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Em dezembro, desocupação foi de 8,3%

Após seis meses no mesmo patamar, a taxa de desocupação caiu ao seu nível mais baixo desde março de 2002 e, pela primeira vez, o número de desocupados nas seis principais Regiões Metropolitanas do Brasil ficou abaixo dos dois milhões.

26/01/2006 07h31 | Atualizado em 26/01/2006 07h31

Análise da ocupação por forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho

Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado2 (40,9% da PO). Em relação a novembro de 2005, houve alta de 2,0%. Frente a dezembro de 2004 houve alta de 6,0%, ou cerca de 466 mil pessoas a mais. Na análise regional, na comparação mensal, houve alta em São Paulo (2,6%). Em relação a dezembro de 2004, houve altas em Belo Horizonte (12,4%), São Paulo (5,2%) e Porto Alegre (12,1%).

Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado2(15,4% da PO). Houve estabilidade em relação a novembro de 2005 e declínio em relação a dezembro de 2004 (-4,5%). Na esfera regional, na comparação mensal, apenas Belo Horizonte apresentou alta (8,9%). Na comparação anual, houve alta em Salvador (12,9%) e queda em São Paulo (-6,5%).

Trabalhadores por conta própria (19,3% da PO). Não houve alteração no agregado das seis regiões em nenhuma das comparações. Na esfera regional, na comparação mensal, verificou-se alteração apenas em Belo Horizonte (-6,3%). Na comparação anual, registrou-se variação em Salvador (-7,8%).



RENDIMENTO MÉDIO REAL

Em dezembro de 2005, no total das seis regiões, o rendimento médio real habitualmente recebido (R$ 995,40) cresceu 1,8% em relação a novembro de 2005 e 5,8% na comparação com dezembro de 2004.

Em relação a novembro de 2005, houve recuperação em Recife e Belo Horizonte (0,4%), Rio de Janeiro (2,2%), São Paulo (2,4%) e Porto Alegre (0,8%). Em Salvador houve estabilidade. Na comparação anual, houve recuperação em todas as regiões metropolitanas: Recife (6,4%), Salvador (10,5%), Belo Horizonte (3,2%) Rio de Janeiro (7,0%), São Paulo (6,6%) e Porto Alegre (0,7%).

Por categorias de ocupação, em relação a novembro de 2005, para o total das seis regiões, houve:

- recuperação (0,8%) no rendimento dos empregados com carteira (R$ 974,30). Em Belo Horizonte (1,6%), Rio de Janeiro (1,7%), São Paulo (0,7%) e Porto Alegre (1,8%) houve ganhos, e estabilidade em Recife.

- recuperação de 2,4% no rendimento dos empregados sem carteira (R$ 686,80). Salvador (5,1%), São Paulo (6,1%) e Porto Alegre (0,9%) tiveram ganhos e, em Recife (-5,3%), Rio de Janeiro (-3,9%) e Belo Horizonte (-0,7%), perdas.

- recuperação de 3,4% no rendimento dos trabalhadores por conta própria (R$ 812,50). Em São Paulo (4,8%), Belo Horizonte (4,6%), Porto Alegre (4,1%) e Rio de Janeiro (2,0%) houve ganhos, e em Recife (-2,7%) e Salvador (-1,2%), perdas.

Em relação a dezembro de 2004, para as mesmas categorias, no total das seis regiões, houve:

- recuperação de 0,7% no rendimento dos empregados com carteira (R$ 974,30). Houve ganhos no Rio e Salvador (4,3%) e Recife (4,2%), perda em Belo Horizonte (-1,8%) e estabilidade em São Paulo e Porto Alegre.

- recuperação de 13,5% no rendimento dos empregados sem carteira (R$ 686,80). Houve ganhos em todas as Regiões Metropolitanas: Rio de Janeiro (17,0%) São Paulo (16,1%) Salvador (16,0%), Porto Alegre (7,0%) Belo Horizonte (6,3%), e Recife (3,4%).

- recuperação de 11,5% no rendimento dos conta própria (R$ 812,50), também em todas as áreas: Salvador (15,4%), São Paulo (14,7%), Rio de Janeiro (9,7%), Porto Alegre (9,6%), Recife (9,0%) e Belo Horizonte (0,5%).



Abaixo, as variações do rendimento por grupamentos de atividade:



POPULAÇÃO NÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PNEA)

Em dezembro de 2005, nas seis regiões metropolitanas investigadas, a população inativa, não classificada pela pesquisa como ocupada e nem como desocupada, foi estimada em 17 milhões. Houve altas em relação a novembro de 2005 (1,7%) e a dezembro de 2004 (3,4%, ou mais 566 mil pessoas).

Na PNEA, 64,0% eram mulheres e 36,0% homens, enquanto na PEA (População Economicamente Ativa), as mulheres representavam 44,9% e os homens 55,1%. As populações com menos de 18 anos e com 50 anos ou mais de idade, respectivamente, representavam 31,0% e 36,2% da PNEA, mas apenas 2,6% e 17,4% da PEA.

Na PNEA, 78,5% não tinham o segundo grau completo e 16,6% gostariam e estavam disponíveis para trabalhar, mas somente 6,7% trabalharam ou procuraram trabalho no ano anterior (marginalmente ligados à PEA).

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1(Proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa).

2Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor público.

Em dezembro de 2005, a taxa de desocupação ficou em 8,3% da População Economicamente Ativa (PEA), para o total das seis regiões pesquisadas, a menor da nova série da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, iniciada em março de 2002.

Em relação a novembro de 2005, houve quedas nas taxas de desocupação de Belo Horizonte (de 8,2% para 7,0%), Rio de Janeiro (de 7,7% para 6,8%) e São Paulo (de 9,7% para 7,8%). Nas demais regiões houve estabilidade. No confronto anual, apenas a Região Metropolitana de Recife apresentou crescimento (de 11,1% para 13,9%). Belo Horizonte (de 8,5% para 7,0%), Rio de Janeiro (de 8,5% para 6,8%) e São Paulo (de 9,8% para 7,8%) apresentaram queda, enquanto em Salvador e Porto Alegre, o quadro foi de estabilidade.

Em dezembro de 2005, o número de desocupados nas seis Regiões Metropolitanas investigadas pela PME (1,8 milhões), caiu 13,6% em relação a novembro de 2005, e 12,3% (ou cerca de 258 mil pessoas) em relação a dezembro de 2004. As mulheres representavam 54,6% desses desocupados.

Em relação a novembro de 2005, houve quedas em Belo Horizonte (14,9%), Rio de Janeiro (12,5%) e São Paulo (20,1%), e estabilidade nas demais áreas. Em relação a dezembro de 2004, houve alta em Recife (30,3%), quedas em Belo Horizonte (-14,7%), Rio (-19,9%) e São Paulo (-20,2), e estabilidade nas demais áreas.

Entre os desocupados, 7,2% tinham de 15 a 17 anos, 38,9% tinham de 18 a 24, 47,3% de 25 a 49 anos e 5,9% 50 anos ou mais. Além disso, 20,6% deles buscavam seu primeiro trabalho e 26,0% eram os principais responsáveis pela família. Com relação ao tempo de procura: 21,0% buscavam trabalho a 30 dias ou menos; 42,6%, de 31 dias a 6 meses; 10,1% a entre 7 e 11 meses e 26,1% a pelo menos 1 ano.

Em dezembro de 2002, 38,6% dos desocupados tinham pelo menos o ensino médio, contra 40,7% em dezembro de 2003, 43,8% em dezembro de 2004, e 48,0% na última PME.



POPULAÇÃO OCUPADA

Em dezembro de 2005, a População Ocupada (20,2 milhões) não se alterou em relação a novembro de 2005, mas cresceu 2,4% (ou 474 mil pessoas a mais) em relação a dezembro de 2004.

Na comparação mensal, todas as regiões metropolitanas apresentaram estabilidade. Em relação a dezembro de 2004, houve altas em Belo Horizonte (4,5%), Rio de Janeiro (2,5%), São Paulo (2,0%) e Porto Alegre (2,6%), e estabilidade nas demais regiões metropolitanas.



Considerando o nível da ocupação1 (51,5%), os resultados mostraram estabilidade no mercado de trabalho, em ambas as comparações. Em nível regional, na comparação mensal, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões, apenas a Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentou incremento de 1,2 ponto percentual na comparação com dezembro de 2004.

Os homens representavam 56,0% da população ocupada, e as mulheres, 44,0%. A população de 25 a 49 anos representava 63,0% dos ocupados. O percentual de ocupados com 11 anos ou mais de estudo era de 51,2%.

A PME estimou em 56,8% a proporção de pessoas trabalhando em empreendimentos com 11 ou mais pessoas ocupadas. Nos empreendimentos de 6 a 10 ocupados a proporção era de 6,7%, enquanto naqueles com, no máximo, cinco ocupados, a proporção era de 36,5%.

Em dezembro de 2005, 47,1% da população ocupada cumpriam uma jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais e cerca de 34,3%, acima de 45 horas semanais. Em média, 67,1% dos trabalhadores tinham aquele trabalho há pelo menos 2 anos; 11,8% há entre 1 ano e menos de 2 anos; 19,3% há entre um mês e um ano e apenas 1,7% há menos de 1 mês.

Resultados da ocupação com relação aos principais grupamentos de atividade

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (17,6% da PO). No total das seis regiões, em ambas as comparações, houve estabilidade. Regionalmente, na comparação mensal houve queda em São Paulo (-3,8%) e, frente a dezembro de 2004, alta em Salvador (13,8%).

Construção (7,3% da PO). No total e em cada uma das seis áreas, em ambas as comparações, houve estabilidade.

Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (19,7% da PO). Houve estabilidade tanto em relação a novembro de 2005 quanto em relação a dezembro de 2004. No âmbito regional, na comparação com novembro de 2005 houve estabilidade em todas as regiões, exceto em São Paulo (5,2%). No confronto anual, houve estabilidade.

Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (14,2% da PO). Estabilidade em relação a novembro de 2005 e alta de 5,8% em relação a dezembro de 2004. Em nível regional, houve estabilidade em relação a novembro de 2005 e, no confronto com dezembro de 2004, altas em Recife (14,5%), Belo Horizonte (10,7%) e Porto Alegre (12,3%).

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (15,3% da PO). Somente houve alteração significativa, para o total das seis regiões, na comparação anual (4,3%). No âmbito regional, no confronto com novembro de 2005, houve estabilidade em todas as regiões pesquisadas e, na comparação anual, alta apenas em Recife (12,5%).

Serviços domésticos (8,1% da PO). Houve estabilidade tanto em relação a novembro de 2005 quanto em relação a dezembro de 2004, no conjunto das seis RMs e, também, em cada uma delas.

Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) (17,1% da PO). No total das seis áreas e no enfoque regional, houve estabilidade em ambas as comparações.



Após seis meses no mesmo patamar, a taxa de desocupação caiu ao seu nível mais baixo desde março de 2002 e, pela primeira vez, o número de desocupados nas seis principais Regiões Metropolitanas do Brasil ficou abaixo dos dois milhões. O rendimento médio dos trabalhadores (R$ 995,40) cresceu 1,8% em relação a novembro de 2005 e 5,8% perante dezembro de 2004.
O emprego com carteira assinada cresceu 2,0% na comparação mensal e 6,0% na anual - ou mais 466 mil postos de trabalho formais em 2005.