Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA teve variação de 0,75% em outubro


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de outubro teve variação de 0,75% e mais do que dobrou em relação à taxa de 0,35% de setembro.Com o resultado, o IPCA passou a acumular 4,73% neste ano ...

10/11/2005 07h31 | Atualizado em 10/11/2005 07h31

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de outubro teve variação de 0,75% e mais do que dobrou em relação à taxa de 0,35% de setembro.Com o resultado, o IPCA passou a acumular 4,73% neste ano, percentual inferior ao de 5,95% registrado em igual período de 2004. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 6,36%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,04%). Em outubro de 2004, a taxa mensal havia sido de 0,44%.

Com impacto de 0,18 ponto percentual, a gasolina se manteve na liderança dos principais impactos individuais no IPCA. O consumidor passou a pagar 4,17% a mais, em média, por litro do combustível, reflexo, nas bombas, de parte do reajuste de 10% ocorrido em setembro nas refinarias. Mesmo com maior alta e, portanto, maior impacto, a gasolina foi responsável por parcela mais reduzida do IPCA de outubro (24%) em relação ao de setembro (40%). Isso porque, em outubro, outros itens também tiveram aumentos fortes, como o álcool combustível, cujos preços cresceram 10,48%.

Além dos combustíveis, as passagens aéreas (11,06%) e os ônibus urbanos (1,10%) fizeram a despesa com transportes subir 2,21% no mês, a maior alta de todos os grupos pesquisados, detendo 0,49 ponto percentual, ou seja, 65% do IPCA. Nos ônibus urbanos, o aumento médio de 1,10% nas passagens se deve às regiões de Salvador (11,33%) e Goiânia, (10,00%). Outros destaques no grupo ficaram com os itens conserto de automóvel (1,55%), seguro voluntário (1,20%) e automóveis usados (1,12%).

Ainda entre os produtos não-alimentícios (passaram de 0,52% em setembro para 0,88% em outubro), merecem destaque os salários dos empregados domésticos (alta de 1,12%, após 1,82% em setembro), que continuaram mostrando reflexos do aumento do salário-mínimo, em maio, de R$ 260 para R$ 300. Os artigos de vestuário passaram de 0,19% (setembro) para uma alta de 0,72% em outubro, indicando plena comercialização da coleção primavera-verão. Outros itens que tiveram influência sobre a taxa do mês foram os serviços de plano de saúde (0,95%), recreação (0,85%) e condomínio (0,81%).

No caso dos alimentos, houve quebra na trajetória de queda observada por quatro meses consecutivos, e a alta foi de 0,27%. A queda de 0,25% de setembro, menor na comparação com os três meses anteriores, tendia a mostrar uma inversão na direção dos resultados, como mostra a tabela.



No mês de outubro, o consumidor passou a pagar 4,20% a mais pelo quilo da carne e 3,90% pelo frango. Em período de entressafra, a crise na pecuária bovina propiciou aumentos nos preços do setor. O preço da carne chegou a ficar 6,64% mais caro em Recife, enquanto em Curitiba o aumento foi bem menor, de 0,90%. Já o frango teve maior alta justamente em Curitiba (6,04%), enquanto em Belém ficou mais barato em 1,47%. Alguns produtos, como o tomate (5,82%) e açúcar cristal (1,54%), também se destacaram pela alta de preços.

No entanto, mesmo com o grupo dos alimentos crescendo de um mês para o outro, vários deles mostraram queda. É o caso do feijão carioca (-8,09%), alho (-6,85%), batata (-6,57%), ovos (-3,56%) e arroz (-3,06%).

IPCA por região pesquisada

Os maiores índices foram registrados em Salvador (1,26%) e Goiânia (1,08%), ambos influenciados pelas passagens dos ônibus urbanos, cujos impactos foram 0,73 e 0,30 ponto percentual respectivamente. Na região metropolitana de Salvador, foi apropriada a parcela de 11,33%, decorrente do reajuste de 1º de outubro. Em Goiânia, a parcela de 10% também refletiu parte do reajuste de outubro.

Os menores índices ficaram com o Rio de Janeiro (0,34%) e Belém (0,38%).



O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas, o município de Goiânia e Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 27 de setembro a 26 de outubro (referência) com aqueles vigentes entre 26 de agosto e 26 de setembro (base).

INPC variou 0,58% em outubro

Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,58%, quase três vezes mais do que a taxa de setembro (0,15%).

A aceleração é atribuída, entre outros fatores, ao aumento nos preços dos produtos alimentícios, que detêm a maior parcela da despesa das famílias. Os alimentos ficaram 0,28% mais caros em outubro, enquanto, em setembro, tinham passado a custar 0,45% menos. As passagens dos ônibus urbanos, também importantes na despesa das famílias, ficaram 1,67% mais caras em razão dos reajustes ocorridos em Salvador e Goiânia.

Com o resultado de outubro, o INPC acumulou 4,07% no ano, abaixo dos 4,77% registrados em igual período de 2004. Nos últimos 12 meses, o índice situou-se em 5,42%, superior aos 12 meses imediatamente anteriores (4,99%). Em outubro de 2004, o INPC havia registrado variação de 0,17%.

O INPC é calculado desde 1979, se refere às famílias com rendimento de 01 a 08 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas, o município de Goiânia e Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 27 de setembro a 26 de outubro (referência) com aqueles vigentes entre 26 de agosto e 26 de setembro (base).

Os maiores índices regionais foram registrados em Salvador (1,49%) e Recife (1,26%). Os menores resultados ficaram com o Rio de Janeiro (0,16%) e Belém (0,19%). A tabela abaixo contém os resultados por região pesquisada.