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Em novembro, IBGE estima safra de 2005 em 112,539 milhões de toneladas

15/12/2005 07h31 | Atualizado em 15/12/2005 07h31

No terceiro trimestre de 2005 foram abatidos 7,375 milhões de bovinos, uma alta de 6,43% sobre o mesmo período do ano passado. Também foram abatidos 6,143 milhões de suínos e 997,192 milhões de frangos, respectivamente 11,86% e 12,67% a mais que no terceiro trimestre de 2004.

No terceiro trimestre de 2005 foram produzidas 514,716 milhões de dúzias de ovos (5,26% a mais que no terceiro trimestre de 2004) e foram adquiridos 4,048 bilhões de litros de leite, ou 14,05% a mais que no terceiro trimestre de 2004.

Os maiores estoques de grãos do país, até 30 de junho, eram de soja em grão (21.777.025 t), milho em grão (8.596.518 t), arroz em casca (4.211.018 t), trigo em grão (2.668.658 t) e café em grão (853.859 t). Em relação ao mesmo período de 2004, as variações nos estoques de trigo, arroz, soja e milho foram de 58,5%, 28,7%, 18,1% e 5,6%, respectivamente, enquanto o café teve queda de 17,0%.

Em novembro, a estimativa de safra de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2005 foi de 112,539 milhões de toneladas, 5,66% inferior à de 2004 (119,294 milhões de toneladas). A distribuição da produção por região é a seguinte: Centro-Oeste, 42,221 milhões de toneladas (37,5%); Sul, 38,813 milhões de toneladas (34,5%); Sudeste, 17,543 milhões de toneladas (15,6%); Nordeste, 9,932 milhões de toneladas (8,8%) e Norte, 4,030 milhões de toneladas (3,6%).

No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de novembro, do IBGE, destaca-se a queda (-3,45% em relação ao mês anterior) na produção estimada da mamona, conseqüência do desempenho dos estados nordestinos: Piauí (-12%), Rio Grande do Norte (-8%), Ceará (-5%) e Bahia (-3%). Condições climáticas e preços baixos são as causas apontadas para a redução. Ainda assim, em 2005, a Bahia, maior produtor nacional (cerca de 81% da safra de mamona do país), deverá produzir 138 mil toneladas, 21% a mais que em 2004 (114 mil toneladas).

Em relação a 2004, tiveram alta na estimativa de produção o feijão em grão 2ª safra (6,06%), feijão em grão 3ª safra (15,20%), mamona (33,65%) e soja em grão (3,12%). Tiveram queda em relação a 2004 os seguintes produtos: algodão herbáceo em caroço (-4,19%), arroz em casca (-0,27%), feijão em grão 1ª safra (-3,50%), milho em grão 1ª safra (-13,01%), milho em grão 2ª safra (-28,50%), sorgo em grão (-27,37%) e trigo em grão (-13,30%).

Com a colheita dos produtos da safra de verão já encerrada, acompanha-se o fim da colheita das culturas de inverno, notadamente a do trigo, no Paraná e Rio Grande do Sul, onde falta colher apenas cerca de 2% da área plantada. No Paraná espera-se uma produção de 2,8 milhões de toneladas, e no Rio Grande do Sul, 1,6 milhão de toneladas. Em nível nacional, a produção de trigo para 2005 é estimada em 5,0 milhões de toneladas, contra 5,7 milhões em 2004 – ambas ainda aquém do consumo nacional, que é de cerca de 10,5 milhões de toneladas.

No terceiro trimestre de 2005, houve alta no abate de bois e quedas no de vacas e vitelos

No terceiro trimestre de 2005 foram abatidos 7,375 milhões de bovinos, uma alta de 1,06% sobre o segundo trimestre de 2005 e de 6,43% sobre o mesmo período do ano passado. Comparando-se o terceiro trimestre de 2005 com o mesmo período de 2004, observam-se altas de 2,95% para bois, 5,76% para vacas e de 18,27% para novilhos.

Em relação ao segundo trimestre de 2005, as variações positivas no rebanho foram de 5,14% para bois e 13,79% para novilhos. Vacas e vitelos registraram quedas.

A variável peso de carcaça de bovinos para o terceiro trimestre de 2005 registrou 1,681 milhão de toneladas abatidas, com aumentos de 6,74% sobre o mesmo período de 2004 e de 1,36% sobre o segundo trimestre de 2005. Em relação ao mesmo período do ano anterior, todas as categorias apresentaram altas quanto ao peso de carcaça: 4,38% para bois, 4,83% para vacas e 18,49% para novilhos. Com relação ao segundo trimestre de 2005, houve altas em duas categorias: bois (3,96%) e novilhos (14,84%). Vacas e vitelos apresentaram variações negativas.

Em agosto, houve o maior abate de bovinos (2,567 milhões de animais) do trimestre e do ano. Comparando-se o acumulado deste ano com o do ano anterior, houve altas em abate (9,31%) e em peso total de carcaças (8,86%). Até novembro, os estados que mais abateram bovinos foram São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Suínos

No terceiro trimestre de 2005, foram abatidos 6,143 milhões de suínos, 11,86% a mais que no terceiro trimestre de 2004 e de 3,29% acima do segundo trimestre de 2005. Em termos de peso de carcaça, houve alta de 20,29% em relação ao terceiro trimestre de 2004 e de 3,71,% sobre o segundo trimestre de 2005. O peso médio dos animais abatidos ficou em torno de 93 kg, o mesmo verificado no segundo trimestre deste ano, mas acima dos 86 kg alcançados no terceiro trimestre de 2004.

Em 2004, o mês de maior abate foi agosto (2,102 milhões de suínos). No acumulado do ano, relação ao mesmo período de 2004, houve alta de 8,03% em suínos abatidos e de 15,62% em peso de carcaça. Os estados que mais abateram suínos no acumulado do ano de 2005 foram Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais.

Frangos

No terceiro trimestre de 2005, foram abatidos 997,192 milhões de frangos. Houve alta de 5,02% sobre o segundo trimestre de 2005 e de 12,67% sobre o terceiro trimestre de 2004.

Houve aumento de 15,04% no peso de carcaça em relação ao terceiro trimestre de 2004 e de 4,29% sobre o segundo trimestre de 2005. No total do trimestre, foram abatidos 2,045 milhões de toneladas de carcaças. O peso médio dos frangos abatidos continuou em torno de 2 kg. O mês de maior abate de frangos no trimestre e no ano foi agosto.

No acumulado do ano, houve aumento de 9,60% no número de frangos abatidos e de 12,30% no peso total das carcaças abatidas em relação ao acumulado de 2004. Em 2005, os principais estados brasileiros em abate de frangos, por ordem decrescente, foram Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

Captação e Industrialização do leite

As indústrias e laticínios que têm algum tipo de inspeção adquiriram 4,048 bilhões de litros de leite no terceiro trimestre de 2005, um aumento de 14,05% sobre o terceiro trimestre de 2004 e de 4,57% sobre o segundo trimestre de 2005. Em relação a 2004, até o terceiro trimestre, houve crescimento na aquisição de leite em todos os meses de 2005, que já acumulam alta de 13,80%. Minas Gerais liderou em captação, adquirindo, no acumulado de 2005, quase 28% do leite nacional. Em seguida, vêm São Paulo e Goiás.

Aquisição de couro

No terceiro trimestre de 2005, foram adquiridos pelos curtumes e indústrias de couros 10,210 milhões de peças, com variações positivas de 11,59% com relação ao terceiro trimestre de 2004 e de 4,57% sobre o segundo trimestre de 2005. O couro efetivamente curtido no período também teve variações positivas de 13,97% e de 7,15% em relação, respectivamente, ao terceiro trimestre de 2004 e segundo trimestre de 2005.

No acumulado do ano, agosto registrou a maior aquisição de unidades de couro, quase 3,600 milhões de peças. O Estado de São Paulo é o principal na aquisição de couro no mercado brasileiro, com 24,16% no acumulado do ano.

Produção de ovos de galinhas

No terceiro trimestre de 2005 foram produzidas 514,716 milhões de dúzias de ovos, com altas de 5,26% em relação ao terceiro trimestre de 2004 e de 3,32% em relação ao segundo trimestre de 2005. Agosto também foi o mês de maior produção de ovos de galinha no trimestre (174,383 milhões de dúzias) e no ano.

Os principais produtores de ovos de galinha em 2005, até o momento, foram São Paulo (34,71%), Minas Gerais (13,34%) e Paraná (9,02%). Na comparação com 2004, todos os meses deste ano tiveram aumento na produção de ovos, que já acumula alta de 4,29% em 2005.

A produção cresceu mais na Paraíba (29,49%) e Amazonas (23,89%). O Rio de Janeiro, que, no segundo trimestre, tinha registrado a maior variação negativa, apareceu no terceiro trimestre com aumento de 41,54%, mas acredita-se que esse aumento esteja relacionado à inclusão de novos estabelecimentos na pesquisa. Já as principais variações negativas ocorreram no Rio Grande do Norte (-4,25%) e Distrito Federal (-4,19%).

No terceiro trimestre de 2005, os estoques de trigo, arroz, soja e milho cresceram e o de café caiu

No primeiro semestre de 2005, a rede armazenadora de produtos agrícolas teve um acréscimo de 4,0% no número de estabelecimentos ativos, em relação ao segundo semestre de 2004. No fim do primeiro semestre de 2005, havia 9.441 estabelecimentos ativos, dos quais 42,1% estavam na região Sul; 24,6% no Sudeste; 21,7% no Centro-Oeste; 8,3% no Nordeste e 3,3% na região Norte.

A capacidade útil das unidades armazenadoras somou 80,202 milhões de metros cúbicos. Desse total, pouco mais de 70,0% estavam concentrado nas regiões Sudeste e Sul. As unidades dos tipos armazéns graneleiros e granelizados totalizaram 45,654 milhões de toneladas de capacidade útil, sendo 49,6% na região Centro-Oeste e 35,2% no Sul. Já os silos para grãos apresentaram 37,232 milhões de toneladas de capacidade útil total no país, estando 52,5% do total na região Sul, 27,1% no Centro-Oeste e 15,7% no Sudeste.

Os maiores estoques, em 30 de junho, eram de soja em grão (21.777.025 t), milho em grão (8.596.518 t), arroz em casca (4.211.018 t), trigo em grão (2.668.658 t) e café em grão (853.859 t).

Quando comparados com os estoques de 30 de junho de 2004, as variações os estoques dos produtos trigo, arroz, soja e milho apresentaram variações positivas de 58,5%, 28,7%, 18,1% e 5,6%, respectivamente. Para o café constatou-se queda de 17,0% no volume estocado.