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Em fevereiro, IPCA variou 0,41%


Apesar do aumento das mensalidades escolares, itens de consumo importantes como alimentos e vestuário levaram à redução da taxa na passagem de janeiro para fevereiro.

10/03/2006 06h31 | Atualizado em 10/03/2006 06h31

Para cálculo do índice de fevereiro foram comparados os preços coletados no período de 28 de janeiro a 24 de fevereiro (referência) com os preços vigentes no período de 29 de dezembro de 2005 a 27 de janeiro de 2006 (base).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

INPC de fevereiro variou 0,23%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,23% em fevereiro, resultado inferior ao registrado em janeiro (0,38%). Nos dois primeiros meses do ano, o índice acumula taxa de 0,61%, resultado inferior aos dois primeiros meses de 2005 (1,01%). No acumulado dos últimos doze meses, a taxa ficou em 4,63%, também abaixo do resultado de 4,85% relativo aos doze meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2005, o índice ficou em 0,44%.

Em fevereiro, os produtos alimentícios apresentaram variação negativa de 0,20%, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,40%.

Entre as regiões pesquisadas, o maior índice foi registrado no Rio de Janeiro (0,67%), enquanto os menores ficaram com Goiânia (-0,14%) e Curitiba (-0,05%).



O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 08 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

Para cálculo do índice de mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de janeiro a 24 de fevereiro (referência) com os preços vigentes no período de 29 de dezembro de 2005 a 27 de janeiro de 2006 (base).

Apesar do aumento das mensalidades escolares, itens de consumo importantes como alimentos e vestuário levaram à redução da taxa na passagem de janeiro para fevereiro.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de fevereiro teve variação de 0,41% e ficou abaixo da taxa de 0,59% de janeiro. Nos dois primeiros meses do ano, o índice acumula taxa de 1,02%, resultado inferior ao dois primeiros meses de 2005, quando atingiu 1,17%. Nos últimos doze meses, o acumulado ficou em 5,51%, também abaixo da taxa de 5,70% registrada nos doze meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2005, o IPCA variou 0,59%.

Apesar das Mensalidades Escolares terem exercido a maior contribuição individual (0,21 ponto percentual) no mês, atingindo 5,38% de aumento devido ao resultado da revisão de valores que normalmente ocorre por ocasião do início do período letivo, houve redução da taxa do IPCA de janeiro para fevereiro.

A redução de janeiro para fevereiro ocorreu, principalmente, porque os grupos Vestuário (-0,54%), Artigos de Residência (-0,39%) e Alimentação e Bebidas (-0,28%) apresentaram variações de preços negativas. O grupo Vestuário foi influenciado pelo período de liquidações no mercado, com as roupas masculinas ficando 1,11% mais baratas, enquanto as femininas e infantis tiveram queda de 0,88% e 0,23%, respectivamente. Os Artigos de Residência também foram influenciados pelas promoções, destacando-se os aparelhos de TV, Som e Informática, que passaram a custar menos 1,32%.

Já nos Alimentos, muitos produtos tiveram seus preços reduzidos de um mês para o outro. Alguns produtos chegaram a passar de uma variação positiva em janeiro para um resultado negativo em fevereiro. Entre os produtos em queda, destacam-se: cenoura (de 15,82% para -16,51%), tomate (de -26,98% para -13,87%), batata-inglesa (de 17,48% para -10,26%), carne seca (de -4,48% para -7,40%), feijão-preto (de 2,74% para -6,84%), frango (de -3,60% para -5,51%), alho (de -3,59% para -4,43%), ovos (de 1,04% para -3,31%), carnes (de -2,77% para -2,89%).

Ainda no grupo Alimentos, os principais produtos que apresentaram variação positiva no mês foram: açúcar refinado (de 6,10% para 12,59%), açúcar cristal (de 12,80% para 11,58%), feijão-carioca (de 4,38% para 6,61%), hortaliças (de 6,04% para 3,60%), cerveja (de 1,90% para 2,13%), leite pasteurizado (-1,93% para 2,05%), farinha de trigo (de -0,94% para 1,95%), frutas (de 8,07% para 1,80%), café moído (de -0,02% para 1,21%) e pão francês (de -1,20% para 0,54%).

Em relação às altas, destacam-se também os aumentos nas passagens dos ônibus urbanos que, apesar de terem subido menos do que em janeiro (1,82%), ficaram 1,25% mais caras em fevereiro em razão dos seguintes reajustes: em Porto Alegre (aumento 5,71% no dia primeiro de fevereiro, com reflexo de 5,14% no mês), no Rio de Janeiro (aumento de 5,56% desde 19 de janeiro, refletindo 3,83%), em Brasília (20% a partir de primeiro de janeiro, com resíduo de 1,69%) e em Belo Horizonte (12,12% desde 31 de dezembro, com pequeno reflexo de 0,54% no índice do mês).

Assim como os ônibus, os combustíveis continuaram aumentando, mas em ritmo mais lento. O litro do álcool, que passou de 9,87% em janeiro para 2,88% em fevereiro, já acumula variação de 13,03% nos dois primeiros meses do ano. Por sua vez, a gasolina, que subiu 0,57% em fevereiro após a alta de 1,19% de janeiro, acumula 1,77% no ano.

Outros itens que merecem destaque no mês são: plano de saúde (1,07%), conserto de automóveis (1,68%), seguro de veículos (1,82%), cabeleireiro (1,10%) e gás encanado (3,56%).

Dessa forma, enquanto os alimentos tiveram queda de 0,28%, os não alimentícios apresentaram variação de 0,60%.

Entre as regiões pesquisadas, o maior índice foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,74%), bastante influenciada pelo reajuste de 5,56% nas passagens dos ônibus urbanos e com reflexo de 3,83% no mês. Já o menor índice foi registrado em Goiânia (0,06%).