Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em janeiro, IPCA variou 0,59%


Aumentos de combustíveis e passagens de ônibus foram as principais influências sobre o índice de janeiro. O IPCA acumulou 5,70% nos últimos doze meses, praticamente a mesma taxa dos doze meses anteriores (5,69%).

09/02/2006 07h31 | Atualizado em 09/02/2006 07h31

Aumentos de combustíveis e passagens de ônibus foram as principais influências sobre o índice de janeiro. O IPCA acumulou 5,70% nos últimos doze meses, praticamente a mesma taxa dos doze meses anteriores (5,69%).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA calculado pelo IBGE em janeiro teve variação de 0,59% e ficou acima dos 0,36% de dezembro de 2005. Com isso, o acumulado dos últimos doze meses atingiu 5,70%, taxa praticamente igual aos 5,69% registrados nos doze meses anteriores. Em janeiro de 2005, o índice ficara em 0,58%.

Elevadas cotações da cana-de-açúcar fizeram o ano começar com forte alta nos preços do álcool combustível, o principal impacto no IPCA de janeiro: 0,11 ponto percentual. Na média das regiões pesquisadas, o preço do litro subiu 9,87% em relação ao final do ano passado. Mas os consumidores do Rio de Janeiro e de Curitiba passaram a pagar ainda mais: 13,37% e 13,33%, respectivamente. As menores taxas foram registradas nas regiões metropolitanas de Belém (4,98%) e Recife (5,38%). Utilizado em sua mistura, o álcool provocou aumento médio de 1,19% na gasolina, cujo litro chegou a ficar 3,44% mais caro em Salvador; 3,21% em Brasília e 3,15% no Rio de Janeiro. Por outro lado, os preços caíram em Recife (-3,16%) e Porto Alegre (-0,66%).

As passagens dos ônibus urbanos, principal parcela da despesa das famílias, exerceram o segundo maior impacto (0,09 ponto percentual) sobre o índice do mês, ainda que sua variação (1,82%) tenha sido bem menor que a do álcool. Janeiro concentrou aumentos fortes em duas regiões. Em Brasília, com reflexo de 18,00% no mês, ocorreu reajuste de 21,05% no primeiro dia deste ano. No último dia do ano passado, houve reajuste de 12,5% em Belo Horizonte, causando variação de 11,52%. Já no Rio de Janeiro, o reajuste (5,56% a partir de 19 de janeiro) e a variação (1,67%) foram mais baixos.

No caso dos planos de saúde, o IPCA absorveu a diferença entre o reajuste que vinha sendo praticado e aquele efetivamente cobrado por autorização da Justiça nos contratos antigos (anteriores a 1999) de determinadas operadoras em algumas regiões. Com isso, a variação dos planos de saúde, que mensalmente girava em torno de 1%, ficou em 1,89%. A partir do índice de fevereiro, então, esse item voltará aos níveis dos últimos meses.

O IPCA também foi influenciado pelos automóveis novos, que, refletindo repasse aos consumidores de aumentos praticados pelas montadoras, ficaram 1,39% mais caros.

Merecem destaque, ainda, os aumentos dos itens: seguro de veículos (2,43%), condomínio (1,81%), recreação (1,19%), empregado doméstico (1,16%) e conserto de veículos (1,05%).

No entanto, em contraposição às altas, as contas de energia elétrica ficaram 0,94% mais baratas tendo em vista, principalmente, a eliminação, em 23 de dezembro do ano passado, do valor referente ao encargo de capacidade emergencial, conhecido como "seguro apagão", cuja cobrança foi iniciada em fevereiro de 2002, para cobrir o risco de desabastecimento de energia.

Comparadas a dezembro, caíram as taxas dos grupos Alimentação e Bebidas (de 0,27% de dezembro para 0,11% em janeiro) e Vestuário (de 1,58% para 0,03%). Nos alimentos, carnes (de 0,41% para –2,77%) e frango (de –1,34% para -3,60%) ficaram mais baratos.

Alguns alimentos tiveram taxas de crescimento mais moderadas, a exemplo do arroz (de 3,29% para 2,55%) e do feijão preto (de 7,24% para 2,74%). Outros, como os derivados da cana-de-açúcar, mostraram maiores variações de dezembro para janeiro, como o açúcar refinado (de 2,50% para 6,10%) e do açúcar cristal (de 2,85% para 12,80%).

Entre as regiões pesquisadas, os maiores índices ocorreram na região metropolitana de Belo Horizonte (1,48%) e no município de Brasília (1,41%) devido aos reajustes das tarifas dos ônibus urbanos, e o menor foi registrado na região metropolitana de Recife (0,02%).



O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro a 27 de janeiro (referência) com os preços vigentes no período de 30 de novembro a 28 de dezembro (base).

INPC de janeiro variou 0,38%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,38% em janeiro, resultado praticamente idêntico ao registrado em dezembro (0,40%). O INPC acumulou 4,85% nos últimos doze meses, taxa inferior aos 5,05% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2005, o índice ficara em 0,57%.

Não obstante a desaceleração da taxa de crescimento dos produtos alimentícios (de 0,35% em dezembro para 0,07% em janeiro), as passagens dos ônibus urbanos, cuja taxa subiu de 0,42% para 1,79%, levaram à manutenção do nível do INPC de um mês para o outro.

Os maiores índices regionais foram registrados em Brasília (1,86%) e Belo Horizonte (1,72%). Os menores ficaram com Recife (-0,12%), São Paulo (-0,07%) e Porto Alegre (-0,08%).



O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a oito salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro a 27 de janeiro (referência) com os preços vigentes no período de 30 de novembro a 28 de dezembro (base).