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IPCA varia 0,19% em julho

Com esse resultado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado do ano ficou em 1,73%, menor do que o acumulado em igual período de 2005 (3,42%). Considerando os últimos 12 meses, o IPCA situou-se em 3,97%...

11/08/2006 06h31 | Atualizado em 11/08/2006 06h31

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice de mês, foram comparados os preços coletados de 28 de junho a 28 de julho (referência) com os preços vigentes de 30 de maio a 27 de junho (base).

INPC varia 0,11% contra –0,07% em junho

Com a taxa de julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado no ano ficou em 1,18%, menor do que em igual período de 2005 (3,31%). Nos últimos 12 meses, porém, a taxa ficou em 2,87%, acima dos 2,79% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2005, o INPC havia ficado em 0,03%.

Em julho, os produtos alimentícios apresentaram variação negativa de -0,20%, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,23%.

Os maiores índices regionais foram registrados em Brasília (0,58%) e Rio de Janeiro (0,56%), enquanto o menor resultado, com deflação, foi registrado em Salvador (-0,25%).



O INPC é calculado desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 6 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 28 de junho a 28 de julho (referência) com os preços vigentes de 30 de maio a 27 de junho (base).

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1Constam da publicação "Estrutura de Ponderações a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares - 2002-2003, Série Relatórios Metodológicos n° 34".

Com esse resultado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado do ano ficou em 1,73%, menor do que o acumulado em igual período de 2005 (3,42%). Considerando os últimos 12 meses, o IPCA situou-se em 3,97%, também abaixo do resultado de 4,03% relativo aos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2005, o índice havia ficado em 0,25%.

Esta é a primeira divulgação dos índices de preços com a nova estrutura de pesos, que incorpora os resultados dos gastos de consumo da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003. A metodologia e os critérios usados para a obtenção dos novos pesos estão disponíveis1 no portal do IBGE (www.ibge.gov.br) desde dezembro de 2005. Com as novas estruturas, itens como gás veicular e acesso à internet, por exemplo, passam a ser pesquisados. Alguns itens ganham mais importância no cálculo dos índices, a exemplo do microcomputador e dos serviços de telefonia, inclusive a compra de aparelho telefônico. Quanto aos que ficaram menos importantes nos cálculos, destacam-se o álcool combustível, o aluguel residencial e a energia elétrica.

O crescimento no IPCA de junho (-0,21%) para julho (0,19%) é atribuído a aumentos com transportes (de -0,93% para 0,37%) e alimentos (de -0,61% para 0,09%), além de à alta no pagamento dos salários de empregados domésticos (de 0,40% para 1,18%), que incorporou parte do reajuste do salário mínimo vigente a partir de abril.

Nos transportes, um destaque foi a gasolina, com aumento médio de 0,81%, em razão principalmente da alta ocorrida em Brasília (5,75%), Goiânia (4,51%) e nas regiões metropolitanas de Curitiba (3,33%) e Fortaleza (2,47%). No álcool combustível, a alta foi de 1,04%, sob influência de São Paulo (3,21%), Goiânia (1,76%) e Brasília (1,43%). Embora em período de safra da cana-de-açúcar, os preços do álcool têm se mostrado mais elevados, com impacto sobre a gasolina.

Ainda em transportes, subiram as tarifas dos ônibus interestaduais (6,64%) e dos intermunicipais (3,14%). Nos interestaduais (6,64%), embora o reajuste médio tenha sido de 9,27%, a partir do dia 09 de julho, algumas linhas eliminaram os descontos que vinham promovendo e, em Brasília, por exemplo, a alta chegou a 17,27%. No caso dos intermunicipais, o resultado foi definido basicamente pela região metropolitana do Rio de Janeiro, cujas tarifas aumentaram 11,81%, reflexo do reajuste médio de 13,47% a partir de 08 de julho.

No caso do grupo alimentação e bebidas, foi constatada certa estabilidade de preços no mês de julho (0,09%), ao passo que no mês anterior havia ocorrido queda (-0,61%). Embora os preços de grande parte dos alimentos continuem caindo, as frutas (8,14%) e o arroz (4,33%) se destacaram pela alta e pressionaram o resultado.

Entre os produtos não alimentícios (de -0,10% em junho para 0,22% em julho), apesar do aumento nos transportes, muitos itens importantes mostraram desaceleração na taxa de crescimento de preços, como o gás de cozinha (de 1,54% em junho para 0,44% em julho). Os artigos de vestuário, por sua vez, com as promoções de fim de estação, chegaram a apresentar queda de 0,24% contra alta de 0,59% verificada em junho.

 

A energia elétrica (-0,73%) se destacou pela queda, refletindo redução na conta de várias regiões metropolitanas, principalmente São Paulo (-1,02%) e Curitiba (-5,65%). Apenas Belém (1,35%) e Recife (0,60%) apresentaram alta expressiva no mês. Outra conta que ficou mais barata foi a do telefone fixo (-0,27%), que caiu em todas as regiões pesquisadas porque as tarifas foram reduzidas a partir do dia 14 de julho.

Quanto aos índices regionais, o maior resultado foi registrado em Brasília (0,82%), onde os alimentos tiveram alta de 0,87%, bem acima da média. Além disso, o gás de cozinha subiu 1,30%, e as tarifas dos ônibus interestaduais ficaram 17,27% mais caras. Salvador (-0,21%) foi a única região a apresentar deflação.