Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Desocupação em setembro foi de 9,6%


A taxa de desocupação de setembro ficou em 9,6%, depois de ter se mantido por três meses consecutivos em 9,4%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE.A variação de 0,2 ponto percentual em relação a agosto não foi estatisticamente ...

26/10/2005 07h31 | Atualizado em 26/10/2005 07h31

Na comparação com agosto de 2005, verificou-se estabilidade no rendimento médio real habitual dos trabalhadores do grupamento de atividades serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira. Foi observada alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores dos seguintes grupos: comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (2,0%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (0,6%); serviços domésticos (1,9%) e outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) (1,3%). Houve queda no rendimento médio real habitual na indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (-2,7%) e construção (-2,5%);

Já no confronto com setembro de 2004, foi verificada alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (1,8%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (5,7%); serviços domésticos (8,2%); e outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) (5,0%). Houve queda no rendimento médio real habitual para os trabalhadores na construção (-2,0%); em serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (-0,5%) e educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (-1,0%).

 

___________________________________

1Proporção de pessoas economicamente ativas em relação à população em idade ativa.

2Proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa.

3Não estavam trabalhando, estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência e tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa.

4Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor público.

5Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor público.

6Rendimento habitualmente recebido.

A taxa de desocupação de setembro ficou em 9,6%, depois de ter se mantido por três meses consecutivos em 9,4%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE. A variação de 0,2 ponto percentual em relação a agosto não foi estatisticamente significativa, o que contribuiu para um quadro de estabilidade no mercado de trabalho. Em relação a setembro de 2004, a taxa de desocupação caiu cerca de 1,3 ponto percentual.

Depois de três meses em elevação, o rendimento do trabalhador, estimado em R$ 974,90, também se manteve estável em relação a agosto (quando foi de R$ 974,96). Para tanto, a queda ocorrida na região metropolitana de São Paulo (-1,2%) foi preponderante, embora esse indicador tenha apresentado alteração positiva em quase todas as demais áreas pesquisadas.



A PME, realizada nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre, registrou ainda aumento na taxa de atividade 1 (57,0% em setembro frente a 56,5% em agosto). No confronto com setembro do ano passado, esse indicador teve queda (-0,8 ponto percentual) em decorrência principalmente da redução no contingente de desocupados.

De agosto para setembro, a PME verificou, no agregado das seis regiões, a entrada de aproximadamente 175 mil trabalhadores na força de trabalho. Esse contingente não foi suficiente, entretanto, para movimentar o nível da ocupação 2 (51,5%), que permaneceu estável.

A região metropolitana de Belo Horizonte foi a única a apresentar aumento significativo na estimativa dos ocupados (2,6%). Nessa região, o contingente de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada apresentou variação de 10,9% em setembro, cerca de 28 mil trabalhadores.

O Rio de Janeiro se destacou nesta edição da pesquisa por apresentar aumento do trabalho formal de 4,0%, ou seja, cerca de 72 mil trabalhadores a mais com carteira de trabalho assinada.

TAXA DE DESOCUPAÇÃO

Como dito anteriormente, em setembro, a taxa de desocupação para o total das seis regiões pesquisadas foi estimada em 9,6%, resultado que aponta estabilidade em relação a agosto (9,4%). Em relação a setembro de 2004, quando a taxa foi de 10,9%, registrou-se retração de -1,3 ponto percentual.

Regionalmente, na comparação com agosto de 2005, o aumento do número de pessoas desocupadas, associado à estabilidade no contingente de ocupados, culminou em elevação da taxa de desocupação em Recife (de 13,4% para 15,0%) e Porto Alegre (de 7,6% para 8,4%). Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade

Na comparação com setembro do ano passado, apresentaram movimentação significativa na taxa de desocupação as regiões metropolitanas de Recife (de 12,4% para 15,0%), Belo Horizonte (de 10,2% para 8,1%), Rio de Janeiro (de 8,8% para 7,4%) e São Paulo (de 11,7% para 9,7%). Já nas regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre o quadro foi de estabilidade.

O quadro a seguir mostra a evolução da taxa de desocupação por região metropolitana.



PESSOAS DESOCUPADAS (PD) 3

O contingente de desocupados (2,1 milhões) ficou estável em relação a agosto de 2005. Na comparação com setembro de 2004, foi registrada queda de 10,9%.

No âmbito regional, comparando-se setembro com agosto, foram verificadas alterações nas regiões metropolitanas de Recife (13,7%) e Porto Alegre (12,3%). No confronto com setembro de 2004, foi registrado crescimento no contingente de desocupados em Recife (23,9%), enquanto Belo Horizonte (-19,4%), Rio de Janeiro e São Paulo (-16,5%) tiveram queda. Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade.

A maioria dos desocupados em setembro de 2005 continuou sendo de mulheres: 56,1% do total, a maior participação nesse mês desde 2002. Em setembro de 2004, as mulheres representavam 55,6% da população desocupada; em 2003, a proporção era de 55,8%; e em setembro de 2002, 53,2%.

Na divisão por faixa etária, entre os desocupados, 7,9% tinham de 15 a 17 anos; 39,3%, entre 18 e 24 anos; 46,1%, de 25 a 49 anos; e 6,1%, 50 anos ou mais.

Dos desocupados em setembro, 20,4% estavam em busca de seu primeiro trabalho e 26,3% eram os principais responsáveis pela família. Com relação ao tempo de procura, 23,3% estavam em busca de trabalho por um período não superior a 30 dias; 42,6%, por um período de 31 dias a 6 meses; 10,9%, por um período de 7 a 11 meses; e 23,2%, por um período de pelo menos 1 ano.

Quanto à escolaridade, a PME de setembro mostrou que 45% dos desocupados tinham pelo menos o ensino médio concluído. Foi a maior percentagem nesse mês desde 2002, quando 37% dos desocupados haviam concluído ao menos o ensino médio – em 2003, a proporção era de 40,0%; e em setembro de 2004, 43,4%.

POPULAÇÃO OCUPADA (PO)

O contingente de ocupados, estimado em 20,1 milhões em setembro de 2005, apresentou elevação de 0,9% na comparação com agosto (19,9 milhões). No confronto com setembro de 2004, foi observado crescimento de 2,3%, ou seja, aumento de 446 mil pessoas.

No recorte regional, na comparação com agosto, só a região metropolitana de Belo Horizonte apresentou elevação significativa (2,6%). No confronto com setembro do ano passado, foi registrado incremento nas regiões metropolitanas de Salvador (3,1%), Belo Horizonte (3,2%), São Paulo (3,5%) e Porto Alegre (2,7%). Nas demais, o quadro foi de estabilidade para esse indicador.

Considerando o nível da ocupação (51,5%), os resultados mostraram estabilidade no mercado de trabalho em ambas as comparações (setembro/agosto e setembro/setembro 2004). Em nível regional, no confronto mensal, a estabilidade só não foi registrada na região metropolitana de Belo Horizonte, que apresentou variação de 1,2 ponto percentual. Em relação a setembro de 2004, registrou-se estabilidade em todas as áreas.

A taxa de ocupação (população ocupada/população economicamente ativa), estimada em 90,4%, não apresentou alteração na comparação com agosto. No confronto com setembro de 2004, foi observada elevação de 1,3 ponto percentual.

Em setembro deste ano, os homens representavam 56,2% da população ocupada; e as mulheres, 43,8%. Dos ocupados, 63,6% tinham de 25 a 49 anos, e o percentual de pessoas ocupadas com 11 anos ou mais de estudo era de 50,4%.

Em relação ao tamanho dos empreendimentos, a PME de setembro mostra que 56,2% da população ocupada trabalhava em empreendimentos com 11 ou mais pessoas. Nos empreendimentos de seis a dez pessoas, a proporção era de 6,3%; enquanto que, para aqueles com no máximo cinco pessoas, a proporção era de 37,5%. Segundo a pesquisa, 47,0% dos ocupados cumpriam, em setembro, uma jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais, e cerca de 34,9% trabalhavam mais de 45 horas semanais. Em média, 67,2% dos trabalhadores nas seis regiões pesquisadas estavam no mesmo trabalho havia pelo menos dois anos; 11,0%, entre um ano e menos de dois anos; 19,6%, entre um mês e um ano; e apenas 2,2% estavam no mesmo trabalho havia menos de 1 mês.

CONSTRUÇÃO REGISTRA ENTRADA DE 88 MIL TRABALHADORES

  • Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (17,7% da PO). No total das seis regiões, nas comparações mensal e anual, os ocupados desse grupamento apresentaram estabilidade. Na comparação mensal, houve alteração significativa em Belo Horizonte (5,5%). Frente a setembro de 2004, só em São Paulo foi observada alteração (6,1%).

  • Construção (7,2% da PO). Nas seis regiões, os ocupados desse grupamento apresentaram estabilidade na comparação com agosto de 2005. No confronto com setembro de 2004, houve a entrada de 88 mil trabalhadores, um aumento de cerca de 6,5%. Não foi verificada alteração significativa em nenhuma das regiões pesquisadas em relação a agosto, mas, no enfoque anual, o Rio de Janeiro teve 10,7% de aumento, ou cerca de 37 mil trabalhadores a mais.

  • Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (19,4% da PO). Esse grupamento de atividades manteve-se estável em ambas as comparações (mensal e anual). No confronto anual, Porto Alegre registrou crescimento de 12,4%, aproximadamente 38 mil trabalhadores .

  • Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (14,4% da PO). Esse grupo também manteve-se estável em relação a agosto, mas variou significativamente (6,3%) na comparação com setembro de 2004. Nenhuma região apresentou movimentação na comparação mensal, já no confronto anual apenas o Rio de Janeiro registrou aumento (7,2%).

  • Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (15,6% da PO). Não foi registrada alteração significativa para o total das seis regiões em nenhuma das duas comparações. Não seria diferente na esfera regional, não fosse a região metropolitana de Salvador apresentar aumento de 13,1% na comparação com setembro de 2004.

  • Serviços domésticos (8,3% da PO). Não foi verificada variação significativa em ambas as comparações. No âmbito regional, no confronto com agosto, o quadro foi de estabilidade, já na comparação anual houve alteração em São Paulo (12,7%).

  • Outros serviços - alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais (16,9% da PO). Foi observada, para o total das seis áreas, estabilidade em ambas as comparações (mensal e anual). No recorte regional, a única alteração foi em Salvador: queda de 8,7% na comparação com setembro de 2004.

EMPREGO COM CARTEIRA ASSINADA CRESCE EM RELAÇÃO A 2004

Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado4 (40,2% da PO).

Em relação a agosto de 2005, o contingente de trabalhadores com carteira de trabalho assinada ficou estável. Frente a setembro de 2004, houve crescimento de 5,8%, ou seja, aumento de cerca de 440 mil pessoas. Na análise regional, na comparação mensal, houve alteração apenas na região metropolitana do Rio do Janeiro (4,0%). Frente a setembro de 2004, registrou-se variação em São Paulo (7,7%) e Porto Alegre (7,8%).

Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado 5(15,4% da PO).

Essa estimativa manteve-se estável em ambas as comparações (mensal e anual). Na esfera regional, na comparação com agosto de 2005, houve aumento apenas em Belo Horizonte (10,9%). Frente a setembro de 2004, registrou-se variação nas regiões metropolitanas de Salvador (13,7%) e Belo Horizonte (-8,6%).

Trabalhadores por conta própria (19,6% da PO).

Não foi verificada alteração no agregado das seis regiões em nenhuma das comparações. Só no confronto anual houve variação nas regiões metropolitanas de Salvador (-8,1%) e Belo Horizonte (8,5%).

RENDIMENTO MÉDIO REAL 6

O quadro a seguir mostra a evolução do rendimento médio real habitual da população ocupada, por região metropolitana.

 



Depois de três meses em elevação, o rendimento do trabalhador apresentou estabilidade em setembro, na comparação com agosto (R$ 974,90 frente a R$ R$ 974,96). Na comparação com setembro de 2004, o quadro de recuperação se manteve (2,0%). Embora o rendimento tenha crescido em quase todas as áreas pesquisadas, a queda de 1,2% na região metropolitana de São Paulo foi preponderante, acarretando a estabilidade no indicador geral.

A análise regional, na comparação mensal, mostra um quadro de recuperação em quatro das regiões investigadas: Recife (6,9%), Salvador (3,3%), Belo Horizonte (0,4%) e Porto Alegre (1,0%). No Rio de Janeiro, houve estabilidade.

O confronto com setembro de 2004 aponta recuperação no poder de compra dos trabalhadores nas regiões metropolitanas de Recife (9,2%), Salvador (7,9%), Belo Horizonte (0,6%), Rio de Janeiro (1,7%) e São Paulo (1,1%). Em Porto Alegre, o quadro foi de estabilidade.

Rendimento das categorias de posição na ocupação (comparação MENSAL).

Para o total das seis regiões, registrou-se queda de 1,4% no rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, de R$ 992,29 em agosto para R$ 978,80 em setembro. Apenas as regiões metropolitanas de Belo Horizonte (-1,2%) e São Paulo (-3,1%) tiveram perda nessa categoria, as demais apresentaram recuperação: Recife (0,7%), Salvador (4,9%), Rio de Janeiro (0,8%) e Porto Alegre (1,7%).

Houve queda de 4,7% também no rendimento dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, cuja média passou de R$ 644,56 em agosto para R$ 614,10 em setembro. Apenas na região metropolitana de Salvador foi registrado ganho no rendimento dessa categoria (1,6%). Nas demais áreas, o quadro foi de perda: Recife (-2,3%), Belo Horizonte (-10,3%), Rio de Janeiro (-3,1%), São Paulo (-4,6%) e Porto Alegre (-5,0%).

Foi registrada recuperação de 3,5% no rendimento para os trabalhadores por conta própria, que subiu de R$ 773,40 para R$ 800,10 entre agosto e setembro. Todas as regiões tiveram ganho: Recife (9,6%), Salvador (5,2%), Belo Horizonte (2,8%), Rio de Janeiro (4,1%), São Paulo (1,7%) e Porto Alegre (3,5%).

Rendimento das categorias de posição na ocupação (comparação ANUAL).

Para as seis regiões, registrou-se estabilidade no rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada. Os trabalhadores das regiões metropolitanas de São Paulo e Porto Alegre tiveram queda no rendimento (-1,6% e -0,6%, respectivamente), enquanto os das regiões de Recife (4,0%), Salvador (4,6%), Belo Horizonte (2,1%) e Rio de Janeiro (2,2%) tiveram ganhos.

Houve recuperação de 1,3% para os empregados sem carteira de trabalho assinada, com o rendimento médio passando de R$ 606,16 em setembro de 2004 para R$ 614,10 no mesmo mês de 2005. Tiveram queda no rendimento os trabalhadores das regiões metropolitanas de Recife (-8,7%), Belo Horizonte (-2,3%) e Porto Alegre (-0,6%). Já para os das regiões de Salvador (5,1%), Rio de Janeiro (1,7%) e São Paulo (2,7%) foram registrados ganhos.

Foi observada recuperação de 6,7% também para os trabalhadores por conta própria, cujo rendimento médio passou de R$ 749,66 para R$ 800,10. Todas as regiões registraram ganhos: Recife (12,4%), Salvador (12,9%), Belo Horizonte (9,1%), Rio de Janeiro (5,5%), São Paulo (5,0%) e Porto Alegre (5,5%).

O quadro a seguir mostra as variações do rendimento médio real habitual da população ocupada, segundo os grupamentos de atividade.