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Em agosto, IPCA teve variação de 0,17%

Além dos alimentos em queda, telefone fixo e combustíveis foram os principais responsáveis pela desaceleração da taxa.

06/09/2005 06h31 | Atualizado em 06/09/2005 06h31

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice de agosto foram comparados os preços coletados no período de 28 de julho a 25 de agosto (referência) com os preços vigentes no período de 28 de junho a 27 de julho (base).

 

EM AGOSTO, VARIAÇÃO DO INPC FICOU ESTÁVEL

Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou em zero, próximo ao resultado de julho (0,03%). Com a estabilidade de agosto, o índice acumulado no ano permaneceu em 3,31%, abaixo dos 4,41% registrados em igual período de 2004. Nos últimos doze meses, o índice situou-se em 5,01%, taxa também inferior aos doze meses imediatamente anteriores (5,54%). Em agosto de 2004, o INPC havia registrado variação mensal de 0,50%.

Entre as regiões pesquisadas, o maior índice foi de Belém (1,83%), enquanto Porto Alegre (-0,25%) e São Paulo (-0,26%) ficaram com os menores resultados.

 



O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 08 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice de agosto foram comparados os preços coletados no período de 28 de julho a 25 de agosto (referência) com os preços vigentes no período de 28 de junho a 27 de julho (base).

Além dos alimentos em queda, telefone fixo e combustíveis foram os principais responsáveis pela desaceleração da taxa

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto teve variação de 0,17% e ficou abaixo da taxa de julho (0,25%). Com este resultado, o IPCA acumula 3,59% no ano, percentual inferior ao registrado no mesmo período de 2004 (5,14%). Nos últimos doze meses, o índice ficou em 6,02%, abaixo da taxa dos doze meses imediatamente anteriores (6,57%). Em agosto de 2004, a taxa mensal foi 0,69%.

Responsável por mais da metade da taxa de julho em razão da aplicação do reajuste anual, o telefone fixo foi um dos principais itens que contribuiu para a redução do índice de um mês para o outro, passando de 4,21% em julho para 1,15% em agosto.

Os preços dos combustíveis também cresceram menos. O álcool, que vem subindo sob influência das cotações da cana-de-açúcar, teve 1,58% de variação, menos do que em julho (2,05%). Da mesma forma, a gasolina, acompanhando o comportamento do álcool utilizado em sua mistura, passou de 0,87% para 0,34%.

Pelo terceiro mês consecutivo, o grupo Alimentação e Bebidas apresentou queda: de -0,67% em junho, chega a -0,77% em julho e passa para -0,73% em agosto. Nestes três meses, os alimentos acumulam queda de 2,15% e, no ano, o grupo apresenta variação de 0,80%.

Em agosto, com exceção de Belém, onde a taxa ficou estável (0,01%), o grupo dos alimentos mostrou queda nas demais regiões, chegando a -1,01% em São Paulo. Entre os produtos que mais influenciaram o resultado dos alimentos neste mês, destacam-se: batata inglesa (-15,99%); cebola (-11,13%); tomate (-8,37%); feijão preto (-6,07%); hortaliças (-6,04%); feijão carioca (-3,15%) e leite (-3,02%).

Dentre os itens que apresentaram crescimento na passagem de julho para agosto, os destaques foram empregados domésticos, que teve a maior contribuição individual do mês (0,06 ponto percentual), e passagens aéreas. Os salários dos empregados domésticos tiveram variação de 1,86% em agosto, após a taxa de 0,90% em julho. Tendo em vista a metodologia de cálculo utilizada, estes resultados são reflexos do reajuste do salário-mínimo ocorrido em maio. Já as passagens aéreas, após os 2,84% de julho, ficaram 4,80% mais caras em agosto. Esta alta é atribuída aos custos.

Outros itens tiveram taxas mais elevadas de um mês para o outro, com destaque para água e esgoto (de 0,21% para 2,39%), ônibus urbanos (de -0,22% para 0,36%) e intermunicipais (de 0,10% para 0,55%).

Índices regionais

Entre as regiões pesquisadas, o maior índice foi o de Belém (1,83%), onde ocorreram fortes aumentos na taxa de água e esgoto (26,54%), energia elétrica (8,21%) e ônibus urbano (7,83%), cujos itens tiveram um impacto de 1,41 ponto percentual no índice. Porto Alegre (-0,05%), por sua vez, foi a única região a apresentar resultado negativo. Neste caso, os destaques foram as quedas nos preços de remédios (-0,96%), energia elétrica (-0,66%), alimentos (-0,44%) e vestuário (-0,38%).