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Em maio, IPCA-15 teve variação de 0,27%


O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,27% em maio e ficou acima da taxa de abril (0,17%), acumulando 1,85% no ano e 4,31% nos últimos 12 meses.

26/05/2006 06h31 | Atualizado em 26/05/2006 06h31

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,27% em maio e ficou acima da taxa de abril (0,17%), acumulando 1,85% no ano e 4,31% nos últimos 12 meses.

A alta de 2,45% nos remédios foi a principal causa da elevação do índice de abril para maio. Contribuindo com 0,10 ponto percentual para o resultado do IPCA-15 do mês, os preços dos remédios refletiram o aumento médio de 5,5% sobre cerca de 20 mil apresentações. O reajuste foi autorizado desde 31 de março pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos - CMED. Com 0,71% em abril, os remédios acumulam alta de 3,76% no ano.

A gasolina também influenciou o índice do mês: seu aumento (1,02%) foi impulsionado por Goiânia (8,99%), Recife (6,79%), Porto Alegre (2,39%) e Curitiba (1,15%), conseqüência defasada do repasse da alta do álcool combustível. Enquanto isto, o álcool caiu 4,21% em razão, principalmente, da região metropolitana de São Paulo, onde os preços reduziram-se em 8,69%. Além de São Paulo, os preços ficaram mais baixos em Curitiba (-6,05%), Goiânia (-5,88%) e no Rio de Janeiro (-1,17%), refletindo a maior oferta da cana-de-açúcar.

Nos alimentos (0,06%), a taxa ficou perto da estabilidade, interrompendo a trajetória de queda iniciada em fevereiro (-0,40%). Isto ocorreu, principalmente, por conta da avicultura, setor que mostrou controle sobre o excesso de oferta provocado pela crise. Os preços do frango reagiram e não só deixaram de cair, como subiram 2,43% na média das onze regiões pesquisadas, resultado muito influenciado pelos fortes aumentos em Porto Alegre (13,82%), Rio de Janeiro (12,21%) e Curitiba (7,65%).

Ainda nos alimentos, o tomate, em período de entressafra, se destacou por ter ficado 32,20% mais caro. Todas as regiões apresentaram aumentos expressivos, mas a alta chegou a 76,74% em Recife e a 61,92% em Fortaleza. Quanto ao leite pasteurizado também em período de entressafra, se manteve em alta (2,65%).

As regiões metropolitanas de Porto Alegre e Recife, ambas com 0,66%, ficaram com os maiores índices regionais. Em Porto Alegre, os alimentos tiveram aumento de 0,80% e em Recife, de 0,46%. Os combustíveis também tiveram aumentos maiores do que a média nestas regiões. Na gasolina, a alta foi de 2,39% em Porto Alegre e de 6,79% em Recife. Quanto ao álcool, Porto Alegre ficou com 0,64%, enquanto Recife atingiu 3,67%.

 



Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 12 de abril a 15 de maio e comparados com os vigentes de 15 de março a 11 de abril. O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA e a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E é o IPCA-15 acumulado em cada trimestre do ano.