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Produção florestal soma R$ 10,31 bilhões em 2005

Desse total, 66,4% provieram da silvicultura (cultivo de florestas com espécies exóticas ou nativas), e 33,6%, do extrativismo vegetal (produtos simplesmente coletados em vegetações nativas e espontâneas).

22/11/2006 08h01 | Atualizado em 22/11/2006 08h01

Desse total, 66,4% provieram da silvicultura (cultivo de florestas com espécies exóticas ou nativas), e 33,6%, do extrativismo vegetal (produtos simplesmente coletados em vegetações nativas e espontâneas). Os produtos madeireiros representaram 85,3% do valor total da produção extrativa vegetal, e os não-madeireiros, 14,7%. Dos itens da silvicultura que apresentaram incremento de produção entre 2004 e 2005, folhas de eucalipto para a fabricação de óleo essencial foi o destaque: sua produção saltou de 33.572 para 809.218 toneladas.Os demais itens da silvicultura investigados também tiveram aumento de produção: madeira em tora para papel e celulose (18,2%); resina de espécies florestais dos gêneros Pinus, Araucaria etc. (20,2%); carvão vegetal (17,1%); casca de acácia-negra (15,5%); e madeira em tora para outras finalidades (11,4%). O volume total de madeira produzida na silvicultura somou 100.614.643 m³, um incremento de 13.099.482 m³ (15,0%) comparativamente ao registrado em 2004.

Dentre os produtos não-madeireiros da extração vegetal que mais se destacaram, o babaçu (amêndoa) foi o principal, com uma participação de 19,4% no total da produção extrativista não-madeireira do país em 2005, que totalizou R$ 508,6 milhões. Na seqüência vieram a piaçava (fibra) com 17,6% de participação; o açaí (fruto), com 16,4%; a erva-mate, 15,1%; a carnaúba (pó cerífero) e a castanha-do-pará, cada um com 9,2%.

Quanto aos demais produtos não-madeireiros do extrativismo vegetal, 17 tiveram aumento de produção entre 2004 e 2005; e 14, declínio. O maior incremento foi da oiticica (semente), com 1.379 toneladas, 12 vezes maior que no ano anterior, em razão de picos de produção associados ao clima. Também apresentaram aumento os seguintes itens ou produtos: outros tanantes (como o mangue, o quebracho etc), 50,0%; outros oleaginosos, 28,5%; cumaru (amêndoa), 23,6%; castanha-do-pará, 12,9%; carnaúba (pó), 9,0%; hévea (látex coagulado) nativa, 8,3%; castanha de caju de cajueiros nativos, 7,1%; carnaúba (fibra), 4,6%; copaíba (óleo), 4,4%; pequi, 3,4%; açaí (fruto), 3,8%; mangaba (fruto), 2,7%; licuri (coquilho), 2,5%; sorva (goma não-elástica), 2,3%; pinhão, 2,0%; e babaçu (amêndoa), 0,3%.

Por outro lado, entre os itens com acentuadas reduções de produção, destacaram-se outros aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes (-56,4%) e palmito (-35,2%). Além deles, tiveram queda também outras fibras (-36,3%); urucu (semente), -20,6%; hévea (látex líquido), -20,5%; angico (casca), -17,5%; barbatimão (casca), -14,3%; carnaúba (cera), -10,9%; piaçava (fibra), -10,0%; jaborandi (folha), -8,6%; erva-mate nativa, -3,2%; buriti (fibra), -1,8%; umbu (fruto), -1,8%; e tucum (amêndoa), -1,5%.

Participação da silvicultura cresce na produção de lenha e madeira, e cai na de carvão

De 2004 para 2005, a participação da silvicultura cresceu tanto na produção nacional de lenha (2,5 pontos percentuais) como na de madeira em tora (3,1 pontos percentuais). Em contrapartida, na produção de carvão, houve redução de 3,8 pontos percentuais no mesmo período.

De florestas plantadas, provêm 45,9% do total de carvão vegetal, 43,9% da lenha, e 85,3% da madeira em tora produzida no país. Tal composição se deve ao fato de o setor industrial madeireiro, em consonância com legislação ambiental, estar atuando para diminuir a pressão sobre os recursos naturais em geral. No caso da madeira em tora, o crescimento da participação também está associado a maiores investimentos no parque industrial de base florestal, motivados pelo fechamento de fábricas de papel e celulose na Europa e na América do Norte.

A produção de lenha na silvicultura alcançou 35.542.255 m³, e o Rio Grande do Sul, maior produtor do país, respondeu por 36,3% desse total. Nesse estado, os maiores produtores foram os municípios de Butiá, Taquari, Santa Cruz do Sul, Encruzilhada do Sul, Venâncio Aires e Paverama, somando 10,1% da produção nacional.

O segundo maior produtor foi o estado de São Paulo (19,2% da produção nacional), onde os principais municípios foram Itapetininga e Itaberá. Terceiro maior produtor nacional, o Paraná concentrou 14,7% do total e teve em Arapoti o seu principal município produtor.

Quanto à madeira em tora, foram produzidos, em 2005, 100.614.643 m³.Cerca de 54,4% do total se destinaram à indústria de papel e celulose, e 45,6%, para outras finalidades (movelaria, construção civil etc). São Paulo é o principal estado produtor, com 23,9% do total nacional, ou 24.061.993 m³.

O estado de São Paulo também é o principal produtor de madeira para papel e celulose, com 15.592.240 m³ produzidos em 2005, ou seja, 28,5% do total nacional. Em seguida vieram a Bahia (11.973.906 m³), o Paraná (7.500.768 m³) e Santa Catarina (6.043.924 m3). O município de Mucuri (BA), com uma produção de 4.456.540 m³, ou 8,1% do total, foi o maior produtor nacional. Em São Paulo, o destaque foi o município de Itapetininga (2.490.650 m³).

O Paraná é o maior produtor de madeira em tora para outras finalidades (movelaria, construção civil etc), com 15.335.060 m³, ou 33,4 % do total nacional, que foi de 45.916.164 m³. Em seguida, vieram Santa Catarina (9.731.799 m³ ou 21,2% do total); São Paulo (8.469.753 m³ ou 18,4%); e Rio Grande do Sul (4.905.561 m3 ou 10,7%).

Em 2005, entre os maiores municípios produtores de madeira em tora para outras finalidades, o primeiro colocado foi Porto Grande (AP), com 4,0% do total nacional, ou 1.825.789 m³. Nas quatro colocações seguintes, apareceram General Carneiro (PR), com 1.559.100m³; Itapetininga (SP), 1.530.840 m³; Sengés (1.511.515 m³) e Inácio Martins (1.500.000 m³), ambos no Paraná.

Quanto ao carvão oriundo de silvicultura, o principal produtor do país é o estado de Minas Gerais (69,0% do total). Dos dez maiores municípios produtores, cinco são mineiros, sendo que o topo do ranking pertence a Buritizeiro, com 125.814 t, ou 5,0% do total nacional. Os outros grandes produtores mineiros em 2005 foram João Pinheiro (105.435 t), Itamarandiba (71.911 t), Curvelo (70.893 t) e Três Marias (61.192 t), que, juntos, responderam por 17,2 % da produção nacional.

Bahia é maior produtor de lenha e carvão oriundos do extrativismo vegetal

Com relação à lenha originária da extração vegetal, foram produzidos no país, em 2005, 45.422.943 m³. Os cinco principais estados produtores foram a Bahia (26,1% do total nacional), Ceará (10,0%), Pará (8,2%), Maranhão (6,7%) e Paraná (6,2%). Na Bahia, o destaque foi o município de Xique-Xique, primeiro colocado no ranking, com uma produção de 666.538 m³.

A Bahia também se sobressaiu na produção de carvão do extrativismo vegetal, com 26,9% das 2.972.405 t produzidas no país em 2005. Mato Grosso do Sul (18,8%); Maranhão (16,9%); Goiás (10,8%); e Minas Gerais (10,4%) foram os demais destaques. O município baiano de Cocos, com uma produção de 200.319 t (6,7% do total nacional), foi o principal produtor. Outros municípios importantes foram Riachão das Neves, Santa Rita de Cássia, Formosa do Rio Preto, Cotegipe, Jaborandi e São Desidério, todos na Bahia; Bom Jardim (MA); e Marabá (PA). Juntos, eles responderam por 28,5% da produção nacional de 2005.

Quanto à madeira em tora do segmento extrativista vegetal, a produção nacional em 2005 alcançou 17.372.428 m³, sendo que o Pará foi responsável por 57,2%, uma participação 1,7 ponto percentual maior que a de 2004. Dos dez maiores municípios produtores, sete são paraenses: Tailândia, Portel, Paragominas, Baião, Almeirim, Ulianópolis e Dom Eliseu. Em conjunto, eles detiveram 30,2 % da produção nacional.

O Mato Grosso, com 1.694.022 m³, foi o segundo maior produtor nacional de madeira de tora do extrativismo em 2005. A terceira posição coube à Bahia, cuja produção somou 1.304.099 m³.

MA se destaca na produção de babaçu; BA, na de piaçava; e PA, na de açaí

Em 2005, foram coletadas no país 119.031 t de amêndoas de babaçu, e o Maranhão, principal produtor nacional, respondeu por 93,9% desse total. No ranking dos dez maiores municípios produtores de babaçu, todos são maranhenses: Vargem Grande, Pedreiras, Poção de Pedras, Bacabal, Chapadinha, Codó, Bom Lugar, São Luiz Gonzaga do Maranhão, Cajari e Coroatá. Em conjunto, eles detiveram cerca de 33,9% da produção nacional.

A Bahia é o grande produtor de piaçava, com 89,7% da produção nacional, que, em 2005, alcançou 86.550 t. Os principais municípios produtores são Cairu, Ilhéus e Nilo Peçanha, que, juntos, responderam por cerca de 73,4% da produção nacional. O estado do Amazonas também se destacou, sendo responsável por 10,3% da produção nacional de piaçava.

A produção de açaí somou, em 2005, 104.874 t, 87,8% das quais foram coletadas no Pará (92.088 t). Os dez maiores municípios produtores são paraenses e concentraram 66,5% do total nacional. O principal produtor foi o município paraense de Limoeiro do Ajuru (17.520 t)

A produção extrativista de folhas de erva-mate ocorre nos estados da região Sul e em Mato Grosso do Sul. Em 2005, o país produziu um total de 238.869 t, e o principal produtor foi o Paraná, com 139.657 t, ou 58,5% do total. Nesse estado, os municípios de São Mateus do Sul, Paula Freitas, Inácio Martins, Cruz Machado, Bituruna e Pinhão foram os maiores produtores, somando 34,0% do total nacional. A participação de Santa Catarina foi de 25,8%, o que lhe valeu a segunda colocação no ranking dos estados produtores. Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul foram responsáveis por 15,6% e 0,2% da produção nacional respectivamente.

A exploração da carnaubeira para a produção de pó cerífero ocorre predominantemente no Piauí e Ceará, que tiveram, respectivamente, 61,3% e 35,9% da produção nacional, de 19.143 t.

O principal produtor de castanha-do-pará em 2005 foi o Acre, com 11.142 t ou 36,5% do total coletado no país. Os principais municípios produtores do estado foram Rio Branco, Brasiléia, Xapuri e Sena Madureira que, em conjunto, responderam por 28,1% da produção nacional. O Amazonas foi o 2º maior produtor do país (29,4%), vindo em seguida o Pará (22,3%). Embora Rondônia tenha tido uma participação de apenas 8,9%, sua capital, Porto Velho, foi o segundo maior produtor do país em nível municipal, com 2.354 toneladas (7,7% do total nacional).

São João do Paraíso (MG) é o principal produtor de folhas de eucalipto

Em 2005, o país apresentou uma produção de folhas de eucalipto de 809.218 t, sendo que, desse total, Minas Gerais respondeu por 96,6%. O município mineiro de São João do Paraíso, com uma produção de 780.000 t, foi o principal produtor nacional. Nele está localizada a maior destilaria de óleo de eucalipto do país. Em São Paulo, os principais produtores foram Santa Maria da Serra, Torrinha, Espírito Santo do Turvo e Dois Córregos.