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Em dezembro, IPCA-15 variou 0,38% e IPCA-E acumulou 5,88%

22/12/2005 07h31 | Atualizado em 22/12/2005 07h31

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, mas os dois índices são diferentes quanto ao período de coleta dos preços. Os preços para cálculo do IPCA-15 desse mês foram coletados de 15 de novembro a 13 de dezembro e comparados com os preços vigentes de 12 de outubro a 14 de novembro. Quanto ao IPCA-E, constitui-se no IPCA-15 acumulado em cada trimestre do ano.

Taxa ficou abaixo da de novembro (0,78%), graças à menor pressão exercida pelos transportes e pelos alimentos. O IPCA-E acumulado em 2005 ficou abaixo dos 7,54% registrados em 2004.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) teve variação de 0,38% em dezembro e ficou abaixo da taxa de 0,78% do mês anterior. A menor pressão dos transportes (de 1,31% em novembro, passou para 0,38% em dezembro) e dos alimentos (de 0,99% para 0,40%) fez a taxa recuar. Os preços da gasolina, que subiram 1,26% em novembro, ficaram relativamente estáveis (0,04%). O álcool, dos 7,66% passou para 1,09%. As passagens aéreas, que chegaram a 13,21% passaram para 2,74%, enquanto as passagens dos ônibus urbanos também cresceram menos, de 1,48% para 0,48%.

No grupo dos alimentos, a desaceleração de preços das carnes (de 5,58% para 0,30%) levou ao mesmo comportamento o frango (de 1,79% para 0,58%), a carne-seca (de 5,86% para 0,26%) e os peixes (de 2,07% para 0,77%). Enquanto isto, os produtos in natura: tiveram altas expressivas: batata-inglesa (de 16,68% para 36,01%), tomate (de 8,98% para 37,44%), cebola (de 1,03% para 15,10%) e cenoura (de 7,10% para 15,14%).

Outros itens influenciaram menos em dezembro: vestuário (de 1,15% para 0,68%), empregado doméstico (de 1,07% para 0,65%) e recreação (de 1,07% para 0,35%). Já a energia elétrica, (de 1,27% para 1,32%) foi a maior contribuição individual (0,06 ponto percentual), refletindo reajuste ocorrido na região metropolitana do Rio de Janeiro (5,19%).

Entre as regiões pesquisadas, o maior resultado foi registrado em Recife (0,99%) diante da alta de 2,14% nos preços do gás de cozinha e de 4,83% na gasolina.



IPCA-E fechou 2005 em 5,88%

Acumulando 1,73% no último trimestre, o IPCA-E encerrou 2005 com 5,88%, taxa inferior aos 7,54% registrados em 2004. Em 2005, as passagens dos ônibus urbanos subiram 11,00% e foram responsáveis por 0,55 ponto percentual do IPCA-E, constituindo-se no principal impacto individual. A seguir veio a gasolina, com alta de 10,48% e contribuição de 0,46 ponto.



Outros itens que influenciaram o resultado do ano foram: passagens aéreas (28,28%), taxa de água e esgoto (13,37%), empregados domésticos (11,52%): telefone fixo (6,73%), colégios (7,72%), remédios (5,99%) plano de saúde (12,02%) e energia elétrica (7,97%). Somados à gasolina e ônibus, estes itens foram responsáveis por 3,24 pontos percentuais de contribuição, quase 60% do resultado do ano.

Os alimentos, com 2,15% de variação e 0,48 ponto percentual de contribuição, aumentaram menos do que em 2004 (3,64%). Poucos produtos tiveram influência pela alta, destacando-se o refrigerante (8,13%), leite em pó (12,39%), cerveja (4,32%), café moído (9,05%) e pão francês (4,43%). Vários alimentos ficaram mais baratos, a exemplo do arroz (-24,01%), óleo de soja (-17,96%), feijão carioca (-8,06%), macarrão (-5,07%), farinha de mandioca (-9,01%), farinha de trigo (-8,31%) e bacalhau (-7,02%). Por grupo de produtos, os resultados em 2004 e 2005 encontram-se a seguir:



Quanto aos índices regionais, conforme mostra a tabela abaixo, a região metropolitana de Recife (7,64%) apresentou o maior resultado, enquanto Curitiba (4,85%) ficou com o menor.