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Emprego na Indústria manteve-se estável em outubro

15/12/2005 07h31 | Atualizado em 15/12/2005 07h31

Em outubro, o emprego industrial manteve-se estável frente a setembro (-0,1%), na série livre de influências sazonais. Em relação a outubro de 2004, apresentou variação negativa de 0,2%. Mostraram crescimento os indicadores referentes ao acumulado no ano (1,5%) e o acumulado nos últimos doze meses (1,9%). O indicador de média móvel trimestral permanece estável, uma vez que o acréscimo foi de 0,1% entre os trimestres encerrados em setembro e outubro.Estes são alguns dos destaques da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário do IBGE.



O índice mensal apresentou o segundo resultado negativo consecutivo (-0,2%). Entre os dez locais que reduziram o contingente de trabalhadores, as principais influências foram observadas no Rio Grande do Sul (-8,8%) e no Paraná (-2,6%). No Rio Grande do Sul, as demissões superaram as admissões em treze dos dezoito ramos, sobressaindo calçados e artigos de couro (-20,9%) e, no Paraná, o setor de madeira (-20,4%) foi o destaque entre os nove segmentos em queda. No total do país, estas atividades também representaram os principais impactos negativos: redução de 14,1% em calçados e artigos de couro e de 14,4% no setor de madeira. Ainda na mesma comparação, as principais contribuições positivas, em nível nacional, foram observadas em alimentos e bebidas (6,6%) e meios de transporte (5,5%). Regionalmente, as pressões positivas vieram de São Paulo (2,2%), Minas Gerais (2,3%) e região Norte e Centro-Oeste (2,7%).

No período acumulado janeiro-outubro (1,5%), as admissões superaram as demissões em dez áreas e onze atividades. São Paulo (2,8%) e Minas Gerais (3,9%) figuraram como as principais influências positivas no resultado geral, entre os locais. Entre os setores, os destaques foram alimentos e bebidas (7,3%) e meios de transporte (9,9%). Rio Grande do Sul (-5,9%) e Rio de Janeiro (-1,1%) foram os locais que mais pressionaram negativamente o índice geral. Setorialmente, calçados e artigos de couro (-11,4%) e madeira (-7,6%) representaram as contribuições negativas mais significativas.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, prossegue em trajetória de desaceleração entre setembro (2,3%) e outubro (1,9%).

Número de horas pagas apresentou leve recuo em outubro

Após dois meses apresentando crescimento, o indicador de número de horas pagas recuou 0,6% em outubro, na série livre dos efeitos sazonais. Com isso, a trajetória da média móvel trimestral mostra estabilidade, com variação nula (0,0%) entre os trimestres encerrados em setembro e outubro.



Na comparação outubro 05/ outubro 04, houve redução de 0,3% no número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, enquanto nos indicadores para períodos mais abrangentes, os aumentos foram de 1,1%, no acumulado no ano, e 1,6% no acumulado nos últimos doze meses. A jornada média de trabalho mostra taxas negativas: -0,1% no índice mensal, -0,4% no acumulado no ano e -0,3% no acumulado nos últimos doze meses.

Em relação a outubro de 2004, o número de horas pagas apresenta ligeira queda (-0,3%), influenciada pelas retrações observadas em dez dos quatorze locais e onze das dezoito atividades pesquisadas. No corte setorial, os maiores impactos negativos no cômputo geral vieram de calçados e artigos de couro (-13,5%), madeira (-14,9%) e vestuário (-3,3%). Os principais destaques positivos vieram de alimentos e bebidas (6,6%) e de meios de transporte (4,5%).

Ainda no confronto mensal, Rio Grande do Sul (-8,8%), região Nordeste e Paraná (ambos com taxa de -2,6%) foram os locais que mais pressionaram negativamente o resultado global. Na indústria gaúcha, quatorze dos dezoito segmentos pesquisados reduziram as horas pagas, com destaque para os setores de calçados e artigos de couro (-20,4%), seguido por máquinas e equipamentos (-11,3%). Na região Nordeste, onze atividades apresentaram desempenho negativo, sobressaindo alimentos e bebidas (-2,9%), calçados e artigos de couro (-6,6%) e vestuário (-5,2%). Os segmentos de madeira (-22,7%) e de outros produtos da indústria de transformação (-17,6%) foram as principais influências negativas no Paraná. Por outro lado, São Paulo (2,2%) e Minas Gerais (3,6%) exerceram as maiores pressões positivas, com alimentos e bebidas e produtos de metal sendo os principais destaques. Os resultados destes segmentos foram, respectivamente, 16,6% e 9,0% na indústria paulista, e 7,5% e 14,7% na indústria mineira.

O indicador acumulado no ano registrou crescimento de 1,1%, com dez áreas e oito setores mostrando aumento do número de horas pagas. Os locais que exibiram os maiores incrementos no total do país foram São Paulo (2,3%), Minas Gerais (4,7%) e região Norte e Centro-Oeste (3,4%). Por outro lado, as pressões negativas mais relevantes vieram do Rio Grande do Sul (-6,9%) e Rio de Janeiro
(-1,9%). Setorialmente, sobressaíram as atividades de alimentos e bebidas (7,4%), meios de transporte (9,5%) e produtos de metal (6,3%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-11,9%) e madeira (-8,3%) foram as maiores contribuições negativas.

O índice acumulado nos últimos doze meses (1,6%) desacelera frente ao resultado de setembro (1,9%), mantendo a trajetória descendente observada desde junho (2,7%).



Valor da folha de pagamento caiu 1,6% em outubro

Em outubro, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria recuou 1,6% frente a setembro, descontadas as influências sazonais. Com este resultado, o indicador de média móvel trimestral apresentou ligeira queda (-0,3%) entre os trimestres encerrados em setembro e outubro. Nas demais comparações, os resultados continuam positivos: 2,5% em relação a outubro de 2004, 3,8% no acumulado no ano e 4,9% no acumulado nos últimos doze meses.



No confronto outubro 05/ outubro 04, a folha de pagamento real cresceu 2,5%, com taxas positivas em onze dos quatorze locais pesquisados. A maior contribuição para a formação da taxa global veio de São Paulo (1,7%), por conta, principalmente, de alimentos e bebidas (17,8%), produtos de metal (11,3%) e máquinas e equipamentos (4,6%). Minas Gerais, com a taxa mais elevada entre as áreas (8,5%), foi a segunda maior influência positiva, em função, sobretudo, dos ramos de produtos de metal (18,2%), meios de transporte (13,0%) e indústria extrativa (13,7%). Em sentido contrário, Rio Grande do Sul (-4,0%) foi o principal destaque negativo, principalmente devido ao setor de calçados e artigos de couro (-22,8%).

Em termos setoriais, ainda neste tipo de comparação, houve ganho real na folha de pagamento em doze dos dezoito setores industriais investigados. As maiores contribuições positivas vieram de alimentos e bebidas (11,7%), produtos químicos (5,9%) e máquinas e equipamentos (4,4%). Por outro lado, as principais pressões negativas foram observadas em meios de transporte (-4,5%) e calçados e artigos de couro (-14,1%).

O indicador acumulado no ano registrou expansão de 3,8%, com incremento em doze dos quatorze locais pesquisados. As influências positivas de maior destaque vieram de São Paulo (3,5%) e Minas Gerais (9,9%). Na indústria paulista, as maiores contribuições vieram de alimentos e bebidas (17,0%), meios de transporte (8,0%) e máquinas e equipamentos (7,9%), enquanto na indústria mineira foram produtos de metal (54,4%), metalurgia básica (7,8%) e meios de transporte (12,8%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-0,9%) e Pernambuco (-0,5%) foram as únicas áreas com queda na folha de pagamento por conta, respectivamente, de calçados e artigos de couro (-15,9%) e alimentos e bebidas (-5,5%). Ainda no indicador acumulado no ano, no total do país, houve ampliação na massa salarial em treze atividades. As contribuições positivas mais relevantes vieram de alimentos e bebidas (10,2%), meios de transporte (8,3%) e máquinas e equipamentos (7,7%), enquanto papel e gráfica (-5,9%), calçados e artigos de couro (-8,7%) e minerais não-metálicos (-5,5%) exibiram as maiores reduções na folha de pagamento.