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Em dezembro, comércio teve aumentos de 1,19% nas vendas e 1,44% na receita


As variações positivas em relação a novembro são com ajuste sazonal. Na série sem ajustamento, as vendas cresceram 4,28% em relação a dezembro de 2004 e 4,76% no acumulado do ano de 2005.

14/02/2006 07h31 | Atualizado em 14/02/2006 07h31

A variação de 1,19% no volume de vendas é o resultado mais significativo do comércio varejista no segundo semestre de 2005. O mesmo indicador, calculado para quatro das oito atividades que compõem o setor, apresentou resultados positivos para Tecidos, vestuário e calçados (2,58%); Combustíveis e lubrificantes (1,83%); e Móveis e eletrodomésticos (0,39%). Apenas a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve decréscimo (-0,48%). O segmento de Veículos, motos, partes e peças, que faz parte do comércio varejista ampliado, cresceu 5,66% sobre novembro.

Na relação dezembro 05/dezembro 04, o volume de vendas cresceu em seis das oito atividades do varejo: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,41%); Móveis e eletrodomésticos (9,43%); Tecidos, vestuário e calçados (8,27%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,09%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (98,90%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (16,25%). As variações negativas ocorreram em Combustíveis e lubrificantes (-7,76%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,44%).

Na composição da taxa de dezembro para o volume de vendas, o maior impacto positivo coube, mais uma vez, a Móveis e eletrodomésticos, com variação de 9,43%. No acumulado do ano, a taxa para essa atividade atingiu 16,02%, resultado menor do que o de 2004 (26,41%). Condições favoráveis de crédito ao consumo e empréstimos consignados em folha foram os principais fatores de elevação das vendas de Móveis e eletrodomésticos em 2005, como já ocorrera em 2004

O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico exerceu, em dezembro, o segundo maior impacto no resultado do comércio (variação de 16,25% no volume de vendas em relação a dezembro de 2004). Contemplando segmentos que também são sensíveis ao crédito ao consumidor (lojas de departamentos, óticas, artigos esportivos, brinquedos etc.), o grupo obteve desempenho acima da média, acumulando no ano taxa de 14,82% em relação a 2004.

O terceiro maior impacto coube a Tecidos, vestuário e calçados (8,27% frente a dezembro de 2004). No acumulado do ano, o segmento cresceu 5,87%, acima do resultado geral do varejo (4,76%). A quarta maior influência foi de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (98,90%). No acumulado de 2005, o segmento teve aumento de 54,01% nas vendas. Além das melhores condições de crédito, a taxa também é explicada pela valorização do real frente ao dólar, que vem tornando os produtos de informática e outros importados relativamente mais baratos.

Com 8,09% de crescimento no volume de vendas sobre dezembro/04, a atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria teve a quinta maior contribuição à formação da taxa global. No acumulado do ano, o resultado superou a média do varejo: aumento de 6,07% sobre 2004.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que normalmente apresenta os maiores impactos no resultado geral, ficou, em dezembro, com a sexta maior influência (0,41% de aumento sobre igual mês de 2004). O resultado deve ser justificado pela menor sensibilidade do segmento às vendas do Natal - o aumento no rendimento médio real das pessoas ocupadas nas principais regiões metropolitanas do país (1,8% sobre o mês anterior e 5,8% em relação a dezembro/04), observado em dezembro pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, acabou canalizado para compras em outros segmentos. Em 2005, a atividade acumulou um crescimento de 2,93%, inferior ao de 2004 (7,21%).

Os resultados negativos das vendas na relação dezembro 05/dezembro 04 ficaram com Livros, jornais revistas e papelaria (variação mensal de -2,44% e acumulada de 1,53%); e Combustíveis e lubrificantes (-7,76% e -7,40% respectivamente), cujas taxas foram negativas pelo 12º mês consecutivo.

Em termos de resultados trimestrais, que têm como referência iguais períodos do ano anterior, houve queda no desempenho do volume de vendas do terceiro trimestre (5,54%) para o último trimestre do ano (4,30%). A desaceleração foi determinada pelo comportamento das seguintes atividades: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (cuja taxa passou de 3,96% para 1,31%); Móveis e eletrodomésticos (de 15,28% para 11,46%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (de 4,24% para -0,01%). Já a atividade Equipamentos e material de escritório, informática e comunicação teve variação positiva nas vendas de 60,15% no terceiro trimestre para 77,88% no quarto. Os demais segmentos apresentaram alterações pouco significavas nesse período.

No corte regional, 24 dos 27 estados tiveram resultados positivos no volume de vendas na comparação dezembro 05/dezembro 04. As maiores variações ocorreram em Sergipe (38,00%); Tocantins (35,38%); Piauí (33,92%); Rio Grande do Norte (29,89%); e Roraima (26,62%). Houve queda no Paraná (-2,23%) e no Rio Grande do Sul (-5,63%); e em Santa Catarina, variação nula. Os resultados com ajuste sazonal para as vendas apontam, na comparação mês/mês anterior, o seguinte quadro: 17 estados com variações positivas e 10 com quedas. Espírito Santo (5,03%); Roraima (4,68%); Goiás (3,40%); Piauí (3,39%); e Paraíba (2,86%) tiveram os maiores crescimentos. Já os destaques negativos foram Acre (-3,85%); Tocantins (-2,21%); Amazonas (-1,34%); e Santa Catarina (-1,21%).



Para o comércio varejista ampliado (varejo mais Veículos, motos, partes e peças e Material de construção), houve aumento de 2,84% no volume e 6,07% na receita nominal de vendas, na comparação dezembro 05/dezembro 04. No acumulado de 2005, as variações foram de 3,07% e 9,56% respectivamente. Veículos, motos, partes e peças teve crescimento de 0,87% sobre dezembro/ 04 no volume de vendas; no acumulado do ano, a variação foi de 1,58%. Já Material de construção seguiu em queda, com variações de -5,58% e -6,06% respectivamente.

Em termos trimestrais, o volume de vendas do comércio varejista ampliado praticamente não alterou sua taxa média de desempenho do terceiro para o último trimestre de 2005 (variações de 2,69% e 2,74% respectivamente). Houve melhora no desempenho de Veículos, motos, partes e peças (de -0,45% para 1,07%); já Material de construção manteve taxa negativa, embora com queda menor: -8,51% no terceiro e -5,52% no quarto trimestre.

Ainda em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas no volume de vendas ocorreram em Tocantins (40,42%); Sergipe (32,78%); Roraima (31,23%); Piauí (30,59%); e Rio Grande do Norte (29,52%).





 



(Atualizado em 14/02/2006 às 12:25 )

As variações positivas em relação a novembro são com ajuste sazonal. Na série sem ajustamento, as vendas cresceram 4,28% em relação a dezembro de 2004 e 4,76% no acumulado do ano de 2005. Nas mesmas comparações, a receita nominal obteve taxas de 7,47% e 10,15% respectivamente. Os dados estão resumidos nas tabelas 1 e 2.