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Em outubro, comércio variou 0,06% em volume e 0,29% em receita

Na passagem de setembro para outubro, a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE mostra que o varejo do País variou 0,06% no volume de vendas e 0,29% na receita nominal, na série com ajuste sazonal.

14/12/2005 07h31 | Atualizado em 14/12/2005 07h31

Na passagem de setembro para outubro, a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE mostra que o varejo do País variou 0,06% no volume de vendas e 0,29% na receita nominal, na série com ajuste sazonal. Nas demais comparações (séries sem ajustamento), as taxas para o volume de vendas foram de 3,74% em relação a outubro de 2004; 4,82% no acumulado do ano e 5,65% no acumulado dos últimos 12 meses. Já a receita nominal variou 7,80% sobre outubro de 2004; 10,70% no acumulado do ano e 11,65% no acumulado dos últimos 12 meses (Tabelas 1 e 2).



O resultado do volume de vendas na série com ajuste sazonal (0,06%), representa estabilidade no comércio varejista em relação ao mês anterior. Ainda neste indicador, calculado para quatro das oito atividades que compõem o comércio varejista, houve resultado positivo do volume de vendas somente em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 0,38%. As demais atividades registraram as seguintes taxas: -3,21% em Tecidos, vestuário e calçados; -0,44% em Móveis e eletrodomésticos; -2,33% em Veículos, motos, partes e peças e -2,01% para Combustíveis e lubrificantes (Tabela 1).

Na comparação com outubro de 2004, sete das oito atividades do varejo registraram crescimento no volume de vendas: 1,43% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 11,94% para Móveis e eletrodomésticos; 9,18% para Tecidos, vestuário e calçados; 8,86% em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 69,85% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 0,57% em Livros, jornais, revistas e papelaria e 16,45% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico.Combustíveis e lubrificantes, com -9,08%, apresentou variação negativa.

Na composição da taxa mensal de outubro para o volume de vendas do varejo, o maior impacto positivo ficou por conta da atividade de Móveis e eletrodomésticos, com variação de 11,94%. Mesmo com desempenho acima da média, o setor segue apresentando desaceleração no ritmo de crescimento. No acumulado do ano, a taxa de variação atingiu o patamar de 17,45% e nos últimos doze meses, 18,54%. O crédito, embora apresente redução no ritmo de crescimento nos últimos meses, ainda continua elevado em relação ao ano passado, o que justifica as altas taxas acumuladas pela atividade em 2005.

O segundo maior impacto no resultado de outubro foi do segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que variou 16,45% no volume de vendas em relação a outubro de 2004. Esta atividade engloba segmentos também sensíveis ao crédito do consumidor, como lojas de departamentos, óticas, artigos esportivos, brinquedos etc. No ano, a atividade acumula taxa de 14,37%.



A atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo responde pela terceira maior influência na formação da taxa global do varejo em outubro, com 1,43% de aumento no volume de vendas sobre outubro de 2004. Este resultado, ao mesmo tempo que manteve a seqüência de seis taxas mensais positivas, indica uma quebra de ritmo de crescimento da atividade frente a setembro (3,86% de variação). Esta desaceleração está em consonância com o comportamento anualizado do rendimento médio real do trabalho, cujas taxas vêm decrescendo nos últimos meses: de 3,7% em agosto, passa para 2,0% em setembro e chega a 1,8% em outubro (dados da PME). Nos indicadores acumulados do ano e dos últimos 12 meses, as taxas variaram 3,33% e 4,46%, respectivamente.

Ainda em relação a outubro 2004, o quarto maior impacto no resultado no varejo foi da atividade de Tecidos, vestuário e calçados (9,18%), que teve como influência a entrada da nova coleção (primavera-verão). No ano, a atividade acumula taxa de 5,06% e, nos últimos doze meses, 4,61%.

Com 8,86% de crescimento no volume de vendas sobre outubro de 2004, foi da atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria a quinta maior contribuição na taxa global. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, a atividade registrou aumento de 5,34%.

Frente a outubro de 2004, também tiveram resultados positivos as atividades de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (69,85%) e Livros, jornais revistas e papelaria (0,57%). No acumulado do ano, as variações foram de 47,45% para a primeira atividade e 1,92% para a segunda. A elevada taxa de crescimento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação é explicada pela valorização do real frente ao dólar, que vem tornando os produtos de informática (hardware e software) relativamente mais baratos, como já mencionado nos relatórios anteriores.

Em relação a outubro de 2004, o único resultado negativo do volume de vendas no comércio varejista foi de Combustíveis e lubrificantes, (-9,08%), que apresenta o décimo resultado negativo consecutivo da atividade. Esse comportamento é reflexo da alta nos preços dos combustíveis. Nos dez primeiros meses do ano, o segmento variou -7,26%, e nos últimos doze meses, -5,79%.

Regionalmente, 24 das 27 Unidades da Federação tiveram resultados mensais (out05/out04) positivos no volume de vendas. As maiores variações foram de Sergipe (45,89%); Tocantins (34,66%); Paraíba (28,67%); Rio Grande do Norte (23,73%); Maranhão (23,03%) e Piauí (22,41%). Em termos de contribuição para a composição da taxa, os destaques foram São Paulo (1,99%); Distrito Federal (16,86%); Rio de Janeiro (3,05%); Pernambuco (14,13%) e Ceará (17,80%).

Ainda em relação às Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas, na comparação mês/mês anterior revelam que 13 estados tiveram variações positivas e 14, negativas. As maiores taxas de crescimento foram de Sergipe (12,16%); Roraima (7,21%); Rondônia (6,37%); Alagoas (5,27%) e Espírito Santo (5,08%). Já Tocantins (-3,90%); Pará (-3,22%); Amapá (-1,68%); Paraíba (-1,44%) e Goiás (-1,42%) tiveram as principais quedas.

Na comparação com outubro de 2004, o comércio varejista ampliado (que engloba o varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção) variou 1,66% no volume de vendas e 6,13% na receita nominal de vendas. No acumulado do ano, as taxas de variação foram de 3,03% para o volume de vendas e de 10,26% na receita nominal.

Em relação ao volume de vendas, a atividade de Veículos, motos, partes de peças, que participa da composição do comércio varejista ampliado, cai 0,87% sobre outubro de 2004. No acumulado do ano, a atividade variou 1,49%, e nos últimos doze meses, 4,18%. Já o segmento de Material de construção cai 6,39% frente a outubro de 2004. No acumulado do ano, a atividade também apresenta variação negativa (-6,26%).

Por Unidades da Federação, ainda em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas vieram de Sergipe (35,82%); Tocantins (33,10%); Piauí (26,62%); Rio Grande do Norte (23,65%) e Pará (23,06%). Em termos de impacto no resultado global do setor, as maiores contribuições foram de Distrito Federal (18,07%); Pernambuco (18,29%); Espírito Santo (18,71%); Pará (23,06%) e Ceará (14,93%).