Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA-E fecha ano em 2,96%, com IPCA-15 de dezembro em 0,35%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,35% em dezembro, muito próxima à de 0,37% de novembro. Com isso, o IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) fechou o ano em 2,96%, bem abaixo dos 5,88% de 2005.

20/12/2006 07h31 | Atualizado em 20/12/2006 07h31

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,35% em dezembro, muito próxima à de 0,37% de novembro. Com isso, o IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) fechou o ano em 2,96%, bem abaixo dos 5,88% de 2005. Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de novembro a 11 de dezembro e comparados com aqueles vigentes de 12 de outubro a 13 de novembro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E, é o IPCA-15 acumulado em períodos.

No IPCA-15 de dezembro, a variação do grupo alimentação e bebidas foi de 0,48%, bem menor do que a de novembro (1,35%). O destaque foi o fim dos aumentos que vinham sendo praticados nos preços das carnes (de 4,23% em novembro para -0,07% em dezembro) e do frango (de 13,03% para -0,96%).

No entanto, mesmo com o forte recuo na taxa dos alimentos, a alta em itens de consumo importantes levou ao equilíbrio do índice de um mês para o outro.

Um deles foi o vestuário, que, com a proximidade das festas de final de ano, apresentou elevação de 1,02% (0,45% em novembro). Os preços das roupas masculinas chegaram a subir 1,69%, e o das femininas, 1,57%.

Outro item com alta foi o cigarro, que apresentou variação de 4,66% (1,94% em novembro) tendo em vista aumentos nas regiões metropolitanas de São Paulo (7,92%), Porto Alegre ( 8,13%) e Curitiba (9,69%).

Mas o principal impacto (0,07 ponto percentual) foi exercido pelos ônibus urbanos, cujas tarifas aumentaram 2,01%, após a estabilidade de novembro. O resultado dos ônibus foi fortemente influenciado pelo reajuste de 15,00% de São Paulo, em vigor em a partir do dia 30 de novembro, trazendo, no mês, uma variação de 6,50% no item daquela região metropolitana. Também no Rio de Janeiro ocorreu reajuste nos ônibus urbanos, de 5,26% a partir do dia 4 de dezembro, trazendo uma variação de 1,58% no mês no item da região.

Subiram também as tarifas dos ônibus intermunicipais (de 0,29% para 1,63%), por causa dos aumentos ocorridos nas regiões metropolitanas de São Paulo (5,57%), Salvador (4,39%) e Fortaleza (1,65%).

Dentre os índices regionais, o maior resultado foi registrado em Goiânia (0,71%), onde os alimentos tiveram alta de 1,16%. Os menores ficaram com o Rio de Janeiro (0,13%) e Porto Alegre (0,14%).

No ano, o IPCA-15 fechou em 2,96%, praticamente a metade do resultado de 2005 (5,88%). Os índices regionais situaram-se entre 2,06%, o de São Paulo, e 4,92%, o de Belo Horizonte. Abaixo, os resultados.

Na região metropolitana de Belo Horizonte, onde foi registrado o maior índice do ano, 4,92%, vários itens ficaram acima da média nacional. Os destaques foram ônibus urbanos (12,12%), gás de cozinha (11,32%), energia elétrica (5,90%), álcool (5,46%) e alimentos (4,63%).

Considerando os nove grupos de produtos e serviços, a maior alta foi verificada nas despesas pessoais (7,07%). Tanto o grupo comunicação (-0,20%) quanto artigos de residência (-2,57%), as menores variações do ano, apresentaram deflação. A seguir, os resultados por grupo.