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IPCA-15 de Janeiro teve variação de 0,51%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,51% em janeiro e ficou acima da taxa de 0,38% de dezembro. O álcool foi o item de maior impacto individual no índice do mês...

27/01/2006 07h31 | Atualizado em 27/01/2006 07h31

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,51% em janeiro e ficou acima da taxa de 0,38% de dezembro. O álcool foi o item de maior impacto individual no índice do mês (0,10 ponto percentual), passando de 1,09%, em dezembro, para 9,22%, em janeiro, como conseqüência do repasse da alta nas distribuidoras. Com isso, exerceu pressão sobre a gasolina, cuja a taxa relativamente estável em dezembro (0,04%), passou para 0,59%. Além disso, a manutenção do crescimento dos alimentos (com 0,40% em dezembro e 0,41% em janeiro) contribuiu de forma importante na taxa do mês.

As tarifas dos ônibus urbanos também ficaram mais caras (de 0,48% para 0,68%) e tiveram forte influência em janeiro. Houve reajuste de 12,5% a partir do dia 31 de dezembro em Belo Horizonte, com reflexo de 5,45% no índice da região, e de 21,05% no dia primeiro de janeiro em Brasília , com reflexo de 8,40%.

O IPCA-15 de janeiro absorveu, também, no que se refere aos planos de saúde, a diferença entre o reajuste que vinha sendo praticado e aquele autorizado pela Justiça nos contratos antigos (anteriores a 1999) de determinadas operadoras em algumas regiões. Com isso, a variação do item plano de saúde, que mensalmente girava em torno de 1%, ficou em 1,89%. A partir de fevereiro, então, uma vez absorvido o reajuste autorizado, esse item voltará aos níveis dos últimos meses. Subiram, ainda, os valores pagos aos empregados domésticos (de 0,65% para 1,15%).

No item energia elétrica (- 0,52%), merece destaque a eliminação, em 23 de dezembro, do valor referente ao encargo de capacidade emergencial das contas, cuja cobrança foi iniciada em fevereiro de 2002, com o objetivo de cobrir risco eventual de desabastecimento de energia.

No grupo dos alimentos, houve desaceleração de preços das carnes (de 0,30% para - 1,31%), frango (de 0,58% para - 2,82%) e outros produtos, a exemplo dos in natura, que da expressiva alta sazonal de dezembro passaram para resultados bem mais baixos: tomate (de 37,44% para - 16,25%) e cebola (de 15,10% para - 10,24%). Mas o arroz (de 0,63% para 3,51%) e o feijão preto (de 4,08% para 9,22%), refletindo menor oferta, se apresentaram em alta. Já a batata inglesa (de 36,01% para 33,23%), mesmo com a diminuição da taxa de um mês para o outro, mostrou significativo crescimento nos preços.

Entre as regiões pesquisadas, o maior resultado foi registrado em Belo Horizonte (1,07%) tendo em vista, principalmente, a variação das tarifas dos ônibus urbanos (5,45%). O menor índice ficou com a região metropolitana de Recife (0,08%).

Veja abaixo os resultados dos índices regionais



Os preços para cálculo do mês foram coletados de 14 de dezembro de 2005 a 13 de janeiro de 2006 e comparados com os preços vigentes de 15 de novembro a 13 de dezembro de 2005.O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços. Quanto ao IPCA-E, constitui-se no IPCA-15 acumulado em cada trimestre do ano.