Brasil discute produção de informações geográficas e estatísticas
Sob a coordenação do IBGE, entidades, usuários e produtores de dados geográficos e estatísticos do Brasil e do exterior discutem rumos, critérios e tendências no II Encontro Nacional de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoria
21/08/2006 07h01 | Atualizado em 21/08/2006 07h01
Sob a coordenação do IBGE, entidades, usuários e produtores de dados geográficos e estatísticos do Brasil e do exterior discutem rumos, critérios e tendências no II Encontro Nacional de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais, que acontece no Rio de Janeiro, de 21 a 25 de agosto. Assegurar a transparência em torno das estatísticas produzidas no País, analisar sua qualidade e encontrar temas relevantes que ainda não estejam sendo investigados são alguns dos principais objetivos do evento. Também será discutida a criação de um banco de dados com todos os nomes geográficos (topônimos) do Brasil e da América Latina.
São esperados cerca de seiscentos participantes do Brasil e do exterior, para integrar mais de 150 mesas redondas e palestras, num espaço especialmente construído, no Centro de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE (Rua General Canabarro, 706, Maracanã, Rio de Janeiro). A estrutura do evento tem sete tendas com auditório para 500 pessoas, praça de alimentação, 5 salas de apoio, 10 pontos de acesso à internet e 15 stands, que abrigarão uma exposição sobre os 70 anos do IBGE e um mapa do Brasil com 64m2.
O II ENPUISET englobará a V CONFEST - Conferência Nacional de Estatística, a IV CONFEGE - Conferência Nacional de Geografia e Cartografia e o SIEG - Seminário Internacional de Produção e Disseminação de Informações Estatísticas e Geográficas. Seu objetivo é revisar e ampliar o Plano Geral de Informações Estatísticas e Geográficas - PGIEG, com a participação de organizações governamentais e não governamentais, instituições científicas, técnicos e pesquisadores. As discussões prosseguirão até setembro de 2007, e suas conclusões serão disponibilizadas na internet, para consulta pública.
Serão abordados temas ainda pouco explorados pelas pesquisas atuais, como o Uso do Tempo; Pobreza e Desigualdade; Informações sobre cultura; estudos sobre Violência e Vitimização; O Gênero nas pesquisas domiciliares, Sistemas de indicadores de Direitos Humanos; Propriedade intelectual; Cálculo do déficit habitacional; Trabalho Informal e Setor Informal, entre outros.
Também se discutirá a produção atual de informações econômicas, sociais e geográficas e os principais projetos em andamento, como Tecnologia na coleta de dados no Censo Agropecuário e Contagem de População 2007, a Mudança do referencial geodésico; Recomendações internacionais para os censos de 2010; Estatísticas harmonizadas para portadores de deficiência, entre outros.
Será debatida, ainda, a captação de informações ambientais, como Unidades de Conservação Ambiental e Terras Indígenas; Agrotóxicos: uso, efeitos e indicadores; Potencial Poluidor das Indústrias: Mapeamento de áreas de risco ambiental, entre outros.
IBGE vai criar banco de dados para nomes geográficos do Brasil
Qual a forma correta: Itacuruçá ou Itacurussá? Campos dos Goytacazes ou dos Goitacazes? Itacoatiara ou Itaquatiara? Qual a origem e a localização desses nomes? Todas as informações sobre mais de 50 mil topônimos (nomes geográficos) de municípios, rios, montanhas, baías etc., serão reunidas pelo IBGE no Banco de Nomes Geográficos do Brasil (BNGB), que também será discutido no II Encontro de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais, dia 21 de agosto, às 13h30.
Até junho de 2007, o banco terá todos os topônimos que aparecem na Carta Internacional ao Milionésimo (CIM) do Brasil. O projeto – que ainda depende de financiamento – deve estar finalizado em cinco anos. As coordenadas geográficas do BNGB serão compatíveis com o sistema GPS (sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global).
O BNGB servirá de modelo para um grande banco de topônimos da América Latina, em parceria com a Venezuela (Instituto Simon Bolívar) e o México (INEGI), e com financiamento do IPGH (Instituto Pan-americano de Geografia e História), vinculado à Organização dos Estados Americanos (OEA).