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Emprego na indústria cresceu 0,6% em setembro


Em setembro, o emprego industrial apresentou crescimento de 0,6% em relação a agosto, após queda de 0,2% no mês passado, na série livre de influências sazonais.

16/11/2005 07h31 | Atualizado em 16/11/2005 07h31

Em setembro, o emprego industrial apresentou crescimento de 0,6% em relação a agosto, após queda de 0,2% no mês passado, na série livre de influências sazonais. No confronto com setembro de 2004, não houve variação (0,0%). Nos indicadores para períodos mais abrangentes, os resultados permaneceram positivos, embora apontando trajetória declinante: 1,7% no acumulado do ano, contra 1,9% registrado em agosto; e 2,3% no acumulado nos últimos 12 meses, contra 2,6% do mês anterior. O número de pessoas ocupadas mostrou aumento de 0,4% no terceiro trimestre, em relação a igual período de 2004, mas foi 0,3% menor do que o trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente).

Com o aumento no índice mês/mês anterior, a tendência apontada pelo indicador de média móvel trimestral voltou a ser positiva: segundo o gráfico abaixo, há um ganho de 0,2% entre os trimestres encerrados em agosto e setembro.

 



No índice mensal (0,0%), nove das 14 áreas e nove dos 18 segmentos apresentaram taxas negativas. Rio Grande do Sul (-9,9%) e região Nordeste (-2,3%) contribuíram com as pressões mais relevantes no resultado geral. Por outro lado, as principais influências positivas vieram de São Paulo (2,7%) e Minas Gerais (3,5%). Em nível nacional, os ramos que participaram com os maiores impactos negativos foram calçados e artigos de couro (-15,7%) e madeira (-15,0%). Em sentido contrário, destacaram-se as contratações efetuadas em alimentos e bebidas (7,3%) e meios de transporte (6,1%).

No indicador acumulado no ano (1,7%), São Paulo (2,9%) e Minas Gerais (4,1%) representaram os principais impactos positivos entre os 10 locais em que se observou aumento do emprego. Os destaques negativos permaneceram com o Rio Grande do Sul (-5,6%) e Rio de Janeiro (-1,1%). Setorialmente, no total do País, alimentos e bebidas (7,4%) e meios de transporte (10,4%) foram os ramos com participações mais relevantes entre os 11 que cresceram, em oposição às influências negativas vindas de calçados e artigos de couro (-11,1%) e madeira (-6,9%).

Em bases trimestrais, o emprego industrial vem sustentando resultados positivos há seis trimestres consecutivos, com taxas declinantes em 2005: 2,6% no primeiro trimestre de 2005, 2,0% no segundo e uma desaceleração mais acentuada no terceiro (0,4%). A perda de dinamismo observada na passagem do segundo para o terceiro trimestre atingiu 13 dos 14 locais e 14 das 18 atividades pesquisadas, destacadamente, em calçados e artigos de couro (de -10,9% para -15,3%), meios de transporte (de 10,7% para 7,2%) e têxtil (de 2,1% para -1,4%).

Também fica evidente a redução nos indicadores de emprego e do número de horas pagas na comparação com o trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente), acompanhando a perda de dinamismo observada na produção industrial.

 



Número de horas pagas cresceu 0,2% na passagem de agosto para setembro

Em setembro, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria registrou variação positiva de 0,2% em relação a agosto, descontados os efeitos sazonais. Mesmo com crescimento no índice mês/mês anterior pelo segundo mês consecutivo, a média móvel trimestral permaneceu apontando recuo: -0,2% entre os trimestres encerrados em agosto e setembro.

 



A comparação com igual mês do ano anterior mostrou redução de 0,9%, enquanto os indicadores para períodos mais abrangentes apresentaram crescimento: 1,2% no acumulado no ano e 1,9% no acumulado nos últimos doze meses. No terceiro trimestre houve estabilidade em relação a igual período de 2004 (0,1%).

Em relação a setembro de 2004, a retração de 0,9% refletiu, sobretudo, o desempenho negativo de 10 dos 14 locais e 11 das 18 atividades pesquisadas. Setorialmente, as principais quedas vieram das indústrias de calçados e artigos de couro (-16,5%), madeira (-15,4%) e borracha e plástico (-6,0%). Por outro lado, alimentos e bebidas (6,4%) e meios de transporte (6,0%) foram os impactos positivos mais importantes no resultado geral.

Ainda na comparação mensal, os locais que exerceram as principais pressões negativas no cômputo geral foram Rio Grande do Sul (-10,9%), região Nordeste (-4,1%) e Paraná (-1,7%). Por outro lado, São Paulo (1,6%) e Minas Gerais (4,3%) exerceram as principais contribuições positivas.

A desaceleração no ritmo de crescimento do número de horas pagas é observada ao longo de 2005, sendo mais acentuada na passagem do segundo (1,6%) para o terceiro trimestre (0,1%). Este movimento está presente na maior parte (14) dos 18 setores pesquisados, valendo citar os resultados de calçados e artigos de couro, que passou de -10,5% para -15,3%; madeira (de -8,4% para -13,7%) e têxtil (de 2,9% para -1,3%).

No indicador acumulado no ano, o número de horas pagas cresceu 1,2%, com 10 áreas e oito setores registrando taxas positivas. Por local, os maiores impactos vieram de São Paulo (2,3%), Minas Gerais (4,8%) e região Norte e Centro-Oeste (3,6%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-6,7%) e Rio de Janeiro (-2,0%) foram os que mais influenciaram negativamente. Em termos setoriais, os principais aumentos no total do País vieram de alimentos e bebidas (7,5%), meios de transporte (10,0%) e produtos de metal (6,3%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-11,7%) e madeira (-7,5%) representaram as maiores contribuições negativas.

Valor da folha de pagamento caiu 1,3% em relação a agosto

Em setembro, o valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, na série livre de influências sazonais, recuou 1,3% em relação ao mês passado, revertendo o crescimento assinalado entre julho e agosto (1,9%). Mesmo com a queda deste mês, o indicador de média móvel trimestral permaneceu estável entre os trimestres encerrados em agosto e setembro (0,1%).

 



Nos demais indicadores, os resultados continuaram positivos: 3,7% em relação a setembro de 2004, 3,9% no terceiro trimestre em comparação com igual período do ano anterior, 4,0% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses (5,5%) mostrou ligeira desaceleração em relação a agosto (6,0%).

No confronto setembro 05/ setembro 04, a folha de pagamento real teve crescimento de 3,7%, com taxas positivas em 10 dos 14 locais pesquisados. A principal contribuição para a formação desta taxa veio de São Paulo (4,1%), seguido de Minas Gerais (9,7%). Em termos setoriais, houve aumento real na folha de pagamento em 12 dos 18 ramos investigados. No total do país, as maiores influências positivas vieram de alimentos e bebidas (11,2%), máquinas e equipamentos (8,0%) e meios de transporte (5,9%). Em sentido oposto, as principais pressões negativas foram observadas em calçados e artigos de couro (-14,9%) e papel e gráfica (-5,1%).

O valor real da folha de pagamento reduziu o ritmo de crescimento na passagem do segundo (4,2%) para o terceiro trimestre (3,9%) deste ano, ambas as comparações relativas a iguais trimestres de 2004. Este movimento foi observado em somente cinco dos 14 locais pesquisados, principalmente devido ao Rio de Janeiro, que passou de 14,6% para 0,3%.

No terceiro trimestre de 2005, em relação a igual período do ano passado, 13 áreas expandiram o valor da folha de pagamento, valendo citar as maiores taxas de Minas Gerais (9,2%), Espírito Santo (8,8%), região Norte e Centro-Oeste (4,9%) e São Paulo (4,5%). Em termos setoriais, 12 dos 18 segmentos apresentaram resultados positivos, sendo os mais relevantes, em termos de participação, os de alimentos e bebidas (12,2%), meios de transporte (7,2%) e máquinas e equipamentos (7,3%).

No indicador acumulado no ano (4,0%), houve aumento em 12 dos 14 locais pesquisados. Assim como no indicador mensal, as maiores contribuições positivas vieram de São Paulo (3,7%) e Minas Gerais (10,0%). Setorialmente, houve ampliação na massa salarial em 13 das 18 atividades. As principais contribuições positivas vieram de alimentos e bebidas (10,0%), meios de transporte (9,8%) e máquinas e equipamentos (8,1%), enquanto papel e gráfica (-6,6%) e calçados e artigos de couro (-8,0%) representaram as maiores contribuições negativas.

As tabelas abaixo resumem os resultados trimestrais: