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Vendas do comércio caem 0,38% em agosto

A Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE detectou variações de – 0,38% no volume de vendas e de – 0,32% na receita nominal de vendas no comércio varejista do País...

14/10/2005 06h31 | Atualizado em 14/10/2005 06h31

A Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE detectou variações de – 0,38% no volume de vendas e de – 0,32% na receita nominal de vendas no comércio varejista do País, em relação a julho de 2005, na série com ajuste sazonal.

Em agosto de 2005 o comércio varejista apresentou taxas de variação ligeiramente negativas: –0,38% para o volume de vendas e –0,32% na receita nominal, na relação mês/mês anterior com ajuste sazonal. Nas demais comparações, sem ajustamento sazonal, o volume de vendas cresceu 6,47% sobre agosto de 2004, acumulando 4,86% no ano e 6,30% nos últimos 12 meses. Já a receita nominal cresceu 9,98% sobre igual mês de 2004, acumulando 11,27% no ano e 12,50% nos últimos 12 meses (Tabelas 1 e 2).

 



A queda de 0,38% no volume de vendas foi a primeira dos últimos seis meses na série com ajuste sazonal. Calculado para quatro das oito atividades que compõem o comércio varejista, o volume de vendas foi negativo apenas em Tecidos, vestuário e calçados (–2,37%). Como mostra a tabela 1, os resultados das demais atividades foram: Combustíveis e lubrificantes (1,42%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,53%) e Móveis e eletrodomésticos (0,03%).

Em relação a agosto de 2004, o volume de vendas cresceu em sete das oito atividades do varejo: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,07%); Móveis e eletrodomésticos (16,61%); Tecidos, vestuário e calçados (10,51%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,78%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (63,76%); Livros, jornais, revistas e papelaria (6,45%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (16,31%). A única queda foi em Combustíveis e lubrificantes (-5,96%).

O maior impacto positivo sobre a taxa mensal de agosto para o volume de vendas do varejo continuou vindo da atividade Móveis e eletrodomésticos, que vem tendo desempenho acima da média, beneficiado pelas condições favoráveis do crédito direto ao consumidor e pelos empréstimos pessoais consignados em folha. Suas variações acumuladas, embora venham se reduzindo nos últimos meses, atingiram, em agosto, 18,86% no ano e de 19,84% nos últimos 12 meses.

Com alta de 4,07% em relação a agosto de 2004, a atividade Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo exerceu a segunda maior contribuição ao crescimento do varejo. Este resultado foi influenciado pela estabilidade no nível de ocupação e pelo aumento no rendimento médio real dos trabalhadores, pelo terceiro mês consecutivo, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. Os acumulados no ano e nos últimos 12 meses foram 3,44% e 5,59%, respectivamente.

A alta de 16,31% no volume de vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico foi o terceiro maior impacto positivo sobre o varejo, em agosto. Tal atividade também é sensível ao crédito, por englobar lojas de departamento, ótica, artigos esportivos, brinquedos etc. Seu volume de vendas acumulado no ano (13,76%) superou a média do varejo.

Ainda em relação a agosto 2004, o quarto maior impacto sobre comércio varejista coube à atividade de Tecidos, vestuário e calçados (10,51%), influenciado pelas liquidações de final de estação. Os resultados acumulados no ano e nos 12 meses foram 3,77% e 3,25%, respectivamente.

A atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação teve alta de 63,76% em relação a agosto de 2004 e acumulou 43,60% no ano. Tais resultados são basicamente explicados pela valorização do real frente ao dólar, que vem tornando os produtos de informática relativamente mais baratos, como mostra o Índice de Preços ao Consumidor Amplo do IBGE, que acumula queda de 5,20% no ano (janeiro-agosto) para o subitem Microcomputador.

A única queda em volume de vendas, na relação com agosto de 2004, coube a Combustíveis e lubrificantes (–5,96%), a oitava consecutiva da atividade. A elevação dos preços dos combustíveis bem acima da média (8,10% em 12 meses, segundo IPCA) vem provocando a racionalização do consumo destes produtos. O segmento acumula quedas no ano (-6,97%) e em 12 meses (-3,94%).

Ainda em relação a agosto de 2004, houve alta no volume de vendas de vinte e quatro das 27 Unidades da Federação, com destaque para Tocantins (49,40%); Paraíba (38,59%); Piauí (34,92%); Maranhão (30,47%); Sergipe (29,66%); e Amazonas (26,23%). As maiores contribuições sobre a taxa do varejo vieram de São Paulo (4,10%), Rio de Janeiro (4,46%), Bahia (11,45%), Minas Gerais (5,04%); Pernambuco (16,80%) e Ceará (23,44%).

Varejo ampliado cresce 5,47% em relação a agosto de 2004

Para o Comércio varejista ampliado (varejo e as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção) houve alta de 5,47% no volume de vendas e de 10,60% na receita nominal de vendas, em relação a agosto de 2004. No ano, o setor acumulou 3,35% (volume) e 11,35% (receita).

Ainda no varejo ampliado, o volume de vendas da atividade de Veículos, motos, partes de peças cresceu 5,42% sobre agosto de 2004, após sofrer queda em julho (-4,71%). Os acumulados no ano e em 12 meses foram 2,30% 6,54%, respectivamente. Já o segmento de Material de construção teve queda (–2,91%) em relação a agosto de 2004 e no acumulado do ano (–5,54%).

 



Ainda em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho em volume de vendas ocorreram no Alagoas (50,31%); Tocantins (40,04%); Piauí (39,26%); Acre (36,315%); Paraíba (30,54%); e Pará (29,34%). As maiores contribuições sobre a taxa global vieram de São Paulo (3,12%); Pernambuco (20,36%); Bahia (12,00%); Rio de Janeiro (3,73%) e Distrito Federal com 15,83%.

Na série com ajuste sazonal, houve altas no volume de vendas em vinte e duas Unidades da Federação, destacando-se Amazonas (4,99%); Alagoas (4,00%); Amapá (3,59%) e Paraíba (3,55%). As maiores quedas foram no Paraná (-3,66%), em Santa Catarina (-3,18%) e no Rio Grande do Sul (-1,92%).