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Em abril, IPCA variou 0,21%<BR>

Álcool e Gasolina influenciam na redução do IPCA em abril, enquanto remédios foram a maior contribuição individual para a taxa no mês

10/05/2006 06h31 | Atualizado em 10/05/2006 06h31

Álcool e Gasolina influenciam na redução do IPCA em abril, enquanto remédios foram a maior contribuição individual para a taxa no mês

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de abril teve variação de 0,21% e ficou abaixo da taxa de 0,43% de março. Nos quatro primeiros meses do ano, o índice acumula taxa de 1,65%, inferior ao do ano passado, quando atingiu 2,68% em igual período. Nos últimos doze meses, o acumulado ficou em 4,63%, também abaixo da taxa de 5,32%, registrada nos doze meses imediatamente anteriores. Em abril de 2005, o índice havia ficado em 0,87%.

O recuo na taxa de um mês para o outro se deve, principalmente, à maior oferta de produtos agrícolas, implicando, sobretudo, na acomodação de preços do álcool combustível, cuja alta vinha influenciando o IPCA nos meses anteriores. Como resultado da colheita e comercialização da safra de cana-de-açúcar, o litro do álcool mostrou-se em queda de 0,11%. O produto vinha subindo desde julho do ano passado e chegou a registrar alta de 12,85% em março. Por um litro, o consumidor passou a pagar 27,41% a mais do que pagava em dezembro do ano passado.

Acompanhando o álcool, a gasolina apresentou o mesmo comportamento e também mostrou queda de preços de 0,09%. No mês de março, a gasolina, que havia  registrado  aumentos nos preços tanto em função da alta do álcool quanto em conseqüência da alteração em sua composição, foi o item que apresentou a maior contribuição individual no índice: 0,17 ponto percentual. Com isto, por litro, o consumidor passou a pagar 4,50% a mais do que em dezembro do ano passado.



Além dos combustíveis, ficaram mais baratos os preços dos aparelhos de TV, som e informática (-1,26%),  eletrodomésticos (-1,06%)  e   das  passagens  dos  ônibus interestaduais (-1,67%), enquanto os ônibus urbanos mantiveram a estabilidade.

Desta forma, os produtos não-alimentícios passaram de 1,14% em março para 0,34% em abril. Mesmo com a alta de 2,03% nos remédios - que refletiram o reajuste médio de 5,5% autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) para aplicação sobre os preços de cerca de 20 mil apresentações - constituindo-se na maior contribuição individual no IPCA do mês: 0,08  ponto percentual.

Dentre os não-alimentícios, destacaram-se, em alta, os artigos de vestuário. De 0,21% em março subiram para 1,18% em abril e mostraram a plena comercialização da coleção outono-inverno. Destacaram-se, também, as tarifas de energia elétrica: de 0,38% para 1,23%, em razão, principalmente, das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (3,55%) e de Belo Horizonte (3,43%).  Ocorreu, no Rio de Janeiro, reajuste de 0,50% a partir de 15 de março no valor do quilowatt hora de uma das empresas pesquisadas e, além disso, houve aumento no percentual de cobrança do PIS/COFINS. Em Belo Horizonte, a alta foi reflexo do reajuste de 5,16% no valor do quilowatt, em vigor a partir de 8 de abril. As tarifas de táxi (1,82%), os valores de condomínio (1,25%) e planos de saúde (1,04%) também aumentaram.

Considerando os alimentos (-0,27%), os preços do frango, influenciados, principalmente, pela crise decorrente dos problemas que envolvem a avicultura, continuaram em queda e ficaram 5,93% mais baratos em abril. Apesar de ter se constituído na maior contribuição individual negativa do IPCA (-0,04 ponto percentual), os preços caíram menos. Haviam atingido 12,15% de queda em março, quando exerceram contribuição negativa da ordem de 0,10 ponto no IPCA. Em relação a dezembro do ano passado, o quilo já está custando 24,72% a menos para o consumidor.

Além do frango, o feijão (-3,51%) com arroz (-2,33%) e outros alimentos ficaram mais baratos, levando à manutenção do ritmo de queda do grupo Alimentação e Bebidas: de -0,28%, em fevereiro, passou para -0,24%, em março, e daí para -0,27% em abril. Com -0,69% no ano, apenas o mês de janeiro apresentou resultado positivo: 0,11%.

Os açúcares, assim como o álcool, refletindo a colheita e comercialização da safra de cana, apesar da continuidade da alta, mostraram ritmo de crescimento de preços bem menos intenso do que no mês anterior. O refinado passou de 5,38% em março para 1,76% em abril. O cristal, de 6,81% para 2,75%.  Quanto ao leite pasteurizado (de 2,82% para 3,21%), a continuidade de aumentos nos preços é atribuída a fatores sazonais.

Sobre as regiões pesquisadas, Belo Horizonte (0,51%), Fortaleza (0,50%) e Porto Alegre (0,48%) apresentaram os maiores índices, muito próximos. Os menores resultados, com deflação, foram registrados em Curitiba (-0,15%) e Goiânia (-0,29%). A região metropolitana de São Paulo (0,07%) também se destacou, por apresentar resultado bem abaixo da taxa de 0,21% do IPCA do mês.



O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

 INPC de abril variou 0,12

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,12% em abril, resultado inferior ao de março (0,27%). O acumulado do ano situou-se em 1,00%, bem menos do que em igual período do ano passado (2,68%). No acumulado dos últimos doze meses, a taxa ficou em 3,34%, também abaixo dos 4,15% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em abril de 2005, o índice havia ficado em 0,91%.

Em abril, os produtos alimentícios apresentaram variação negativa de 0,34%, enquanto os não-alimentícios aumentaram 0,30%.

O maior índice regional foi registrado em Belo Horizonte (0,43%). Os menores resultados, com deflação, foram registrados em Goiânia (-0,63%), Curitiba (-0,07%) e São Paulo (-0,06%).

 



O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 08 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice de mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de março a 27 de abril (referência) com os preços vigentes no período de 25 de fevereiro a 28 de março (base).