Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em outubro, vendas no comércio têm variação de 0,51%; e receita, de 0,38%

As duas variações são em relação a setembro, com ajuste sazonal. Nas demais comparações (sem ajustamento), as taxas para as vendas foram de 6,95% sobre outubro de 2005; 5,94% no acumulado do ano; e 5,75% no acumulado dos últimos 12 meses.

15/12/2006 07h31 | Atualizado em 15/12/2006 07h31

As duas variações são em relação a setembro, com ajuste sazonal. Nas demais comparações (sem ajustamento), as taxas para as vendas foram de 6,95% sobre outubro de 2005; 5,94% no acumulado do ano; e 5,75% no acumulado dos últimos 12 meses. Já a receita nominal teve taxas de 6,93% em relação a igual mês de 2005; 7,34% no acumulado em 2006; e 7,55% no acumulado dos últimos 12 meses.

A variação de 0,51% no volume de vendas em outubro mostra redução no ritmo de crescimento do comércio em relação ao mês anterior, porém não suficiente para alterar a tendência de crescimento observada a partir de agosto.

Ainda na análise da série ajustada, calculada para quatro das oito atividades que compõem o setor, duas registraram resultados positivos: Móveis e eletrodomésticos (0,46%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,46%). Já as atividades de Tecidos, vestuário e calçados e de Combustíveis e lubrificantes registraram taxas de -2,93% e -0,56% respectivamente. O segmento de Veículos, motos, partes e peças, que faz parte do comércio varejista ampliado, teve variação positiva de 0,71% sobre setembro.

Na relação outubro06/ outubro05, seis das oito atividades do varejo tiveram aumento no volume de vendas, cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, ficaram em 6,06% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 18,10% para Móveis e eletrodomésticos; 21,96% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 24,90% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 4,69% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 5,29% para Livros, jornais, revistas e papelaria. Tiveram queda Tecidos, vestuário e calçados (-0,96%) e Combustíveis e lubrificantes (-5,71%).

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,06% em relação a outubro de 2005) respondeu por quase metade da taxa global do varejo, desempenho que reflete a melhoria do rendimento médio do trabalho, bem como o aumento do emprego com carteira assinada, cujas variações em relação a outubro/05 foram de 5,4% e de 6,7%, respectivamente, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). A atividade alcançou nos dez primeiros meses de 2006 taxa de 7,47% em relação ao mesmo período de 2005, acumulando nos últimos 12 meses crescimento de 6,44%.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos (18,10%) exerceu, em outubro, o segundo maior impacto no resultado do comércio varejista. Beneficiada pela permanência de condições favoráveis de crédito ao consumo e pela queda nos preços em virtude da concorrência com os importados, a atividade cresceu 10,49% e 10,67% nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses respectivamente.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (21,96%) teve o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo. Englobando segmentos como lojas de departamento, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos etc., essa atividade vem tendo o seu desempenho influenciado tanto pelas condições favoráveis de crédito como pela evolução da massa salarial da economia. Registrou no acumulado deste ano expansão de 16,91% e de 16,80% no acumulado dos últimos 12 meses.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (24,90%) exerceu o quarto maior impacto positivo no resultado do varejo. O crescimento da atividade resulta da queda dos preços (principalmente dos produtos de informática) e da melhoria da renda. As taxas nos dez primeiros meses do ano e nos últimos 12 meses atingiram, respectivamente, 33,71% e 40,44%.

Quinta maior participação na taxa global, a atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,69% na comparação mensal) cresceu 4,02% no acumulado do ano e 4,95% nos últimos 12 meses. Livros, jornais, revistas e papelaria (5,29%) completa o quadro de participações positivas na formação da taxa geral do varejo. Os crescimentos de 1,54% no acumulado do ano e de 1,20% nos últimos 12 meses mostram que a atividade vem tendo os menores resultados positivos de 2006.

As vendas do segmento de Tecidos, vestuário e calçado voltaram a cair em outubro (-0,96%), resultado que coloca a atividade como a de menor taxa de crescimento no acumulado do ano (1,42%). No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa de variação foi da ordem de 3,06%. Já Combustíveis e lubrificantes chega ao 22º mês consecutivo de resultado negativo nas vendas (-5,71%). O desempenho mostra, porém, uma leve redução da queda em comparação com a taxa de setembro, o que pode ser atribuído à diminuição dos preços dos combustíveis dos últimos meses. Em termos de resultados acumulados, as variações ficaram em -8,88% para este ano e em -8,71% nos últimos 12 meses. 

A tabela a seguir mostra as taxas para a receita nominal de vendas em outubro.

No corte regional, 25 das 27 unidades da federação (UF) tiveram resultados positivos no volume de vendas na comparação outubro06/ outubro05, com as variações de maior magnitude no Acre (35,83%), Alagoas (33,70%), Amapá (29,34%), Roraima (26,05%) e Maranhão (20,03%). As duas quedas ocorreram em Mato Grosso (-11,02%) e Sergipe (-3,31%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, os destaques, pela ordem, foram São Paulo (6,48%), Minas Gerais (12,24%), Rio de Janeiro (7,40%), Bahia (8,60%) e Rio Grande do Sul (4,01%).

Os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam, na comparação com setembro de 2006, 10 UFs com variações positivas e 17 com queda. Os principais acréscimos ocorreram em Alagoas (4,80%), Maranhão (2,69%), Mato Grosso do Sul (2,23%) e Ceará (1,21%). As maiores quedas foram no Rio Grande do Norte (-4,34%), Distrito Federal (-3,42%), e Roraima (-3,03%). 

Comércio varejista ampliado

Para o comércio varejista ampliado, composto do varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, as variações observadas na relação outubro06/ outubro05 foram de 10,60% para o volume de vendas e de 9,94% na receita nominal de vendas. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 6,05% e de 5,54% para o volume de vendas e de 7,46% e 7,38% na receita nominal, respectivamente.

Em relação às vendas, Veículos, motos, partes e peças teve crescimento de 17,71% em relação a outubro de 2005. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, as variações atingiram 6,54% e 5,65% respectivamente. Já Material de construção completa o sexto mês consecutivo de crescimento, com variação de 14,96% sobre outubro de 2005, refletindo as medidas de incentivo à construção civil. Nos acumulados, as taxas foram de 4,85% de janeiro a outubro e de 3,02% nos últimos 12 meses.

Por unidades da federação, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram no Acre (73,17%), Amapá (57,95%), Rondônia (46,29%), Pará (41,38%) e Roraima (41,19%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (7,52%), Minas Gerais (14,67%), Rio de Janeiro (9,16%), Paraná (8,46%) e Rio Grande do Sul (5,98%).