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Produção industrial cresce 1,1% em agosto

Taxa voltou a ser positiva, após cair 1,9% em julho. A indústria também cresceu 3,8% em relação a agosto de 2004, acumulando 4,3% no ano e 5,1% nos últimos doze meses.

06/10/2005 06h31 | Atualizado em 06/10/2005 06h31

Taxa voltou a ser positiva, após cair 1,9% em julho. A indústria também cresceu 3,8% em relação a agosto de 2004, acumulando 4,3% no ano e 5,1% nos últimos doze meses

Em agosto, a produção industrial cresceu 1,1% frente a julho, já descontadas as influências sazonais. No confronto com agosto de 2004 o aumento foi de 3,8%. A indústria acumulou 4,3% no ano (em relação ao mesmo período do ano anterior), repetindo a taxa obtida em julho. Nos últimos doze meses, o acumulado ficou em 5,1%, menor que o de julho (5,9%).

Após a queda de 1,9% em julho, o crescimento de 1,1% em agosto fez a produção industrial voltar a se aproximar do nível recorde atingido em junho passado. Dos vinte e três ramos ajustados sazonalmente, onze cresceram, e os principais impactos positivos vieram de: fumo (25,1%), farmacêutica (6,2%), máquinas e equipamentos (3,2%), refino de petróleo e produção de álcool (2,4%) e bebidas (5,8%).

O significativo crescimento da indústria fumageira deveu-se ao processamento do item fumo em folha num período atípico do ano. Já as principais influências negativas de agosto foram celulose e papel (-5,7%), alimentos (-1,4%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-3,2%).

Ainda na comparação com julho, o segmento de bens de capital alcançou em agosto a taxa mais elevada (3,1%) entre as categorias de uso, depois de cair 7,1% em julho. Com uma variação de 0,1% o setor de bens intermediários se manteve estável em relação a julho e praticamente não reverteu a queda ocorrida de junho para julho (-1,9%). A produção de bens duráveis, que já caíra em julho (-6,4%) foi o único segmento de agosto em queda (-1,7%), enquanto bens de consumo semiduráveis e não duráveis (1,6%) cresceu acima da média global da indústria.

Em relação a agosto de 2004, bens de consumo duráveis (13,0%) cresceu acima da média (3,8%)

O desempenho da indústria em relação ao mesmo mês do ano anterior (3,8%), que se mantém positivo há dois anos, foi parcialmente influenciado por um maior número de dias úteis em agosto de 2005. Quinze dos vinte e sete ramos pesquisados cresceram nessa comparação, e os maiores impactos positivos, por ordem de importância, vieram de: farmacêutica (30,6%), refino de petróleo e produção de álcool (10,6%) e edição e impressão (15,7%). A indústria farmacêutica cresceu generalizadamente, com 27 dos 38 itens pesquisados apresentando-se positivos nesta comparação. Já as principais pressões negativas vieram de: máquinas e equipamentos (-3,7%), vestuário (-11,5%) e têxtil (-5,9%).

Ainda em relação a agosto de 2004, entre as categorias de uso, foi evidente a liderança de bens de consumo duráveis (13,0%), que cresceu bem acima da média industrial (3,8%). Isso deveu-se à maior produção de automóveis (13,1%), telefones celulares (50,7%) e eletrodomésticos da linha marrom (12,7%), com destaque para o crescimento da produção de televisores (30,4%).

A categoria de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (8,2%) mostrou o décimo resultado positivo consecutivo nessa comparação, com destaque para os subsetores: outros bens de consumo não duráveis (12,2%), alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (6,0%) e carburantes (17,8%). Já o subsetor de semiduráveis foi o único com resultado negativo (-2,6%).

A produção de bens de capital cresceu 3,0% sustentada, principalmente, pelos subsetores de bens de capital para transporte (9,2%), bens de capital de uso misto (3,0%), bens de capital para energia elétrica (11,3%) e para construção (36,2%). As pressões negativas vieram de bens de capital agrícolas (-40,3%) e de máquinas e equipamentos para fins industriais (-0,7%).

O setor de bens intermediários, embora voltando a crescer, assinalou taxa próxima de zero (0,4%). Entre os subsetores que cresceram, destacou-se o de insumos industriais básicos (13,2%), reflexo da maior produção de fumo processado e de minérios de ferro. Outro impacto importante no resultado global veio do subsetor de combustíveis e lubrificantes elaborados (6,7%), por influência dos itens óleo diesel e gás. Já a maior influência negativa veio do subgrupo de insumos industriais elaborados (-2,5%), que tem o maior peso na categoria de bens intermediários. Ressalte-se, ainda, que pelo segundo mês consecutivo houve quedas em insumos para construção civil (-0,5%) e para embalagens (-1,4%).

Indústria acumulou 4,3% no ano em relação a igual período de 2004

No acumulado janeiro-agosto, frente a igual período de 2004, o crescimento da indústria foi de 4,3%, com 20 atividades apontando aumento na produção. A fabricação de veículos automotores (9,9%) manteve a liderança em termos de impacto sobre o índice geral, cabendo ao item automóveis (15,4%) o maior destaque. Outros impactos positivos relevantes vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (20,7%), em função da expansão na produção de telefones celulares, e de edição e impressão (13,5%), devido ao aumento na produção de revistas e jornais. Já entre as sete atividades em queda, a maior influência sobre a taxa global continuou sendo a metalurgia básica (-2,8%).

Entre as categorias de uso, o crescimento ao longo de 2005 confirmou o maior dinamismo observado na produção de bens de consumo, com duráveis (15,7%) e semiduráveis e não duráveis (6,4%) avançando acima da média global (4,3%), enquanto os setores de bens intermediários (1,6%) e bens de capital (2,7%) tiveram desempenho mais moderado.

Dos 76 subsetores pesquisados, 55 acumularam taxas positivas no ano (em relação a janeiro-agosto de 2004), praticamente igualando o acumulado de janeiro-julho, quando 56 subsetores cresceram. Em agosto, pela magnitude da taxa, destacaram-se os subsetores de: extração de petróleo e gás natural (10,7%), extração de minérios ferrosos (11,1%), álcool (23,5%), cimento e clínquer (9,6%), automóveis, camionetas e utilitários (15,1%) e caminhões e ônibus (15,6%). Quedas a destacar: adubos e fertilizantes (-12,8%), laminados de aço (-7,0%) e tratores, máquinas e equipamentos agrícolas (-35,0%).

Indústria tende a estabilizar-se em patamar elevado

Em agosto, o índice de média móvel trimestral do setor (0,3%) apontou tendência de estabilização em um patamar de produção elevado. A análise do mesmo indicador nas categorias de uso apontou para um discreto ritmo de crescimento nos setores de bens de consumo, tanto duráveis (0,2%) quanto semiduráveis e não duráveis (0,6%), enquanto indicou uma tendência de estabilidade para bens intermediários (-0,1%) e de capital (0,0%).