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PIB acumula R$ 918,6 bilhões no primeiro semestre de 2005

Pela ótica da oferta, a Agropecuária atingiu, nos seis primeiros meses do ano, R$ 78,10 bilhões; a Indústria, R$ 321,59 bilhões; e os Serviços acumularam R$ 462,45 bilhões.

29/09/2005 06h31 | Atualizado em 29/09/2005 06h31



No segundo trimestre de 2005, a economia nacional totalizou uma captação líquida positiva de R$ 5,7 bilhões. No mesmo período de 2004, essa captação havia sido negativa de R$ 16,5 bilhões. Com relação às aplicações em ativos1, elas passaram de um valor negativo de R$ 7,5 bilhões no segundo trimestre de 2004 para R$ 12,2 bilhões no mesmo período de 2005

A captação líquida positiva de R$ 5,7 bilhões deveu-se principalmente à queda das amortizações de títulos, Títulos exceto Ações – F.3, e ao aumento da captação através de Ações e Outras Participações de Capital - F.5, em relação ao segundo trimestre de 2004.

No primeiro caso, F.3, a captação no segundo trimestre de 2004 tinha sido negativa em R$ 17,1 bilhões e passou para uma captação negativa de R$ 1,2 bilhão no mesmo período de 2005. O fator fundamental para essa queda foi a redução das amortizações pagas de títulos de longo prazo. No segundo caso, F.5, a captação líquida positiva passou de R$ 4,3 bilhões (2º tri 2004) para R$ 11 bilhões (2º tri 2005), e a razão fundamental desse crescimento foi a elevação do Investimento Estrangeiro Direto (IED), que alcançou uma variação de R$12,6 bilhões nesse trimestre.

Para o resultado referente às variações ativas, contribuíram o crescimento das aplicações em títulos exceto ações de longo prazo - F.32 (de R$ 7,9 bilhões em 2004 para R$ 28 bilhões em 2005), e o incremento das aplicações em Ações e Outras Participações de Capital - F.5. Nesse caso, destaca-se o crescimento do IBC (Investimento Brasileiro em Carteira), isto é, aumento das aplicações de brasileiros em ações de companhia estrangeiras no exterior, que passou de R$ 44 milhões no segundo trimestre de 2004 para R$ 2,1 bilhões no mesmo período de 2005.

As tabelas IV.3 e IV.4 sintetizam os resultados agregados das operações ativas 2,  e passivas da economia nacional.

 





No primeiro semestre de 2005, as reservas internacionais cresceram R$ 25,7 bilhões

No acumulado do primeiro semestre de 2005, registrou-se crescimento das reservas internacionais, tanto com a contabilização como sem a contabilização das transações com o FMI, de, respectivamente, R$ 25,7 bilhões e R$ 32,8 bilhões.

Os dados das tabelas IV.3 e IV.4 mostram que, contabilizando-se as transações referentes aos acordos com o Fundo Monetário no segundo trimestre de 2005, a economia nacional teve uma redução das reservas internacionais em R$ 1,9 bilhão, contra uma redução de R$ 4,0 bilhões no mesmo trimestre de 2004. Excluídas as transações com o FMI, haveria aumento das reservas em R$ 2,1 bilhões, contra um crescimento de R$ 254 milhões no segundo trimestre de 2004.

No que se refere ao comportamento dos instrumentos financeiros, a tabela IV.5 mostra as operações passivas e ativas da economia nacional para os segundos trimestre de 2004 e 2005.

       Tabela IV.5 – Economia Nacional – Contas Econômicas Integradas

 



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1Incluindo variações dos ativos de reserva.

2Exclusive variação dos ativos de reserva

Pela ótica da oferta, a Agropecuária atingiu, nos seis primeiros meses do ano, R$ 78,10 bilhões; a Indústria, R$ 321,59 bilhões; e os Serviços acumularam R$ 462,45 bilhões. O Produto Interno Bruto medido a preços de mercado do segundo trimestre de 2005 foi de R$ 480,40 bilhões, sendo R$ 429,15 bilhões de Valor Adicionado a Preços Básicos e R$ 51,25 bilhões de Impostos sobre Produtos. Dentre os componentes do Valor Adicionado, a Agropecuária atingiu R$ 42,45 bilhões; a Indústria, R$ 170, 08 bilhões; e os Serviços, R$ 238,99 bilhões.

Entre os componentes da demanda, no mesmo período, o Consumo das Famílias totalizou R$ 263,01 bilhões; o Consumo do Governo, R$ 86,67 bilhões; e a Formação Bruta de Capital Fixo, R$ 95,59 bilhões. A Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 20,90 bilhões (R$ 81,25 bilhões de exportações e R$ 60,35 bilhões de importações), e a Variação de Estoques foi de R$ 14,2 bilhões.

 



Capacidade de Financiamento da Economia cai em relação a 2004

No resultado acumulado do primeiro semestre, a Capacidade de Financiamento da Economia Nacional alcançou R$ 13,1 bilhões, contra R$ 14,8 bilhões no mesmo período de 2004. Já no segundo trimestre de 2005, a Capacidade de Financiamento ficou em R$ 5,9 bilhões, ou seja, houve uma redução de R$ 3,7 bilhões na comparação com o segundo trimestre do ano passado (R$ 9,6 bilhões). A queda deve-se, sobretudo, à diminuição do Saldo Externo Corrente (R$ 3,6 bilhões), causada pela redução do Saldo Externo de Bens e Serviços, que passou de um superávit de R$ 23,4 bilhões, no segundo trimestre de 2004, para R$ 20,9 bilhões no mesmo período deste ano.

A Renda Nacional Bruta alcançou R$ 887,3 bilhões no primeiro semestre; e a Poupança Bruta, R$ 213,2 bilhões. No segundo trimestre de 2005, a Renda atingiu R$ 462,8 bilhões, contra R$ 418,5 bilhões no igual período de 2004. Nessa mesma base de comparação, a Poupança ficou em R$ 115,2 bilhões em 2005, representando um aumento de R$ 6,2 bilhões em relação ao segundo trimestre de 2004 (R$ 109,0 bilhões).

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2005 foi de 19,9% do PIB. Na comparação com o mesmo período de cada ano (2º tri), foi a maior desde 1997 (20,4%). Já a taxa de poupança alcançou 24% do PIB, o segundo maior valor desde 1995, só perdendo para o ano de 2004, quando registrou 25% do PIB. Abaixo os gráficos demonstram a evolução dessas taxas.