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IPCA-15 de agosto variou 0,19%


O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,19% em agosto, bem acima do resultado de -0,02% registrado em julho. Com isto, o acumulado no ano ficou em 1,89% e nos últimos doze meses ficou em 3,82%.

23/08/2006 06h31 | Atualizado em 23/08/2006 06h31

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,19% em agosto, bem acima do resultado de -0,02% registrado em julho. Com isto, o acumulado no ano ficou em 1,87% e nos últimos doze meses ficou em 3,80%.

Esta é a primeira divulgação do IPCA-15 com a nova estrutura de pesos, que incorpora os resultados dos gastos de consumo da Pesquisa de Orçamento Familiares (POF) 2002-2003. A metodologia e os critérios usados para a obtenção dos novos pesos estão disponíveis no portal do IBGE (www.ibge.gov.br) desde dezembro de 2005. Com as novas estruturas, itens ganham mais importância no cálculo dos índices, a exemplo do microcomputador e dos serviços de telefonia, inclusive a compra de aparelho telefônico. Quanto aos que ficaram menos importantes nos cálculos, destacam-se o álcool combustível, o aluguel residencial e a energia elétrica.

Mesmo com a manutenção do movimento de queda ou da menor taxa de crescimento de preços de grande parte dos itens pesquisados, o IPCA-15 subiu de julho para agosto. Uma das causas foi o grupo Alimentação e Bebidas, que deixou de apresentar resultados negativos e saiu de -0,02% em julho para 0,18% em agosto. As principais influências vieram das frutas (11,32%) e do arroz (3,80%).

Com os combustíveis (de -1,06% para 0,57%) ocorreu o mesmo. Os preços da gasolina haviam caído 0,40% em julho mas recuperam-se em agosto com alta de 0,46% enquanto os preços do álcool ficaram 1,87% mais caros após queda de 3,76% em julho. Além dos combustíveis, as tarifas dos ônibus intermunicipais (3,13%) e interestaduais (5,97%) levaram as despesas do grupo Transportes a um aumento de 0,23%.

Além dos Alimentos e dos Transportes, o pagamento dos salários dos empregados domésticos teve destaque no IPCA-15 do mês. Observada a metodologia utilizada, a alta de 2,26% refletiu parte do reajuste do salário-mínimo ocorrido em abril.

Dentre os itens em queda, os destaques ficaram com os artigos de vestuário (-0,27%), de limpeza (-0,41%), energia elétrica residencial (-0,55%), telefone fixo (-0,70%) e automóvel usado (-0,88%).

Sobre os índices regionais, Brasília (0,91%) ficou com o maior resultado. O menor foi registrado na região metropolitana de Recife (-0,09%).



Para cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 14 de julho a 14 de agosto e comparados com os vigentes de 13 de junho a 13 de julho. O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA-E, a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E, é o IPCA-15 acumulado em cada trimestre do ano.