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Taxa de desocupação foi de 10,0% em setembro

Segundo as estimativas da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, a redução de 5,3% na procura por trabalho e o aumento de 1,2% no contingente de ocupados acarretaram queda na taxa de desocupação, que foi estimada para setembro em 10,0%...

26/10/2006 06h31 | Atualizado em 26/10/2006 06h31

Segundo as estimativas da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, a redução de 5,3% na procura por trabalho e o aumento de 1,2% no contingente de ocupados acarretaram queda na taxa de desocupação, que foi estimada para setembro em 10,0%, recuando 0,6 ponto percentual em relação a agosto. No confronto anual foi registrada estabilidade nessa estimativa – a taxa de desocupação em setembro de 2005 havia sido de 9,6%. Na mesma comparação, a PME captou 5,6% mais trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado: são aproximadamente mais 455 mil pessoas desfrutando das garantias oriundas dessa forma de inserção no mercado de trabalho.

O rendimento médio da população ocupada, por sua vez, caiu 0,8% na comparação setembro/agosto de 2006, passando de R$ 1.038,35 para R$ 1.030,20. Na comparação com setembro de 2005, entretanto, o quadro foi de ganho no poder de compra dos trabalhadores (2,7%), quando o rendimento passou de R$ 1.003,23 para R$ 1.030,20.

A PME estimou em setembro um contingente de 39,8 milhões de pessoas em idade ativa (10 anos ou mais) no agregado das seis regiões metropolitanas pesquisadas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre). Esse indicador cresceu 2,0% em relação ao mesmo mês de 2005. Já a proporção de pessoas economicamente ativas em relação à população em idade ativa (taxa de atividade) foi de 57,8%, ficando estável em relação a agosto e aumentando 0,8 ponto percentual na comparação com setembro do ano passado (57,0%).

Evolução da taxa média de desocupação de agosto de 2005 a setembro de 2006, no total das regiões

Regionalmente, na comparação com agosto, houve queda nas taxas de desocupação nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (8,7% para 7,8%) e Rio de Janeiro (8,2% para 7,5%). No confronto com setembro de 2005, São Paulo teve aumento nessa estimativa (de 9,7% para 11,1%). Na página seguinte, um quadro mostra a evolução da taxa de desocupação por região metropolitana desde janeiro de 2003.

No contingente de desocupados (2,3 milhões de pessoas), a PME registrou queda de 5,3% em relação a agosto de 2006 (menos 128 mil pessoas). Na comparação com setembro de 2005, porém, houve aumento de 7,1%, ou seja, aproximadamente 152 mil pessoas a mais procurando trabalho no total das seis regiões pesquisadas.

No âmbito regional, na comparação com agosto de 2006, houve movimentação nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (-9,9%) e Rio de Janeiro (-8,2%). Confrontando com setembro de 2005, houve crescimento na região metropolitana de São Paulo (20,0%).

Entre os desocupados, 56,8% eram mulheres. Em relação à faixa etária, 8,2% tinham de 15 a 17 anos; 38,4% tinham de 18 a 24 anos; 46,4%, de 25 a 49 anos; e 6,4%, 50 anos ou mais. Dos desocupados, 19,6% estavam em busca do primeiro trabalho; 26,3% eram os principais responsáveis pela família; e 47,2% tinham pelo menos o ensino médio concluído.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

* menor taxa da série.

** menor taxa da série para o mês de setembro.

POPULAÇÂO OCUPADA (PO)

O contingente de ocupados, estimado em 20,7 milhões em setembro de 2006, apresentou crescimento tanto na comparação com agosto (1,2%) - com mais 244 mil pessoas ocupadas em um mês – como em relação a setembro do ano passado (3,1%).

Regionalmente, em relação a agosto, foi registrada variação significativa no número de pessoas ocupadas apenas na região metropolitana de Recife (4,4%). Na comparação anual, houve alteração em Recife (5,2%), Belo Horizonte (6,7%), Rio de Janeiro (2,3%), São Paulo (2,8%) e Porto Alegre (3,0%).

Considerando o nível da ocupação1 (52,1%), houve elevação frente a agosto no total das seis regiões (0,6 ponto percentual) e em Recife (2,0 pontos percentuais). Na comparação anual, foi registrada movimentação também no total das seis regiões (0,6 ponto percentual) e em Recife (1,9 ponto percentual) e Belo Horizonte, (2,3 pontos percentuais).

A PME mostrou que os homens representavam em setembro 55,6% dos ocupados; e as mulheres, 44,4%. A população de 25 a 49 anos representava 63,2% desse contingente; e o percentual de pessoas ocupadas com 11 anos ou mais de estudo era de 52,1%.

Análise dos resultados com relação aos principais grupamentos de atividade

  • Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (17,4% da população ocupada). O número de ocupados desse grupamento manteve-se estável tanto em relação a agosto de 2006 quanto em relação a setembro de 2005. No enfoque regional, não foi observada movimentação em nenhuma das regiões pesquisadas, em ambas as comparações.

  • Construção (7,2% da população ocupada). No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados apresentou estabilidade. Foi constatada alta na região metropolitana de Recife na comparação com agosto (22,6%) e com setembro de 2005 (15,9%).

  • Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (19,1% da população ocupada). O contingente de ocupados também se manteve estável em ambas as comparações. O mesmo ocorreu no âmbito regional.

  • Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (14,5% da população ocupada). O contingente de ocupados cresceu nas comparações mensal (4,1%) e anual (4,4%). Apenas a região metropolitana de São Paulo registrou movimentação em relação a agosto (6,2%). No confronto com setembro de 2005, houve alterações nas regiões de Salvador (12,4%) e Porto Alegre (13,3%).

  • Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (15,5% da população ocupada). No total das seis regiões, em ambas as comparações, houve estabilidade. Frente a agosto, não foi constatada movimentação em nenhuma das regiões. Na comparação anual foi registrada alta na região metropolitana de Belo Horizonte (13,9%).

  • Serviços domésticos (8,4% da população ocupada). O grupamento apresentou estabilidade em ambas as comparações para o total das seis regiões. Em relação a agosto, também não houve movimentação em nenhuma das regiões pesquisadas, mas, na comparação com 2005, foi observada elevação em Recife (18,1%).

  • Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) (17,2% da população ocupada). O número de ocupados manteve-se estável em relação a agosto e cresceu frente a setembro de 2005 (4,8%). Na comparação mensal, a região metropolitana de Recife teve aumento (12,5%); e em relação a setembro de 2005 a de Belo Horizonte registrou alta de 10,3%.

Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho

  • Empregados com carteira de trabalho no setor privado (41,2% da população ocupada). Em relação a agosto de 2006, o contingente de trabalhadores com carteira ficou estável. Frente a setembro de 2005, cresceu 5,6%, ou seja, houve aumento de cerca de 455 mil pessoas. Em relação a agosto, nenhuma das regiões apresentou movimentação. Em relação a setembro de 2005, houve variações nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (6,3%), Rio de Janeiro (5,9%), São Paulo (6,1%) e Porto Alegre (4,4%).

  • Empregados sem carteira de trabalho no setor privado, 15,2% da população ocupada. Esse grupo manteve-se estável em ambas as comparações. No contorno regional, em relação a agosto, cresceu nas regiões metropolitanas de Recife (9,5%) e São Paulo (6,0%). Frente a setembro de 2005, também foi observada estabilidade em todas as regiões pesquisadas.

  • Trabalhadores por conta própria, 19,0% da população ocupada. Foi verificada estabilidade nesse contingente nas comparações mensal e anual. Na esfera regional, o quadro foi de alta nas regiões metropolitanas de Recife (8,5%) e Rio de Janeiro (5,4%) em relação a agosto. Na comparação com setembro de 2005, houve elevação em Porto Alegre (7,8%).

  1. RENDIMENTO MÉDIO REAL2

Em setembro de 2006, para o agregado das seis regiões pesquisadas, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores foi de R$ 1.030,20, apresentando queda de 0,8% em relação a agosto. Na comparação com setembro de 2005, o quadro foi de recuperação (2,7%).

Em relação a agosto, houve declínio nas seguintes regiões metropolitanas: Recife (-3,3%), Belo Horizonte (-1,3%) e São Paulo (-2,3%). Registraram ganho Salvador (3,3%), Rio de Janeiro (1,7%) e Porto Alegre (1,3%). Na comparação anual, o comportamento foi de elevação em Salvador (4,0%), Belo Horizonte (4,0%), Rio de Janeiro (5,1%), São Paulo (2,7%) e Porto Alegre (4,1%). Na região metropolitana de Recife, foi registrada queda (-7,3%).

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação com agosto de 2006

  • Para os empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, houve queda de 0,4%, com o rendimento médio sendo estimado em R$ 1.045,20. Também foram registradas quedas nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (-1,5%) e Porto Alegre (-0,6%). Em Belo Horizonte (0,5%) houve recuperação; nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade.

  • Para os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, houve estabilidade no rendimento médio, estimado em R$ 697,00. Nas regiões metropolitanas de Recife (7,4%), Salvador (5,9%) e Porto Alegre (1,1%), foram registrados ganhos. Em Belo Horizonte (-2,3%) e São Paulo (-1,6%), houve quedas; e no Rio de Janeiro permaneceu estável.

  • Trabalhadores por conta própria, houve crescimento de 2,9%, com o rendimento médio estimado em R$ 816,10. As regiões metropolitanas de Recife (3,0%), Salvador (6,4%), Rio de Janeiro (3,5%), São Paulo (2,5%) e Porto Alegre (10,1%) registraram ganhos, enquanto a de Belo Horizonte apresentou estabilidade.

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação com setembro de 2005

  • Para os empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, estimado em R$ 1.045,20, teve recuperação de 3,8%. Houve ganhos para os trabalhadores das regiões metropolitanas de Belo Horizonte (2,2%), Rio de Janeiro (3,0%), São Paulo (6,2%) e Porto Alegre (1,2%). Recife (-1,1%) e Salvador (-0,9%) apresentaram declínio.

  • Para os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, o rendimento apresentou recuperação de 10,3%, indo a R$ 697,00. Os trabalhadores de todas as regiões metropolitanas: Recife (7,2%), Salvador (18,0%), Belo Horizonte (14,2%), Rio de Janeiro (4,9%), São Paulo (13,6%) e Porto Alegre (1,8%) tiveram recuperação no rendimento.

  • Para os trabalhadores por conta própria, o rendimento apresentou declínio (-0,9%). Houve queda nas regiões metropolitanas de Recife (-12,2%), Salvador (-5,2%), Belo Horizonte (-3,9%) e São Paulo (-1,3%). Apresentaram recuperação Rio de Janeiro (1,2%) e Porto Alegre (15,5%).

Análise do rendimento médio dos trabalhadores por grupamento de atividade

          Na comparação com agosto de 2006, verificou-se o seguinte:

  • Alta nos seguintes grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (0,4%); construção (2,2%); e outros serviços (0,6%).
  • Queda nos seguintes grupamentos de atividade: comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-0,8%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação (-3,2%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (-0,5%); e serviços domésticos (-0,8%).

    No confronto com setembro de 2005, verificou-se:

  • Alta nos seguintes grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (6,8%); construção (3,3%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (0,9%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (2,5%); serviços domésticos (6,9%); e outros serviços (3,9%).
  • Estabilidade nos grupamentos de serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação.

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    1Proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa.

    2Rendimento habitualmente recebido. Para o cálculo do rendimento real, o deflator utilizado para cada área é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da respectiva região metropolitana, produzido pelo IBGE. Para o rendimento do conjunto das seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa, o deflator é a média ponderada dos índices de preços dessas regiões. A variável de ponderação é a população residente na área urbana da região metropolitana.