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Em janeiro, volume de vendas do comércio cresce 2,35%; e receita, 2,17%

Desempenho positivo em relação a dezembro de 2005 já está com ajuste sazonal. Na série sem ajustamento, as taxas para o volume de vendas foram de 6,54% sobre janeiro/05 e de 4,87% no acumulado dos últimos 12 meses.

21/03/2006 06h31 | Atualizado em 21/03/2006 06h31

(Atualizado em 21/03/06 às 15:05)

Desempenho positivo em relação a dezembro de 2005 já está com ajuste sazonal. Na série sem ajustamento, as taxas para o volume de vendas foram de 6,54% sobre janeiro/05 e de 4,87% no acumulado dos últimos 12 meses. Já a receita nominal teve taxas de 9,47% com relação a igual mês de 2005; e 9,96% no acumulado dos últimos 12 meses.

A variação de 2,35% no volume de vendas manteve a tendência de crescimento do varejo iniciada em outubro de 2005. Ainda na análise da série ajustada, calculada para quatro das oito atividades que compõem o setor, houve resultados positivos em termos de volume para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,97%); Tecidos, vestuário e calçados (0,32%); e Móveis e eletrodomésticos (1,68%). Combustíveis e lubrificantes teve resultado negativo (-2,33%), bem como Veículos, motos, partes e peças (-9,74%).

Na relação janeiro 06/ janeiro 05, sete das oito atividades do varejo tiveram aumento no volume de vendas: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,85%); Móveis e eletrodomésticos (12,60%); Tecidos, vestuário e calçados (8,21%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,66%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (112,77%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (26,02%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (7,63%). A variação negativa ocorreu em Combustíveis e lubrificantes (-8,62%).



Na composição da taxa de janeiro para o volume de vendas do comércio varejista, o maior impacto positivo coube a Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, sendo o indicador de 4,85% o mais elevado no desempenho mensal desde setembro de 2005 - justificado provavelmente pela melhora observada tanto no nível de ocupação quanto no rendimento médio real em relação a janeiro de 2005, conforme indicou a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). No acumulado dos últimos 12 meses, a atividade atingiu um patamar de variação de 2,97%.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos exerceu, em janeiro, o segundo maior impacto nas vendas do comércio. Condições favoráveis de crédito ao consumo e empréstimos consignados em folha continuam sendo os principais fatores de manutenção do desempenho da atividade neste início de ano, como já ocorrera em 2004 e 2005. No acumulado dos últimos 12 meses, a atividade cresceu 15,49%.

Contemplando segmentos como lojas de departamentos, óticas, artigos esportivos, brinquedos etc. - que também são sensíveis ao crédito ao consumidor -, a atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico exerceu o terceiro maior impacto nas vendas em janeiro, com taxas de crescimento de 26,02% em relação a janeiro de 2005 e de 15,91% no acumulado dos últimos 12 meses.

A quarta maior influência na formação da taxa global coube a Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com variação de 112,77% sobre janeiro/05. No acumulado dos últimos 12 meses, o segmento registrou um aumento no volume de vendas de 63,77% sobre igual período imediatamente anterior. Além das melhores condições de crédito, o crescimento é também explicado pelos efeitos da valorização do real frente ao dólar, que vem tornando os produtos de informática e outros importados relativamente mais baratos.

A atividade de Tecidos, vestuário e calçados exerceu a quinta maior influência nas vendas do varejo em janeiro, com acréscimo de 8,21%. O desempenho positivo pode ser justificado pelas liquidações para queima dos estoques de fim de ano. No acumulado dos últimos 12 meses, o segmento cresceu 6,12%.

Com a taxa negativa de -8,62% em janeiro, Combustíveis e lubrificantes chega a 13 meses consecutivos de queda, comportamento que se deve principalmente à elevação acima da média dos preços dos combustíveis. A atividade acumulou variação de -7,97% nos últimos 12 meses.

Avaliação por estado

Das 27 Unidades da Federação (UF), 24 obtiveram resultados positivos no volume de vendas na comparação janeiro 06/ janeiro 05. Os maiores crescimentos foram registrados em Tocantins (47,82%); Sergipe (39,15%); Amapá (35,14%); Roraima (30,95%); e Piauí (28,68%). Já as quedas ocorreram no Paraná (-5,91%); em Santa Catarina (-3,37%); e no Rio Grande do Sul (-3,36%).

Ainda no corte por UF, os resultados com ajuste sazonal para as vendas apontam, na comparação janeiro 06/ dezembro 05, o seguinte quadro: 18 estados com variações positivas e 9 com quedas. As maiores taxas de crescimento ocorreram no Amapá (31,45%); São Paulo (10,29%); Ceará (6,31%); Tocantins (4,13%); e Rio Grande do Sul (3,89%). Já os destaques negativos ficaram com Piauí (-5,14%); Distrito Federal (-2,33%); e Espírito Santo (-1,58%).

Na página seguinte, a tabela 2 mostra as variações para o indicador de receita nominal.



Comércio varejista ampliado

No comércio varejista ampliado (varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção), as variações observadas na relação janeiro 06/ janeiro 05 foram de 3,96% para o volume de vendas e 6,99% para a receita nominal. No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas do setor cresceram 2,86%; e a receita nominal, 8,82%.

Em relação ao volume de vendas, Veículos, motos, partes e peças teve crescimento de 0,09% sobre janeiro de 2005 e de 0,70% no acumulado dos últimos 12 meses. Já Material de construção segue em queda: -2,15% na comparação com janeiro de 2005 e -6,32% no acumulado dos últimos 12 meses.

Por estado, as maiores taxas de volume de vendas do varejo ampliado ocorreram em Tocantins (41,49%); Roraima (40,44%); Piauí (33,73%); Amapá (31,19%); e Sergipe (28,57%).