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Em junho, produção industrial cai em 10 dos 14 locais pesquisados

Em junho, os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente mostram um quadro predominantemente negativo frente a maio, com dez dos quatorze locais apresentando queda.

09/08/2006 06h31 | Atualizado em 09/08/2006 06h31

Em junho, os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente mostram um quadro predominantemente negativo frente a maio, com dez dos quatorze locais apresentando queda. Amazonas (-5,4%) e Paraná (-4,3%) assinalam as reduções mais acentuadas. São Paulo (-2,3%), parque fabril de maior peso no país, registra taxa abaixo da média nacional (-1,7%). Espírito Santo (5,1%), Pernambuco (2,2%), Ceará (0,9%) e Pará (0,2%) são os locais que apresentam crescimento na passagem de maio para junho.



No acumulado do semestre, dez locais pesquisados apresentaram acréscimo na produção, com destaque para Pará (13,5%), Ceará (7,2%) e Bahia (5,5%). Também ficaram acima da média nacional: Pernambuco e Espírito Santo (ambos com 4,7%), Minas Gerais (4,6%), São Paulo (3,4%), Rio de Janeiro (3,3%) e região Nordeste (3,1%). O desempenho favorável desses locais pode ser explicado pelo dinamismo das exportações (minério de ferro, produtos siderúrgicos, petróleo, celulose e açúcar) e a presença importante de atividades produtoras de bens de consumo (duráveis e de semi e não duráveis).

O resultado de 2,6% no acumulado do primeiro semestre, para o total do país, reflete uma forte desaceleração no ritmo produtivo entre o primeiro (4,6%) e segundo trimestre (0,8%). Esse movimento é observado na maioria (9) das 14 áreas pesquisadas (tabela 3). Amazonas lidera essa perda de dinamismo, ao passar de um crescimento de 9,3% no período janeiro-março para uma queda de 12,1% no segundo trimestre, devido principalmente ao recuo de material e eletrônico e equipamentos de comunicações (de 14,1% para -22,4%). Este setor, de maior peso na estrutura industrial, foi fortemente impactado pela redução no ritmo das vendas de telefones celulares para o mercado externo.

Já no confronto junho 06/ junho 05, que para o total do país mostrou recuo de 0,6%, os índices regionais foram negativos em cinco locais. Vale ressaltar, nesse indicador, a diferença de número de dias úteis (21 dias em 2006 contra 22 em 2005). A maior queda foi registrada no Amazonas (-20,0%), refletindo o forte impacto negativo vindo do setor de material eletrônico e equipamentos de comunicação. Rio Grande do Sul (-6,7%), Santa Catarina (-2,2%), Paraná (-1,2%) e Minas gerais (-0,8%) também ficaram abaixo da média nacional. Entre os que assinalaram expansão, Espírito Santo (16,1%), Pará (14,8%), Ceará (7,0%) e Pernambuco (6,1%) alcançaram as taxas mais expressivas. As indústrias da região Nordeste (2,0%), Goiás (2,0%), Bahia (1,3%), Rio de Janeiro (0,8%) e São Paulo (0,5%) também registraram resultados positivos.



Amazonas

Em junho, a indústria do Amazonas apresentou recuo de 5,4% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, índice ajustado sazonalmente, a redução foi de 7,9%. Na comparação com junho de 2005, observa-se uma queda de 20,0%, terceira taxa negativa consecutiva e a menor desde o início da série histórica em janeiro de 2002. A produção industrial amazonense assinala resultados negativos tanto no segundo trimestre de 2006 (-12,1%) como no indicador acumulado dos seis primeiros meses do ano (-2,7%), ambas as comparações contra a igual período de 2005. O indicador acumulado nos últimos doze meses (0,9%) acentua a trajetória de desaceleração em relação aos meses anteriores.

No confronto com igual mês do ano passado (-20,0%), oito das onze atividades reduziram a produção, com destaque para a significativa contribuição negativa, na média da indústria, vinda de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-35,4%). Neste segmento, sobressaiu o recuo na fabricação de telefones celulares, influenciado pela combinação entre redução das exportações neste ano e uma base de comparação elevada, por conta da maior produção em junho de 2005.

No acumulado do primeiro semestre do ano (-2,7%), frente a igual período do ano anterior, observa-se resultados negativos em cinco dos onze segmentos pesquisados. Os impactos negativos mais relevantes vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-7,9%) e de alimentos e bebidas (-7,5%). Por outro lado, outros equipamentos de transporte (16,0%) e edição e impressão (32,4%) foram as principais influências positivas, sobretudo devido à produção de motocicletas e suas peças e acessórios; e fitas de vídeo.

Por fim, o índice de média móvel trimestral mostrou uma perda de 3,6% entre os trimestres encerrados em maio e junho. Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, a atividade industrial do Amazonas registrou significativa desaceleração ao passar de uma expansão de 9,7% no primeiro trimestre do ano para uma queda de 7,9% no segundo.

Pará

Em junho, a indústria do Pará apresentou ligeira variação positiva (0,2%) em relação a maio, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com igual mês do ano anterior, observa-se expressivo crescimento (14,8%). Os indicadores para períodos mais abrangentes também registraram expansão: 13,5% no acumulado no ano e 7,8% no acumulado nos últimos doze meses. Nos índices trimestrais as taxas foram positivas tanto no confronto com igual trimestre do ano anterior (14,2%) como frente ao primeiro de 2006 (4,2%), este último na série com ajuste sazonal.

Na comparação junho 06/ junho 05, o acréscimo de 14,8% na indústria paraense foi determinado pelo desempenho positivo em cinco das seis atividades pesquisadas, com o principal impacto positivo vindo da metalurgia básica (26,5%), seguida pela indústria extrativa (9,2%) e por alimentos e bebidas (35,5%). Estas atividades registraram avanço na produção, principalmente, dos itens: óxido de alumínio; minérios de ferro; e crustáceos congelados, respectivamente. Por outro lado, madeira (-13,4%) foi a única atividade que assinalou taxa negativa, sendo influenciada, sobretudo, pelo recuo em madeira compensada.

No acumulado do primeiro semestre, a indústria paraense apresentou expansão de 13,5%, decorrente, em grande parte, da performance favorável da indústria extrativa (18,3%), seguida pela metalurgia básica (16,3%). Nestas atividades sobressaem, principalmente, os aumentos nos itens minérios de ferro e óxido de alumínio, respectivamente. Por outro lado, a única contribuição negativa veio, novamente, de madeira (-8,7%), com destaque para o produto madeira compensada.

Por fim, o índice de média móvel trimestral apresentou, em junho, expansão de 1,0% frente o trimestre encerrado em maio. Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, a atividade industrial paraense cresceu 4,2%, mantendo praticamente o mesmo ritmo de crescimento do primeiro trimestre (4,8%). Vale destacar a seqüência de resultados positivos iniciada no período abril-junho de 2005.

Nordeste

Em junho, a indústria do Nordeste registrou queda de 1,8% em relação a maio, na série livre dos efeitos sazonais. Na comparação com igual mês do ano anterior, observou-se crescimento de 2,0%. Os indicadores para períodos mais abrangentes também apresentaram taxas positivas: 3,1% no acumulado no ano e 1,8% no acumulado nos últimos doze meses. A produção do segundo trimestre de 2006 apontou resultado positivo frente a igual trimestre de 2005 (2,8%), mas foi ligeiramente menor que a do trimestre imediatamente anterior (-0,1%).

No indicador mensal, a indústria nordestina assinalou acréscimo de 2,0%, com expansão em sete dos onze segmentos pesquisados. Os maiores impactos positivos vieram das indústrias de celulose e papel (22,5%), têxtil (9,6%) e metalurgia básica (10,2%), que apresentaram aumentos na produção, principalmente, dos itens: celulose; tecidos de algodão, e fios de algodão; e alumínio não ligado em formas brutas, respectivamente. Por outro lado, vestuário (-30,4%) e calçados e artigos de couro (-8,9%) exerceram as principais pressões negativas, nas quais sobressaíram os recuos na fabricação, sobretudo, de camisas de malha, e vestuário para uso profissional; e calçados de plástico, respectivamente.

No acumulado do semestre, o acréscimo de 3,1% foi conseqüência principalmente dos desempenhos positivos em oito das onze atividades pesquisadas. As contribuições positivas mais relevantes foram observadas em celulose e papel (30,0%), metalurgia básica (14,5%) e têxtil (9,2%). Nestes segmentos destacaram-se os avanços na fabricação de celulose; barra, perfil e vergalhões de cobre, e vergalhões de aço ao carbono; e tecidos de algodão, respectivamente. Em sentido contrário, o maior impacto negativo veio de vestuário (-24,0%), que apresentou recuo na produção, principalmente, de vestuário para uso profissional e calças compridas.

Por fim, o índice de média móvel trimestral assinala ligeiro recuo (-0,4%) entre os trimestres encerrados em maio e junho. A indústria nordestina mostra ligeira variação negativa de 0,1% na comparação entre o primeiro e o segundo trimestre, após três trimestres assinalando taxas positivas.

Ceará

Em junho, a produção industrial do Ceará recuou 0,9% na comparação com maio, na série ajustada sazonalmente. Em relação a igual mês do ano passado, observa-se expansão de 7,0%, sexto resultado positivo consecutivo neste tipo de confronto. O acumulado no primeiro semestre do ano registrou crescimento de 7,2%, enquanto o acumulado nos últimos doze meses prossegue mostrando desaceleração no ritmo de queda (-0,9%). Nos índices trimestrais, o segundo trimestre aponta avanço de 4,0% frente ao mesmo período de 2005, mas foi 1,9% menor do que o trimestre imediatamente anterior.

Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção cearense mostra acréscimo de 7,0% devido, sobretudo, aos resultados positivos em seis das dez atividades pesquisadas. As principais contribuições positivas para a formação do índice global vieram de têxtil (22,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (117,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (42,5%). Nestes ramos destacaram-se os avanços observados nos itens: tecidos de algodão; transformadores; e óleo diesel e gasolina. Entre os ramos que assinalaram redução, sobressaem calçados e artigos de couro (-18,8%), pressionado pela diminuição na produção de calçados de plástico; e vestuário (-16,1%), por conta do decréscimo em calças compridas.

O acumulado no primeiro semestre do ano mostrou crescimento de 7,2%, com resultados positivos em seis dos dez setores pesquisados. Os principais destaques na composição do índice geral ficaram por conta dos seguintes segmentos: têxtil (16,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (89,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (35,7%), que foram impulsionados pelo bom desempenho dos itens tecidos de algodão e de malha de fibra artificial; transformadores; e óleo diesel e gasolina, respectivamente. Por outro lado, com os maiores impactos negativos, sobressaem os recuos de vestuário (-21,8%), principalmente pela queda em vestuário profissional, e de alimentos e bebidas (-3,7%), pressionado pela diminuição nos itens amendoim e castanha de caju torrado.

Por fim, o índice de média móvel trimestral fica praticamente estável (-0,1%) entre os trimestres encerrados em maio e junho. O indicador trimestre contra trimestre imediatamente anterior mostra reversão no seu ritmo de produção, ao passar de uma expansão de 9,5% no período janeiro-março para uma queda de 1,9% no segundo.

Pernambuco

Em junho de 2006, os indicadores industriais de Pernambuco foram positivos em todas as comparações. Na passagem de maio para junho, no índice ajustado sazonalmente, observa-se expansão de 2,2%, após o forte recuo assinalado no mês anterior (-4,7%). Em relação a junho de 2005, o crescimento foi de 6,1%. Com isso, os indicadores para períodos mais abrangentes, o acumulado no ano e acumulado nos últimos doze meses, mostram trajetória de expansão ao registrarem: 4,7% e 4,2%, respectivamente. A produção no segundo trimestre de 2006 mostrou resultados positivos tanto frente a de igual trimestre de 2005 (6,6%), como em relação ao trimestre imediatamente anterior (2,1%).

Em relação a junho de 2005, a indústria pernambucana avançou 6,1%, oitava taxa positiva consecutiva, com sete das onze atividades pesquisadas assinalando crescimento na produção. Os principais impactos, em termos de participação, na média global da indústria foram observados em alimentos e bebidas (11,5%) e borracha e plástico (42,9%), por conta, sobretudo, dos aumentos verificados nos itens: sorvetes, e cervejas e chope; películas de plástico, e tubos, canos e mangueiras de plástico. Por outro lado, produtos químicos (-21,7%) e têxtil (-13,2%) exerceram as maiores pressões negativas, em função do recuo na fabricação de borracha de estireno-butadieno; e tecidos de algodão.

O acumulado no primeiro semestre mostrou acréscimo de 4,7%, com taxas positivas em oito dos onze ramos pesquisados. Novamente alimentos e bebidas (8,6%) e borracha e plástico (52,2%) exerceram os maiores impactos positivos, com destaque para os itens: cachaça, e cervejas e chope; películas de plástico, e tubos, canos e mangueiras de plástico. Por outro lado, produtos químicos (-14,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (-42,7%) apontaram as principais influências negativas no índice geral da indústria. Nestes segmentos, sobressaem os recuos de borracha de estireno-butadieno; e álcool.

Por fim, o índice de média móvel trimestral fica estável (0,0%) entre maio e junho. Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior observa-se aceleração no ritmo produtivo, que passa de uma ligeira variação negativa (-0,1%) no primeiro trimestre do ano para a expansão de 2,1% no segundo.

Bahia

Em junho, a produção industrial da Bahia recuou 2,0% e assinalou, pelo segundo mês seguido, decréscimo no índice mês/mês ajustado sazonalmente, acumulando uma perda de 2,5% no período. No confronto com igual mês do ano anterior, observou-se taxa positiva (1,3%) pelo décimo segundo mês consecutivo. O acumulado no primeiro semestre do ano (5,5%) e nos últimos doze meses (5,7%) apontaram crescimento. Nos índices trimestrais, o segundo trimestre de 2006 mostrou avanço tanto em relação a igual período do ano anterior (4,4%), como frente ao primeiro trimestre do ano (0,7%).

No confronto com igual mês do ano passado (1,3%), apenas quatro das nove atividades industriais contribuíram positivamente, com destaque para celulose e papel (23,7%), em função do aumento na produção de celulose; e produtos químicos (3,4%), por conta da maior fabricação de polietileno de alta densidade, e adubos e fertilizantes. Por outro lado, as pressões negativas vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-2,8%), influenciado pela retração na produção de querosene e de óleos lubrificantes; alimentos e bebidas (-3,2%), em virtude da queda na fabricação de leite em pó e café torrado e moído; e metalurgia básica (-4,4%), por conta do recuo nos itens barra, perfil e vergalhões de cobre, e vergalhoões de aços ao carbono.

No acumulado para o primeiro semestre do ano, a indústria baiana cresceu 5,5%, com taxas positivas em seis dos nove setores fabris investigados. As maiores influências vieram de celulose e papel (35,0%), devido ao incremento na produção de celulose; refino de petróleo e produção de álcool (9,0%), por conta da maior fabricação de óleo diesel, e gasolina; e metalurgia básica (16,5%), em virtude do acréscimo na produção de barra, perfil e vergalhões de cobre; e vergalhões de aço ao carbono. Em sentido contrário, as principais reduções foram observadas em alimentos e bebidas (-4,5%) e produtos químicos (-0,8%), em função, respectivamente, da menor produção de farinha e "pellets" da extração do óleo de soja, e óleo de soja refinado; e policloreto de vinila (PVC) e etileno não-saturado.

Por fim, o índice de média móvel trimestral fica praticamente estável (-0,1%) entre maio e junho. O índice assinalado na comparação entre o segundo e o primeiro trimestre de 2006 fica em 0,7%, um pouco abaixo do observado para o primeiro (1,0%). Vale destacar que a indústria baiana completa o quinto trimestre consecutivo com taxas positivas, acumulando no período uma expansão de 6,5%.

Minas Gerais

A produção industrial de Minas Gerais recuou 2,7% na passagem de maio para junho de 2006, já descontadas as influências sazonais. Na comparação com junho de 2005, também observou-se taxa negativa (-0,8%), após trinta e quatro meses de crescimento. Já os indicadores acumulados mostraram expansão no primeiro semestre do ano (4,6%) e nos últimos doze meses (4,8%). No segundo trimestre de 2006 observou-se avanço de 3,0%, na comparação com o mesmo período do ano anterior, e queda (-0,3%) no confronto com o trimestre imediatamente anterior.

O indicador mensal mostrou queda de 0,8% na produção industrial mineira. Este resultado se deve ao desempenho da indústria de transformação (-1,9%), já que a indústria extrativa (5,9%) se destaca como o principal impacto positivo de junho. Oito das doze atividades da indústria de transformação apresentaram recuo, valendo citar: produtos de metal (-20,7%), outros produtos químicos (-16,4%) e celulose e papel (-14,4%). O resultado desfavorável desses ramos é conseqüência, em grande parte, da queda na fabricação, respectivamente, dos produtos: estruturas de ferro e aço; inseticidas e adubos ou fertilizantes; e celulose. Por outro lado, veículos automotores, com expansão de 4,1%, sobressaiu com a maior contribuição favorável, sobretudo, pelo aumento na produção de automóveis.

O acumulado do primeiro semestre do ano mostrou crescimento de 4,6%, com resultados positivos tanto na indústria extrativa (10,3%), devido ao desempenho da extração de minérios de ferro, como na indústria de transformação (3,7%). Nesta última, com avanço em nove das doze atividades pesquisadas, as maiores contribuições positivas vieram de veículos automotores (7,2%), alimentos (4,3%) e máquinas e equipamentos (13,5%). Nestes segmentos, os principais destaques ficaram com, respectivamente, automóveis; iogurte e leite resfriado; e escavadeiras. Entre os ramos que apresentaram redução na produção, destaca-se produtos de metal (-8,9%), devido, sobretudo, à queda no item estruturas de ferro e aço.

Por fim, o índice de média móvel trimestral mostra ligeira variação negativa (-0,4%) entre os trimestres encerrados em maio e junho. Na comparação contra o trimestre imediatamente anterior, ajustado sazonalmente, o índice para o período abril-junho de 2006 fica em 0,3%, abaixo do observado para o primeiro trimestre (1,4%). Vale destacar que este é a nona taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação, o que resulta em uma expansão acumulada de 14,5%.

Espírito Santo

Em junho, a produção industrial do Espírito Santo cresceu 5,1% na comparação com maio, na série livre de influências sazonais. Em relação a junho do ano passado, houve expansão de 16,1%, sendo esta a sexta taxa positiva consecutiva. Nos indicadores para períodos mais abrangentes, os resultados também foram favoráveis: 4,7% no acumulado no primeiro semestre e 2,2% no acumulado nos últimos doze meses. Na análise dos trimestres, o aumento na produção de abril-junho foi de 7,3% frente ao mesmo período do ano passado, e de 3,9% em comparação ao trimestre imediatamente anterior.

Em relação a junho do ano passado, a produção industrial capixaba cresceu 16,1%, sendo essa sua maior taxa de expansão desde maio de 2003 (18,1%). Esse resultado reflete o desempenho bastante positivo tanto da indústria de transformação (14,6%) como da indústria extrativa (19,3%). Esta última se destaca como uma das principais contribuições positivas, devido, sobretudo, ao item óleos brutos de petróleo. Entre os quatro ramos que compõem a indústria de transformação, três expandiram a produção, com destaque para metalurgia básica (31,6%) e alimentos e bebidas (18,4%), conseqüência, em grande parte, do aumento na produção de lingotes, blocos e tarugos de aço, e bombons, respectivamente. Por outro lado, a única atividade que assinalou recuo foi a de minerais não-metálicos (-2,8%), com queda na produção, principalmente, de cimento.

No acumulado para o primeiro semestre do ano, a produção cresceu 4,7%, com resultados positivos tanto na indústria de transformação (5,5%) como na indústria extrativa (2,8%). Na indústria de transformação, novamente três dos quatro ramos pesquisados aumentaram a produção, cabendo os maiores impactos à metalurgia básica ( 9,3%) e alimentos e bebidas (10,8%), devido, principalmente, aos itens: lingotes, blocos e tarugos de aço, e bombons, respectivamente. A única pressão negativa veio de minerais não-metálicos (-0,1%), com destaque para a queda na produção de ladrilho e placa de cerâmica.

Por fim, o índice de média móvel trimestral assinala expansão de 2,2% entre maio e junho. Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, observa-se avanço de 3,9% na passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano, resultado bem acima do observado no primeiro (0,8%). Vale destacar que esta é a terceira taxa positiva consecutiva neste tipo de confronto.

Rio de Janeiro

Em junho de 2006, a produção industrial ajustada sazonalmente do Rio de Janeiro recuou 2,8% frente a maio, após crescimento de mesma magnitude no mês anterior. No confronto com junho de 2005, o setor prossegue mostrando taxas positivas (0,8%), comportamento presente desde agosto do ano passado. Os indicadores acumulados, tanto para os primeiros seis meses do ano (3,3%) como para os últimos doze meses (3,0%), registraram expansão acima da média nacional (2,6% e 2,0%, respectivamente). A produção do segundo trimestre de 2006 apontou resultado positivo frente a de igual trimestre de 2005 (1,7%), mas foi 0,4% menor que a do trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o resultado de 0,8% está apoiado no desempenho favorável da indústria de transformação (3,1%), uma vez que a indústria extrativa mostrou forte desaceleração (-8,3%). Esta atividade, influenciada por paralisações técnicas para manutenção em plataformas, interrompeu uma seqüência de quinze meses com resultados positivos, e exerceu a principal contribuição negativa no índice geral. A indústria de transformação que, pelo segundo mês seguido apresentou expansão neste tipo de comparação, tem apenas quatro atividades mostrando crescimento. A maior pressão positiva foi do refino de petróleo e produção de álcool (40,3%), impulsionado pelos avanços na fabricação de óleo diesel e gasolina. Este segmento foi influenciado por uma baixa base de comparação, em função da paralisação para manutenção em importante empresa do setor em junho de 2005. Em seguida, vale citar o resultado positivo de alimentos (13,0%), onde destacaram-se os itens preparações e conservas de peixes e açúcar cristal. Entre os oito ramos que reduziram a produção, veículos automotores (-16,8%), seguido por metalurgia básica (-4,0%) e outros produtos químicos (-4,9%), responderam pelos maiores impactos, pressionados pela queda na fabricação de caminhões; folhas de flandres; e barrilha, respectivamente.

O acumulado no semestre registrou crescimento de 3,3%, com expansão tanto na indústria extrativa (7,8%) como na indústria de transformação (2,3%). A performance favorável do setor extrativo ao longo do ano exerceu a maior contribuição positiva na média global. Na indústria de transformação, cinco dos doze ramos assinalaram resultados positivos, cabendo a alimentos (18,8%), farmacêutica (12,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (6,1%) os principais destaques. Entre os setores que apresentaram decréscimo, metalurgia básica (-10,5%), ainda influenciado pela paralisação de um alto forno em uma grande empresa, exerceu o maior impacto, pressionado pela menor produção de folhas-de-flandres e bobinas ou chapas de aço ao carbono.

Por fim, o índice de média móvel trimestral registra redução de 0,5% entre os trimestres encerrados em maio e junho. No índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior ajustado sazonalmente, o ritmo da produção industrial fluminense assinala na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2006 queda (-0,4%). Este resultado fica abaixo do registrado no período janeiro-março de 2006 (0,0%). Vale destacar que esta é a primeira taxa negativa, neste tipo de comparação, desde o primeiro trimestre de 2005.

São Paulo

Em junho, a produção industrial de São Paulo recuou 2,3% frente a maio, na série com ajustamento sazonal, após uma seqüência de dois resultados positivos, período em que acumulou 2,4% de crescimento. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve aumento de 1,3%. Os indicadores em relação a iguais períodos de 2005 foram positivos e acima da média nacional: 0,5% frente a junho de 2005, 2,1% no segundo trimestre de 2006, 3,4% no acumulado no ano e 2,4% no acumulado nos últimos doze meses.

No confronto junho 06/ junho 05, o aumento de 0,5% foi explicado pelas contribuições positivas de oito dos vinte segmentos pesquisados. Entre os que mais influenciaram o desempenho global destacaram-se: alimentos (10,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (8,2%). Nestes segmentos, sobressai a maior produção de açúcar cristal, e sucos concentrados de laranja, no primeiro; e gasolina, e álcool, no segundo. Por outro lado, outros produtos químicos (-7,8%) e outros equipamentos de transporte (-13,2%) registraram as principais pressões negativas, por conta, principalmente, dos decréscimos assinalados na fabricação de inseticidas, e adesivos à base de borracha; e aviões, e bicicletas.

No acumulado no semestre, observou-se aumento de 3,4%, com doze dos vinte setores apresentando resultados positivos. As contribuições positivas vindas de veículos automotores (7,4%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (13,4%) foram as mais relevantes no cômputo geral. Os avanços assinalados na fabricação de automóveis; telefones celulares e equipamentos para telefonia celular explicaram, em grande parte, a performance positiva daqueles segmentos. Em contraposição, produtos de metal (-5,8%) e outros produtos químicos (-1,4%) apontaram os principais impactos negativos, influenciados pelo recuo na produção de molas e folhas de molas de ferro/aço; adesivos à base de borracha, e inseticidas.

Por fim, o índice de média móvel trimestral fica estável entre os trimestres encerrados em maio e junho. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a indústria paulista, ao assinalar 1,3% em abril-junho de 2006, apresenta trajetória ascendente há três trimestres consecutivos. Vale destacar que, para este tipo de confronto, observa-se a seqüência de cinco trimestres com taxas positivas, que resultam em uma expansão de 12,1%.

Paraná

A produção industrial do Paraná recuou 4,3% em junho frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais, após ter apontando três resultados positivos consecutivos, período em que acumulou 8,6% de expansão. A comparação com junho de 2005 também mostrou taxa negativa (-1,2%). Em relação aos indicadores para períodos mais abrangentes, os resultados foram os seguintes: -3,8% no acumulado do semestre e -4,2% nos últimos doze meses. Nos índices trimestrais, observou-se retração de 2,1% frente ao segundo trimestre do ano passado, mas no confronto com o primeiro trimestre deste ano houve avanço de 4,8%.

No índice mensal, a produção paranaense recuou 1,2%, com somente seis das quatorze atividades pesquisadas assinalando taxas negativas. Os maiores destaques para a formação da média global foram observados em veículos automotores (-20,3%), celulose e papel (-14,1%) e madeira (-15,7%). Estes ramos tiveram como principais contribuições positivas os itens: bombas injetoras para veículos, e automóveis; caixas de papel-cartão; e folhas para folheados, e madeira compensada. Por outro lado, os maiores destaques positivos vieram de alimentos (9,7%), decorrente, em grande parte, do aumento na produção de açúcar cristal e de óleo de soja refinado; e de edição e impressão (21,8%), impulsionada pelo acréscimo em livros e impressos didáticos.

O acumulado para o primeiro semestre mostrou redução de 3,8%, com a metade dos quatorze ramos pesquisados apresentando resultados negativos. As maiores contribuições negativas na média geral foram observadas em veículos automotores (-16,1%), máquinas e equipamentos (-9,9%) e madeira (-12,5%), devido, em grande parte, ao recuo na produção dos itens: bombas injetoras para veículos, e automóveis; máquinas para trabalhar matéria-prima para fabricar pasta de celulose, e eletrodomésticos; e madeira compensada. Por outro lado, as principais pressões positivas vieram de alimentos (3,1%) e borracha e plástico (14,3%), com destaque para o aumento na fabricação de óleo de soja refinado e açúcar cristal; e tubos, canos e mangueiras de plástico.

Por fim, o índice de média móvel trimestral mostra crescimento de 1,3% entre maio e junho. Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, índice ajustado sazonalmente, observa-se crescimento de 4,8% no período abril-junho de 2006, após cinco trimestres consecutivos registrando taxas negativas.

Santa Catarina

Em junho, a produção industrial de Santa Catarina apresentou queda de 0,7% frente a maio, na série livre de influências sazonais, após crescimento de 2,3% no mês anterior. No confronto com igual mês do ano passado também se observou taxa negativa (-2,2%). Com isso, o indicador acumulado nos primeiros seis meses do ano ficou em -1,0%. O indicador acumulado nos últimos doze meses (-3,4%) mostrou desaceleração frente ao resultado de maio (-3,0%). Nos indicadores trimestrais, a produção do período abril-junho de 2006 apontou taxas negativas frente a igual trimestre de 2005 (-3,2%) e na comparação com o trimestre imediatamente anterior (-1,7%).

No confronto junho 06/junho 05, a queda de 2,2% teve perfil generalizado e atingiu sete dos onze ramos industriais pesquisados. A principal contribuição negativa veio de alimentos (-15,8%), pressionado pela queda na produção da maior parte dos produtos pesquisados, com destaque para carnes e miudezas de aves. Em seguida, destacaram-se os resultados negativos observados em madeira (-23,5%) e vestuário (-16,5%), com as maiores influências negativas vindo dos itens: folhas para folheados; e conjuntos de malha de uso feminino, respectivamente. Por outro lado, máquinas e equipamentos (30,5%) exerceram as pressões positivas mais relevantes.

No encerramento do primeiro semestre do ano, a indústria catarinense recuou 1,0%, impulsionada pelo desempenho desfavorável de seis das onze atividades pesquisadas. O maior impacto negativo veio novamente de alimentos (-10,8%), ainda bastante influenciado pela redução na produção de carne e miudezas de aves ao longo do ano. Vale citar também os recuos observados em madeira (-21,2%), minerais não-metálicos (-7,3%) e vestuário (-6,0%). Já entre os segmentos que ampliaram a produção, a principal contribuição positiva veio de veículos automotores (29,5%), seguido de borracha e plástico (14,6%) e máquinas e equipamentos (5,7%). Nesses ramos destacaram-se, por conta da maior produção, os itens: carrocerias para caminhões e ônibus; peças e acessórios plásticos para automóveis; e refrigeradores e congeladores, respectivamente.

Por fim, o índice de média móvel trimestral fica estável (0,0%) entre os trimestres encerrados em maio e junho. Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior (ajustado sazonalmente) observa-se redução no ritmo da atividade fabril catarinense. Na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2006 verifica-se um recuo de 1,7%, ritmo bastante abaixo do registrado no primeiro trimestre deste ano (2,6%) e no último do ano passado (2,4%).

Rio Grande do Sul

Em junho de 2006, a indústria do Rio Grande do Sul assinalou resultados negativos em todas as comparações. Na passagem de maio para junho, na série livre dos efeitos sazonais, observou-se recuo de 1,2%, após dois meses registrando taxas positivas. No confronto com igual mês do ano anterior a queda foi de 6,7%, sendo esta a décima taxa negativa consecutiva. Com isso, os indicadores acumulados para o primeiro semestre do ano e para os últimos doze meses, ao recuarem 3,9%, acentuaram a trajetória de queda. Na análise trimestral, a produção de abril-junho mostrou redução na comparação com igual trimestre do ano anterior (-5,9%) e frente ao trimestre imediatamente anterior (-2,2%).

O indicador mensal da indústria gaúcha recuou 6,7% influenciado pelo desempenho negativo de oito dos quatorze ramos pesquisados. As principais contribuições negativas na formação da média global da indústria foram observadas em máquinas e equipamentos (-28,3%), calçados e artigos de couro (-19,4%) e fumo (-11,9%). Por outro lado, os maiores impactos positivos vieram de alimentos (4,3%), em que sobressaiu o aumento no processamento de carnes bovinas e suínas; e outros produtos químicos (3,3%), por conta da maior produção de polietileno de alta densidade e etileno não saturado.

No acumulado no ano, a indústria gaúcha apresentou queda de 3,9%, com sete dos quatorze ramos pesquisados mostrando taxas negativas, tendo como destaques máquinas e equipamentos (-18,2%), calçados e artigos de couro (-9,1%) e fumo (-9,2%), que assinalaram recuos na produção, principalmente, de aparelhos de ar condicionado, e máquinas para colheita; tênis de couro; e fumo processado, respectivamente. Por outro lado, alimentos (4,5%) e veículos automotores (3,0%) exerceram as maiores pressões positivas, nas quais sobressaíram os avanços na produção dos itens: carnes bovinas, e arroz semibranqueado; e carrocerias para ônibus, respectivamente.

Por fim, o índice de média móvel trimestral fica estável (0,0%) entre maio e junho. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a queda é de 2,2%, mais acentuada que o observado nos dois últimos trimestres: -1,5%, no último trimestre do ano passado, e -1,9%, no primeiro deste ano. Estes números confirmam a aceleração na trajetória de queda da indústria gaúcha, iniciada no período julho-setembro de 2005 (1,1%).

Goiás

Em junho, a produção industrial de Goiás recuou 1,9% frente a maio, na série sazonalmente ajustada, após o forte crescimento (7,0%) no mês anterior. Nas demais comparações os resultados foram todos positivos: expansão de 2,0% frente a igual mês do ano anterior, acréscimo de 1,8% no acumulado do primeiro semestre do ano e crescimento de 0,9% no acumulado nos últimos doze meses. Nos índices trimestrais, a produção do período abril-junho cresceu 2,1% contra igual período do ano anterior e 4,4% frente ao trimestre imediatamente anterior.

Em relação a junho do ano passado, o avanço de 2,0% foi apoiado pela expansão dos quatro ramos da indústria de transformação (3,8%). As principais contribuições positivas vieram de alimentos e bebidas (2,6%), refletindo a maior produção de cervejas e chope, e refrigerantes; e produtos químicos (9,3%), por conta, principalmente, do aumento na fabricação de medicamentos e sabões. A indústria extrativa, com queda de 17,9%, assinalou o único resultado negativo, influenciado pela queda na produção de amianto.

No acumulado do primeiro semestre, a expansão de 1,8% foi sustentada pelo crescimento observado na indústria de transformação (3,9%), uma vez que a indústria extrativa apresentou forte queda (-18,9%), pressionada pelo comportamento do item amianto. Já na indústria de transformação, novamente todos os setores mostraram resultados positivos, cabendo os impactos mais relevantes a produtos químicos (12,1%) e alimentos e bebidas (1,6%), onde sobressaíram os aumentos na fabricação, respectivamente, dos itens: medicamentos, e adubos ou fertilizantes; e refrigerantes, e cervejas e chope.

Por fim, o índice de média móvel trimestral assinala expansão de 1,0% entre os trimestres encerrados em maio e junho. Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, série com ajuste sazonal, observa-se crescimento de 4,4% na passagem do primeiro para o segundo trimestre, após três trimestres consecutivos de taxas negativas.