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Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro

A taxa de desocupação registrada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, nas seis principais Regiões Metropolitanas do país (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), foi de 9,3%, apresentando elevação na comparação...

22/02/2007 07h31 | Atualizado em 22/02/2007 07h31

A taxa de desocupação registrada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, nas seis principais Regiões Metropolitanas do país (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), foi de 9,3%, apresentando elevação na comparação com dezembro (8,4%) de 0,9 ponto percentual. Em relação ao mesmo mês do ano passado (9,2%), a taxa não mostrou movimentação. A pesquisa registrou, ainda, elevação no contingente de desocupados1  (2,1 milhões) na comparação com o mês anterior (10,7%), o que representava  mais 203 mil pessoas procurando trabalho no total das seis regiões pesquisadas. Embora quase todas as regiões investigadas pela PME tivessem apresentado uma tendência de alta nesta estimativa de crescimento do número de desocupados, esta foi significativa nas regiões  Metropolitanas de Salvador (9,2%), Belo Horizonte (18,1%), São Paulo (12,2%) e Porto Alegre (21,5%).

Também, em janeiro, o rendimento médio real proveniente de trabalho apresentou queda de -1,1% na comparação com dezembro de 2006. Em relação a janeiro de 2006, a pesquisa registrou ganho de 4,7%. Em todas as formas de inserção foi observada alta no rendimento: empregado com carteira de trabalho assinada (3,5%), empregado sem carteira de trabalho assinada (2,2%) e trabalhador por conta própria (5,5%).

Regionalmente, na comparação com dezembro último, foi observada movimentação de alta na taxa de desocupação em quatro regiões metropolitanas, a saber: Salvador (12,4% para 13,5%), Belo Horizonte (7,1% para 8,4%), São Paulo (9,0% para 10,1%) e Porto Alegre (6,6% para 8,1%). Nas Regiões Metropolitanas de Recife e Rio de Janeiro o comportamento foi de estabilidade. No confronto com janeiro de 2006, apenas a Região Metropolitana de Recife (15,3% para 11,6%) apresentou movimentação nesta estimativa. 

Pessoas em idade ativa (PIA - pessoas com 10 anos ou mais de idade)

Em janeiro de 2007, a PME estimou um contingente de aproximadamente 40,1 milhões de pessoas em idade ativa para o conjunto das seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa. Esta estimativa não se alterou em relação a dezembro último. Na comparação com janeiro de 2006, o aumento foi de 1,8%, ou seja, um acréscimo de 713 mil pessoas em idade ativa em um ano.

Na análise por sexo, constatou-se que as mulheres representavam, em janeiro de 2007, a maioria da população em idade ativa (53,3%), enquanto os homens, 46,7%. A população em idade ativa estava distribuída, segundo a faixa etária, da seguinte forma: 9,3% de 10 a 14 anos, 5,7% de 15 a 17 anos, 14,3% de 18 a 24 anos, 44,2% de 25 a 49 anos e a população de 50 anos ou mais representava 26,5%. O grupo de jovens de 16 a 24 anos representava, em janeiro de 2007, 18,1% da PIA.

Pessoas economicamente ativas (PEA -pessoas ocupadas e pessoas procurando por trabalho)

Em janeiro de 2007, o contingente de pessoas na força de trabalho foi estimado em 22,6 milhões, apresentando estabilidade em relação a dezembro de 2006. Na comparação com o mesmo mês do ano passado foi registrado crescimento (2,6%), ou seja, em um ano, entraram na força de trabalho aproximadamente 569 mil pessoas.

Na comparação com o mês anterior, todas as regiões metropolitanas apresentaram estabilidade nesta estimativa. Entretanto, em relação a janeiro de 2006, foram verificadas variações nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (6,5%) e de São Paulo (3,5%). As Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre não apresentaram alterações.

Na análise por sexo, constatou-se que os homens continuavam a representar, em janeiro de 2007, a maioria da população economicamente ativa (55,0%).

A distribuição da população economicamente ativa por faixa etária apontou que: 0,2% estava na faixa de 10 a 14 anos de idade; 2,3%, de 15 a 17 anos; 17,8%, de 18 a 24 anos; 61,7%, de 25 a 49 anos e 18,0%, de 50 anos ou mais. O grupo de jovens de 16 a 24 anos representava, em janeiro de 2007, 19,8% da PEA. Dentre os economicamente ativos, 46,1% eram os principais responsáveis na família.

A taxa de atividade (proporção de pessoas economicamente ativas em relação ao número de pessoas de 10 anos ou mais de idade) não registrou movimentação em ambos os períodos de comparação, no total das seis regiões. Regionalmente, em comparação com o mês anterior, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões. No confronto com janeiro de 2006, apenas na Região Metropolitana de Belo Horizonte foi verificada movimentação (2 pontos percentuais).

 Pessoas ocupadas (PO)

            O contingente de pessoas ocupadas, estimado em 20,5 milhões em janeiro de 2007, apresentou declínio na comparação com o mês de dezembro de 2006 (-1,2%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a ocupação cresceu 2,6%, cerca de 512 mil pessoas.

Regionalmente, em relação a dezembro de 2006, o contingente de ocupados só registrou movimentação significativa na Região Metropolitana de Porto Alegre (-2,3%). Na comparação anual, as Regiões Metropolitanas de Recife (3,9%), Salvador (4,2%), Belo Horizonte (6,3%) e São Paulo (2,4%) apresentaram alteração no contingente de ocupados. As demais regiões permaneceram estáveis.

Considerando o nível da ocupação2  (51,2%), os resultados apontaram queda na comparação mensal   (-0,7%) e estabilidade no confronto com janeiro de 2006, para o conjunto das seis regiões. Na comparação mensal, as Regiões Metropolitanas de Recife (-1,1 ponto percentual), Belo Horizonte (-1,0 ponto percentual) e Porto Alegre (-1,3 ponto percentual) mostraram queda nesta estimativa. Na comparação anual, duas regiões registraram elevação: Recife (1,2 ponto percentual) e Belo Horizonte (1,7 ponto percentual). Nas demais não houve movimentação.

Em janeiro de 2007, a pesquisa mostrou, ainda, que os homens representavam 56,0% da população ocupada, enquanto as mulheres, 44,0%. A população de 25 a 49 anos representava 63,2% do total de ocupados. A pesquisa revelou também, que o percentual de pessoas ocupadas em janeiro de 2007 com 11 anos ou mais de estudo era de 53,5%.

Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, 48,6% da população ocupada cumpria, em janeiro de 2007, uma jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais e cerca de 34,0%, acima de 45 horas semanais. Em média, segundo os dados da pesquisa, 68,1% dos trabalhadores tinham aquele trabalho há pelo menos 2 anos; 11,9% há entre 1 ano a menos de 2 anos; 18,2% há entre um mês e um ano e apenas 1,9% estavam naquele trabalho há menos de 1 mês.



Análise dos resultados com relação aos principais Grupamentos de Atividade.

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, 17,3% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade manteve-se estável tanto em relação a dezembro de 2006 quanto em relação a janeiro de 2006, para o total das seis regiões. No enfoque regional, não foi observada movimentação neste grupamento em nenhuma das regiões pesquisadas, em ambas as comparações. 

• Construção, 7,2% da população ocupada. No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade. No enfoque regional, foi constatada movimentação neste grupamento apenas na Região Metropolitana de Recife (-13,9%) em relação a dezembro último. Frente a janeiro de 2006, a Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentou alteração (15,2%) e nas demais regiões o quadro ficou estável.

• Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis, 19,2% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade registrou queda, na comparação mensal     (-3,5%), para o total das seis regiões e não se alterou em relação a janeiro de 2006. No âmbito regional, foi registrada movimentação neste grupamento de atividade em Recife (-7,6%), em relação ao mês anterior. No confronto com janeiro de 2006 foi observada movimentação na Região Metropolitana de Porto Alegre (8,6%).

• Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, 14,8% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade não apresentou movimentação na comparação mensal e em relação ao ano anterior registrou elevação de 5,1%. No enfoque regional, no confronto com o mês anterior, não foi verificada variação em nenhuma das regiões pesquisadas. No confronto com janeiro de 2006, Salvador registrou alta de 19,3% e São Paulo 6,6%. 

• Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social, 15,4% da população ocupada. No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade. No âmbito regional, frente a dezembro, não foi constatada movimentação em nenhuma das regiões pesquisadas. Na comparação anual foi conferida alta na Região Metropolitana de Belo Horizonte (12,7%).

• Serviços domésticos, 8,1% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade manteve-se estável em ambas as comparações. No enfoque regional, foi observada movimentação neste grupamento apenas na Região Metropolitana de Porto Alegre (-8,5%), na comparação mensal e no confronto com o ano anterior houve estabilidade em todas as regiões. 

• Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais), 17,4% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade manteve-se estável em relação a dezembro último e registrou movimentação positiva frente a janeiro de 2006 (6,4%). No enfoque regional, na comparação mensal, não foi verificada nenhuma movimentação nesta estimativa. E em relação a janeiro de 2006, o quadro foi de alta em duas regiões metropolitanas: Recife (11,7%) e São Paulo (10,3%). As demais permaneceram sem alteração.

Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho.

• Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros), 41,7% da população ocupada. Em relação a dezembro de 2006, o contingente de trabalhadores nesta forma de inserção no mercado de trabalho apresentou estabilidade. Frente a janeiro de 2006 ocorreu variação positiva de 4,1%, ou seja, aumento de aproximadamente 337 mil pessoas trabalhando com carteira de trabalho assinada. Na análise regional, com vistas à comparação mensal, houve estabilidade em todas as regiões pesquisadas. Em relação a janeiro de 2006, constatou-se variação positiva nas regiões metropolitanas de Recife (6,7%), Salvador (10,2%), Belo Horizonte (5,0%) e São Paulo (6,0%).

• Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros), 14,4% da população ocupada. O contingente de trabalhadores nesta forma de inserção apresentou estabilidade em ambas as comparações, para o conjunto das seis regiões. No contorno regional, em relação ao mês anterior, foi observada estabilidade em todas as regiões pesquisadas, e na comparação com janeiro de 2006, São Paulo apresentou queda de 7,0%.

• Trabalhadores por conta própria, 19,6% da população ocupada. Foi verificada queda no contingente de trabalhadores nesta forma de inserção na comparação mensal (-2,5%) e, em relação a janeiro de 2006, alta de 6,8% para o total das seis regiões. Na esfera regional, o quadro foi estabilidade em todas as regiões na comparação mensal. Na comparação com janeiro de 2006 foi observada elevação na Região Metropolitana de São Paulo (11,9%).  

 Rendimento médio real 3

Em janeiro de 2007, a pesquisa estimou o rendimento médio real4  habitualmente recebido pelos trabalhadores no conjunto das seis regiões metropolitanas em R$ 1.066,10, apresentando recuo de 1,1% em relação a dezembro último. Na comparação com janeiro de 2006, o quadro foi de recuperação (4,7%).

No enfoque regional, em relação a dezembro, houve recuperação nas seguintes Regiões Metropolitanas: Recife (1,3%) e Belo Horizonte (3,3%). Movimento inverso foi registrado nas Regiões Metropolitanas de Salvador (-3,9%), São Paulo (-2,1%), Rio de Janeiro e Porto Alegre (-0,6%). Na comparação anual, o comportamento foi de elevação em todas as Regiões Metropolitanas: Recife (9,1%), Salvador (1,7%), Belo Horizonte (9,8%), Rio de Janeiro (3,3%), São Paulo (4,8%) e Porto Alegre (3,5%). 

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação mensal

Para o total das seis regiões, registrou-se o seguinte quadro:

• Empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi verificada queda (-1,5%), no rendimento médio estimado em R$ 1.043,20. Nas Regiões Metropolitanas de Recife (-4,5%), Salvador (-4,8%), São Paulo  (-2,2%) e Porto Alegre (-2,0%) foram registrados declínios no rendimento desta categoria. Nas Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte (0,7%) e Rio de Janeiro (1,1%) o comportamento foi de alta no rendimento. 

 Empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado foi assinalada elevação (3,7%) no rendimento médio, estimado em R$ 718,50 em janeiro de 2007.  Nas Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte (6,5%), Rio de Janeiro (5,5%) e São Paulo (5,3%) foram registrados ganhos. Em Recife (-6,4%), Salvador (-1,4%) e Porto Alegre (-2,3%) o movimento foi de declínio no rendimento desta categoria.

• Trabalhadores por conta própria, apresentou variação negativa de 4,6%, com o rendimento médio passando de R$ 909,33 para R$ 867,70. As regiões metropolitanas de Recife (-1,3%), Rio de Janeiro (-3,1%), São Paulo (-9,0%) e Porto Alegre (-1,5%) registraram perdas. Nas Regiões Metropolitanas de Salvador (2,7%) e Belo Horizonte (1,2%) foram registrados ganhos.

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação anual

• Para o total das seis regiões, o rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, estimado em R$ 1.043,20 apresentou recuperação de 3,5% em relação a janeiro de 2006. Os trabalhadores das regiões metropolitanas de: Recife (10,1%), Salvador (4,9%), Belo Horizonte (6,5%), São Paulo (3,7%) e Porto Alegre (4,4%) assinalaram ganhos no rendimento. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi verificada estabilidade.

• Para o total das seis áreas, a categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado apresentou alta de 2,2% no rendimento, passando de R$ 702,74 para R$ 718,50. Os trabalhadores das Regiões Metropolitanas de Salvador (13,2%), Belo Horizonte (22,7%) e São Paulo (6,2%) tiveram ganhos no rendimento. Foram observados declínios nas Regiões Metropolitanas de Recife (-0,7%), Rio de Janeiro (-7,3%) e Porto Alegre (-11,3%).

• Para o total das seis áreas, na categoria dos trabalhadores por conta própria, o rendimento apresentou recuperação (5,5%). Em todas as regiões metropolitanas o quadro foi de recuperação no rendimento: Recife (11,4%), Salvador (10,1%), Belo Horizonte (14,6%), Rio de Janeiro (1,4%), São Paulo (2,8%) e Porto Alegre (11,0%).

Análise do rendimento médio dos trabalhadores por grupamento de atividade

Na comparação com dezembro de 2006, verificou-se:

• alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividade: construção (2,6%) e educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (0,6%). 

• queda no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (-0,7%), comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-1,9%), serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (-3,1%) e outros serviços (-2,6%). 

• estabilidade no rendimento médio real habitual dos trabalhadores no seguinte grupamento de atividade: serviços domésticos.

No confronto com janeiro de 2006, verificou-se:

• alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (1,9%); construção (13,5%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (2,5%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (3,9%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (5,8%); serviços domésticos (7,1%) e outros serviços (4,7%).


1 Foram classificadas como desocupadas por não estarem trabalhando, estarem disponíveis para trabalhar na semana de referência e terem tomado alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa

2(Proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa).

3Rendimento habitualmente recebido

4Para o cálculo do rendimento real, o deflator utilizado para cada área é o Índice de Preços ao Consumidor - INPC da respectiva região metropolitana, produzido pelo IBGE. Para o rendimento do conjunto das seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa, o deflator é a média ponderada dos índices de preços dessas regiões. A variável de ponderação é a população residente na área urbana da região metropolitana.