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IPCA variou 0,36% em dezembro totalizando 5,69% no ano

Com 0,36% em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA acumulou 5,69% em 2005, 1,91 ponto percentual abaixo do resultado de 2004 (7,6%). Dentre os grupos de produtos pesquisados pelo IBGE, Transportes (8,07%)...

12/01/2006 07h31 | Atualizado em 12/01/2006 07h31

Produtos alimentícios

Os alimentos ficaram com 1,99%, bem abaixo do índice do ano. Alguns produtos destacaram-se com preços mais altos, a exemplo dos in natura: tomate (50,00%), cenoura (38,03%) e batata-inglesa (35,50%). Mas a maioria apresentou aumentos moderados a exemplo do frango (2,12%) e das carnes (0,97%). Ou mesmo em queda como o arroz (-21,45%), que foi o item de maior impacto negativo no índice do ano: -0,18 ponto percentual.

Da variação de 1,99%, o primeiro semestre do ano ficou com 2,33% e o segundo com -0,34%. Em 2004, a variação foi de 3,86%, sendo 2,08% no primeiro e 1,75% no segundo semestre do ano.

Produtos não alimentícios

Os preços dos produtos não alimentícios aumentaram, ao longo de 2005, 6,77%, sendo 3,40% no primeiro semestre e 3,26% no segundo. Em 2004, a alta foi de 8,74%, com 3,90% no primeiro e 4,65% no segundo. O principal impacto individual no índice do ano foi exercido pelas passagens dos ônibus urbanos (10,44% e 0,52 ponto percentual). A seguir, vieram as tarifas de energia elétrica (8,03% e 0,37 ponto) e os salários dos empregados domésticos (11,52% e 0,35 ponto percentual).

A gasolina teve apenas um reajuste no ano e aumento de 7,76%. Menos do que em 2004, quando a alta foi de 14,64%. O álcool combustível ficou com 5,64%, bem menos do que a taxa de 31,58% do ano anterior. Quanto ao gás de cozinha, que havia subido 7,15%, ficou praticamente estável em 2005, com 0,25%.

Índices regionais

A região metropolitana de Recife (7,10%) ficou com o maior índice devido, principalmente, aos aumentos ocorridos nas contas de energia elétrica (28,80%) e nos preços dos alimentos (3,75%). O menor foi o índice de Curitiba (4,79%).



INPC de dezembro foi 0,40%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,40% em dezembro, abaixo da registrada em novembro (0,54%). A desaceleração da taxa de um mês para o outro é atribuída, principalmente, à redução na taxa do grupo Transporte, que passou de 0,74% para 0,36%. Mesmo assim, o grupo dos produtos não alimentícios situou-se em 0,42%, próximo de novembro (0,43%). Quanto aos produtos alimentícios, caíram de 0,81% para 0,35% e também contribuíram para a desaceleração do índice.

O INPC fechou o ano de 2005 com taxa de 5,05%. Os alimentos ficaram com 1,43%, enquanto os não alimentícios aumentaram 6,59%. Em 2004 o resultado do ano foi 6,13%, com alta de 2,92% nos alimentícios e 7,56% nos não alimentícios. Os resultados por grupo foram:



O maior índice regional foi registrado em Recife (0,84%). O meno resultado ficou em São Paulo (0,17%).



Calculado pelo IBGE desde 1979, O INPC refere-se às famílias com rendimento monetário de 01 a 08 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília

 

IPCA acumula 5,69% no ano de 2005

O IPCA teve variação de 5,69% em 2005 e ficou abaixo do resultado de 7,60% de 2004 em 1,91 ponto percentual. A redução na taxa de um ano para o outro foi propiciada, basicamente, pelos mesmos fatores que levaram dos 9,30% de 2003 para os 7,60% de 2004:

  • Boa oferta de produtos agrícolas, apesar do decréscimo de 5,5% na safra do ano em relação à do ano anterior. Alimentos importantes no consumo das famílias ficaram mais baratos, a exemplo do arroz, com queda de 21,45%, e responsável pelo principal impacto individual negativo no ano: 0,18 ponto percentual;

  • Significativa influência do câmbio apreciado, mantendo certa estabilidade de preços em alguns produtos como os de higiene pessoal (0,31%) e contribuindo para a redução nos preços de outros, a exemplo dos aparelhos de TV, de Som e de Informática (-8,49%). Assim, aliado à boa safra do ano, o câmbio favoreceu a queda de preços de produtos agrícolas vinculados ao mercado internacional. O óleo de soja ficou 17,21% mais barato e a farinha de trigo passou a custar 6,91% a menos.

Por outro lado, alguns itens exerceram pressões para cima no resultado do ano:

  • Alta nas passagens dos ônibus urbanos – com 10,44%, as tarifas de ônibus urbanos foram responsáveis pelo principal impacto no índice, 0,52 ponto percentual. Mesmo com queda em Curitiba (-11,05%) e estabilidade em Porto Alegre e Brasília. Administrados pela esfera municipal, os ônibus urbanos, de peso significativo no orçamento das famílias, haviam apresentado alta de 4,74% em 2004, moderada em comparação ao resultado de 7,60% do índice daquele ano;

  • Alta nos preços internacionais do petróleo, ocasionando pelo menos um reajuste ao nível das refinarias, 10,00% em 10 de setembro. Com isto, o preço do litro da gasolina passou a custar mais 7,76% nas bombas. Em 2004, no entanto, com três reajustes no ano, junto com a alta do álcool (31,58%), a gasolina chegou a aumentar 14,64%, o maior impacto daquele ano (0,59 ponto percentual);

  • Alta nos salários dos empregados domésticos, que subiram 11,52% em decorrência do salário mínimo (15,38%);

  • Alta nas tarifas de serviços públicos importantes como energia elétrica (8,03%) e telefone fixo (6,68%). Mesmo assim, a maioria dos serviços públicos ficou abaixo dos resultados observados no ano anterior.

Considerando os quatro últimos anos, observa-se que, na perspectiva dos últimos doze meses, o ano de 2002 apresentou taxas crescentes em razão basicamente do efeito do repasse da alta do dólar e o ano fechou com 12,53%, taxa anual que se constituiu na mais alta desde 1995. Já o ano de 2003, visto também pela ótica dos doze meses, apresentou taxas relativamente elevadas em continuidade à pressão do dólar sobre os preços ao consumidor e terminou com 9,30%, com os reflexos da desvalorização da moeda nacional amenizados nos meses finais.

O ano de 2004, por sua vez, ficou em 7,60% e mostrou que os efeitos da alta do dólar estavam ficando para trás. Em 2005, o resultado mais baixo foi registrado no mês de junho (-0,02%), indicando que, na média, os preços dos itens de consumo das famílias mantiveram-se praticamente estáveis. Abril, com 0,87%, ficou com o maior índice em razão da concentração de aumentos nos preços dos alimentos e administrados como ônibus urbanos, remédios e energia elétrica.

Dentre os grupos, as despesas com Transportes foram as que mais cresceram: 8,07%. Alimentação e Bebidas foi o grupo de menor resultado: 1,99%.



Com 0,36% em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA acumulou 5,69% em 2005, 1,91 ponto percentual abaixo do resultado de 2004 (7,6%). Dentre os grupos de produtos pesquisados pelo IBGE, Transportes (8,07%) apresentou a maior variação de preços ao longo de 2005 e Alimentação e Bebidas (1,99%) a menor.

IPCA acumula 0,36% em dezembro

Em dezembro, o IPCA teve variação de 0,36% e ficou abaixo da taxa de 0,55% de outubro. A redução da alta nos preços dos Transportes (de 0,66% para 0,24%) e dos Alimentos (de 0,88% para 0,27%) levou à desaceleração da taxa de crescimento do IPCA de novembro para dezembro.

Gasolina, passagens aéreas e ônibus urbanos foram os principais itens que fizeram baixar a taxa do grupo Transportes. A gasolina (-0,18%) chegou a apresentar pequena queda, após os aumentos de setembro (3,36%) e outubro (4,17%) como efeito de reajuste, além da variação residual de 0,83% de novembro. As passagens aéreas, que haviam apresentado alta de 5,04% em novembro, passaram para 0,90%, enquanto as passagens dos ônibus urbanos tiveram a taxa de crescimento reduzida de 0,64% para 0,24%. O álcool, no entanto, com o repasse dos reajustes praticados pelas distribuidoras, ficou 4,53% mais caro para o consumidor, após a variação de 2,52% de novembro.

O grupo Alimentação e Bebidas baixou em razão, principalmente, das carnes (de 1,78% para 0,41%), do frango (de 1,22% para -1,34%) e de produtos in natura como tomate (de 36,03% para -0,08%) e cebola (de 18,03% para -1,57%). A batata-inglesa (de 43,89% para 31,38%) destacou-se pela alta, mesmo tendo mostrado redução de um mês para o outro.

Calculado pelo IBGE desde 1980, o IPCA refere-se às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

Índices Regionais

Entre as regiões pesquisadas, o maior índice foi registrado em Fortaleza (0,66%) tendo em vista, principalmente, os seguintes itens: ônibus intermunicipal (8,06%), taxa de água e esgoto (5,90%) e condomínio (2,14%). O menor índice foi registrado na região metropolitana de São Paulo (0,26%).