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Em 2006, IBGE atualizará as ponderações do IPCA


A partir de julho do ano que vem, os pesos dos itens consumidos pelas famílias brasileiras serão atualizados de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002/2003.

22/12/2005 07h31 | Atualizado em 22/12/2005 07h31

(Atualizado em 22/12/2005 às 10:15)

A partir de julho do ano que vem, os pesos dos itens consumidos pelas famílias brasileiras serão atualizados de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002/2003As estruturas de ponderação dos índices calculados através do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor – SNIPC serão renovadas a partir de julho de 2006. As novas ponderações baseiam-se na mais recente Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, que foi a campo de julho de 2002 a junho de 2003. As ponderações que vinham sendo empregadas até o momento foram obtidas pela POF 1995-1996. As ponderações – ou pesos – são aplicados nos cálculos dos índices para determinar a importância relativa dos movimentos de preços dos diversos bens e serviços consumidos pelas famílias.

A POF é uma pesquisa domiciliar por amostragem, que tem por objetivo retratar a realidade de consumo e de rendimentos dos brasileiros. Na POF 2002-2003, os pesquisadores do instituto visitaram mais de 48 mil domicílios em todo o País. Foram investigados os hábitos de consumo de famílias nas áreas urbanas e rurais, ao longo de doze meses.

Gasolina substitui ônibus urbanos como o item de maior peso

Embora o conjunto de itens de consumo a serem investigados tenha praticamente se mantido, alguns aumentaram ou reduziram expressivamente seus pesos. Os ônibus urbanos deixam a liderança dos pesos para a gasolina e o álcool perde posição. A telefonia celular fica muito mais importante, ocasionando o crescimento do peso dos aparelhos de telefone.

A tabela abaixo mostra os itens com peso acima de 1% no orçamento das famílias. Na ponderação atual, em vigor até julho de 2006, há 24 itens com peso acima de 1% , somando 61,8341% do total das despesas. Na nova estrutura do IPCA, há 23 itens com peso acima de 1%, que somam 55,6391% do total das despesas.



Cresceu o uso da Internet e de TV a cabo, além da compra de microcomputador. Cresceu, também, o peso das despesas com cabeleireiro e serviços bancários. Dmiinuíram as despesas com os alimentos comprados para serem consumidos no domicílio. Também ficou menor o peso dos cigarros e da passagens aéreas.

Educação e Comunicação são os grupos que ganharão mais peso

Ao nível dos grandes grupos, as ponderações sofrerão alterações. A tabela abaixo mostra as variações entre os pesos dos grupos segundo as ponderações atuais e aquelas determinadas a partir da POF 2002/2003. Houve aumentos significativos, por exemplo, nos grupos Educação e Comunicação, e quedas em Habitação e Transportes.



Ponderação das regiões também se alterou

As regiões metropolitanas e os municípios abrangidos pela coleta de preços do IPCA também sofreram alterações, como demonstra a tabela abaixo. São Paulo perdeu peso mas continua na liderança e Brasília, embora também ganhando peso, permanece no final da lista. Belo Horizonte suplantou Porto Alegre, Belém assumiu a posição que era de Recife e Fortaleza ultrapassou Goiânia.