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Em março, Emprego Industrial cai 0,3% em relação a fevereiro

Em março, o emprego industrial apresentou variação negativa (-0,3%) em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Em relação a março de 2005, houve recuo de 0,9%, sétima taxa negativa consecutiva neste indicador.

15/05/2006 06h31 | Atualizado em 15/05/2006 06h31

O indicador acumulado no primeiro trimestre de 2006 apontou crescimento de 0,5% no valor da folha de pagamento real, com nove das 18 atividades industriais investigadas influenciando positivamente o índice geral. Os ramos de produtos químicos (11,2%), meios de transporte (6,3%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,3%) apresentaram os impactos positivos mais relevantes. Por outro lado, máquinas e equipamentos, com decréscimo de 12,1%, exerceu a maior pressão negativa, vindo a seguir os resultados adversos de calçados e artigos de couro (-15,9%) e madeira (-15,4%).

Regionalmente, ainda em relação ao indicador acumulado no ano, houve expansão no valor real da folha de pagamento em oito dos 14 locais investigados, com destaque para Minas Gerais (6,3%) e São Paulo (1,0%). As atividades que mais contribuíram para esse resultado foram, respectivamente: meios de transporte (14,8%) e metalurgia básica (6,2%) e; produtos químicos (31,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (13,1%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-9,7%) e Paraná (-6,6%) apareceram novamente com os principais impactos negativos, devido, sobretudo, às quedas observadas em calçados e artigos de couro (-26,3%), no primeiro; e madeira (-22,1%), produtos químicos (-21,7%) e alimentos e bebidas (-8,9%), na indústria paranaense.

O indicador acumulado nos últimos doze meses prosseguiu assinalando resultados positivos, porém com ligeira desaceleração na passagem de fevereiro (2,9%) para março (2,5%).

 

 

Em março, o emprego industrial apresentou variação negativa (-0,3%) em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Em relação a março de 2005, houve recuo de 0,9%, sétima taxa negativa consecutiva neste indicador. O número de pessoas ocupadas apresentou queda de 1,0% no primeiro trimestre de 2006, em relação a igual período do ano anterior e foi 0,4% menor do que o trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente). O indicador acumulado nos últimos doze meses apresentou variação positiva de 0,2%.

Com a variação negativa na passagem de fevereiro para março, o indicador de média móvel trimestral manteve-se estável entre os trimestres encerrados em março e fevereiro (0,0%).



Emprego industrial caiu em nove dos 14 locais pesquisados, em relação a março de 2005

No índice mensal, março de 2006 contra março de 2005, a queda de 0,9% foi decorrente, sobretudo, das demissões verificadas em nove dos 14 locais e 10 dos 18 segmentos pesquisados. Os locais responsáveis pelos principais impactos negativos no cômputo geral foram: Rio Grande do Sul (-9,0%), região Nordeste (-3,0%) e Paraná (-3,4%). Na indústria gaúcha, entre os 12 ramos que reduziram o número de pessoas ocupadas, calçados e artigos de couro (-21,2%) exerceu a influência mais importante no índice geral. Na indústria nordestina, o impacto de alimentos e bebidas (-5,3%) foi o mais significativo entre os 12 setores que mostraram resultados negativos. No Paraná, a principal contribuição negativa veio de madeira (-24,9%), entre as 11 atividades com recuo do emprego. Em contraste, a região Norte e Centro-Oeste (7,6%) e Minas Gerais (3,1%) representaram os principais impactos positivos, beneficiados, sobretudo, por alimentos e bebidas (17,3% e 16,9%, respectivamente). Em termos setoriais, no total do país, as principais contribuições negativas no resultado global vieram das indústrias de calçados e artigos de couro (-12,9%), máquinas e equipamentos (-8,2%) e madeira (-13,9%). Em sentido contrário, alimentos e bebidas (8,0%) exerceu a pressão positiva mais significativa na indústria geral, seguido, em menor medida, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações ( 6,1%) e meios de transportes (2,7%).

A análise trimestral mostra que a desaceleração na trajetória do emprego industrial observada ao longo de 2005, permaneceu no primeiro trimestre de 2006. A perda de dinamismo observada na passagem do quarto trimestre de 2005 (-0,8%) para o primeiro deste ano (-1,0%) atingiu 11 dos 14 locais pesquisados, principalmente Pernambuco, onde a taxa passou de -0,3% para -1,9%. Esse movimento também foi observado em 10 atividades, no total do país, com destaque para os recuos assinalados em máquinas e equipamentos, que passou de -4,5% para -8,4%, e produtos de metal, de 4,0% para 0,4%.



No indicador acumulado no ano (-1,0%), nove locais e 11 ramos reduziram o contingente de trabalhadores. Em nível nacional, as principais contribuições negativas vieram de calçados e artigos de couro (-14,0%) e máquinas e equipamentos (-8,4%). Regionalmente, Rio Grande do Sul (-9,2%) e região Nordeste (-3,1%) exerceram as principais pressões negativas. Por outro lado, a região Norte e Centro-Oeste (8,1%) e Minas Gerais (2,4%) figuraram como as principais influências positivas no resultado anual entre os locais, e alimentos e bebidas (8,3%), entre os setores.

O indicador acumulado nos últimos doze meses apresentou variação positiva de 0,2%, embora permaneça em trajetória decrescente desde junho de 2005.

Número de horas pagas cai 1,8% em relação a fevereiro

Em março, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, na série com ajuste sazonal, registrou decréscimo de 1,8%, em relação a fevereiro, após crescer 1,9% no mês anterior. A trajetória do índice de média móvel trimestral apresentou ligeira variação negativa (-0,2%) entre os trimestres encerrados em março e fevereiro, enquanto na comparação com o trimestre imediatamente anterior (outubro-dezembro de 2005) observou-se virtual estabilidade (0,1%).



No confronto com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas recuou 0,6%. Os indicadores para períodos mais abrangentes mostraram desempenhos diferenciados: resultado negativo no acumulado no primeiro trimestre do ano (-0,4%), enquanto o acumulado nos últimos doze meses assinalou variação positiva (0,2%). A jornada média de trabalho registrou taxas positivas nos índice mensal (0,2%) e acumulado no ano (0,6%), ao passo que o indicador acumulado nos últimos doze manteve variação nula.

No indicador mensal (-0,6%), observou-se redução no número de horas pagas em 11 das 18 atividades e em 10 das 14 regiões pesquisadas. No corte setorial, madeira (-17,0%), máquinas e equipamentos (-7,6%) e calçados e artigos de couro (-7,6%) exerceram as maiores pressões negativas, enquanto alimentos e bebidas (5,6%), seguido por máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,8%) e meios de transportes (4,5%) foram as contribuições positivas mais relevantes no cômputo geral. Na análise regional, os locais com os maiores impactos negativos na média nacional foram: Rio Grande do Sul (-8,1%), região Nordeste (-3,8%) e Paraná (-5,3%). Nestes, observou-se predomínio de atividades que assinalaram taxas negativas, cabendo as principais pressões a calçados e artigos de couro (-13,5%), na indústria gaúcha; alimentos e bebidas (-9,0%), na região Nordeste; e madeira (-32,1%), na indústria paranaense. Por outro lado, a região Norte e Centro-Oeste (8,9%), seguida por São Paulo (1,3%) e Minas Gerais (3,2%) têm as influências positivas mais significativas.

O indicador trimestral, na passagem do último trimestre do ano passado (-0,6%) para o primeiro deste ano (-0,4%), atenuou a trajetória descendente observada ao longo de 2005. Este movimento reflete sobretudo o avanço registrado em 12 dos 18 segmentos pesquisados, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool, que passou de 3,8% para 9,7%; e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de 5,4% para 9,8%). Entre os sete locais que mostram aumento no número de horas pagas, na passagem do quarto trimestre de 2005 para o primeiro de 2006, destacou-se a região Norte e Centro-Oeste, que passou de 2,0% para 9,5%.

O indicador de horas pagas acumulado no primeiro trimestre, em relação a igual período do ano passado, recuou 0,4%, com queda em 10 dos 18 setores industriais e em nove dos 14 locais pesquisados. Dentre os setores que registraram taxas negativas, madeira (-16,4%), máquinas e equipamentos (-8,0%) e calçados e artigos de couro (-8,1%) figuraram com os maiores impactos na média geral. Por outro lado, vale destacar a contribuição positiva vinda de alimentos e bebidas (6,1%). Regionalmente, a maior influência negativa no resultado global veio do Rio Grande do Sul (-8,3%), em função da redução observada em calçados e artigos de couro (-14,3%), seguido por Paraná (-5,7%), região Nordeste (-3,5%) e Santa Catarina (-4,4%). Em sentido contrário, a região Norte e Centro-Oeste (9,5%) e São Paulo (2,0%) exerceram os principais impactos positivos. Nestes locais, sobressaíram os avanços observados em alimentos e bebidas (22,1%), no primeiro, e em alimentos e bebidas (11,2%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,8%), na indústria paulista.



O indicador acumulado nos últimos doze meses apresentou resultados positivos, ainda que decrescentes nos últimos três meses: 0,5% até janeiro; 0,4% até fevereiro e 0,2% até março.

           Folha de pagamento recuou 2,0% em março, após dois meses com variações positivas

Em março, o valor real da folha de pagamento da indústria brasileira recuou 2,0%, após avançar 7,9% nos dois meses anteriores, já descontadas as influências sazonais. O resultado negativo deste mês não alterou a trajetória do índice de média móvel trimestral que mostrou crescimento de 1,8% entre os trimestres encerrados em fevereiro e março deste ano. Vale destacar que esta foi a terceira expansão consecutiva neste tipo de comparação, o que contribuiu para um ganho acumulado de 4,8% no primeiro trimestre de 2006, em relação ao último do ano anterior.

 



Nos demais indicadores, os resultados do valor da folha de pagamento real foram: decréscimo de -0,8% em relação a março de 2005 e expansão de 0,5% no acumulado no primeiro trimestre de 2006 e de 2,5% no acumulado nos últimos doze meses. No que tange à folha real média de pagamento os resultados são os seguintes: 0,0% no mensal, 1,5% no indicador acumulado no ano e 2,3% no acumulado nos últimos doze meses.

Em relação a março de 2005, a folha de pagamento real recuou 0,8%, com nove dos 14 locais pesquisados apresentando índices negativos. A indústria do Rio Grande do Sul (-10,2%) respondeu, assim como no mês anterior, pela contribuição de maior impacto negativo na formação da média global, ainda bastante influenciada pelo setor de calçados e artigos de couro (-26,7%). Também sobressaíram com pressões negativas, embora em menor escala, Paraná (-9,0%), Minas Gerais (-5,7%) e região Nordeste (-4,8%).

Ainda em relação a março de 2005, foram observados no total do país, em nível setorial, índices negativos em 11 dos 18 ramos pesquisados, ficando os decréscimos de maior influência na média geral com máquinas e equipamentos (-11,7%) e indústrias extrativas (-26,0%), vindo a seguir calçados e artigos de couro (-15,7%) e madeira (-15,8%). Por outro lado, produtos químicos (12,0%), meios de transporte (8,1%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (14,6%) exibiram os principais impactos positivos na folha de pagamento real.

Na comparação contra igual trimestre do ano anterior, observou-se resultados positivos há nove trimestres consecutivos, porém com trajetória de desaceleração no ritmo de crescimento do valor da folha real de pagamento desde o terceiro trimestre do ano passado (3,8%). A redução no ritmo na passagem do último trimestre do ano passado (1,5%) para o primeiro deste ano (0,5%) foi igualmente observada em 12 das 18 atividades e em nove dos 14 locais. Entre as indústrias que mais desaceleraram a produção, na passagem do período outubro-dezembro para o primeiro trimestre deste ano, ficaram as da Bahia (de 3,9% para -3,6%), Rio Grande do Sul (de -3,4% para -9,7%), Paraná (de -2,6% para -6,6%) e Santa Catarina (de 2,9% para -0,8%).