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IPCA-15 de setembro teve variação de 0,16% e acumulado do 3º trimestre (IPCA-E) fica em 0,55%

22/09/2005 06h31 | Atualizado em 22/09/2005 06h31

Com variações de 0,11% em julho, 0,28% em agosto e 0,16% em setembro, IPCA-E do 3º trimestre fica em 0,55%.
Em setembro, os principais itens que fizeram o índice recuar foram
telefone fixo e combustíveis. produtos alimentícios e artigos de vestuário mantiveram trajetória de queda. Principal impacto individual no IPCA-15 de setembro(0,06 ponto percentual) foi da taxa de água e esgoto.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,16% em setembro, acumulando 4,08% no ano e 5,95% nos últimos doze meses (de outubro de 2004 a setembro de 2005). Os preços para cálculo do mês foram coletados no período de 12 de agosto a 12 de setembro e comparados com os preços vigentes de 13 de julho a 11 de agosto.

A conta de telefone fixo, principal item que fez o IPCA-15 subir de 0,11% em julho para 0,28% em agosto, fez também o índice recuar para 0,16% em setembro. Absorvida quase a totalidade do reajuste anual dos serviços de telefonia fixa, a variação do valor da conta média passou de 3,39% para 0,13% de agosto para setembro.

Da mesma forma, os combustíveis, que haviam subido no mês anterior, caíram no período de referência do índice. A gasolina passou de 1,14% para –0,19%, uma vez que o reajuste autorizado para as refinarias no dia 10 de setembro não teve reflexo efetivo sobre os preços praticados nos postos de distribuição ao consumidor. Já o álcool, após alta de 4,22% em agosto, apresentou queda de 0,66% em setembro.

Os produtos alimentícios (de –0,67% para –0,60%) e os artigos de vestuário (de –0,06% para –0,10%) mantiveram a trajetória de queda. Dentre os alimentos, os destaques foram as quedas dos produtos in natura: batata-inglesa (-19,77%), tomate (-13,37%) e cebola (-10,98%). Já o feijão com arroz, combinação mais tradicional da cozinha brasileira, também ficou mais barato: O arroz caiu 2,29%; o feijão preto teve queda de 2,73% e o feijão carioca chegou a custar menos 8,35%. Também caíram os preços dos ovos (-3,60%), da farinha de mandioca (-3,19%), do leite pasteurizado (-2,16%) e de outros alimentos.

Entre as altas, ainda nos produtos alimentícios, os destaques foram os aumentos registrados no açúcar refinado (2,09%), frango (1,77%), açúcar cristal (1,48%) e café (1,41%). O maior impacto individual (0,06 ponto percentual) no índice, no entanto, foi exercido pela taxa de água e esgoto, cuja conta subiu, em média, 3,24%, reflexo dos aumentos nas regiões metropolitanas de São Paulo (3,58%) e Belém (17,51%), além do Rio de Janeiro (9,67%), onde, apesar do desconto concedido pela empresa a partir de setembro, foi incorporado o reajuste vigente desde agosto.

Já os salários dos empregados domésticos, que passaram de 1,86% em agosto para 1,82% em setembro, continuaram mostrando reflexos do aumento do salário-mínimo ocorrido em maio, quando o valor passou de R$260,00 para R$300,00. A defasagem entre o reajuste e a apropriação no índice tem por base razões metodológicas.

Outras altas que também influenciaram o índice de setembro foram: plano de saúde (0,96%), automóveis usados (1,13%), condomínio (1,20%), e passagens aéreas (6,85%).

Entre as regiões, o maior resultado foi registrado na região metropolitana de Belém (1,04%), devido aos aumentos verificados nas tarifas de água e esgoto (17,51%), energia elétrica (5,82%), ônibus urbano (5,04%), gasolina (1,93%) e remédios (1,52%). Por outro lado, Goiânia (-0,28%), Porto Alegre (-0,11%) e Recife (-0,05%) tiveram deflação em setembro.

 

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.