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Emprego industrial varia 0,3% em fevereiro

Foi o segundo resultado positivo consecutivo, na série ajustada sazonalmente. Na mesma comparação, o número de horas pagas cresceu 1,8% e a folha de pagamento real 3,6%.

12/04/2007 06h31 | Atualizado em 12/04/2007 06h31

Foi o segundo resultado positivo consecutivo, na série ajustada sazonalmente. Na mesma comparação, o número de horas pagas cresceu 1,8% e a folha de pagamento real 3,6%. No confronto fevereiro/07 fevereiro/06, o emprego aumentou 1,0% e a folha de pagamento 5,4%., oitava expansão seguida

Em fevereiro, o emprego industrial manteve sinal positivo pelo segundo mês consecutivo frente ao mês anterior (0,3%), na série livre de influências sazonais, acumulando crescimento de 0,8%. Com isso, o índice de média móvel trimestral mostrou variação de 0,2% entre os trimestres encerrados em fevereiro e janeiro. Em relação a fevereiro de 2006, o aumento foi de 1,0%, oitavo resultado positivo consecutivo. No indicador acumulado do primeiro bimestre de 2007, o incremento também ficou em 1,0%, superior ao do quarto trimestre de 2006 (0,6%). O indicador acumulado nos últimos doze meses (0,2%), em trajetória ascendente desde outubro de 2006, apontou a segunda variação positiva consecutiva.

No confronto com fevereiro de 2006 (1,0%), as admissões superaram as demissões em dez dos catorze locais pesquisados, com destaque para São Paulo (2,0%), região Nordeste (1,9%) e região Norte e Centro-Oeste (2,4%). Nos três locais, o segmento de alimentos e bebidas se destacou como a principal influência positiva, com aumento de 7,6%, 4,7% e 11,5%, respectivamente. A expansão do emprego nessas regiões está associada, principalmente, ao dinamismo das vendas externas de commodities agrícolas (açúcar, soja e grupamento de carnes). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-3,3%) e Minas Gerais (-1,0%) figuraram com os principais impactos negativos, influenciados pelos setores de calçados e artigos de couro (-15,2%) e de vestuário (-15,3%), respectivamente. Setorialmente, no total do país, onze dos dezoito ramos pesquisados contribuíram positivamente para o crescimento do emprego, com destaque para alimentos e bebidas (6,1%), produtos de metal (5,1%) e meios de transporte (4,4%). Em sentido contrário, as pressões negativas no resultado global foram exercidas, sobretudo, por calçados e artigos de couro (-8,2%), vestuário (-6,0%) e madeira (-5,8%).

O indicador acumulado no primeiro bimestre de 2007 mostrou aumento de 1,0%, com dez dos dezoito segmentos expandindo seu contingente de trabalhadores. Os destaques permaneceram com os setores de alimentos e bebidas (6,5%), meios de transporte (4,3%) e produtos de metal (4,3%), assim como as principais influências negativas continuaram com calçados e artigos de couro (-8,8%), vestuário (-5,9%) e madeira (-4,2%). Esses três segmentos vêm pressionando negativamente o emprego industrial, reflexo do menor dinamismo em sua produção, por conta tanto da perda de competitividade exportadora como da maior concorrência com produtos importados. Vale citar ainda o acréscimo significativo do emprego no setor de refino de petróleo e produção de álcool, decorrente, sobretudo, da maior absorção de trabalhadores na produção de álcool.

Regionalmente, São Paulo (1,8%), região Nordeste (2,4%) e região Norte e Centro-Oeste (3,2%) sobressaíram com as principais contribuições positivas, em oposição às pressões negativas vindas do Rio Grande do Sul (-4,0%), Minas Gerais (-0,6%) e Bahia (-0,3%).


Em síntese, a estabilidade na atividade industrial, segundo o índice de média móvel trimestral, também foi observada no emprego nos dois primeiros meses de 2007. Nas comparações com o ano passado, observou-se ligeira aceleração no ritmo do emprego industrial, com taxa de 1,0% para o total da indústria no primeiro bimestre de 2007, superando o índice do último trimestre de 2006 (0,6%). Esse movimento foi mais acentuado no setor de máquinas e equipamentos, que reverteu queda de 2,2% para uma expansão de 1,3%, em produtos de metal, que passou de 2,2% para 4,3%, e em calçados e artigos de couro, de –12,9% para –8,8%.

Número de horas pagas aumenta 0,6% no primeiro bimestre do ano

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria apresentou, em fevereiro, acréscimo de 1,8% em relação a janeiro, na série livre dos efeitos sazonais, após dois meses de taxas negativas, período em que acumulou perda de 1,2%. Com isso, o índice de média móvel trimestral, assim como observado no emprego, também assinalou variação positiva (0,2%) entre os trimestres encerrados em fevereiro e janeiro.

Nas comparações com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 0,6% tanto em relação a igual mês do ano anterior como no indicador acumulado no primeiro bimestre de 2007. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses (0,4%), permaneceu estável frente a dezembro (0,3%) e janeiro (0,4%).

No confronto com fevereiro de 2006, o número de horas pagas aumentou 0,6%, nono resultado positivo consecutivo, influenciado principalmente pelas contribuições positivas vindas de dez dos dezoito ramos pesquisados. Os principais destaques positivos ficaram com alimentos e bebidas (6,3%), produtos de metal (5,2%) e meios de transporte (3,8%), enquanto vestuário (-7,8%) e calçados e artigos de couro (-8,5%) exerceram as maiores pressões negativas.

Regionalmente, ainda no confronto com igual mês do ano passado, os locais que assinalaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram: São Paulo (1,0%), região Nordeste (2,0%) e Paraná (2,6%). Em São Paulo, onze das dezoito atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para alimentos e bebidas (5,8%), produtos de metal (3,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (18,0%). Na indústria nordestina, sobressaíram, com as maiores pressões positivas, alimentos e bebidas (6,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (37,9%); e no Paraná, o aumento mais expressivo veio de alimentos e bebidas (8,6%). Por outro lado, as principais influências negativas vieram do Rio Grande do Sul (-3,3%) e de Minas Gerais (-1,9%), onde os segmentos de calçados e artigos de couro (-15,9%) e vestuário (-20,5%) foram, respectivamente, os que mais pressionaram o resultado geral nos dois locais.

No indicador acumulado no ano (0,6%), dez locais e dez ramos aumentaram o número de horas pagas, com os maiores impactos positivos vindos de São Paulo (0,9%), região Nordeste (2,1%) e região Norte e Centro-Oeste (2,9%), enquanto o Rio Grande do Sul (-4,0%) e Minas Gerais (-1,8%) exerceram as pressões negativas mais importantes. No corte setorial, as principais contribuições positivas vieram de alimentos e bebidas (6,5%), meios de transporte (3,8%) e produtos de metal (3,8%), enquanto as maiores reduções foram observadas em calçados e artigos de couro (-9,9%) e vestuário (-8,0%).

Folha de Pagamento Real cresce em todos os locais nos dois primeiros meses do ano

Em fevereiro, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente cresceu 3,6% frente a janeiro. Com isso, o indicador de média móvel trimestral avançou 3,1% entre os trimestres encerrados em janeiro e fevereiro, atingindo o patamar mais elevado desde o início da série da pesquisa em 2001.

Em relação a igual período do ano anterior, os resultados continuaram positivos: 5,4% no índice mensal e 4,7% no acumulado do primeiro bimestre, que mostrou ritmo superior ao observado no último trimestre de 2006 (2,6%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses (1,9%), apontou ligeiro avanço frente a janeiro (1,7%).

No confronto fevereiro 07/ fevereiro 06, a folha de pagamento real apresentou avanço de 5,4%, com taxas positivas nos catorze locais pesquisados. A contribuição positiva mais relevante veio de São Paulo (4,7%), influenciado principalmente pelo setor de produtos químicos (38,2%), por conta do pagamento de participação de lucros em fevereiro de 2007, seguido por alimentos e bebidas (8,7%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,4%). Na seqüência, vale citar Minas Gerais (6,8%), em função dos acréscimos em: extrativa (19,0%), metalurgia básica (13,0%) e máquinas e equipamentos (20,9%); e a região Nordeste (7,9%), impulsionada pela expansão real da folha de pagamento em alimentos e bebidas (11,4%), produtos químicos (10,6%) e indústria extrativa (9,8%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, houve expansão na folha de pagamento real em onze dos dezoito setores investigados. As principais contribuições positivas vieram de produtos químicos (27,0%), alimentos e bebidas (8,8%) e indústria extrativa (16,2%). Em sentido oposto, as maiores pressões negativas foram exercidas por meios de transporte (-2,5%), papel e gráfica (-2,8%) e madeira (-7,3%).

No indicador acumulado no primeiro bimestre, a folha de pagamento real cresceu 4,7%, com resultados positivos em todos os locais pesquisados. As principais influências vieram de São Paulo (3,4%), Minas Gerais (6,7%) e região Nordeste (7,6%). Em São Paulo destacaram-se os aumentos no valor real da folha de pagamento de produtos químicos (10,0%) e alimentos e bebidas (9,5%); em Minas Gerais, metalurgia básica (11,1%) e indústria extrativa (19,2%); no Nordeste, alimentos e bebidas (11,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (28,0%). Em termos nacionais, doze setores ampliaram a folha de pagamento, com destaque para alimentos e bebidas (9,5%), indústria extrativa (15,6%) e produtos químicos (9,1%). Inversamente, as principais reduções ocorreram em papel e gráfica (-2,6%), madeira (-6,6%) e calçados e artigos de couro (-3,8%).