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IBGE lança coleção inédita da História das Estatísticas Brasileiras

21/08/2006 07h01 | Atualizado em 21/08/2006 07h01

O IBGE publica o primeiro volume da coleção História das estatísticas brasileiras, intitulado Estatísticas desejadas (1822 – 1889), de Nelson Senra. A coleção, que tem ao todo quatro volumes, reúne informações minuciosas sobre os 180 anos de história da atividade estatística, de 1822 a 2002. Diante da necessidade de conhecer a população e o território, o Brasil, que no censo de 1872 tinha quase 10 milhões de pessoas sendo 8,4 livres e 1,5 escravos, aos poucos se revela gigantesco em números: são 160 milhões de habitantes em 2002.

O primeiro volume, Estatísticas desejadas (1822 – 1889), abrange o período imperial e é marcado, como o título sugere, por inúmeras tentativas de construir um saber estatístico no país. O autor, fundamentado num valioso contexto histórico, mostra as primeiras tentativas de realizar um censo, em 1852, mas por causa de uma revolta popular a operação é paralisada. Vinte anos depois, em 1872, é realizado com grande sucesso o primeiro censo geral do país e o Brasil rural mostra sua cara. No inicio dos anos 1870, o impacto da imigração ainda não estava desvendado, de cada 1000 habitantes, 960 eram brasileiros e apenas 40 estrangeiros. Em apoio ao censo, um censo na Corte é feito (1870), um balanço da produção estatística brasileira é realizado (1870), e o Império comparece a um Congresso Internacional de Estatística, em São Petersburgo (1872).

É importante, também, enfatizar a periodização da coleção, que destaca duas grandes fases da história da estatística. A primeira fase é a da produção técnico-política das estatísticas, entre 1822 e 1972, período em que as estatísticas eram realizadas para fins eminentemente administrativos e; a segunda etapa é a da produção técnico-científica, de 1972 a 2002, marcada, por exemplo, pelos primeiros passos das técnicas amostrais.

Nesse primeiro volume, a história das estatísticas de 1822 – 1889 é contada em 611 páginas, ricamente ilustrada, com dezoito capítulos, alguns dos quais acrescidos de apêndices e estatísticas que complementam a argumentação. Ao final da publicação, há uma síntese do conteúdo apresentado, com duas linhas do tempo uma ligando a temática estudada à História do Império do Brasil, outra evoluindo a atividade estatística (e afins).

Ainda ao longo deste ano, o IBGE lançará os outros três volumes que completam a coleção História das Estatísticas Brasileiras, são eles: Estatísticas legalizadas (1889-1936); Estatísticas organizadas (1936-1972) e Estatísticas formalizadas (1972-2002). Por fim, trata-se de uma pesquisa consistente para os que desejam conhecer a lenta e difícil construção das estatísticas no Brasil.

O lançamento de História das estatísticas brasileiras será no dia 22 de agosto (terça-feira), às 18h30, no auditório do IBGE, situado à Rua General Canabarro, 706 – Maracanã – Rio de Janeiro. A publicação também será vendida na loja virtual do IBGE (www.ibge.gov.br) para todo o país e também nas livrarias do IBGE nos estados onde há escritórios.

Para informações adicionais e entrevistas entre em contato com o setor de Comunicação Social do IBGE, nos telefones– 21- 2142-4506/4651/0986/0985, fax -21-2142-0941, por email comunica@ibge.gov.br ou na Avenida Franklin Roosevelt, 166 – 9° andar – Centro – Rio de Janeiro.