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IBGE destaca importância regional dos produtos da pauta de exportação

Em 2004, 18.600 empresas fizeram parte da PIA-Produto. Foram coletadas informações sobre a linha de produção de cerca de 26 mil plantas industriais que, em conjunto, registraram vendas da ordem de R$ 908 bilhões, o que representa 82% das vendas ...

26/06/2006 07h01 | Atualizado em 26/06/2006 07h01

Em síntese, a pesquisa verificou, na grande maioria dos estados, a estreita relação entre liderança em vendas industriais e liderança em vendas externas. Esse resultado confirma a relevância das exportações como fator de impulso ao desempenho industrial em 2004.

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1Estatísticas da Fundação de Comércio Exterior (FUNCEX)

 

Veja também PIA - Empresa

Em 2004, 18.600 empresas fizeram parte da PIA-Produto. Foram coletadas informações sobre a linha de produção de cerca de 26 mil plantas industriais que, em conjunto, registraram vendas da ordem de R$ 908 bilhões, o que representa 82% das vendas da indústria brasileira. Os 100 produtos de maior valor de vendas concentraram 51% do valor total levantado pela pesquisa.



A PIA-Produto 2004, confirmou a liderança de São Paulo no ranking nacional, muito embora se verifique perda na participação do estado no total do país entre 2000 (46,3%) e 2004 (41,1%). Em São Paulo, o destaque foi para o item automóveis de cilindrada maior que 1500 cm3 e menor que 3000 cm3, com o maior valor de vendas (R$ 13 bilhões). Ainda entre os principais produtos, com o segundo maior ganho de participação no total das vendas estaduais, entre 2000 e 2004, figura telefones celulares (de 0,8% para 1,4%). Automóveis de até 1000 cilindradas é o que mais perde participação entre os dois anos em análise (1,2 ponto percentual), passando com isso da 2a para a 9a posição.

Em termos de exportações1 , São Paulo também ocupou a liderança, participando com 32,2% do total das exportações brasileiras em 2004. Neste ano, o principal produto da pauta de exportação do estado foi aviões, o terceiro maior valor de vendas da indústria paulista, seguido por automóveis de 1500 a 3000 cilindradas. Vale mencionar que São Paulo também teve redução na sua participação nas exportações brasileiras, passando de 35,9% em 2000 para 32,2% em 2004.

A indústria de Minas Gerais, com vendas da ordem de R$ 94 bilhões em 2004, ocupou a segunda posição em nível regional, fato já observado em 2000. Ao contrário de São Paulo, a indústria mineira aumentou a sua representatividade no total das vendas brasileiras de 2000 (9,9%) para 2004 (10,4%). A participação dos 15 produtos líderes no total das vendas do estado caiu entre 2000 (38,9%) e 2004 (36,3%), ficando as maiores perdas em nível de produto por conta de automóveis de até 1000 cilindradas e entre 1500 e 3000 cilindradas.

Em relação às exportações, Minas Gerais manteve o segundo lugar no ranking nacional. Nos dois anos em análise o destaque foi para o item minério de ferro que, em 2004, respondia por cerca de 20% das exportações do estado.

O Rio Grande do Sul se manteve na terceira posição, com vendas industriais de R$ 80,7 bilhões. Entre os produtos, fumo processado industrialmente registrou o maior valor de vendas em 2004, com receita de R$ 3 bilhões. O item calçado de couro feminino foi o que mais perdeu participação nas vendas estaduais, entre 2000 (6,5%) e 2004 (4,4%) e adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio, o que mais ganhou (de 1,4% para 2,8%).

No que tange às exportações o Rio Grande do Sul continuou em terceiro lugar no ranking nacional, ao participar com 10,2% das exportações brasileiras. Em nível de produto, o item calçados de couro também apresentou redução significativa na participação do total das exportações gaúchas entre 2000 (15,7%) e 2004 (8,8%).

A indústria do Rio de Janeiro, quarta neste ranking, obteve, em 2004, receita de vendas de R$ 63,4 bilhões. Entre os produtos que registraram os valores mais elevados, o destaque foi para os associados à extração/refino de petróleo: óleo bruto de petróleo, óleo diesel, gasolina, gás natural e óleos lubrificantes sem aditivos, que ocupam o 1º, 2º, 9º, 10º e 14º lugares no ranking estadual, respectivamente, acumulando cerca de 20% do total das vendas da indústria fluminense.

Pela ótica das exportações, o Rio de Janeiro foi o estado que mais ganhou participação nas exportações brasileiras: em 2000, respondia por 3,3% e, em 2004, passou para 7,3%. Entre os produtos que se destacaram, vale enfatizar o avanço das exportações de óleo bruto de petróleo, que, em 2000, contribuíram com 8,6% e, em 2004, passaram a representar 31,9% das exportações fluminenses.

A indústria do Paraná ocupou a quinta posição no ranking nacional, com a receita de vendas atingindo R$ 62,9 bilhões. Vale mencionar que esse estado foi o que mais aumentou a participação no total das vendas industriais brasileiras entre 2000 e 2004, ao passar de 5,9% para 6,9%. O item óleo diesel apresentou o maior valor de vendas, vindo a seguir automóveis de cilindrada maior que 1500 cm3 e menor que 3000 cm3 e adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio.

O Paraná, que responde por 9,7% das exportações, ocupou a 4a posição no ranking nacional. Entre os produtos exportados, o destaque foi para soja e seus derivados que, em conjunto, foram responsáveis por 31% das exportações paranaenses em 2004.

A indústria da Bahia, com vendas de R$ 47,1 bilhões, foi a sexta colocada em nível regional. Entre os produtos fabricados no estado, o destaque foi para óleo diesel, que deteve a maior receita de vendas, e para automóveis de cilindrada maior que 1500 cm3 e menor que 3000 cm3 e automóveis de até 1000 cilindradas.

A Bahia ampliou a sua participação no total das exportações brasileiras entre 2000 (3,5%) e 2004 (4,2%). Automóveis de cilindrada maior que 1500 cm3 e menor que 3000 cm3 figuraram como principal item da pauta de exportação baiana.

O estado do Amazonas, com a 7a posição no ranking nacional, respondeu por 4,6% das vendas industriais brasileiras em 2004. Em 2000, o estado participava com 3,8%. O item telefones celulares se destacou com o maior valor de vendas em 2004 (R$ 6,6 bilhões), vindo a seguir motocicletas de cilindrada entre 50 cm3 e 250 cm3 (R$ 4,1 bilhões) e televisores em cores (R$ 3,7 bilhões). Estes três produtos responderam por 35% das vendas industriais do estado.

O Amazonas respondeu, em 2004, por 1,2% das exportações brasileiras, percentual este ligeiramente inferior ao observado em 2000 (1,4%). Com isso, o estado ocupa o 11º lugar no ranking nacional de exportações. Os principais produtos exportados pelo estado, em 2004, também foram os que detiveram as maiores receitas de vendas, como: telefones celulares, motocicletas de cilindrada entre 50 cm3 e 125 cm3 e televisores em cores, que em conjunto responderam por 44% do total das exportações estaduais.

A indústria de Santa Catarina, com vendas de R$ 37,4 bilhões em 2004, ocupou o 8o lugar entre os estados, com participação de 4,1%. Os produtos refrigeradores ou congeladores (freezers) para uso doméstico, compressores para aparelhos de refrigeração e ladrilhos ou placas de cerâmica, azulejos de cerâmica decorados, se destacaram com os maiores valores de vendas.

Santa Catarina respondeu por 5,0% das exportações brasileiras. Entre os produtos de sua pauta, destaca-se o item pedaços e miudezas comestíveis de galos/galinhas, congelados que, sozinho, responde por 13,1% das exportações do estado.

No Espírito Santo as vendas industriais alcançaram R$ 18,1 bilhões em 2004, o que representa 2,0% da receita total de vendas da indústria brasileira. Entre os produtos fabricados no estado destacaram-se minérios de ferro, pastas químicas de madeira (celulose) e lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono, com participação em conjunto de 55,5% das vendas.

Entre 2000 e 2004, o Espírito Santo reduziu sua participação no total das exportações brasileiras, ao passar de 5,1% para 4,2%. Entre os produtos exportados, destacaram-se com os maiores valores minérios de ferro e pastas químicas de madeira (celulose).

A indústria de Goiás, com vendas da ordem de R$ 14,9 bilhões, teve sua participação no total do país ampliada entre 2000 (1,2%) e 2004 (1,6%). Por produto destacaram-se: automóveis de cilindrada > 1.500 cm3 e < 3.000 cm3, tortas, bagaços, farelos ou outros resíduos da extração do óleo de soja e adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), respondendo por 17,8% das vendas estaduais.

Na pauta de exportação goiana, os três principais produtos, que vêm da agroindústria, responderam por 62,5% do total das exportações do estado: outros grãos de soja, mesmo triturados; bagaços e outros resíduos sólidos, da extração do óleo de soja e carnes de bovino, desossadas, congeladas.

A indústria do Pará, 11a colocada no ranking nacional, também teve sua participação no total das vendas do país expandida entre 2000 (1,2%) e 2004 (1,6%). Os destaques entre os produtos fabricados foram: minérios de ferro, alumínio não ligado em formas brutas e óxido de alumínio (alumina calcinada), que em conjunto respondem por 46,1% das vendas estaduais.

Já no que tange às exportações, a participação do estado no total do país se reduziu entre 2000 (4,4%) e 2004 (3,9%), ficando os destaques também por conta dos produtos minérios de ferro, alumínio não ligado em formas brutas e óxido de alumínio (alumina calcinada), respondendo por 53,5% das exportações do estado.

No Ceará as vendas industriais atingiram R$ 12,1 bilhões em 2004. Respondendo por 20,0% das vendas estaduais figuram os itens: óleo diesel, calçado de plástico moldado, e tecidos de algodão.

A participação das exportações cearenses no total do Brasil se manteve estável entre 2000 (0,9%) e 2004 (0,9%). Os itens castanha de caju, fresca ou seca, sem casca; outros couros e peles de bovinos; outros calçados de couro natural e calçados de borracha e plástico responderam em 2004 por 42,2% das exportações estaduais.

Por último, a indústria de Pernambuco registrou vendas da ordem de R$ 11,1 bilhões e manteve estável sua participação no total do país entre 2000 (1,2%) e 2004 (1,2%). Latas de alumínio para embalagem, farinha de trigo e biscoitos ou bolachas registraram os maiores valores de vendas no estado, acumulando uma participação de 11,1% no total das vendas.

Pernambuco também manteve sua participação no total das exportações brasileiras entre 2000 (0,5%) e 2004 (0,5%), entre os produtos de sua pauta destacaram-se neste último ano: açúcar de cana, em bruto; outros açúcares de cana, beterraba, sacarose ... e mangas frescas ou secas.