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PIB do 3º trimestre de 2005 foi de R$ 497,5 bilhões

O Produto Interno Bruto medido a preços de mercado do terceiro trimestre de 2005 foi de R$ 497,5 bilhões, sendo R$ 445,2 bilhões de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 52,2 bilhões de Impostos sobre Produtos.

15/12/2005 07h31 | Atualizado em 15/12/2005 07h31

O Produto Interno Bruto medido a preços de mercado do terceiro trimestre de 2005 foi de R$ 497,5 bilhões, sendo R$ 445,2 bilhões de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 52,2 bilhões de Impostos sobre Produtos. Dentre os componentes do Valor Adicionado, a Agropecuária atingiu R$ 37,9 bilhões, a Indústria, R$ 180,7 bilhões e os Serviços, R$ 250,8 bilhões.

Sendo assim, o PIB acumulado no ano até setembro foi de R$ 1.415,8 bilhões e, pela ótica da oferta, a Agropecuária atingiu R$ 114,7 bilhões, a Indústria, R$ 503,0 bilhões e os Serviços acumularam R$ 713,5 bilhões.

Entre os componentes da demanda, no terceiro trimestre, o Consumo das Famílias totalizou R$ 271,8 bilhões, o Consumo do Governo, R$ 93,3 bilhões e a Formação Bruta de Capital Fixo, R$ 101,7 bilhões. Já a Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 24,6 bilhões (R$ 86,6 bilhões de exportações e R$ 62,0 bilhões de importações), e a Variação de Estoques foi de R$ 6,1 bilhões.

A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2005 foi de 20,4% do PIB. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, esta taxa reduziu-se em 0,5 ponto percentual. Já a taxa de poupança alcançou 24,3% do PIB, o segundo maior valor da série iniciada em 1995, só perdendo para o ano de 2004, em que registrou 25,4% do PIB. Abaixo os gráficos demonstram a evolução dessas taxas.

Os gráficos II.1 e II.2 apresentam os dados do investimento e da poupança como porcentagem do PIB dos anos de 1995 até 2005,  no terceiro trimestre de cada ano.

Em relação ao 3º trimestre de 2004, houve redução de 1,1 bilhão na capacidade de financiamento

A Capacidade de Financiamento da Economia Nacional ficou em R$ 13,4 bilhões no terceiro trimestre de 2005, ou seja, uma redução de R$ 1,1 bilhão se comparado a igual período de 2004 (R$ 14,5 bilhões). Essa queda deve-se, sobretudo, ao aumento do envio líquido de lucros e dividendos para o Resto do Mundo (R$ 1,6 bilhão a mais), resultando na diminuição do Saldo Externo Corrente (R$ 2,2 bilhões). O Saldo Externo de Bens e Serviços passou de um superávit de R$ 24,9 bilhões, no terceiro trimestre de 2004, para R$ 24,6 bilhões, no mesmo período de 2005.

A Renda Nacional Bruta atingiu R$ 483,7 bilhões no terceiro trimestre de 2005 ante aos R$ 444,9 bilhões do terceiro trimestre de 2004. Nessa mesma base de comparação a Poupança Bruta atingiu R$ 120,7 bilhões em 2005, o que representa um aumento de R$ 4,6 bilhões quando comparado ao terceiro trimestre de 2004 (R$ 116,1 bilhões). No acumulado do ano até setembro, a Renda Nacional Bruta alcançou R$ 1.370,7 bilhões e a Poupança Bruta, R$ 333,6 bilhões.

Conta Financeira: brasileiros aplicam menos recursos no exterior

No terceiro trimestre de 2005, os dados da Conta Financeira Trimestral 1mostram uma redução da variação de ativos2 – que passou de uma aplicação líquida de R$ 23,2 bilhões no terceiro trimestre de 2004 para R$ 9,1 bilhões no mesmo período de 2005. Quanto à variação de passivos, a captação líquida passou de um montante positivo de R$ 8,4 bilhões para uma captação líquida negativa de R$ 4,6 bilhões, no mesmo período de comparação.

No trimestre, dentre os fatores que influenciaram a captação líquida negativa em relação ao terceiro trimestre de 2004 destacam-se: redução do ingresso de recursos através de títulos de curto prazo, Títulos exceto Ações – F.3; crescimento das amortizações de empréstimos e financiamento de longo prazo, Empréstimos e Financiamentos – F.4 e redução da captação através de Ações e Outras Participações de Capital - F.5.

No que se refere ao instrumento financeiro F.3, a captação no terceiro trimestre de 2004 foi negativa em R$ 2,7 bilhões, passando para uma captação, também negativa, de R$ 5,0 bilhões no mesmo período de 2005. Esse resultado foi influenciado pela redução do ingresso de recursos dos títulos de renda fixa de curto prazo negociados no exterior, cuja variação líquida positiva passou de R$ 3,4 bilhões para R$ 441,2 milhões no terceiro trimestre de 2005. No instrumento financeiro F.4 houve aumento da captação líquida negativa (de R$ 9,5 bilhões no terceiro trimestre de 2004 para 13,3 bilhões no terceiro trimestre de 2005), destacando-se nessa variação, o pagamento de amortização em R$ 11,8 bilhões de empréstimos junto ao Fundo Monetário Internacional no mês de julho de 2005. Em relação ao instrumento F.5, a captação líquida positiva passou de R$ 25,8 bilhões para R$ 17,0 bilhões no terceiro trimestre de 2005, sendo que a razão fundamental dessa queda foi a redução do Investimento Estrangeiro direto (IED) 3, que teve uma variação positiva de R$ 11,8 bilhões no trimestre contra R$ 26,2 bilhões no mesmo período de 2004.

Nas variações ativas do trimestre - de R$ 9,1 bilhões ante R$ 23,2 bilhões no mesmo período de 2004 – ressalta-se a redução das aplicações através do instrumento F.3, que foi de R$ 19,4 bilhões no terceiro trimestre de 2004 para R$ 13,4 bilhões no terceiro trimestre de 2005. No movimento desse instrumento incluem-se a redução das aplicações das Reservas Internacionais em forma de Bônus e Notas, que atingiram R$ 13,6 bilhões no terceiro trimestre de 2005, contra uma variação líquida de R$ 20,2 bilhões no mesmo período de 2004. Outro fator referente à queda das variações ativas, diz respeito à redução das aplicações no instrumento F.5, especificamente nos Investimento Brasileiro Direto (IBD), que registrou aplicação líquida positiva de R$ 15,8 bilhões no terceiro trimestre de 2004, passando a uma variação líquida de R$ 1,4 bilhão no mesmo período de 2005. Outro instrumento que registrou queda na aplicação foi o F.7 – Outros Créditos e Débitos – que teve aplicação líquida positiva de R$ 8,2 bilhões no terceiro trimestre de 2004 e reduziu-se a uma aplicação de R$ 87 milhões no mesmo período de 2005, referentes aos empréstimos intercompanhia. Ressalta-se, ainda, nas variações ativas, a redução da aplicação líquida negativa em F.2 - Numerário de Depósitos, de R$ 21,3 bilhões no terceiro trimestre de 2004 para R$ 6,8 bilhões no mesmo período de 2005. A redução da variação negativa foi influenciada pelas aplicações em moeda e depósitos do setor financeiro, que passou de R$ 65 milhões para R$ 11,7 bilhões, respectivamente, no terceiro trimestre de 2004 e 2005.

                     (sem a contabilização dos acordos com o FMI)

 

No trimestre, houve redução de R$ 6,2 bilhões nas reservas internacionais

Os dados das tabelas III.3 e III.4 mostram que, contabilizando-se as transações referentes aos acordos com o FMI, no terceiro trimestre de 2005, a Economia Nacional reduziu em R$ 6,2 bilhões suas reservas internacionais, contra uma redução de R$ 2,2 bilhões no terceiro trimestre de 2004. Já excluindo as transações com o Fundo Monetário, houve aumento das reservas, em R$ 5,7 bilhões, contra uma queda de R$ 185 milhões no terceiro trimestre de 2004. No acumulado dos três primeiros trimestres de 2005, houve crescimento das reservas internacionais, tanto com a contabilização (R$ 19,5 bilhões), quanto sem a contabilização das transações com o FMI (R$ 38,5 bilhões).

Tabela III.5 – Economia Nacional – Contas Econômicas Integradas

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1Ver tabela IV.5.

2Incluindo ativos de Reservas.

3No instrumento Financeiro F.5 (Ações e Outras Participações de Capital) não estão incluídos os empréstimos intercompanhia. Tais empréstimos estão contabilizados no instrumento F.7 (Outros Créditos e Débitos).