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Em março, volume de vendas do comércio caiu 0,10%

Também em relação a fevereiro, receita nominal foi de 0,19% na série com ajuste sazonal. O comércio varejista do País apresentou taxas de variação de -0,10% para o volume de vendas e de 0,19% para a receita nominal...

17/05/2006 06h31 | Atualizado em 17/05/2006 06h31





    Também em relação a fevereiro, receita nominal foi de 0,19% na série com ajuste sazonal.

     O comércio varejista do País apresentou taxas de variação de -0,10% para o volume de vendas e de 0,19% para a receita nominal, na relação março/fevereiro com ajuste sazonal. Nas demais comparações (extraídas das séries sem ajustamento), as taxas para o volume de vendas foram de 3,01% sobre março/05; 5,04% no acumulado do primeiro trimestre e de 4,73% no acumulado dos últimos 12 meses. Já a receita nominal obteve taxas de 5,68% com relação a igual mês de 2005; 7,78% na relação janeiro-março06/janeiro-março05; e 9,15% no acumulado dos últimos 12 meses. (Tabelas 1 e 2).

    A variação de -0,10% no volume de vendas em março ( na série com ajuste sazonal) indica estabilidade no ritmo dos negócios do varejo em relação ao mês anterior. Ainda na análise da série ajustada, calculada para quatro das oito atividades que compõem o setor, houve resultados positivos para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ( 0,70%) e Móveis e eletrodomésticos (0,03%).  Já Tecidos, vestuário e calçados (-3,06%) e Combustíveis e lubrificantes (-3,10%) apresentaram resultados negativos. O segmento de Veículos, motos, partes e peças, que faz parte do Comércio varejista ampliado, obteve taxa de variação positiva de 0,36% sobre o mês anterior.

     Na relação março06/março05, seis das oito atividades do varejo tiveram aumento no volume de vendas: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,51%); Móveis e eletrodomésticos (11,03%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (30,90%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,80%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,00%) e  Tecidos, vestuário e calçados (0,84%). As variações negativas ocorreram em Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,06%) e em Combustíveis e lubrificantes ( -9,26%).



     Em março/06, a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tem o maior peso na estrutura da Pesquisa Mensal de Comércio, registrou variação de 3,51%. O volume de vendas acumulado nos três primeiros meses do ano cresceu 5,19%, em relação a igual período de 2005, e no acumulado dos últimos 12 meses, 2,99%. O desempenho de março pode ser explicado pela melhora nos níveis de ocupação e rendimento médio real em relação a março/05, conforme indicou  a Pesquisa Mensal de Emprego (PME).  No entanto, esse resultado foi o menor obtido no trimestre em função do efeito base provocado pelo deslocamento da comemoração da Páscoa, de março em 2005 para abril em 2006.

    O segmento de Móveis e eletrodomésticos exerceu, em março, o segundo maior impacto nas vendas do comércio. Em relação a março do ano passado, o segmento registrou variação de 11,03% no volume de vendas, refletindo principalmente as condições favoráveis de crédito ao consumo e dos empréstimos consignados em folha.  No acumulado do primeiro trimestre de 2006, em relação a igual período do ano anterior, o aumento foi de 11,06% e no acumulado dos últimos 12 meses, 14,44%.




    Ainda em março, em relação a igual mês do ano passado, a atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação obteve acréscimo no volume de vendas de 30,90% . Já  nos acumulados  do ano e dos últimos 12 meses os aumentos foram da ordem de 55,38% e de 62,64%, respectivamente. Além do crédito e dos empréstimos consignados, contribuiu ainda para o estabelecimento deste desempenho a valorização do real frente ao dólar, que vem tornando os produtos de informática e outros importados relativamente mais baratos, como mencionado nos relatórios dos meses anteriores.


   A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que agrega segmentos como, por exemplo, lojas de departamentos, óticas e artigos esportivos também sensíveis ao crédito ao consumidor,  apresentou 3,80% de variação no volume de vendas em março com relação a igual mês de 2005. Em termos de resultado acumulado, as taxas de crescimento foram de 12,51% e de 14,23% no primeiro trimestre do ano e nos últimos 12 meses, respectivamente.


   Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria obteve acréscimo no volume de vendas de 4,00% em março, em relação a igual período do ano anterior.  No primeiro trimestre e nos últimos 12 meses os resultados acumulados foram de 5,67% e 7,16%, respectivamente.


   Ainda na relação março06/março05, a atividade de Tecidos, vestuário e calçados, com acréscimo de 0,84%, obteve a menor taxa de desempenho do segmento nos últimos oito meses. Esse resultado pode ser justificado pelo término das promoções de final de estação e a entrada da nova coleção com preços mais elevados. Em termos acumulados, as variações foram de 4,93% no primeiro trimestre e 6,50% nos últimos 12 meses.


Apresentaram resultados negativos no volume de vendas, na relação março06/março05, as atividades de Livros, jornais, revistas e papelaria, com variação de -0,06%, e de Combustíveis e lubrificantes (-9,26%). As reduções no volume de vendas de Combustíveis e lubrificantes no primeiro trimestre do ano (-8,23%) e nos últimos 12 meses (-8,05%) devem-se principalmente à elevação dos preços dos combustíveis acima da média geral de preços. As taxas acumuladas de Livros, jornais, revistas e papelaria chegaram a -1,53%, na relação janeiro-março06/janeiro-março05, e a 0,46% no acumulado dos últimos 12 meses.


   Volume de vendas do comércio cresceu 5,04% no primeiro trimestre 


      A taxa de variação do volume vendas do varejo no primeiro trimestre do ano (5,04%) superou a do último trimestre de 2005 (4,58%). Isto foi possível pela significativa elevação no desempenho de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresceu nos dois últimos trimestres de 1,83% para 5,19%. A maioria das atividades que compõem o varejo não teve o mesmo comportamento. Houve redução na taxa trimestral de desempenho em Tecidos, vestuário e calçados, de 8,49% para 4,93%; Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, de 9,31% para 5,67%; Equipamentos e material de escritório, informática, e comunicação, de 77,65% para 55,38%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico, de 16,35% para 12,51%; e em Livros, jornais, revistas e papelaria, de 0,01% para -1,53%. Houve praticamente estabilidade na taxa trimestral de Móveis e eletrodomésticos (de 11,46% para 11,06%) e na de Combustíveis e lubrificantes (de –8,26% para -8,23%). Verificou-se, porém, melhora nas taxas de desempenho de Veículos, motos, partes e peças (de 1,01% para 2,48%) e de Material de construção (de -5,56% para 0,09%), atividades que fazem parte do Comércio varejista ampliado, cuja variação evoluiu de 2,89% para 3,95% no mesmo indicador.


     No corte regional, vinte e duas das 27 Unidades da Federação obtiveram resultados positivos no volume de vendas na comparação março06/março05, com as variações de maior magnitude se estabelecendo no Amapá, com taxa de 23,90%, Tocantins (21,25%); Roraima (19,44%); Maranhão (18,41%) e Rio Grande do Norte (12,53%). As  quedas ocorreram em Mato Grosso  (-11,13%); Rio Grande do Sul (-2,79%); Mato Grosso do Sul (-2,37%); e Pará (-2,10%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, os destaques, pela ordem, foram São Paulo (2,79%); Minas Gerais (5,51%); Bahia (11,65%); Rio de Janeiro (1,82%); e Ceará (8,87%).

     Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam, na comparação mês/mês anterior, o seguinte quadro: 14 (quatorze) estados com variações positivas e 13 (treze) com quedas. As maiores reduções ocorreram em Mato Grosso do Sul (-5,90%); Acre (-5,56%); Espírito Santo (-3,99%); Pará (-2,56%); e Mato Grosso (-2,30%). Já os destaques positivos foram: Tocantins (7,92%); Sergipe (5,99%); Amapá (5,80%); Minas Gerais (5,55%); e Piauí (3,37%).


     Para o comércio varejista ampliado, composto do varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, as variações observadas na relação março06/março05 foram de 4,08% para o volume de vendas e de 7,06% na receita nominal de vendas. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação 3,95% e 3,05% para o volume de vendas e 6,94% e 8,11% na receita nominal, respectivamente.

  Em volume de vendas, a atividade de Veículos, motos, partes de peças cresceu de 6,18% sobre março/05. Já os acumulados do ano e dos últimos 12 meses  foram de 2,48% e 1,29%, respectivamente. O segmento de Material de construção apresentou crescimento de 4,67% em relação a março de 2005, depois de treze meses de resultados mensais negativos. Nos acumulados do primeiro trimestre e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de 0,09% e -4,98%, respectivamente.


    Por Unidades da Federação, ainda em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram no Maranhão (30,05%); Amapá (25,69%); Piauí (25,63%); Acre (22,44%); e Paraíba (22,38%). Quanto ao impacto no resultado global do setor, os destaques foram: Bahia (17,47%); Minas Gerais (6,86%); Santa Catarina (8,76%); São Paulo (0,81%) e Distrito Federal (11,98%).