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PIB variou 1,4% no 1º trimestre de 2006 em relação ao trimestre anterior


O Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado, calculado pelo IBGE, apresentou crescimento de 1,4% na comparação do primeiro trimestre contra o quarto trimestre de 2005...

31/05/2006 06h31 | Atualizado em 31/05/2006 06h31

O Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado, calculado pelo IBGE, apresentou crescimento de 1,4% na comparação do primeiro trimestre contra o quarto trimestre de 2005, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. Em relação ao primeiro trimestre de 2005, o crescimento foi de 3,4%. No acumulado em quatro trimestres (terminados no primeiro trimestre de 2006), a taxa ficou em 2,4% quando comparada aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O resultado do primeiro trimestre de 2006 (na série com ajuste sazonal), em relação ao trimestre imediatamente anterior, foi influenciado pelo crescimento dos três setores que compõem o PIB: Indústria (1,7%), Agropecuária (1,1%) e o setor de Serviços (0,8%). Cabe salientar que as séries são sazonalmente ajustadas de maneira direta, ou seja, as séries da Agropecuária, Indústria, Serviços, Valor Adicionado, PIB, Consumo do Governo, Consumo das Famílias, Formação Bruta de Capital Fixo, Exportações e Importações de Bens e Serviços são ajustadas individualmente.

Em relação aos componentes da demanda, destaca-se o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo de 3,7% no primeiro trimestre deste ano, após o aumento de 1,7% no quarto e queda de 0,9% no terceiro trimestre de 2005. O Consumo das Famílias apresentou variação positiva de 0,5% e o Consumo do Governo crescimento de 1,0%. Além disso, as Exportações de Bens e Serviços registraram pelo 12º trimestre consecutivo um aumento da ordem de 3,9%. As Importações de Bens e Serviços cresceram 11,6%, a maior taxa desde o quarto trimestre de 1996.

Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, PIB cresceu 3,4%

O PIB a preços de mercado apresentou elevação de 3,4% no primeiro trimestre de 2006, em relação a igual período de 2005. O Valor Adicionado a preços básicos apresentou um aumento de 3,2% e os Impostos sobre Produtos uma elevação de 5,7%. A elevação do volume dos Impostos sobre Produtos deve-se principalmente ao desempenho das Importações de Bens e Serviços que provocaram um aumento no volume do Imposto sobre Importação.

Entre os setores da oferta, a Indústria foi o destaque: 5,0%

Dois setores contribuíram para a geração do Valor Adicionado com taxas positivas na comparação com o mesmo trimestre de 2005. O setor da Indústria com uma taxa positiva de 5,0%, seguido pelos Serviços com variação de 2,8%. Por outro lado, a Agropecuária apresentou uma queda de 0,5%.

A taxa da Agropecuária pode ser explicada pelo declínio de alguns produtos na safra de 2006, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA-IBGE) de abril. É o caso, por exemplo, do algodão (-22,4%), do arroz (-15,8%) e do amendoim (-10,5%) cujas safras são relevantes no primeiro trimestre. Outro fator importante dentro da pecuária foi o desempenho dos bovinos, que ainda se recupera da ocorrência da febre aftosa.

Na atividade industrial, o destaque foi a Extrativa Mineral com crescimento de 12,6%, beneficiado pelo elevado aumento de 12,7% na produção de petróleo e gás e de 16,8% da produção de minério de ferro. Outros destaques foram: a Construção Civil com 7,0% de crescimento, os Serviços Industriais de Utilidade Pública com 4,3% e a Indústria de Transformação com 3,0%.

O setor de Serviços apresentou crescimento de 2,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior, representando o maior desempenho na base trimestral de comparação desde o primeiro trimestre de 2005. Os maiores destaques foram: Comércio atacadista e varejista (4,8%) e Transportes (3,6%). Os outros subsetores tiveram os seguintes desempenhos: Instituições Financeiras e Outros Serviços (2,9%), Administração Pública (2,6%), Aluguéis (2,4%) e Comunicações (0%).

Formação Bruta de Capital Fixo (9,0%) foi destaque na demanda

Dentre os componentes da demanda interna, o Consumo das Famílias alcançou a taxa positiva de 4,0%, o décimo crescimento consecutivo nessa comparação. Já o Consumo do Governo apresentou crescimento de 1,6% no primeiro trimestre de 2006 na comparação com o mesmo período de 2005. A Formação Bruta de Capital Fixo registrou crescimento de 9,0%, explicado pelo aumento da construção civil e pela produção e importação de máquinas e equipamentos.

Pelo lado da demanda externa, as Exportações de Bens e Serviços mantiveram-se em crescimento com taxa de 9,3% no período. As Importações de Bens e Serviços apresentaram mais uma vez crescimento de 15,9%, o maior desde o terceiro trimestre de 2004 (17,7%). Os destaques da pauta de importação foram: produtos metalúrgicos, siderúrgicos, materiais elétricos e equipamentos eletrônicos. Pela primeira vez, desde o quarto trimestre de 2003, o crescimento das Importações de Bens e Serviços superou o das Exportações de Bens e Serviços nessa base de comparação.

PIB acumulado nos últimos quatro trimestres cresceu 2,4%

O PIB, a preços de mercado acumulado nos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2006, apresentou crescimento de 2,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou da elevação de 2,2% do Valor Adicionado a preços básicos e do aumento de 4,1% nos Impostos sobre Produtos.

O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu do desempenho dos três setores que o compõem: Indústria (3,0%), Serviços (2,2%) e Agropecuária (0,0%).

Na análise da demanda, o Consumo das Famílias cresceu 3,3%, a Formação Bruta de Capital Fixo também apresentou crescimento de 3,2% e o Consumo do Governo atingiu 1,7%.

No âmbito do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram um crescimento de 10,7% e as Importações de Bens e Serviços tiveram elevação de 10,4%.