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IPCA-15 de novembro teve variação de 0,78%


O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,78% em novembro e ficou acima da taxa de 0,56% do mês anterior. No acumulado do ano, ficou em 5,48% e em 6,36% nos últimos 12 meses (de outubro de 2004 a novembro de 2005).

25/11/2005 07h31 | Atualizado em 25/11/2005 07h31

Transportes e alimentos foram responsáveis por 64% da taxa do mês.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,78% em novembro e ficou acima da taxa de 0,56% do mês anterior. No acumulado do ano, ficou em 5,48% e em 6,36% nos últimos 12 meses (de outubro de 2004 a novembro de 2005). Os preços para cálculo do mês foram coletados de 12 de outubro a 14 de novembro e comparados com os preços vigentes de 13 de setembro a 11 de outubro.

Transportes e alimentos, grupos que consomem quase a metade do conjunto de despesas das famílias, foram responsáveis por 64% do IPCA-15 do mês. Transportes, com variação de 1,31% e impacto de 0,29 ponto percentual, foi influenciado pelas passagens aéreas (13,21%), álcool (7,66%), ônibus urbanos (1,48%) e gasolina (1,26%).

Na gasolina, o resultado decorreu basicamente de Goiânia, onde o litro do combustível passou a custar 10,99% a mais, mostrando que os postos de distribuição repassaram com defasagem de tempo o reajuste ocorrido nas refinarias. em setembro. No caso do álcool, o resultado também foi puxado por Goiânia, onde chegou a aumentar 17,03%. Goiânia contribuiu ainda na elevação do grupo porque teve aumento de 20% nas passagens dos ônibus urbanos a partir do dia 12 de outubro. Além disso, o reajuste de 13% nas passagens dos ônibus, em vigor na região metropolitana de Salvador desde 1º de outubro, foi integralmente absorvido no índice de novembro.

No grupo alimentação e bebidas, a taxa de crescimento foi de 0,99% em razão, principalmente, dos alimentos ligados ao setor das proteínas. Os preços das carnes subiram 5,58% e foram a maior contribuição individual no mês (0,15 ponto percentual). Seguindo o comportamento das carnes, vieram aumentos na carne-seca (5,86%), peixes (2,07%) e frango (1,79%). Produtos in natura, como batata-inglesa (16,68%) e tomate (8,98%), também destacaram-se por fortes altas.

A energia elétrica, com 1,27% de aumento, também colaborou para elevar o IPCA-15. O resultado se deveu, principalmente, aos reajustes nas regiões metropolitanas de Fortaleza (7,48%) e Recife (15,78%). A variação de Fortaleza refletiu a maior parte do reajuste de 8,5%, de 8 de outubro. Em Recife, o reajuste foi aplicado integralmente no índice do mês, já que as contas ficaram 15,78% mais caras desde 14 de setembro.

Outros itens que influenciaram foram vestuário (1,15%), empregado doméstico (1,07%), recreação (1,07%), plano de saúde (1,01%) e condomínio (0,88%).

Entre as regiões pesquisadas, o maior resultado foi registrado em Goiânia (2,14%), onde os preços dos alimentos chegaram a ficar 2,30% mais caros, com a alta de 8,94% nas carnes e de 5,16% no frango. Além dos alimentos, foi expressivo o aumento em transportes (6,70%), grupo que concentrou 70% do índice do mês (1,49 ponto percentual). O menor IPCA-15 foi o de Porto Alegre (0,44%).



O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.