Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em agosto, taxa de desocupação foi de 9,4%

Pelo terceiro mês consecutivo, a taxa de desocupação, registrada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE manteve-se em 9,4%. Em relação à agosto de 2004 (11,4%), a retração foi de 2 pontos percentuais.

22/09/2005 06h31 | Atualizado em 22/09/2005 06h31

Na comparação com julho de 2005, verificou-se alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores, dos seguintes grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (1,9%); construção (3,7%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (3,1%); e queda no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos: comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-1,9%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (-2,6%); serviços domésticos (-1,0%) e outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) (-2,6%).

No confronto com agosto de 2004, foi verificada alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (5,5%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (5,4%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (5,7%); serviços domésticos (5,3%); e outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) (3,1%); queda no rendimento médio real habitual dos trabalhadores no grupamento de atividade: construção (-0,4%); e estabilidade no rendimento médio real habitual dos trabalhadores no grupamento de atividade: educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social.



A pesquisa, realizada em Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, registrou, também, estabilidade na taxa de atividade (56,5%) na comparação mensal. No confronto com agosto de 2004, este indicador apresentou queda (-1,1 ponto percentual), em decorrência, principalmente, da redução no contingente de desocupados. O nível da ocupação não se movimentou (51,2%), em ambas as comparações, para o conjunto das seis regiões metropolitanas.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada permaneceu estável na comparação mensal, mas em relação a agosto de 2004, houve aumento de 6,2% neste contingente, representando 462 mil postos de trabalho nas seis regiões. O único grupo que apresentou redução na taxa de desocupação em agosto de 2005 em relação a julho foi o dos Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (5,7%).

Em agosto, na comparação mensal e anual, o rendimento médio real, estimado em R$ 973,20, subiu em todas as categorias, mantendo a trajetória de alta que se iniciou há três meses, e registrando um aumento de 0,7% em relação a julho.

TAXA DE DESOCUPAÇÃO

Em agosto de 2005, a taxa de desocupação para o total das seis regiões pesquisadas foi de 9,4%, resultado que aponta estabilidade em relação a julho e junho (9,4%), e continua sendo o mais baixo de toda a série. Em relação a agosto de 2004, quando a taxa situou-se em 11,4%, registrou-se retração de 2,0 pontos percentuais. Regionalmente, na comparação com julho de 2005, não foi verificada alteração em nenhuma das regiões metropolitanas pesquisadas. No confronto com agosto de 2004, as regiões metropolitanas de Belo Horizonte (de 10,2% para 8,3%), Rio de Janeiro de (8,6% para 7,4%) e São Paulo (de 12,6% para 9,4%), apresentaram movimentação significativa nesta estimativa. Nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador e Porto Alegre, o quadro foi de estabilidade.

O quadro a seguir mostra a evolução da taxa de desocupação por região metropolitana

 



PESSOAS DESOCUPADAS (PD)

O contingente de desocupados (2,1 milhões) ficou estável em relação a julho de 2005 em todas as regiões pesquisadas. Na comparação com igual período do ano passado foi registrada queda de 17,1%. Confrontando com igual período do ano passado pode ser verificada redução no contingente de desocupados nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (-19,8%), Rio de Janeiro (-15,0%) e São Paulo (-24,6%). Nas demais regiões o quadro foi de estabilidade.

A maioria dos desocupados (55,1%) em agosto de 2005 eram mulheres: neste mesmo mês, representavam 53,1% (2002), 54,6% (2003), 56,1% (2004). Quase metade dos desocupados (46,4%), em agosto, tinha entre 15 a 24 anos. Entre os desocupados, 8,1% tinham de 15 a 17 anos, 38,3% de 18 a 24, 46,3% de 25 a 49 anos e 6,9% tinham 50 anos ou mais. Dentre os desocupados, 19,5% estavam em busca de seu primeiro trabalho e 26,5% eram os principais responsáveis pela família. Em relação ao tempo de procura: 22,0% estavam em busca de trabalho por um período não superior a 30 dias; 41,9%, por um período de 31 dias a 6 meses; 11,2%, por um período de 7 a 11 meses; e 25,0%, por um período de pelo menos 1 ano. Em agosto de 2002, 36,7% dos desocupados tinham pelo menos o ensino médio concluído; em 2003, 40,3%, percentual que chegou a 42,8% em agosto de 2004, e, na última pesquisa, atingiu 45,7%.

POPULAÇÃO OCUPADA

O contingente de ocupados, estimado em 19,9 milhões em agosto de 2005, permaneceu estável no total das seis regiões, bem como em cada uma delas separadamente, na comparação com julho de 2005. No confronto com agosto de 2004, foi observada alteração de 2,4%, ou seja, aumento de 469 mil pessoas. Em relação a agosto de 2004, foi registrado aumento nesta estimativa nas regiões metropolitanas de Salvador (3,3%), São Paulo (3,9%) e Porto Alegre (4,2%). Nas demais regiões metropolitanas, o quadro foi de estabilidade nesta estimativa.

Considerando o nível da ocupação (51,2%), os resultados mostraram estabilidade no mercado de trabalho, em ambas as comparações. Em nível regional, no que se refere à comparação mensal, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões. No confronto com o mesmo mês do ano passado, registrou-se alteração no Rio de Janeiro (-1,1 ponto percentual) e Porto Alegre (1,4 ponto percentual). A taxa de ocupação (população ocupada/população economicamente ativa), estimada em 90,6% em agosto de 2005, não apresentou alteração na comparação mensal. No confronto anual, foi observada elevação de 2 pontos percentuais.

A pesquisa mostrou que os homens representavam, em agosto de 2005, 56,1% da população ocupada, enquanto as mulheres, 43,9%. A população de 25 a 49 anos representava 63,9% do total de ocupados. A pesquisa revelou, também, que o percentual de pessoas ocupadas em agosto de 2005 com 11 anos ou mais de estudo era de 50,2%.

Em relação ao tamanho do empreendimento, em agosto de 2005, 56,1% da população ocupada estava trabalhando em empreendimentos com 11 ou mais pessoas. Nos empreendimentos de 6 a 10 pessoas ocupadas, esta proporção era de 6,6%, enquanto para aqueles empreendimentos com no máximo 5 pessoas ocupadas, a proporção chegava a 37,4%.

Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, 47,3% da população ocupada cumpria, em agosto de 2005, uma jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais e cerca de 34,0%, acima de 45 horas semanais. Em média, segundo os dados da pesquisa, 67,2% dos trabalhadores, nas seis regiões pesquisadas, tinham aquele trabalho há pelo menos 2 anos; 11,0% há entre 1 ano e menos de 2 anos; 19,6% há entre um mês e um ano; e apenas 2,1% estavam naquele trabalho há menos de 1 mês.

GRUPAMENTO DE SERVIÇOS PRESTADOS GEROU 154 MIL NOVOS EMPREGOS

  • Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (17,8% da PO). No total das seis regiões, nas comparações mensal e anual, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade. No enfoque regional, não foi verificada alteração significativa em nenhuma das regiões pesquisadas em nenhuma das comparações.

  • Construção (7,0% da PO). No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade. No enfoque regional, não foi verificada alteração significativa em nenhuma das regiões pesquisadas em nenhuma das comparações.

  • Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (19,3% PO. Este grupamento de atividade manteve-se estável tanto em relação julho de 2005 quanto em relação a agosto de 2004. No âmbito regional, na comparação com julho de 2005 foi constatada estabilidade em todas as regiões. No confronto anual as regiões metropolitanas de Salvador (9,4%) e Porto Alegre (8,6%) registraram crescimento.

  • Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, (14,3% da PO). Foi o único grupamento onde a população ocupada apresentou alteração significativa em relação a julho de 2005. Foi registrado aumento de 5,7%, que representa cerca de 154 mil pessoas em um mês. No vetor anual a alteração foi de 7,3%. Em nível regional, apenas as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (7,5%) e São Paulo (6,7%) apresentaram movimentação neste grupamento em relação ao mês anterior. No confronto anual apenas a região metropolitana de São Paulo registrou aumento (9,9%).

  • Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (15,7% da PO). Não foi registrada alteração significativa, para o total das seis regiões em nenhum dos períodos de análise. Na esfera regional não foi diferente, o contingente de ocupados neste grupamento manteve-se estável em ambas as comparações.

  • Serviços domésticos (8,3% da PO). Na comparação com julho de 2005, para o total das seis áreas, não foi verificada variação significativa. Entretanto, frente a agosto de 2004 registrou-se acréscimo de aproximadamente 7,5%. No âmbito regional, no confronto com julho de 2005, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões pesquisadas. Na comparação anual, verificou-se alteração apenas na região metropolitana de São Paulo (12,7%).

  • Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais (16,9% da PO. Foi observado, para o total das seis áreas, quadro de estabilidade em ambas as comparações. No recorte regional, a única alteração observada foi na região metropolitana de São Paulo (7,1%) na comparação anual.

CRESCE EMPREGO COM CARTEIRA ASSINADA NO ANO

Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado (40,0% da PO). Em relação a julho de 2005, o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado manteve-se estável. Frente a agosto de 2004 a variação chegou a 6,2%, ou seja, aumento de aproximadamente 462 mil pessoas. Na análise regional, em relação à julho de 2005, não se verificou alteração em nenhuma das regiões metropolitanas cobertas pela pesquisa. Na comparação com agosto de 2004, registrou-se variação nas regiões de São Paulo (10,4%) e Porto Alegre (10,3%).

Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado (15,5% da PO). Esta estimativa manteve-se estável em agosto de 2005 tanto em relação a julho de 2005 quanto em relação a agosto do ano passado. Na esfera regional, na comparação mensal, não se verificou alteração em nenhuma das regiões pesquisadas. Na comparação anual, registrou-se variação nas regiões metropolitanas de Salvador (19,6%) e Belo Horizonte (-13,1%).

Trabalhadores por conta própria (19,4% da PO). Não foi verificada alteração no agregado das seis regiões em nenhuma das comparações. Na esfera regional, na comparação mensal, não se verificou alteração em nenhuma das regiões pesquisadas. Na comparação anual, registrou-se variação na região metropolitana de São Paulo (-6,9%).

RENDIMENTO MÉDIO REAL

Continuou em recuperação o poder de compra do trabalhador. A pesquisa revelou que, para o agregado das seis regiões, o rendimento médio real habitualmente recebido, estimado em R$ 973,20, apresentou elevação de 0,7% em relação a julho de 2005. Na comparação com agosto do ano passado, o quadro de recuperação também se confirmou (3,7%).

A análise regional, na comparação mensal, nos reporta a um quadro de recuperação em três das regiões investigadas: Salvador (4,5%), Rio de Janeiro (2,9%) e Porto Alegre (1,1%). Em Recife e São Paulo o quadro foi de estabilidade, apenas Belo Horizonte apresentou queda (-1,8%).

No confronto com agosto do ano passado, a análise regional mostrou recuperação no poder de compra dos trabalhadores nas regiões metropolitanas de Recife (2,1%), Salvador (6,6%), Belo Horizonte (0,9%), Rio de Janeiro (5,4%) e São Paulo (4,0%). Na região metropolitana de Porto Alegre, o quadro foi de perda (-1,8%).

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação mensal

Nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, na comparação mensal, houve recuperação do rendimento em todas as categorias: foi de 1,3% no rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado,passando de R$ 977,50 em julho para R$ 990,00 em agosto. Todas as regiões, tiveram ganho nesta categoria.

Em relação aos dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, foi registrada, em agosto de 2005, recuperação de 2,4%, passando de R$ 628,37, em julho, para R$ 643,40 em agosto. Quase todas as regiões, de certa forma, tiveram ganho nesta categoria, exceto as regiões metropolitanas de Recife (-1,3%) e São Paulo (-2,7%).

Entre os trabalhadores por conta própria, a recuperação mensal no rendimento foi de 1,6%, passando de R$ 759,96 para R$ 772,00. Com exceção de Porto Alegre (-2,5%), quase todas as regiões, de certa forma, tiveram ganho nesta categoria.

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação anual

Nas seis regiões pesquisadas, na comparação anual, houve recuperação do rendimento em todas as categorias: em relação aos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (1,9%), com o rendimento médio passando de R$ 972,38 (agosto de 2004) para R$ 990,50 (agosto de 2005); quase todas as regiões, de certa forma, tiveram ganho nesta categoria. Na região metropolitana de Porto Alegre (-2,6%) o quadro foi inverso.

Levando-se em conta a categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (5,4%), o rendimento médio passou de R$ 610,64 para R$ 643,40. Quase todas as regiões, de certa forma, tiveram ganho nesta categoria. Nas regiões metropolitanas de Recife (-3,0%) e Porto Alegre (-2,4%) o quadro foi inverso.

Também apresentou recuperação no rendimento a categoria dos trabalhadores por conta própria (4,2%), com o rendimento médio passando de R$ 741,13 para R$ 772,00; quase todas as regiões, de certa forma, tiveram recuperação nesta categoria, à exceção foi a Região Metropolitana de Recife (-1,8%).

 



Pelo terceiro mês consecutivo, a taxa de desocupação, registrada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE manteve-se em 9,4%. Em relação à agosto de 2004 (11,4%), a retração foi de 2 pontos percentuais. Apesar de estabilizada, mantém a trajetória de queda iniciada em maio de 2004 (12,2%). O rendimento médio real habitualmente recebido (R$ 973,20) apresentou elevação de 0,7% em relação a julho de 2005 e na comparação com agosto recuperação de 3,7%. Em um ano, o aumento do rendimento foi de 3,7%, a maior variação em toda a série da pesquisa nesta comparação.