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Emprego Industrial cresce 0,5% em Fevereiro


Em fevereiro, o emprego industrial voltou a crescer em relação ao mês anterior (0,5%), na série livre de influências sazonais, após quatro meses consecutivos de recuo, período em que acumulou queda de 1,4% (setembro 05/ janeiro 06).

12/04/2006 06h31 | Atualizado em 12/04/2006 06h31

Em fevereiro, o emprego industrial voltou a crescer em relação ao mês anterior (0,5%), na série livre de influências sazonais, após quatro meses consecutivos de recuo, período em que acumulou queda de 1,4% (setembro 05/ janeiro 06). No confronto com fevereiro de 2005, houve decréscimo de 0,8%, sexta taxa negativa consecutiva. No indicador acumulado do primeiro bimestre do ano, a redução foi de 1,1%. O indicador acumulado nos últimos doze meses (0,4%) permaneceu em trajetória de desaceleração.



Com a variação positiva na passagem de janeiro para fevereiro, o indicador de média móvel trimestral interrompeu a trajetória de queda e mostrou estabilidade entre os trimestres encerrados em fevereiro e janeiro (0,0%).



No confronto fevereiro 06/ fevereiro 05  (-0,8%), as demissões superaram as admissões em nove dos 14 locais pesquisados, com destaque para o Rio Grande do Sul (-9,0%), em conseqüência, principalmente, da queda do setor de calçados e artigos de couros (-23,2%). Também sobressaíram a região Nordeste (-2,7%), por conta sobretudo do ramo de alimentos e bebidas (-5,4%) e Santa Catarina (-3,6%), onde se destacou o recuo de madeira (-13,5%). Por outro lado, as principais pressões positivas na taxa global foram as indústrias da região Norte e Centro-Oeste (9,7%) e Minas Gerais (1,9%), sendo o ramo de alimentos e bebidas, que apresentou crescimentos de 24,8% e 17,8%, respectivamente, o principal responsável pela expansão nos dois locais.

Em nível setorial, no total do país, 13 das 18 atividades apresentaram resultados negativos,  sendo  que  as  principais  contribuições  vieram  de  calçados  e  artigos de couro (-14,2%), máquinas e equipamentos (-8,4%) e madeira (-14,3%). Em sentido contrário, alimentos e bebidas (8,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (5,0%) e meios de transporte (3,6%) representaram os principais impactos positivos.

No indicador acumulado do primeiro bimestre do ano (-1,1%), nove áreas e 13 segmentos exibiram redução no pessoal ocupado na indústria. Rio Grande do Sul (-9,3%), com a menor taxa entre os locais, exerceu a principal pressão negativa no total do país. Na análise por ramos industriais, calçados e artigos de couro (-14,6%), máquinas e equipamentos (-8,8%) e madeira (-14,9%) foram os principais destaques negativos. Por outro lado, as principais influências positivas no resultado geral foram alimentos e bebidas (8,3%) e meios de transporte (3,6%) e, no corte regional, região Norte e Centro-Oeste (8,5%) e Minas Gerais (1,5%).

Número de horas pagas cresce 2,0%

O número de horas pagas dos trabalhadores da indústria, em fevereiro, registrou crescimento de 2,0% em relação a janeiro, na série livre dos efeitos sazonais, após dois meses de recuo, período em que acumulou queda de 1,3%. O aumento observado na passagem de janeiro para fevereiro contribuiu para a variação positiva de 0,2% no indicador de média móvel trimestral.



Na comparação com fevereiro de 2005, o número de horas pagas manteve-se estável (0,0%), enquanto que no indicador acumulado no primeiro bimestre do ano a queda foi de 0,4%. O indicador acumulado nos últimos doze meses (0,4%) praticamente repetiu o resultado de janeiro (0,5%) e permaneceu em trajetória descendente, desde junho de 2005 (2,7%).

O indicador mensal apresentou variação nula (0,0%), com cinco dos 14 locais e sete dos 18 ramos pesquisados apresentando resultados positivos. Os principais impactos na formação da taxa global foram alimentos e bebidas (6,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,0%) e meios de transporte (6,3%). Por outro lado, as principais  contribuições  negativas  vieram  de  máquinas  e equipamentos (-8,4%) e madeira (-15,0%).

Ainda no confronto fevereiro 06/fevereiro 05, os responsáveis pelas maiores contribuições positivas no cômputo geral foram região Norte e Centro-Oeste (11,5%), São Paulo (2,7%) e Minas Gerais (3,1%), sobressaindo nos três locais o setor de alimentos e bebidas, com crescimentos de 26,2%, 11,8% e 23,0%, respectivamente. Também mereceu destaque o aumento no número de horas pagas no segmento de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (17,4%), na região Norte e Centro-Oeste; de meios de transporte (9,2%), em São Paulo, e de máquinas e equipamentos (12,7%), em Minas Gerais. Por outro lado, as principais influências negativas no índice global vieram do Rio Grande do Sul (-9,0%) e do Paraná (-5,7%), onde sobressaíram  os  recuos  em  calçados e artigos de couro(-17,3%) e em madeira (-29,8%), respectivamente.

O indicador acumulado no primeiro bimestre assinalou redução de 0,4%, devido às quedas observadas em nove das 14 regiões e onze dos 18 setores. Os locais responsáveis pelos maiores impactos negativos foram: Rio Grande do Sul (-8,7%), Paraná (-5,9%) e região Nordeste (-3,5%). Por outro lado, as duas maiores pressões positivas vieram da região Norte e Centro-Oeste (10,0%) e São Paulo (2,3%). Em termos setoriais, os impactos negativos mais relevantes vieram de madeira (-15,9%) e de máquinas e equipamentos (-8,6%). Já as indústrias de alimentos e bebidas (6,5%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,6%) exerceram as principais contribuições positivas.

Folha de pagamento cresce 2,4%

Em fevereiro de 2006, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, descontados os efeitos sazonais, cresceu 2,4% em relação a janeiro, movimento explicado, sobretudo, pelo pagamento de benefícios na indústria extrativa (31,1%), uma vez que na indústria de transformação o aumento foi de 1,3%. Vale destacar que com este segundo resultado, a folha de pagamento real acumulou crescimento de 7,7% em relação a dezembro de 2005.

O indicador de média móvel trimestral mostrou aumento de 1,8% entre os trimestres encerrados em janeiro e fevereiro, ritmo mais intenso do que o observado em janeiro (0,8%).



Nos demais indicadores, os resultados também foram positivos: 2,1% no indicador mensal, 0,8% no acumulado no ano e 2,8% no acumulado nos últimos doze meses.

No confronto fevereiro 06/ fevereiro 05, a folha de pagamento real apresentou aumento de 2,1%, com taxas positivas em oito dos 14 locais pesquisados. A principal contribuição positiva veio de Minas Gerais (17,7%), impulsionado, principalmente, pelo aumento atípico observado na indústria extrativa (155,0%), justificado pelo pagamento de participação nos lucros e resultados em uma grande empresa. Vale citar também os avanços verificados na região Norte e Centro-Oeste (11,6%) e em São Paulo (1,0%). Em sentido oposto, as maiores perdas salariais vieram do Rio Grande do Sul (-8,1%), devido a calçados e artigos de couro (-23,6%) e produtos químicos (-16,8%); e do Paraná (-6,1%), decorrente de alimentos e bebidas (-9,8%) e de madeira (-19,5%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, houve expansão na folha de pagamento real em nove dos 18 setores industriais investigados. As principais contribuições positivas foram assinaladas na indústria extrativa (43,5%), produtos químicos (11,3%) e meios de transporte (8,7%). Por outro lado, as maiores pressões negativas foram observadas em máquinas e equipamentos (-12,8%), calçados e artigos de couro (-14,2%) e madeira (-11,9%).

O indicador acumulado no primeiro bimestre do ano registrou 0,8% de crescimento no valor real da folha de pagamento, com incremento em nove dos 14 locais. Os principais impactos positivos vieram de Minas Gerais (12,2%), com aumentos de 69,8% na indústria extrativa e de 15,2% em meios de transporte; e região Norte e Centro-Oeste (9,6%), onde se destacaram alimentos e bebidas (11,0%) e indústria extrativa (45,7%). Em sentido contrário, as principais contribuições negativas vieram do Rio Grande do Sul (-9,4%) e do Paraná (-5,5%). Setorialmente, observou-se a ampliação na massa salarial em dez das 18 atividades, com destaque para produtos químicos (11,1%), indústria extrativa (32,2%) e meios de transporte (5,3%); enquanto máquinas e equipamentos (-13,8%), calçados e artigos de couro (-15,9%) e madeira (-14,6%) exerceram as principais pressões negativas.

O indicador acumulado nos últimos doze meses, em trajetória descendente desde janeiro de 2005 (9,4%), mostrou estabilidade em fevereiro (2,8%) ao registrar a mesma taxa de janeiro.