–9,9%) exerceram os principais impactos negativos, pressionados pelos recuos de madeira densificada e compensada, no primeiro ramo, e de celulose, no segundo.

A indústria paraense desacelerou o ritmo de produção ao passar de uma expansão de 11,7% no quarto trimestre de 2006 para um crescimento de 6,7% no primeiro trimestre de 2007, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Para este movimento contribuíram quatro das seis atividades pesquisadas, com destaque para metalurgia básica, que passou de 31,1% para 13,7%, e alimentos e bebidas (de 11,2% para -2,0%).

Região Nordeste

Em março, a indústria do Nordeste apresentou queda de 1,6% em relação a fevereiro, na série livre dos efeitos sazonais, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando neste período uma perda de 2,0%. Na comparação contra igual mês do ano anterior observa-se ligeira variação de 0,3%. Nos três primeiros meses de 2007 os resultados foram positivos tanto frente a igual período do ano anterior (2,7%), quanto em relação ao último trimestre de 2006 (0,4%) – série com ajuste sazonal. O indicador acumulado nos últimos doze meses mostrou expansão de 3,1%, porém com suave desaceleração no ritmo de crescimento frente ao resultado de janeiro e fevereiro, ambos com 3,5%. O índice de média móvel trimestral mostra avanço de 0,5% entre os trimestres encerrados em março e fevereiro.

A indústria nordestina, na comparação com igual mês do ano anterior, apontou variação de 0,3%, com crescimento em apenas três dos onze segmentos pesquisados. O principal impacto positivo no total da indústria veio de alimentos e bebidas (6,9%), seguido por minerais não-metálicos (8,6%) e calçados e artigos de couro (2,7%). Por outro lado, os setores têxtil (-5,1%) e de vestuário (-14,9%) exerceram as pressões negativas mais relevantes, influenciados pelos recuos na produção de tecidos de algodão, exceto mesclados; e calças compridas, respectivamente.

O ritmo da indústria nordestina ficou praticamente estável entre o primeiro trimestre de 2007 (2,7%) e o último de 2006 (2,6%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. No fechamento do primeiro trimestre do ano, seis dos onze ramos pesquisados mostraram taxas positivas, com alimentos e bebidas (9,1%) respondendo pela maior contribuição positiva sobre a média geral. As maiores pressões negativas foram verificadas nas indústrias têxtil e extrativa, com recuos de 6,0% e 3,9%, respectivamente.

Ceará

Em março de 2007, a produção industrial do Ceará, ajustada sazonalmente, recuou 4,9% frente a fevereiro, após ter crescido 3,9% no mês anterior. Em relação a março do ano passado, a indústria cearense mostrou decréscimo de 6,9%. No fechamento do primeiro trimestre do ano, houve recuo de 4,2% frente a igual período do ano anterior e de 2,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente). O indicador acumulado nos últimos doze meses cresceu 4,6%, porém segue em trajetória descendente desde dezembro de 2006 (8,2%). O indicador de média móvel trimestral apresentou recuo de 1,6% entre os trimestres encerrados em fevereiro e março

O indicador mensal da produção industrial cearense apresentou decréscimo de 6,9%, com seis dos dez setores industriais pesquisados com taxas negativas. A maior contribuição negativa veio de refino de petróleo e produção de álcool (-50,4%), refletindo uma paralisação técnica em importante refinaria, com impactos, sobretudo, na produção de gasolina. Em seguida, vale citar também os recuos observados em alimentos e bebidas (-4,5%), por conta da menor fabricação de amendoim e castanha de caju torrados, e biscoitos e bolachas; e na indústria têxtil (-4,9%), em função da queda na produção de tecidos e fios de algodão. Por outro lado, as principais influências positivas foram assinaladas na metalurgia básica (46,4%) e em calçados e artigos de couro (3,7%).

O primeiro trimestre do ano recuou 4,2%, em relação ao mesmo período do ano passado, com seis das dez atividades pesquisadas apresentando resultados negativos. As principais influências sobre a média global vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-34,2%), por conta da menor produção de gasolina e asfalto; e de têxtil (-12,2%), em função de tecidos e fios de algodão. Em sentido oposto, os maiores impactos positivos foram assinalados em alimentos e bebidas (3,8%) e em metalurgia básica (41,2%). O primeiro trimestre do ano (-4,2%), primeiro resultado negativo desde o último trimestre de 2005, mostrou ritmo bastante inferior ao observado no último trimestre do ano passado (8,0%). Para este movimento contribuíram oito dos dez setores pesquisados, com destaque para calçados e artigos de couro, que passou de 14,3% para -4,0%; e alimentos e bebidas (de 12,4% para 3,8%).

Pernambuco

Em março, a produção industrial de Pernambuco , ajustada sazonalmente, avançou 4,9% em relação a fevereiro, após assinalar crescimento de 0,6% no mês anterior. No confronto com março do ano passado houve acréscimo de 5,9%. O fechamento do primeiro trimestre do ano mostrou crescimento de 5,7% frente a igual trimestre do ano anterior, e ficou praticamente estável (0,1%) em relação ao trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente). O indicador acumulado nos últimos doze meses apresentou ligeiro acréscimo na passagem de fevereiro (5,3%) para março (5,5%). E o indicador de média móvel trimestral registrou aumento de 1,0%, após assinalar duas taxas negativas consecutivas, período em que acumulou uma perda de 1,0%.

Na comparação com março do ano passado, a indústria pernambucana avançou pelo décimo sétimo mês consecutivo, com taxas positivas em oito das onze atividades industriais pesquisadas. No crescimento de 5,9%, destaca-se o bom desempenho de alimentos e bebidas (7,3%), por conta do aumento na produção de sorvetes e farinha de trigo. Em seguida, vale citar também os avanços em produtos químicos (13,2%), em virtude da maior fabricação de oxigênio, e de tintas e vernizes para construção; e em borracha e plástico (18,9%), por conta do aumento na produção de filmes de plástico, e sacos de lixo. Em sentido oposto, as principais pressões negativas vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,1%) e de metalurgia básica (-2,6%), devido, respectivamente, a redução da produção de pilhas e baterias elétricas; e fio-máquina de aço ao carbono.

No acréscimo de 5,7%, observado no acumulado no ano, oito dos onze ramos pesquisados mostraram expansão. Os maiores impactos positivos foram assinalados por alimentos e bebidas (6,3%), produtos químicos (16,9%) e borracha e plástico (20,4%), em virtude, respectivamente, do aumento na produção dos itens: sorvetes e picolés; borracha de estireno-butadieno; e filmes de plásticos. Por outro lado, as principais contribuições negativas vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,0%) e de minerais não-metálicos (-2,7%), por conta, respectivamente, do recuo na produção de pilhas e baterias elétricas; e abrasivos naturais e artificiais em pó ou em grãos.

Bahia

Em março de 2007, a produção industrial da Bahia ajustada sazonalmente recuou 0,2% frente a fevereiro, após queda de 6,0% no mês anterior. No confronto com março de 2006, também foi registrada taxa negativa (-0,3%). O primeiro trimestre do ano mostrou crescimento de 2,0% em relação ao mesmo período do ano passado e de 3,1% na comparação com o trimestre imediatamente anterior (série com ajuste sazonal). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses (2,0%), mostrou perda de ritmo frente ao resultado de fevereiro (2,6%). E o indicador de média móvel trimestral, entre os trimestres encerrados em fevereiro e março, avançou 1,7%, revertendo a queda de 0,5% assinalada no mês anterior

Na comparação com igual mês do ano passado, a indústria baiana mostrou variação negativa de 0,3%, com quatro dos nove setores industriais pesquisados assinalando recuo na produção. A maior contribuição negativa veio de refino de petróleo e produção de álcool (-4,1%), por conta da menor produção de nafta, e de querosene de aviação. Por outro lado, os principais impactos positivos foram verificados em alimentos e bebidas (4,5%), devido ao aumento na fabricação de farinhas e “ pellets ” da extração do óleo de soja, e óleo de soja em bruto; e borracha e plástico (18,9%), decorrente da maior fabricação de garrafões, garrafas e frascos de plásticos; e de embalagens de plástico para produtos alimentícios.

O indicador acumulado no ano cresceu 2,0%, com avanço na produção em seis das nove atividades investigadas. As maiores influências positivas vieram de alimentos e bebidas (17,8%), em função do aumento na produção dos mesmos produtos citados no indicador mensal; e de produtos químicos (2,9%), por conta da maior fabricação de polietileno de alta densidade, e octanol. Em sentido contrário, as principais pressões negativas vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-3,0%) e de veículos automotores (-18,5%), por conta, respectivamente, da menor produção de nafta e óleo diesel; e automóveis.

 

Minas Gerais

O setor industrial de Minas Gerais, na série livre dos efeitos sazonais, assinalou aumento de 5,3% na passagem de fevereiro para março, após recuar por dois meses consecutivos, período em que acumulou uma perda de 2,1%. No confronto com igual mês do ano anterior, o setor prossegue mostrando taxa positiva (7,8%), comportamento presente desde julho de 2006. No primeiro trimestre do ano houve expansão tanto em relação ao mesmo período do ano passado (5,8%) como na comparação com o trimestre imediatamente anterior (1,6%) – série com ajuste sazonal. O indicador acumulado nos últimos doze meses repete a taxa de fevereiro (4,4%). E o índice de média móvel trimestral mostra avanço de 1,0% entre os trimestres encerrados em fevereiro e março.

O acréscimo de 7,8%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, reflete o bom desempenho das indústrias extrativa (7,3%) e de transformação (7,9%). A performance favorável do setor extrativo foi sustentada pela maior extração de minérios de ferro. Na indústria de transformação, onde oito dos doze ramos investigados assinalaram expansão, o setor de veículos automotores (22,0%) apresentou a maior contribuição positiva, seguido por metalurgia básica (4,8%) e produtos de metal (20,0%).

No acumulado no ano, frente a igual período de 2006, a indústria mineira cresceu 5,8%, com nove ramos apontando crescimento na produção. O setor de veículos automotores (13,9%) apresentou o impacto positivo mais importante, pressionado, em grande parte, pelo acréscimo na fabricação de automóveis. Vale também citar os desempenhos positivos vindos de metalurgia básica (5,7%), indústria extrativa (5,7%) e de máquinas e equipamentos (14,2%). Por outro lado, a maior contribuição negativa veio de minerais não-metálicos (-3,9%) influenciado, em grande parte, pela redução na produção de cimento.

Espírito Santo

Em março de 2007, a produção industrial do Espírito Santo cresceu 0,6% em relação a fevereiro, na série livre de influências sazonais, segundo resultado positivo consecutivo, acumulando neste período expansão de 1,8%. Na comparação com março de 2006, o aumento foi de 6,3%, 15º resultado positivo consecutivo. No primeiro trimestre do ano, a indústria capixaba avançou 6,4% na comparação com igual período do ano passado e recuou 1,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior – série com ajuste sazonal. O indicador acumulado nos últimos doze meses expandiu 8,7%, mostrando acréscimo frente ao resultado de fevereiro (8,3%). E o índice de média móvel trimestral mostra ligeira variação negativa (-0,2%) entre os trimestres encerrados em fevereiro e março, terceira taxa negativa consecutiva.

No confronto março 07/março 06, a produção aumentou 6,3%, apoiada sobretudo no desempenho da indústria extrativa (32,8%), uma vez que a indústria de transformação recuou 2,8%. No primeiro segmento, que exerce o principal impacto positivo, destaca-se o aumento na extração de petróleo e o maior beneficiamento do minério de ferro. No decréscimo de 2,8% da indústria de transformação, a principal contribuição negativa fica com metalurgia básica (-14,8%), cabendo ao item lingotes e blocos de aço o principal destaque. Por outro lado, entre os ramos que aumentaram a produção, minerais não-metálicos (17,8%) foi o que exerceu a maior influência sobre a taxa global, devido, em grande parte, à expansão na fabricação de cimento.

No primeiro trimestre do ano, frente a igual período de 2006, a produção cresceu 6,4%, refletindo em grande parte o desempenho favorável da indústria extrativa (24,2%). Na indústria de transformação, com taxa estável (0,0%), dois dos quatro setores mostraram avanço na produção, com alimentos e bebidas (9,8%) exercendo a principal contribuição positiva. Em sentido oposto, a maior pressão negativa ficou com metalurgia básica (-6,2%).

Rio de Janeiro

Em março, o índice da produção industrial do Rio de Janeiro ajustado sazonalmente apresentou expansão de 3,6% frente a fevereiro, praticamente devolvendo o recuo de 3,7% registrado no mês anterior. No confronto com igual mês do ano o crescimento foi de 4,4%, melhor resultado desde julho de 2006 (5,1%). No primeiro trimestre de 2007, os resultados foram positivos tanto frente a igual período do ano anterior (1,5%) como em relação ao último trimestre de 2006 (0,9%) – série com ajuste sazonal. O indicador acumulado nos últimos doze meses (1,1%) apresentou acréscimo frente a taxa de fevereiro (0,8%). E o índice de média móvel trimestral mostra aceleração (0,8%) entre os trimestres encerrados em fevereiro e março.

Na comparação março 07/março 06, o setor industrial fluminense mostrou avanço de 4,4%, tendo como principal contribuição positiva a performance da indústria de transformação (5,5%), uma vez que a indústria extrativa apontou resultado negativo (-0,2%). No primeiro setor, onde dez dos doze setores pesquisados assinalaram aumento na produção, o principal impacto positivo foi observado na metalurgia básica (47,6%), ainda favorecido pela baixa base de comparação, por conta da paralisação de um alto forno em grande empresa do setor nos primeiros meses do ano passado, que se reflete na maior fabricação de folhas-de-flandres e bobinas ou chapas de aço ao carbono. Vale citar também as influências positivas vindas de edição e impressão (10,4%); bebidas (10,6%); outros produtos químicos (7,0%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (27,1%). Por outro lado, a pressão negativa mais importante ficou concentrada na indústria farmacêutica (-35,8%).

No primeiro trimestre do ano, frente a igual período de 2006, o crescimento total da indústria foi de 1,5%, com sete dos treze ramos industriais apontando aumento na produção. A metalurgia básica (23,1%) mantém a liderança em termos de impacto sobre o índice geral. Em sentido oposto, entre as seis atividades que apontaram queda, as que mais pressionaram a taxa global continuam sendo as indústrias farmacêutica (-15,4%) e a de refino de petróleo e produção de álcool (-5,8%).

São Paulo

Em março, a produção industrial de São Paulo ficou estável frente a fevereiro (0,0%), na série com ajuste sazonal, após avançar 2,4% no mês anterior. Em relação a março de 2006, o indicador mostrou expansão de 2,2%, terceira taxa positiva consecutiva. Nos índices trimestrais, o aumento foi de 1,0% na comparação com o trimestre imediatamente anterior - série ajustada sazonalmente - e de 2,9% em relação ao primeiro trimestre de 2006. O indicador acumulado nos últimos doze meses (2,7%) mostrou desaceleração frente aos resultados de janeiro (3,3%) e de fevereiro (3,1%). O índice de média móvel trimestral avança 0,5% entre os trimestres encerrados em fevereiro e março, segunda expansão consecutiva, período em que acumula aumento de 1,3%.

Em relação a março de 2006, doze dos vinte ramos contribuíram positivamente para o crescimento de 2,2%, cabendo aos setores de máquinas e equipamentos (11,9%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (17,7%) e de perfumaria, sabões e produtos de limpeza (13,4%) as influências mais significativas sobre a média global. Em sentido contrário, os principais impactos negativos foram observados em veículos automotores (-5,9%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,2%) e farmacêutica (-4,8%), pressionados, sobretudo, pelos decréscimos na fabricação de automóveis; transformadores; e vacinas para uso veterinário.

No primeiro trimestre do ano, frente ao mesmo período do ano passado, o crescimento da indústria paulista foi de 2,9%, com quatorze setores expandindo a produção. Os principais destaques positivos vieram de máquinas e equipamentos (12,5%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (41,0%), alimentos (7,4%) e metalurgia básica (11,0%). Por outro lado, entre os segmentos que apresentaram queda, as maiores contribuições sobre a taxa global foram: veículos automotores (-4,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,5%).

Paraná

A produção industrial do Paraná avançou 3,6% em março frente ao mês imediatamente anterior, sendo este o segundo resultado positivo consecutivo, acumulando crescimento de 7,1%, já descontadas as influências sazonais. No confronto com igual mês do ano anterior, o setor prosseguiu mostrando taxa positiva (11,4%), comportamento presente desde outubro de 2006. No primeiro trimestre do ano há crescimento de 8,0%, na comparação com o mesmo período do ano passado, e de 2,0% contra o trimestre imediatamente anterior – série ajustada sazonalmente. Na passagem de fevereiro (0,3%) para março (1,5%), o indicador acumulado nos últimos doze meses mostrou aceleração no ritmo de expansão. E o indicador de média móvel trimestral avança 0,8% na passagem dos trimestres encerrados em fevereiro e março, sustentando seis taxas positivas consecutivas neste tipo de comparação, período em que acumulou ganho de 6,6%.

No confronto março06/março07, a produção paranaense aumentou 11,4%, com dez das quatorze atividades pesquisadas assinalando crescimento. As maiores influências positivas na formação da média global vieram de edição e impressão (53,2%), alimentos (9,3%) e de outros produtos químicos (56,7%). Nestes setores, o aumento na fabricação foi verificado nos seguintes itens: livros e brochuras; carnes e miudezas de aves; e adubos ou fertilizantes, respectivamente. Por outro lado, a principal pressão negativa veio de madeira (-17,8%), decorrente, em grande parte, da queda em madeira compensada.

O primeiro trimestre do ano mostrou crescimento de 8,0%, com nove ramos apresentando taxas positivas. Os setores de veículos automotores (17,4%) e de edição e impressão (34,0%) exerceram os impactos positivos mais relevantes, impulsionados, sobretudo, pelos avanços na fabricação de caminhões e automóveis; e de livros e brochuras, respectivamente. Por outro lado, a principal pressão negativa veio de madeira (-16,6%), com destaque para a queda na fabricação de folhas para folheados.

 

Santa Catarina

Em março, a produção industrial de Santa Catarina ficou estável (0,0%) frente ao mês anterior, já descontadas as influências sazonais, interrompendo a seqüência de quatro taxas positivas, período em que acumulou ganho de 4,3%. No confronto com igual mês do ano anterior, o crescimento foi de 1,8%. No primeiro trimestre de 2007, os resultados também são positivos tanto frente a igual período do ano anterior (2,5%) como em relação ao último trimestre de 2006 (3,1%) – série com ajuste sazonal. O indicador acumulado nos últimos doze meses (0,5%) ficou estável frente a taxa de fevereiro. E o índice de média móvel trimestral mostra avanço (0,7%) entre os trimestres encerrados em fevereiro e março, quarto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando um ganho de 3,7% neste período.

Na formação da taxa de 1,8%, frente a igual mês do ano anterior, cinco das onze atividades industriais investigadas assinalaram crescimento na produção. No total da indústria, o maior destaque foi para máquinas e equipamentos (18,2%) e, em menor escala, com alimentos (8,0%), que foram impulsionados pela maior fabricação de refrigeradores e compressores, no primeiro setor, e de produtos de salamaria e carnes de aves, no segundo. Por outro lado, a principal pressão negativa vem de vestuário (-14,5%), vindo a seguir minerais não-metálicos (-9,8%), borracha e plástico (-6,5%) e têxtil (-3,5%).

No primeiro trimestre do ano, frente a igual período do ano anterior, a indústria catarinense prosseguiu em expansão (2,5%), com resultados positivos em cinco das onze atividades pesquisadas. Os maiores impactos positivos no resultado geral vieram de máquinas e equipamentos (12,0%) impulsionado, sobretudo, pelo incremento na fabricação de refrigeradores ou congeladores, e de alimentos (7,0%), por conta dos itens produtos de salamaria e carnes de aves. Entre os setores que assinalaram redução na produção, vestuário, com queda de 16,6%, responde pela pressão negativa mais relevante.

Rio Grande do Sul

Em março de 2007, a indústria do Rio Grande do Sul, na série livre dos efeitos sazonais, cresceu 0,9% em relação a fevereiro, segundo resultado positivo consecutivo, acumulando expansão de 3,0% nesses dois meses. Na comparação com igual mês do ano passado, houve aumento de 7,4%, melhor resultado desde agosto de 2004 (13,8%). No primeiro trimestre do ano observou-se crescimento tanto frente ao mesmo período do ano anterior (6,4%) como em relação ao trimestre imediatamente anterior (2,8%) – série com ajuste sazonal. O indicador acumulado nos últimos doze meses, mesmo assinalando ligeira variação negativa de 0,1%, manteve a trajetória de desaceleração iniciada em agosto de 2006 (-3,6%). O índice de média móvel trimestral apresentou avanço de 0,6% na passagem dos trimestres encerrados em fevereiro e março, sustentando taxa positiva pelo décimo mês consecutivo, período em que acumulou um incremento de 8,1%.

A indústria gaúcha, no confronto com igual mês do ano anterior, assinalou expansão de 7,4%, com perfil generalizado de crescimento, que atinge doze dos quatorze ramos pesquisados. As contribuições mais expressivas foram observadas em veículos automotores (39,0%), refino de petróleo e produção de álcool (19,9%), máquinas e equipamentos (17,8%) e fumo (13,7%). Nestes ramos sobressaem o aumento na produção dos itens: automóveis e eixos; naftas para petroquímica; ferramentas hidráulicas e centros de usinagem; e fumo processado, respectivamente. Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-20,3%) prossegue exercendo a principal influência negativa, em decorrência, sobretudo, da menor produção de calçados e tênis de couro.

O primeiro trimestre do ano mostrou crescimento de 6,4% refletindo, sobretudo, o crescimento observado em doze das quatorze atividades pesquisadas. A influência positiva mais relevante foi assinalada por veículos automotores (31,2%), seguido por refino de petróleo e produção de álcool (18,2%), máquinas e equipamentos (14,5%) e alimentos (5,7%) que, no conjunto, responderam por um impacto de 6,4 pontos percentuais. Pressionando negativamente a taxa global destaca-se o ramo de calçados e artigos de couro (-15,0%), em função, sobretudo, da queda na produção de calçados e tênis de couro.

Goiás

Em março de 2007, a produção industrial de Goiás, ajustada sazonalmente, assinalou expansão de 3,4% em relação ao mês anterior, após mostrar expressiva queda em fevereiro (-10,2%). Na comparação com março do ano passado, a produção cresceu 2,1%, sexto resultado positivo neste tipo de comparação. No primeiro trimestre de 2007, observou-se crescimento tanto frente a igual período do ano anterior (6,5%) como na comparação com o último trimestre do ano passado (1,6%). O indicador acumulado nos últimos doze meses ficou praticamente estável entre fevereiro (3,4%) e março (3,5%). E o índice de média móvel trimestral fica estável (0,0%) entre os trimestres encerrados em fevereiro e março, após recuar 1,4% no mês anterior.

No confronto com março do ano passado, a indústria goiana avançou 2,1%, crescimento sustentado pela indústria de transformação (2,3%), uma vez que a atividade extrativa apontou variação negativa (-0,1%). Na primeira, todos os ramos apresentaram taxas positivas, cabendo a minerais não-metálicos (16,6%) e alimentos e bebidas (0,8%) as maiores contribuições positivas sobre a média global.

No primeiro trimestre do ano, a indústria goiana expandiu 6,5%, frente a igual período do ano passado, com todos os segmentos pesquisados assinalando avanço na produção. O principal destaque positivo ficou com o setor de produtos químicos (23,7%), seguido por alimentos e bebidas (2,6%) e indústria extrativa (22,6%).