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IPCA-15 de março variou 0,37% e IPCA-E fecha primeiro trimestre em 1,41%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,37% em março, abaixo da taxa de 0,52% de fevereiro, resultando em 5,49% nos últimos 12 meses.

24/03/2006 06h31 | Atualizado em 24/03/2006 06h31

Ausência da pressão das mensalidades escolares levou à redução da taxa de um mês para o outro apesar do aumento dos combustíveis..

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,37% em março, abaixo da taxa de 0,52% de fevereiro, resultando em 5,49% nos últimos 12 meses. Considerando os três primeiros meses deste ano, que se constitui no IPCA-E do primeiro trimestre, a taxa foi de 1,41%.

O resultado do IPCA-15 de março teve influência da amenização dos efeitos da alta sazonal das mensalidades escolares, que, após atingirem variação de 5,38% em fevereiro, passaram para 0,80% em março. Além disso, alguns itens de consumo chegaram a apresentar resultados negativos, como os artigos de vestuário, que, com promoções, tiveram queda de 0,11%, e os aparelhos de TV, som e informática, cujos preços caíram 1,75%.

Os alimentos também se apresentaram em queda, mas bem menos expressiva do que no mês anterior (de -0,40%, passaram para -0,08%). Produtos como feijão preto (-4,29%), tomate (-3,45%) e carnes (-2,00%) caíram menos (-4,53%, -16,50% e -3,10% em fevereiro, respectivamente). O frango, por sua vez, teve queda de 8,45%, mais intensa do que no mês anterior (-5,03%). Já o arroz, da alta de 1,47%, passou a uma queda de -0,98%. Assim como as frutas, que haviam ficado 5,44% mais caras em fevereiro e caíram -1,24% em março. O consumidor, no entanto, passou a pagar mais 16,69% pelo feijão carioca, que já havia subido 2,79% no mês anterior, diante do período de menor oferta. Da mesma forma, o açúcar refinado (9,04%) e cristal (7,48%), ficaram mais caros, embora os preços tenham crescido menos (11,70% e 14,44% em fevereiro, respectivamente).

Enquanto isto, os combustíveis continuaram exercendo forte pressão sobre o índice. O consumidor, absorvendo repasse de aumento praticado pelas distribuidoras, passou a pagar 7,69% a mais pelo litro do álcool. A gasolina, pressionada pela alta do álcool, ficou 2,17% mais cara. Foram as duas maiores contribuições individuais no índice do mês (0,10 ponto percentual em cada um dos itens). No ano, o álcool já acumula alta de 24,38%, e a gasolina, de 3,55%.

O maior índice regional foi registrado em Curitiba (0,61%), onde a gasolina se destacou pela alta de 4,73%. O mais baixo foi o de Belém (0,10%).

 



Para cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 11 de fevereiro a 14 de março e comparados com os vigentes de 14 de janeiro a 10 de fevereiro. O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E, é o IPCA-15 acumulado em cada trimestre do ano.