Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA-15 de fevereiro teve variação de 0,52%


O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,52% em fevereiro e praticamente igualou a taxa de 0,51% de janeiro, acumulando 1,03% no ano e 5,47% nos últimos doze meses.

22/02/2006 06h31 | Atualizado em 22/02/2006 06h31

(Atualizado em 22/02/2006 às 09:45)

Apesar da queda nos preços de alimentos e vestuário, as altas nas passagens de ônibus e nas mensalidades escolares fizeram com que o índice praticamente se igualasse ao de janeiro.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,52% em fevereiro e praticamente igualou a taxa de 0,51% de janeiro, acumulando 1,03% no ano e 5,47% nos últimos doze meses. Mesmo com os alimentos (-0,40%) e artigos de vestuário (-0,28%) mais baratos, a alta sazonal das mensalidades escolares (5,38%) e a concentração de reajustes nas passagens dos ônibus urbanos (1,96%) levaram à semelhança de resultados entre os índices de janeiro e fevereiro.

As escolas, com a revisão dos valores das mensalidades por ocasião do início do ano letivo, subiram 5,38% e exerceram o principal impacto individual no índice do mês: 0,22 ponto percentual. Nos ônibus urbanos (1,96%), quatro das regiões pesquisadas apresentaram altas nos preços das passagens em decorrência de reajustes: Brasília (10,70%), Belo Horizonte (6,32%), Rio de Janeiro (4,44%) e Porto Alegre (2,29%).

O litro do álcool subiu 5,76% devido ao repasse de aumento praticado pelas distribuidoras. Já o litro da gasolina ficou 0,75% mais caro, influenciado pelo álcool utilizado em sua mistura, Além dos ônibus e dos combustíveis, outros itens do grupo Transportes (1,22%) tiveram alta: transporte escolar (5,76%), seguro de veículos (3,07%), conserto de veículos (1,73%), óleo (1,43%), lubrificação e lavagem (1,30%) e automóveis novos (1,12%).

No grupo dos alimentos, a queda foi propiciada, principalmente, pelos preços mais baixos do frango (-5,03%) e das carnes (-3,10%), importantes na despesa familiar. Mas outros produtos tiveram quedas expressivas, a exemplo do tomate (-26,50%), carne-seca (-7,78%), cebola (-5,98%), feijão-preto (-4,43%) e batata-inglesa (-4,01%). Por outro lado, tanto o açúcar refinado (11,70%) quanto o açúcar cristal (14,44%) apresentaram aumentos expressivos.

Os maiores índices regionais foram em Brasília (1,20%) e Belo Horizonte (1,00%), com destaque para os ônibus urbanos: em Brasília, o reajuste desse item foi de 20,00% em primeiro de janeiro, com reflexo de 10,70% no mês e, em Belo Horizonte, foi de 12,12% em 31 de dezembro do ano passado, refletindo 6,32% no IPCA-15 de fevereiro. O menor resultado regional foi em Porto Alegre (0,08%).



Os preços para cálculo do mês foram coletados de 14 de janeiro a 10 de fevereiro e comparados com os vigentes de 14 de dezembro de 2005 a 13 de janeiro de 2006. O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E, é o IPCA-15 acumulado em cada trimestre do ano.